DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Tricentésimo dia: Parábolas do Reino e a mulher do fluxo de sangue

Na meditação de hoje, Jesus está ensinando uma multidão à beira do mar, utilizando parábolas para transmitir suas mensagens. Ele conta a parábola do semeador, explicando os diferentes resultados da semente lançada em diferentes tipos de solo. Jesus também fala sobre a importância de ouvir e entender suas parábolas, pois revelam o mistério do Reino de Deus. Ele continua ensinando diversas outras parábolas, como a parábola da candeia, do crescimento da semente e do grão de mostarda. Jesus também acalma uma tempestade no mar e cura um homem possesso. Ele ressuscita a filha de Jairo e cura uma mulher com fluxo de sangue. Em seguida, Jesus volta para sua cidade natal, onde enfrenta descrença por parte das pessoas. Ele envia seus discípulos em missão e realiza a primeira multiplicação dos pães. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 4, 5 e 6 do evangelho segundo São Marcos (Mc).

Marcos

PARÁBOLAS DO REINO

O semeador

4.   1.Jesus pôs-se novamente a ensinar, à beira do mar, e aglome­rou-se junto dele tão grande multidão, que ele teve de entrar numa barca, no mar, e toda a multidão ficou em terra na praia. 2.E ensinava-lhes muitas coisas em parábolas. Dizia-lhes na sua doutrina: 3.“Ouvi: Saiu o semeador a semear. 4.Enquanto lançava a semente, uma parte caiu à beira do caminho, e vieram as aves e a comeram. 5.Outra parte caiu no pedregulho, onde não havia muita terra; o grão germinou logo, porque a terra não era profunda; 6.mas, assim que o sol despontou, queimou-se e, como não tivesse raiz, secou. 7.Outra parte caiu entre os espinhos; estes cresceram, sufocaram-na e o grão não deu fruto. 8.Outra caiu em terra boa e deu fruto, cresceu e desenvolveu-se; um grão rendeu trinta, outro sessenta e outro cem”. 9.E dizia: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!”.* 10.Quando se acharam a sós, os que o cercavam e os Doze indagaram dele o sentido da parábola. 11.Ele disse-lhes: “A vós é revelado o mistério do Reino de Deus, mas aos que são de fora tudo se lhes propõe em parábolas.* 12.Desse modo, eles olham sem ver, escutam sem compreender, sem que se convertam e lhes seja perdoado”.* 13.E acrescentou: “Não entendeis essa parábola? Como entendereis então todas as outras? 14.O semea­dor semeia a palavra. 15.Alguns se encontram à beira do caminho, onde ela é semeada; apenas a ouvem, vem Satanás tirar a palavra neles semeada. 16.Outros recebem a semente em lugares pedregosos; quando a ouvem, recebem-na com alegria; 17.mas não têm raiz em si, são inconstantes, e assim que se levanta uma tribulação ou uma perseguição por causa da palavra, eles tropeçam. 18.Outros ainda recebem a semente entre os espinhos; ouvem a palavra, 19.mas as preocupações mundanas, a ilusão das riquezas, as múltiplas cobiças sufocam-na e a tornam infrutífera. 20.Aqueles que recebem a semente em terra boa escutam a palavra, acolhem-na e dão fruto, trinta, sessenta e cem por um”.

Outras parábolas

21.Dizia-lhes ainda: “Traz-se porventura a candeia para ser colocada debaixo do alqueire ou debaixo da cama? Não é para ser posta no candeeiro?* 22.Porque nada há oculto que não deva ser descoberto, nada secreto que não deva ser publicado. 23.Se alguém tem ouvidos para ouvir, que ouça”. 24.Ele prosseguiu: “Atendei ao que ouvis: com a medida com que medirdes, vos medirão a vós, e ain­da se vos acrescentará. 25.Pois, ao que tem, se lhe dará; e ao que não tem, se lhe tirará até o que tem”. 26.Dizia também: “O Reino de Deus é como um homem que lança a semente à terra. 27.Dorme, levanta-se, de noite e de dia, e a semente brota e cresce, sem ele o perceber. 28.Pois a terra por si mesma produz, primeiro a planta, depois a espiga e, por último, o grão abundante na espiga. 29.Quando o fruto amadurece, ele mete-lhe a foice, porque é chegada a colheita”.* 30.Dizia ele: “A quem compararemos o Reino de Deus? Ou com que parábola o representaremos? 31.É como o grão de mostarda que, quando é semeado, é a menor de todas as sementes. 32.Mas, depois de semeado, cresce, torna-se maior que todas as hortaliças e estende de tal modo os seus ramos, que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra”. 33.Era por meio de numerosas parábolas desse gênero que ele lhes anunciava a palavra, conforme eram capazes de compreender. 34.E não lhes falava, a não ser em parábolas; a sós, porém, explicava tudo a seus discípulos.

