DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Tricentésimo quinquagésimo quarto dia: A paciência e a sabedoria na vida cristã

Hoje iremos meditar a carta de São Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, endereçada às doze tribos da dispersão. Na carta, Tiago fala sobre a importância da paciência nas provações, exorta os irmãos a pedirem sabedoria a Deus, fala sobre a diferença entre os pobres e os ricos, ensina sobre a verdadeira sabedoria que vem de Deus, alerta sobre os pecados da língua, aconselha sobre a submissão a Deus e resistência ao diabo, condena a jactância e a injustiça dos ricos, encoraja a paciência e exorta à oração e ao cuidado uns pelos outros. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 1, 2, 3, 4 e 5 da carta de São Tiago (Tg).

Tiago

Saudação

1.   1.Tiago, servo de Deus e do Se­nhor Jesus Cristo, às doze tribos da dispersão, saudação!*

Paciência nas provações

2.Considerai que é suma alegria, meus irmãos, quando passais por diversas provações, 3.sabendo que a prova da vossa fé produz a paciência. 4.Mas é preciso que a paciência efetue a sua obra, a fim de serdes perfeitos e íntegros, sem fraqueza alguma. 5.Se alguém de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus – que a todos dá liberalmente, com simplicidade e sem recriminação – e lhe será dada. 6.Mas peça-a com fé, sem nenhuma vacilação, porque o homem que vacila assemelha-se à onda do mar, levantada pelo vento e agitada de um lado para o outro. 7.Não pense, portanto, tal homem que alcançará alguma coisa do Senhor, 8.pois é um homem irresoluto, incons­tante em todo o seu proceder.*

Pobres e ricos

9.Mas que os irmãos humildes se gloriem de sua elevação; 10.os ricos, pelo contrário, de sua humilhação, porque passarão como a flor dos campos. 11.Desponta o sol com ardor, seca a erva, cai sua flor e perde a beleza do seu aspecto. Assim murcha também o rico em suas empresas.

Deus não tenta ninguém

12.Feliz o homem que suporta a tentação. Porque, depois de sofrer a provação, receberá a coroa da vida que Deus prometeu aos que o amam. 13.Ninguém, quando for tentado, diga: “É Deus quem me tenta”. Deus é inacessível ao mal e não tenta a ninguém. 14.Cada um é tentado pela sua própria concupiscência, que o atrai e alicia. 15.A concupiscência, depois de conceber, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte. 16.Não vos iludais, pois, irmãos meus muito amados. 17.Toda dádiva boa e todo dom perfeito vêm de cima: descem do Pai das luzes, no qual não há mudança, nem mesmo aparência de instabilidade. 18.Por sua vontade é que nos gerou pela palavra da verdade, a fim de que sejamos como que as primícias das suas criaturas.

Princípios morais

19.Já o sabeis, meus diletíssimos irmãos: todo homem deve ser pronto para ouvir, porém tardo para falar e tardo para se irar; 20.porque a ira do homem não cumpre a justiça de Deus. 21.Rejeitai, pois, toda impureza e todo vestígio de malícia e recebei com mansidão a palavra em vós semeada, que pode salvar as vossas almas. 22.Sede cumpridores da palavra e não apenas ouvintes; isto equivaleria a vos enganardes a vós mesmos. 23.Aquele que escuta a palavra sem a realizar assemelha-se a alguém que contempla num espelho a fisionomia que a natureza lhe deu: 24.contempla-se e, mal sai dali, esquece-se de como era. 25.Mas aquele que procura meditar com atenção a Lei perfeita da liberdade e nela persevera – não como ouvinte que facilmente se esquece, mas como cumpridor fiel do preceito –, este será feliz no seu proceder. 26.Se alguém pensa ser piedoso, mas não refreia a sua língua e engana o seu coração, então é vã a sua religião. 27.A religião pura e sem mácula aos olhos de Deus e nosso Pai é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições, e conservar-se puro da corrupção deste mundo.

