DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Tricentésimo primeiro dia: Jesus confrontando os fariseus sobre tradições e pureza

Continuando o nosso desafio, meditaremos nos capítulos onde os fariseus questionam Jesus sobre o fato de seus discípulos não seguirem as tradições antigas. Jesus rebate, dizendo que eles se apegam mais às tradições dos homens do que aos mandamentos de Deus. O texto relata alguns milagres realizados por Jesus, como a cura de uma mulher cuja filha estava possuída por um demônio e a cura de um homem surdo-mudo. Também menciona a multiplicação dos pães para alimentar uma multidão. Jesus alerta seus discípulos sobre o fermento dos fariseus e ensina sobre a importância de negar a si mesmo e seguir a Deus. Ele também profetiza sobre sua morte e ressurreição. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 7, 8 e 9 do evangelho segundo São Marcos (Mc).

Marcos

Discussão com os fariseus

7.   1.Os fariseus e alguns dos escribas vindos de Jerusalém tinham se reunido em torno dele. 2.E perceberam que alguns dos seus discípulos comiam o pão com as mãos impuras, isto é, sem as lavar. 3.(Com efeito, os fariseus e todos os judeus, apegando-se à tradição dos antigos, não comem sem lavar cuidadosamente as mãos; 4.e, quando voltam do mercado, não comem sem ter feito abluções. E há muitos outros costumes que observam por tradição, como lavar os copos, os jarros e os pratos de metal) 5.Os fariseus e os escribas perguntaram-lhe: “Por que não andam os teus discípulos conforme a tradição dos antigos, mas comem o pão com as mãos impuras?”. 6.Jesus disse-lhes: “Isaí­as com muita razão profetizou de vós, hipócritas, quando escreveu: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. 7.Em vão, pois, me cultuam, porque ensinam doutrinas e preceitos humanos (29,13). 8.Deixando o mandamento de Deus, vos apegais à tradição dos homens”. 9.E Jesus acrescentou: “Na realidade, invalidais o mandamento de Deus para estabelecer a vossa tradição. 10.Pois Moisés disse: Honra teu pai e tua mãe; e: Todo aquele que amaldiçoar pai ou mãe seja morto. 11.Vós, porém, dizeis: Se alguém disser ao pai ou à mãe: Qualquer coisa que de minha parte te pudesse ser útil é corban, isto é, oferta,* 12.e já não lhe deixais fazer coisa alguma a favor de seu pai ou de sua mãe, 13.anulando a Palavra de Deus por vossa tradição que vós vos transmitistes. E fazeis ainda muitas coisas semelhantes”. 14.Tendo chamado de novo a turba, dizia-lhes: “Ouvi-me todos, e entendei. 15.Nada há fora do homem que, entrando nele, o possa manchar; mas o que sai do homem, isso é que mancha o homem. 16.[A bom entendedor meia palavra basta.]”. 17.Quando deixou o povo e entrou em casa, os seus discípulos perguntaram-lhe acerca da parábola. 18.Respondeu-lhes: “Sois também vós assim ignorantes? Não compreendeis que tudo o que de fora entra no homem não o pode tornar impuro, 19.porque não lhe entra no coração, mas vai ao ventre e dali segue sua Lei natural?”. Assim ele declarava puros todos os alimentos. E acrescentava: 20.“Ora, o que sai do homem, isso é que mancha o homem. 21.Porque é do interior do coração dos homens que procedem os maus pensamentos: devassidões, roubos, assassinatos, 22.adultérios, cobiças, perversidades, fraudes, desonestidade, inveja, difamação, orgulho e insensatez. 23.Todos estes vícios procedem de dentro e tornam impuro o homem”.