A tempestade acalmada

35.À tarde daquele dia, disse-lhes: “Passemos para o outro lado”. 36.Deixando o povo, levaram-no consigo na barca, assim como ele estava. Outras embarcações o escoltavam.* 37.Nisso, surgiu uma grande tormenta e lançava as ondas dentro da barca, de modo que ela já se enchia de água. 38.Jesus achava-se na popa, dormindo sobre um travesseiro. Eles acordaram-no e disseram-lhe: “Mestre, não te importa que pereçamos?”. 39.E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: “Silêncio! Cala-te!”. E cessou o vento e seguiu-se grande bonança. 40.Ele disse-lhes: “Como sois medrosos! Ainda não tendes fé?”. 41.Eles ficaram penetrados de grande temor e cochichavam entre si: “Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?”.

O possesso de Genesaré

5.   1.Passaram à outra margem do lago, ao território dos gerasenos. 2.Assim que saíram da barca, um homem possesso do espírito imundo saiu do cemitério 3.onde tinha seu refúgio e veio-lhe ao encontro. Não podiam atá-lo nem com cadeia, mesmo nos sepulcros, 4.pois tinha sido ligado muitas vezes com grilhões e cadeias, mas os despedaçara e ninguém o podia subjugar. 5.Sempre, dia e noite, andava pelos sepulcros e nos montes, gritando e ferindo-se com pedras. 6.Vendo Jesus de longe, correu e prostrou-se diante dele, gritando em alta voz: 7.“Que queres de mim, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te por Deus, que não me atormentes”. 8.É que Jesus lhe dizia: “Espírito imundo, sai deste homem!”. 9.Perguntou-lhe Jesus: “Qual é o teu nome?”. Respondeu-lhe: “Legião é o meu nome, porque somos muitos”. 10.E pediam-lhe com instância que não os lançasse fora daquela região. 11.Ora, uma grande manada de porcos andava pastando ali jun­to do monte. 12.E os espíritos suplicavam-lhe: “Manda-nos para os porcos, para entrarmos neles”. 13.Jesus lhos permitiu. Então, os espíritos imundos, tendo saído, entraram nos porcos; e a manada, de uns dois mil, precipitou-se no mar, afogando-se. 14.Fugiram os pastores e narraram o fato na cidade e pelos arredores. Então, saíram a ver o que tinha acontecido. 15.Aproximaram-se de Jesus e viram o possesso assentado, coberto com seu manto e calmo, ele que tinha sido possuído pela Legião. E o pânico apoderou-se deles. 16.As testemunhas do fato contaram-lhes como havia acontecido isso ao endemoninhado, e o caso dos porcos. 17.Começaram então a rogar-lhe que se retirasse da sua região. 18.Quando ele subia para a barca, veio o que tinha sido possesso e pediu-lhe permissão de acompa­nhá-lo. 19.Jesus não o admitiu, mas disse-lhe: “Vai para casa, para junto dos teus e anuncia-lhes tudo o que o Senhor fez por ti, e como se compadeceu de ti”. 20.Foi-se ele e começou a publicar, na Decápole, tudo o que Jesus lhe havia feito. E todos se admiravam.*