Caridade igual para todos

2.   1.Meus irmãos, na vossa fé em nosso glorioso Senhor Jesus Cristo, guardai-vos de toda conside­ração de pessoas. 2.Suponde que entre na vossa reunião um homem com anel de ouro e ricos trajes, e entre também um pobre com trajes gastos; 3.se atenderdes ao que está magnificamente trajado, e lhe disserdes: “Senta-te aqui, neste lugar de honra”, e disserdes ao pobre: “Fica ali de pé”, ou: “Senta-te aqui junto ao estrado dos meus pés”, 4.não é verdade que fazeis distinção entre vós, e que sois juízes de pensamentos iníquos? 5.Ouvi, meus caríssimos irmãos: porventura não escolheu Deus os pobres deste mundo para que fossem ricos na fé e herdeiros do Reino prometido por Deus aos que o amam? 6.Mas vós desprezas­tes o pobre! Não são porventura os ricos os que vos oprimem e vos arrastam aos tribunais? 7.Não blasfemam eles o belo nome que trazeis?* 8.Se cumprirdes a Lei régia da Escritura: Amarás o teu próximo como a ti mesmo (Lv 19,18), sem dúvida fazeis bem. 9.Mas se vos deixais levar por distinção de pessoas, cometeis uma falta e sereis condenados pela Lei como transgressores. 10.Pois quem guardar os preceitos da Lei, mas faltar em um só ponto, se tornará culpado de toda ela. 11.Porque aquele que disse: Não cometerás adultério, disse também: Não matarás (Ex 20,13s). Se, pois, matares, embora não tenhas cometido adultério, tornas-te transgressor da Lei. 12.Falai, pois, de tal modo e de tal modo procedei, como se estivésseis para ser julgados pela Lei da liberdade. 13.Haverá juízo sem misericórdia para aquele que não usou de misericórdia. A misericórdia triunfa sobre o julgamento.

A fé sem as obras

14.De que aproveitará, irmãos, a alguém dizer que tem fé, se não tiver obras? Acaso essa fé poderá salvá-lo? 15.Se a um irmão ou a uma irmã faltarem roupas e o alimento cotidiano, 16.e algum de vós lhes disser: “Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos”, mas não lhes der o necessário para o corpo, de que lhes aproveitará? 17.Assim também a fé: se não tiver obras, é morta em si mesma. 18.Mas alguém dirá: “Tu tens fé, e eu tenho obras”. Mostra-me a tua fé sem obras e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras. 19.Crês que há um só Deus. Fazes bem. Também os demônios creem e tremem. 20.Queres ver, ó homem vão, como a fé sem obras é estéril? 21.Abraão, nosso pai, não foi justificado pelas obras, oferecendo o seu filho Isaac sobre o altar? 22.Vês como a fé cooperava com as suas obras e era completada por elas. 23.Assim se cumpriu a Escritura, que diz: Abraão creu em Deus e isto lhe foi tido em conta de justiça, e foi chamado amigo de Deus (Gn 15,6). 24.Vedes como o homem é justificado pelas obras e não somente pela fé? 25.Do mesmo modo Raab, a meretriz, não foi ela justificada pelas obras, por ter recebido os mensageiros e os ter feito sair por outro caminho?* 26.Assim como o corpo sem a alma é morto, assim também a fé sem obras é morta.

Pecados da língua

3.   1.Meus irmãos, não haja muitos entre vós a se arvorar em mestres; sabeis que seremos julgados mais severamente, 2.porque todos nós caímos em muitos pontos. Se alguém não cair por palavra, este é um homem perfeito, capaz de refrear todo o seu corpo. 3.Quando pomos o freio na boca dos cavalos, para que nos obedeçam, governamos também todo o seu corpo. 4.Vede também os navios: por grandes que sejam e embora agitados por ventos impetuosos, são governados com um pequeno leme à vontade do piloto. 5.Assim também a língua é um pequeno membro, mas pode gloriar-se de grandes coisas. Consi­derai como uma pequena chama pode incendiar uma grande floresta! 6.Também a língua é um fogo, um mundo de iniquidade. A língua está entre os nossos membros e contami­na todo o corpo; e sendo inflamada pelo inferno, incendeia o curso da nossa vida.* 7.Todas as espécies de feras selvagens, de aves, de répteis e de peixes do mar se domam e têm sido domadas pela espécie humana. 8.A língua, porém, nenhum homem a pode domar. É um mal irrequieto, cheia de veneno mortífero. 9.Com ela bendizemos o Senhor, nosso Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. 10.De uma mesma boca procedem a bênção e a maldição. Não convém, meus irmãos, que seja assim. 11.Porventura lança uma fonte por uma mesma bica água doce e água amargosa? 12.Acaso, meus irmãos, pode a figueira dar azeitonas ou a videira dar figos? Do mesmo modo a fonte de água salobra não pode dar água doce.

A verdadeira sabedoria

13.Quem dentre vós é sábio e inteligente? Mostre com um bom proceder as suas obras repassa­das de doçura e de sabedoria. 14.Mas, se tendes no coração um ciúme amargo e gosto pelas contendas, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. 15.Esta não é a sabedoria que vem do alto, mas é uma sabedoria terrena, humana, diabólica. 16.Onde houver ciúme e contenda, ali há também perturbação e toda espécie de vícios. 17.A sabedoria, porém, que vem de cima, é primeiramente pura, depois pacífica, condescendente, conciliadora, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, nem fingimento. 18.O fruto da justiça semeia-se na paz para aqueles que praticam a paz.

