DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Tricentésimo quinquagésimo quinto dia: Exortação à santidade e à perseverança

Na leitura de hoje iremos meditar a primeira carta de São Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos eleitos que são estrangeiros e estão espalhados em diferentes regiões. Pedro expressa sua gratidão pela misericórdia de Deus que os fez renascer para uma viva esperança e uma herança incorruptível nos céus. Ele encoraja os destinatários a permanecerem firmes em sua fé, mesmo diante de aflições e provações. Pedro também exorta-os a viverem uma vida santa, obedecerem às autoridades humanas e serem submissos uns aos outros. Ele enfatiza a importância do amor fraterno, da hospitalidade e da prática do bem. Pedro encoraja os cristãos a permanecerem firmes em sua fé, mesmo diante da perseguição, e a confiarem em Deus para a sua proteção.  Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 1, 2, 3, 4 e 5 da primeira carta de São Pedro (I Pd).

I Pedro

Saudação

1.   1.Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos eleitos que são estrangeiros e estão espalhados no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia 2.– eleitos segundo a presciência de Deus Pai, e santificados pelo Espírito, para obedecer a Jesus Cristo e receber a sua parte da aspersão do seu sangue. A graça e a paz vos sejam dadas em abundância.

Esperança da salvação e prova de fé

3.Bendito seja Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo! Na sua grande misericórdia ele nos fez renascer pela Ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma viva esperança, 4.para uma herança incorruptível, incontaminável e imarcescível, reservada para vós nos céus; 5.para vós que sois guardados pelo poder de Deus, por causa da vossa fé, para a salvação que está pronta para se manifestar nos últimos tempos. 6.É isso o que constitui a vossa alegria, apesar das aflições passageiras a vos serem causadas ainda por diversas provações, 7.para que a prova a que é submetida a vossa fé (mais precio­sa que o ouro perecível, o qual, entretanto, não deixamos de provar ao fogo) redunde para vosso louvor, para vossa honra e para vossa glória, quando Jesus Cristo se manifes­tar. 8.Esse Jesus vós o amais, sem o terdes visto; credes nele, sem o verdes ainda, e isso é para vós a fonte de uma alegria inefável e gloriosa, 9.porque vós estais certos de obter, como preço de vossa fé, a salvação de vossas almas. 10.Esta salvação tem sido o objeto das investigações e das meditações dos profetas que proferiram oráculos sobre a graça que vos era destinada. 11.Eles investigaram a época e as circunstâncias indicadas pelo Espírito de Cristo, que neles estava e que profetizava os sofrimentos do mesmo Cristo e as glórias que os deviam seguir. 12.Foi-lhes revelado que propunham não para si mesmos, senão para vós, essas revelações que agora vos têm sido anunciadas por aqueles que vos pregaram o Evangelho da parte do Espírito Santo enviado do céu. Revelações essas que os próprios anjos desejam contemplar.

Exortação à santidade

13.Cingi, portanto, os rins do vosso espírito, sede sóbrios e colocai toda vossa esperança na graça que vos será dada no dia em que Jesus Cristo aparecer. 14.À maneira de filhos obedientes, já não vos amoldeis aos desejos que tínheis antes, no tempo da vossa ignorância. 15.A exemplo da santidade daquele que vos chamou, sede também vós santos em todas as vossas ações, pois está escrito: 16.Sede santos, porque eu sou santo (Lv 11,44). 17.Se invocais como Pai aquele que, sem distinção de pessoas, julga cada um segundo as suas obras, vivei com temor durante o tempo da vossa peregrinação. 18.Porque vós sabeis que não é por bens perecíveis, como a prata e o ouro, que tendes sido resgatados da vossa vã maneira de viver, recebida por tradição de vossos pais, mas pelo precioso sangue de Cristo, 19.o Cordeiro imaculado e sem defeito algum, aquele que foi predestinado antes da criação do mundo 20.e que nos últimos tempos foi manifestado por amor de vós. 21.Por ele tendes fé em Deus, que o ressuscitou dos mortos e glorificou, a fim de que vossa fé e vossa esperança se fixem em Deus. 22.Em obediência à verdade, ten­des purificado as vossas almas para praticardes um amor fraterno sincero. Amai-vos, pois, uns aos outros, ardentemente e do fundo do coração. 23.Pois fostes regenerados não de uma semente corruptível, mas pela Palavra de Deus, semente incorruptível, viva e eterna. 24.Porque toda carne é como a erva, e toda a sua glória como a flor da erva. Seca-se a erva e cai a flor, mas a palavra do Senhor permanece eternamente (Is 40,6s). Ora, essa palavra é a que vos foi anunciada pelo Evangelho.