A filha de Jairo e a mulher doente

21.Tendo Jesus navegado outra vez para a margem oposta, de novo afluiu a ele uma grande multidão. Ele se achava à beira do mar, quando 22.um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo, se apresentou e, à sua vista, lançou-se a seus pés, 23.rogando-lhe com insistência: “Minha filhinha está nas últimas. Vem, impõe-lhe as mãos para que se salve e viva”. 24.Jesus foi com ele e grande multidão o seguia, comprimindo-o. 25.Ora, havia ali uma mulher que já por doze anos padecia de um fluxo de sangue. 26.Sofrera muito nas mãos de vários médicos, gastando tudo o que possuía, sem achar nenhum alívio; pelo contrário, piorava cada vez mais. 27.Tendo ela ouvido falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou-lhe no manto. 28.Dizia ela consigo: “Se tocar, ainda que seja na orla do seu manto, estarei curada”. 29.Ora, no mesmo instante se lhe estancou a fonte de sangue, e ela teve a sensação de estar curada. 30.Jesus percebeu imediatamente que saíra dele uma força e, voltando-se para o povo, perguntou: “Quem tocou minhas vestes?”. 31.Responderam-lhe os seus discípulos: “Vês que a multidão te comprime e perguntas: Quem me tocou?”. 32.E ele olhava em derredor para ver quem o fizera. 33.Ora, a mulher, atemorizada e trêmula, sabendo o que nela se tinha passado, veio lançar-se a seus pés e contou-lhe toda a verdade. 34.Mas ele lhe disse: “Filha, a tua fé te salvou. Vai em paz e sê curada do teu mal”. 35.Enquanto ainda falava, chegou alguém da casa do chefe da sinagoga, anunciando: “Tua filha morreu. Para que ainda incomodas o Mestre?”. 36.Ouvindo Jesus a notícia que era transmitida, dirigiu-se ao chefe da sinagoga: “Não temas; crê somente”. 37.E não permitiu que ninguém o acompanhasse, senão Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago. 38.Ao chegar à casa do chefe da sinagoga, viu o alvoroço e os que estavam chorando e fazendo grandes lamentações. 39.Ele entrou e disse-lhes: “Por que todo esse barulho e esses choros? A menina não morreu. Ela está dormindo”. 40.Mas riam-se dele. Contudo, tendo mandado sair todos, tomou o pai e a mãe da menina e os que levava consigo, e entrou onde a menina estava deitada. 41.Segurou a mão da menina e disse-lhe: “Talita cumi”, que quer dizer: “Menina, ordeno-te, levanta-te!”. 42.E imedia­tamente a menina se levantou e se pôs a caminhar (pois contava doze anos). Eles ficaram assombrados. 43.Ordenou-lhes seve­ramente que ninguém o soubesse e mandou que lhe dessem de comer.

Jesus em Nazaré

6.   1.Depois, ele partiu dali e foi para a sua pátria, seguido de seus discípulos. 2.Quando chegou o dia de sábado, começou a ensinar na sinagoga. Muitos o ouviam e, tomados de admiração, diziam: “Donde lhe vem isso? Que sabedo­ria é essa que lhe foi dada, e como se operam por suas mãos tão grandes milagres? 3.Não é ele o carpinteiro, o filho de Maria, o irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? Não vivem aqui entre nós também suas irmãs?”. E ficaram perplexos a seu respeito. 4.Mas Jesus disse-lhes: “Um profeta só é desprezado na sua pátria, entre os seus parentes e na sua própria casa”. 5.Não pôde fazer ali milagre algum. Curou apenas alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos. 6.Admirava-se ele da desconfiança deles. E, ensinando, percorria as aldeias circunvizinhas.

Missão dos apóstolos

7.Então, chamou os Doze e começou a enviá-los, dois a dois; e deu-lhes poder sobre os espíritos imundos. 8.Ordenou-lhes que não levassem coisa alguma para o cami­nho, senão somente um bordão; nem pão, nem mochila, nem dinheiro no cinto; 9.como calçado, unicamente sandálias, e que se não revestissem de duas túnicas. 10.E disse-lhes: “Em qualquer casa em que entrardes, ficai nela, até vos retirardes dali. 11.Se em algum lugar não vos receberem nem vos escutarem, saí dali e sacudi o pó dos vossos pés em testemunho contra ele”. 12.Eles partiram e pregaram a penitência. 13.Expeliam numerosos demônios, ungiam com óleo a muitos enfermos e os curavam.

Execução de João Batista

14.O rei Herodes ouviu falar de Jesus, cujo nome se tornara célebre. Dizia-se: “João Batista ressurgiu dos mortos e por isso o poder de fazer milagres opera nele”. 15.Uns afirmavam: “É Elias!” Diziam outros: “É um profeta como qualquer outro”. 16.Ouvindo isso, Herodes repetia: “É João, a quem mandei decapitar. Ele ressuscitou!”. 17.Pois o próprio Herodes mandara prender João e acorrentá-lo no cárcere, por causa de Herodíades, mulher de seu irmão Filipe, com a qual ele se tinha casado. 18.João tinha dito a Herodes: “Não te é permitido ter a mulher de teu irmão”. 19.Por isso, Herodíades o odiava e queria matá-lo, não o conseguindo, porém. 20.Pois Herodes respeitava João, sabendo que era um homem justo e santo; protegia-o e, quando o ouvia, sentia-se embaraçado. Mas, mesmo assim, de boa mente o ouvia. 21.Chegou, porém, um dia favorável em que Herodes, por ocasião do seu natalício, deu um banquete aos grandes de sua corte, aos seus oficiais e aos principais da Galileia. 22.A filha de Herodíades apresentou-se e pôs-se a dançar, com grande satisfação de Herodes e dos seus convivas. Disse o rei à moça: “Pede-me o que quiseres, e eu to darei”. 23.E jurou-lhe: “Tudo o que me pedires te darei, ainda que seja a metade do meu reino”. 24.Ela saiu e perguntou à sua mãe: “Que hei de pedir?”. E a mãe respondeu: “A cabeça de João Batista”. 25.Tornando logo a entrar apressadamente à presença do rei, exprimiu-lhe seu desejo: “Quero que sem demora me dês a cabeça de João Batista”. 26.O rei entristeceu-se; todavia, por causa da sua promessa e dos convivas, não quis recusar. 27.Sem tardar, enviou um carrasco com a ordem de trazer a cabeça de João. Ele foi, decapitou João no cárcere, 28.trouxe a sua cabeça num prato e a deu à moça, e esta a entregou à sua mãe. 29.Ouvindo isso, os seus discípulos foram tomar o seu corpo e o depositaram num sepulcro.