Mais paixões

4.   1.Donde vêm as lutas e as contendas entre vós? Não vêm elas de vossas paixões, que combatem em vossos membros? 2.Cobiçais, e não recebeis; sois invejosos e ciumentos, e não conseguis o que desejais; litigais e fazeis guerra. Não obtendes, porque não pedis.* 3.Pedis e não recebeis, porque pedis mal, com o fim de satisfazerdes as vossas paixões. 4.Adúlteros, não sabeis que o amor do mundo é abominado por Deus? Todo aquele que quer ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. 5.Ou imaginais que em vão diz a Escritura: Sois amados até o ciúme pelo espírito que habita em vós? 6.Deus, porém, dá uma graça ainda mais abundante. Por isso, ele diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá sua graça aos humildes (Pr 3,34). 7.Sede submissos a Deus. Resisti ao demônio, e ele fugirá para longe de vós. 8.Aproximai-vos de Deus, e ele se aproximará de vós. Lavai as mãos, pecadores, e purificai os vossos corações, ó homens de dupla atitude. 9.Reconhecei a vossa miséria, afligi-vos e chorai. Converta-se o vosso riso em pranto e a vossa alegria em tristeza. 10.Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará. 11.Meus irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de seu irmão, ou o julga, fala mal da Lei e julga a Lei. E se julgas a Lei, já não és observador da Lei, mas seu juiz. 12.Não há mais que um legislador e um juiz: aquele que pode salvar e perder. Mas quem és tu, que julgas o teu próximo?

Advertência aos ricos

13.Agora dizeis: “Hoje ou ama­nhã iremos à tal cidade, ficaremos ali um ano, comerciaremos e tiraremos o nosso lucro”. 14.E, entretanto, não sabeis o que acontecerá amanhã! Pois que é a vossa vida? Sois um vapor que aparece por um instante e depois se desvanece. 15.Em vez de dizerdes: “Se Deus quiser, viveremos e faremos esta ou aquela coisa”. 16.Mas agora vós vos jactais das vossas presunções. Toda jactância desse gênero é viciosa. 17.Aquele que souber fazer o bem, e não o faz, peca.

5.   1.Vós, ricos, chorai e gemei por causa das desgraças que sobre vós virão. 2.Vossas riquezas apodreceram e vossas roupas foram comidas pela traça. 3.Vosso ouro e vossa prata enferrujaram-se e a sua ferrugem dará testemunho contra vós e devorará vossas carnes como fogo. Entesourastes nos últi­mos dias! 4.Eis que o salário, que defraudastes aos trabalhadores que ceifavam os vossos campos, clama, e seus gritos de ceifadores chegaram aos ouvidos do Senhor dos exércitos. 5.Tendes vivido em delícias e em dissoluções sobre a terra, e saciastes os vossos corações para o dia da matança! 6.Condenas­tes e matastes o justo, e ele não vos resistiu.

Espera paciente da vinda do Senhor

7.Tende, pois, paciência, meus irmãos, até a vinda do Senhor. Vede o lavrador: ele aguarda o precioso fruto da terra e tem paciência até receber a chuva do outono e a da primavera.* 8.Tende também vós paciência e fortalecei os vossos corações, porque a vinda do Senhor está próxima. 9.Não vos queixeis uns dos outros, para que não sejais julgados. Eis que o juiz está à porta. 10.Tomai, irmãos, por modelo de paciência e de coragem os profetas, que falaram em nome do Senhor. 11.Vós sabeis que felicitamos os que suportam os sofrimentos de Jó. Vós conheceis o fim em que o Senhor o colocou, porque o Senhor é misericordioso e compassivo. 12.Antes de mais nada, meus irmãos, abstende-vos de jurar. Não jureis nem pelo céu nem pela terra, nem empregueis qualquer outra fórmula de juramento. Que vosso sim, seja sim; que vosso não, seja não. Assim não caireis no golpe do julgamento.

Unção dos doentes

13.Alguém entre vós está triste? Re­ze! Está alegre? Cante. 14.Está alguém enfermo? Chame os sacerdotes da Igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor.* 15.A oração da fé salvará o enfermo e o Senhor o restabelecerá. Se ele cometeu pecados, lhe serão perdoados. 16.Confessai os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros para serdes curados. A oração do justo tem grande eficácia. 17.Elias era um homem pobre como nós e orou com fervor para que não chovesse sobre a terra, e por três anos e seis meses não choveu. 18.Orou de novo, e o céu deu chuva, e a terra deu o seu fruto. 19.Meus irmãos, se alguém fizer voltar ao bom caminho algum de vós que se afastou para longe da verdade, 20.saiba: aquele que fizer um pecador retroceder do seu erro, salvará sua alma da morte e fará desaparecer uma multidão de pecados.

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