Cristo pedra angular

2.   1.Deponde, pois, toda malícia, toda astúcia, fingimentos, invejas e toda espécie de maledicência. 2.Como crianças recém-nascidas, desejai com ardor o leite espiritual que vos fará crescer para a salvação, 3.se é que tendes saboreado quão suave é o Senhor (Sl 33,9). 4.Achegai-vos a ele, pedra viva que os homens rejeitaram, mas escolhida e preciosa aos olhos de Deus; 5.e quais outras pedras vivas, vós também vos tornais os materiais deste edifício espiritual, um sacerdócio santo, para oferecer vítimas espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo. 6.Por isso lê-se na Escritura: Eis que ponho em Sião uma pedra angular, escolhida, preciosa: quem nela puser sua confian­ça não será confundido (Is 28,16). 7.Para vós, portanto, que tendes crido, cabe a honra. Mas, para os incrédulos, a pedra que os edificadores rejeita­ram tornou-se a pedra angular, uma pedra de tropeço, uma pedra de escândalo (Sl 117,22; Is 8,14). 8.Nela tropeçam porque não obedecem à palavra; e realmente era tal o seu destino. 9.Vós, porém, sois uma raça escolhi­da, um sacer­dócio régio, uma nação santa, um povo adquirido para Deus, a fim de que publiqueis as virtudes daquele que das trevas vos chamou à sua luz maravilhosa. 10.Vós que outrora não éreis seu povo, mas agora sois povo de Deus; vós que outrora não tínheis alcançado misericórdia (Os 2,25), mas agora alcançastes misericórdia.

Poder do exemplo

11.Caríssimos, rogo-vos que, como estrangeiros e peregrinos, vos abstenhais dos desejos da carne, que combatem contra a alma. 12.Comportai-vos nobremente entre os pagãos. Assim, naquilo em que vos caluniam como malfeitores, chegarão, considerando vossas boas obras, a glorificar a Deus no dia em que ele os visitar. 13.Por amor do Senhor, sede submissos, pois, a toda autoridade humana, 14.quer ao rei como a soberano, quer aos governadores como enviados por ele para castigo dos malfeitores e para favorecer as pessoas honestas. 15.Porque esta é a vontade de Deus que, praticando o bem, façais emudecer a ignorância dos insensatos. 16.Comportai-vos como homens livres, e não à maneira dos que tomam a liberdade como véu para encobrir a malícia, mas vivendo como servos de Deus. 17.Sede educados para com todos, amai os irmãos, temei a Deus, respeitai o rei. 18.Servos, sede obedientes aos senhores com todo o respeito, não só aos bons e moderados, mas também aos de caráter difícil. 19.Com efeito, é coisa agradável a Deus sofrer contrariedades e padecer injustamente, por motivo de consciência para com Deus.* 20.Que mérito teria alguém se suportasse pacientemente os açoites por ter praticado o mal? Ao contrário, se é por ter feito o bem que sois maltratados, e se o suportardes pacientemente, isso é coisa agradável aos olhos de Deus. 21.Ora, é para isso que fostes­ chamados. Também Cristo pa­deceu por vós, deixando-vos exemplo para que sigais os seus passos. 22.Ele não cometeu pecado, nem se achou falsidade em sua boca (Is 53,9). 23.Ele, ultrajado, não retribuía com idêntico ultraje; ele, maltratado, não proferia ameaças, mas entregava-se àquele que julga com justiça. 24.Carregou os nossos pecados em seu corpo sobre o madeiro para que, mortos aos nossos pecados, vivamos para a justiça. Por fim, por suas chagas fomos curados (Is 53,5). 25.Porque éreis como ovelhas desgarradas, mas agora retornastes ao Pastor e guarda das vossas almas.