Primeira multiplicação dos pães

30.Os apóstolos voltaram para junto de Jesus e contaram-lhe tudo o que haviam feito e ensinado. 31.Ele disse-lhes: “Vinde à parte, para algum lugar deserto e descansai um pouco.” Porque eram muitos os que iam e vinham e nem tinham tempo para comer. 32.Partiram na barca para um lugar solitário, à parte. 33.Mas viram-nos partir. Por isso, muitos deles perceberam para onde iam, e de todas as cidades acorreram a pé para o lugar aonde se dirigiam, e chegaram primeiro que eles. 34.Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e compadeceu-se dela, porque era como ovelhas que não têm pastor. E começou a ensinar-lhes muitas coisas. 35.A hora já estava bem avançada quando se achegaram a ele os seus discípulos e disseram: “Este lugar é deserto, e já é tarde. 36.Despede-os, para irem aos sítios e aldeias vizinhas a comprar algum alimento”. 37.Mas ele respondeu-lhes: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. Replicaram-lhe: “Iremos comprar duzentos dená­rios de pão para dar-lhes de comer?”. 38.Ele perguntou-lhes: “Quantos pães tendes? Ide ver”. Depois de se terem informado, disseram: “Cinco, e dois peixes”. 39.Ordenou-lhes que mandassem todos sentar-se, em grupos, na relva verde. 40.E assentaram-se em grupos de cem e de cinquenta. 41.Então, tomou os cinco pães e os dois peixes e, erguendo os olhos ao céu, abençoou-os, partiu-os e os deu a seus discípulos, para que lhos distribuíssem, e repartiu entre todos os dois peixes. 42.Todos comeram e ficaram fartos. 43.Recolheram do que sobrou doze cestos cheios de pedaços, e os restos dos peixes. 44.Foram cinco mil os homens que haviam comido daqueles pães. 45.Imediatamente ele obrigou os seus discípulos a subirem para a barca, para que chegassem antes dele à outra margem, em frente de Betsaida, enquanto ele mesmo despedia o povo.

Jesus caminha sobre as ondas

46.E despedido que foi o povo, retirou-se ao monte para orar. 47.À noite, achava-se a barca no meio do lago e ele, a sós, em terra. 48.Vendo-os se fatigarem em remar, sendo-lhes o vento contrário, foi ter com eles pela quarta vigília da noite, andando por cima do mar, e fez como se fosse passar ao lado deles.* 49.À vista de Jesus, caminhando sobre o mar, pensaram que fosse um fantasma e gritaram; 50.pois todos o viram e se assustaram. Mas ele logo lhes falou: “Tranquilizai-vos, sou eu; não vos assusteis!”. 51.E subiu para a barca, junto deles, e o vento cessou. Todos se achavam tomados de um extremo pavor, 52.pois ainda não tinham compreendido o caso dos pães; os seus corações estavam insensíveis.

Novos milagres

53.Navegaram para o outro lado e chegaram à região de Genesaré, onde aportaram. 54.Assim que saíram da barca, o povo o reconheceu. 55.Percorrendo toda aquela região, começaram a levar, em leitos, os que padeciam de algum mal, para o lugar onde ouviam dizer que ele se encontrava. 56.Onde quer que ele entrasse, fosse nas aldeias ou nos povoados, ou nas cidades, punham os enfermos nas ruas e pe­diam-lhe que os deixasse tocar ao menos na orla de suas vestes. E todos os que tocavam em Jesus ficavam sãos.

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