Deveres mútuos dos esposos

3.   1.Vós, também, ó mulheres, sede submissas aos vossos maridos. Se alguns não obedecem à palavra, serão conquistados, mesmo sem a palavra da pregação, pelo simples procedimento de suas mulheres,* 2.ao observarem vossa vida casta e reservada. 3.Não seja o vosso adorno o que aparece externamente: cabelos trançados, ornamentos de ouro, vestidos elegantes; 4.mas tende aquele ornato interior e oculto do coração, a pureza incorruptível de um espírito suave e pacífico, o que é tão precioso aos olhos de Deus. 5.Era assim que outrora se ornavam as santas mulheres que esperavam em Deus; eram submissas a seus maridos, 6.como Sara que obedecia a Abraão, chamando-o de senhor. Dela vos tornais filhas pela prática do bem sem temor de perturbação alguma. 7.Do mesmo modo vós, ó maridos, com­portai-vos sabiamente no vosso convívio com as vossas mulheres, pois são de um sexo mais fraco. Porquanto elas são herdeiras, com o mesmo direito que vós outros, da graça que dá a vida. Tratai-as com todo o respeito, para que nada se oponha às vossas orações.

Saber sofrer como Cristo

8.Finalmente, tende todos um só coração e uma só alma, sentimentos de amor fraterno, de misericórdia, de hu­mildade. 9.Não pagueis mal com mal, nem injúria com injúria. Ao contrário, abençoai, pois para isso fostes chamados, para que sejais herdeiros da bênção. 10.Com efeito, quem quiser amar a vida e ver dias felizes, refreie sua língua do mal e seus lábios de palavras enganadoras; 11.aparte-se do mal e faça o bem, busque a paz e siga-a. 12.Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos e seus ouvidos, atentos a seus rogos; mas a força do Senhor está contra os que fazem o mal (Sl 33,13-17). 13.Se fordes zelosos do bem, quem vos poderá fazer mal? 14.E até sereis felizes, se padecerdes alguma coisa por causa da justiça! 15.Portanto, não temais as suas ameaças e não vos turbeis. Antes, santificai em vossos corações Cristo, o Senhor. Estai sempre prontos a responder para vossa defesa a todo aquele que vos pedir a razão de vossa esperança, mas fazei-o com suavidade e respeito.* 16.Tende uma consciência reta a fim de que, mesmo naquilo em que dizem mal de vós, sejam confundidos os que desacreditam o vosso santo procedimento em Cristo. 17.Aliás, é melhor padecer, se Deus assim o quiser, por fazer o bem do que por fazer o mal. 18.Pois também Cristo morreu uma vez pelos nossos pecados – o Justo pelos injustos – para nos conduzir a Deus. Padeceu a morte em sua carne, mas foi vivificado quanto ao espírito. 19.É nesse mesmo espírito que ele foi pregar aos espíritos que eram detidos no cárcere, àqueles que outrora, nos dias de Noé, ti­nham sido rebeldes,* 20.quando Deus aguardava com paciência, enquanto se edificava a arca, na qual poucas pessoas, isto é, ape­nas oito se salvaram por meio da água.* 21.Essa água prefigurava o batismo de agora, que vos salva também a vós, não pela purificação das impurezas do corpo, mas pela que consiste em pedir a Deus uma consciência boa, pela Ressurreição de Jesus Cristo.* 22.Esse Jesus Cristo, tendo subido ao céu, está assentado à direita de Deus, depois de ter recebido a submissão dos anjos, dos principados e das potestades.

Romper com a vida carnal e fidelidade na perseguição

4.   1.Assim, pois, como Cristo padeceu na carne, armai-vos também vós desse mesmo pensamento: quem padeceu na carne rompeu com o pecado, 2.a fim de que, no tempo que lhe resta para o corpo, já não viva segundo as paixões humanas, mas segundo a vontade de Deus. 3.Baste-vos que no tempo passado tenhais vivido segundo os caprichos dos pagãos, em luxúrias, concupiscências, embriaguez, orgias, bebedeiras e crimi­nosas idolatrias. 4.Estranham eles agora que já não vos lanceis com eles nos mesmos desregramentos de libertinagem, e por isso vos cobrem de calúnias. 5.Eles darão conta àquele que está pronto para julgar os vivos e os mortos. 6.Pois para isso foi o Evangelho pregado também aos mortos; para que, embora sejam condenados em sua humanidade de carne, vivam segundo Deus quanto ao espírito.* 7.O fim de todas as coisas está próximo. Sede, portanto, prudentes e vigiai na oração. 8.Antes de tudo, mantende entre vós uma ardente caridade, porque a caridade cobre a multidão dos pecados (Pr 10,12). 9.Exercei a hospitalidade uns para com os outros, sem murmuração. 10.Como bons dispensadores das diversas graças de Deus, cada um de vós ponha à disposição dos outros o dom que recebeu: 11.a palavra, para anunciar as mensagens de Deus; um ministério, para exercê-lo com uma força divina, a fim de que em todas as coisas Deus seja glorificado por Jesus Cristo. A ele seja dada a glória e o poder por toda a eternidade! Amém. 12.Caríssimos, não vos perturbeis no fogo da provação, como se vos acontecesse alguma coisa extraordinária. 13.Pelo contrário, alegrai-vos em ser participantes dos sofrimentos de Cristo, para que vos possais alegrar e exultar no dia em que for manifestada sua glória. 14.Se fordes ultrajados pelo nome de Cristo, bem-aventurados sois vós, porque o Espírito de glória, o Espírito de Deus repousa sobre vós. 15.Que ninguém de vós sofra como homicida, ou ladrão, ou difamador, ou cobiçador do alheio. 16.Se, porém, padecer como cristão, não se envergonhe; pelo contrário, glorifique a Deus por ter esse nome. 17.Porque vem o momento em que se começará o julgamento pela casa de Deus. Ora, se ele começa por nós, qual será a sorte daqueles que são infiéis ao Evangelho de Deus? 18.E, se o justo se salva com dificuldade, que será do ímpio e do pecador?* 19.Assim também aqueles que sofrem segundo a vontade de Deus encomendem as suas almas ao Criador fiel, praticando o bem.

Deveres do clero e dos fiéis

5.   1.Eis a exortação que dirijo aos anciãos que estão entre vós; porque sou ancião como eles, fui testemunha dos sofrimentos de Cristo e serei participante com eles daquela glória que se há de manifestar.* 2.Velai sobre o rebanho de Deus, que vos é confiado. Tende cuidado dele, não constrangidos, mas espontaneamente; não por amor de interesse sórdido, mas com dedicação; 3.não como dominadores absolutos sobre as comunidades que vos são confiadas, mas como modelos do vosso rebanho. 4.E, quando aparecer o supremo Pastor, recebereis a coroa imperecível de glória. 5.Semelhantemente, vós ou­tros­ que sois mais jovens, sede submissos aos anciãos. Todos vós, em vosso mútuo tratamento, revesti-vos de humildade; porque Deus resiste aos soberbos, mas dá a sua graça aos humildes (Pr 3,34). 6.Humilhai-vos, pois, debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele vos exalte no tempo oportuno. 7.Confiai-lhe todas as vossas preocupações, porque ele tem cuidado de vós. 8.Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar. 9.Resisti-lhe fortes na fé. Vós sabeis que os vossos irmãos, que estão espalhados pelo mundo, sofrem os mesmos padecimentos que vós. 10.O Deus de toda graça, que vos chamou em Cristo à sua eterna glória, depois que tiverdes padecido um pouco, vos aperfeiçoará, vos tornará inabaláveis, vos fortificará. 11.A ele o poder na eternidade! Amém.

Saudações finais

12.Por meio de Silvano, que estimo como a um irmão fiel, vos escrevi essas poucas palavras. Minha intenção é de admoestar-vos e assegurar-vos que essa é a verdadeira graça de Deus, na qual estais firmes. 13.A igreja escolhida da Babilônia saúda-vos, assim como também Marcos, meu filho.* 14.Saudai-vos uns aos outros com o ósculo afe­uoso. A paz esteja com todos vós que estais em Cristo.

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