A cananeia

24.Em seguida, deixando aquele lugar, foi para a terra de Tiro e de Sidônia. E tendo entrado numa casa, não quis que ninguém o soubesse. Mas não pôde ficar oculto, 25.pois uma mulher, cuja filha possuía um espírito imundo, logo que soube que ele estava ali, entrou e caiu a seus pés. 26.(Essa mulher era pagã, de origem siro-fenícia.) Ora, ela suplicava-lhe que expelisse de sua filha o demônio. 27.Disse-lhe Jesus: “Deixa primeiro que se fartem os filhos, porque não fica bem tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cães”. 28.Mas ela respondeu: “É verdade, Senhor; mas também os cachorrinhos debaixo da mesa comem das migalhas dos filhos”. 29.Jesus respondeu-lhe: “Por causa desta palavra, vai-te, que saiu o demônio, de tua filha”. 30.Voltou ela para casa e achou a menina deitada na cama. O demônio havia saído.

Milagre do surdo-mudo

31.Ele deixou de novo as fronteiras de Tiro e foi por Sidônia ao mar da Galileia, no meio do território da Decápole. 32.Ora, apresentaram-lhe um surdo-mudo, rogando-lhe que lhe impusesse a mão. 33.Jesus tomou-o à parte dentre o povo, pôs-lhe os dedos nos ouvidos e tocou-lhe a língua com saliva. 34.E levantou os olhos ao céu, deu um suspiro e disse-lhe: “Éfeta!”, que quer dizer “abre-te!” 35.No mesmo instante, os ouvidos se lhe abriram, a prisão da língua se lhe desfez e ele falava perfeitamente. 36.Proibiu-lhes que o dissessem a alguém. Mas quanto mais lhes proibia, tanto mais o publi­cavam. 37.E tanto mais se admiravam, dizendo: “Ele fez bem todas as coisas. Fez ouvirem os surdos e falarem os mudos!”.

Segunda multiplicação dos pães

8.   1.Naqueles dias, como fosse novamente numerosa a multidão, e não tivessem o que comer, Jesus convocou os discípulos e lhes disse: 2.“Tenho compaixão deste povo. Já há três dias perseveram comigo e não têm o que comer. 3.Se os despedir em jejum para suas casas, desfalecerão no caminho; e alguns deles vieram de longe!”. 4.Seus discípulos responderam-lhe: “Como poderá alguém fartá-los de pão aqui no deserto?”. 5.Mas ele perguntou-lhes: “Quantos pães tendes?” “Sete” –, responderam. 6.Mandou então que o povo se assentasse no chão. Tomando os sete pães, deu graças, partiu-os e entregou-os a seus discípulos, para que os distribuíssem e eles os distribuíram ao povo. 7.Tinham também alguns peixinhos. Ele os abençoou e mandou também distribuí-los. 8.Comeram e ficaram fartos, e dos pedaços que sobraram levantaram sete cestos. 9.Ora, os que comeram eram cerca de quatro mil pessoas. Em seguida, Jesus os despediu. 10.E, embarcando depois com seus discípulos, foi para o território de Dalmanuta.

Os fariseus reclamam um prodígio, acautelar-se deles

11.Vieram os fariseus e puseram-se a disputar com ele e pediram-lhe um sinal do céu, para pô-lo à prova. 12.Jesus, porém, suspirando no seu coração, disse: “Por que pede esta geração um sinal? Em verdade vos digo: jamais lhe será dado um sinal”. 13.Deixou-os e seguiu de barca para a outra margem. 14.Aconteceu que eles haviam esquecido de levar pães consigo. Na barca havia um único pão. 15.Jesus advertiu-os: “Abri os olhos e acautelai-vos do fermento dos fariseus e do fermento de Herodes!”.* 16.E eles comentavam entre si que era por não terem pão. 17.Jesus percebeu-o e disse-lhes: “Por que discutis por não terdes pão? Ainda não tendes refletido nem compreendido? Tendes, pois, o coração insensível? 18.Tendo olhos, não vedes? E tendo ouvidos, não ouvis? Não vos lembrais mais? 19.Ao partir eu os cinco pães entre os cinco mil, quantos cestos recolhestes cheios de pedaços?”. Responderam-lhe: “Doze”. 20.“E quando eu parti os sete pães entre os quatro mil homens, quantos cestos de pedaços levantastes?” “Sete” – responderam-lhe. 21.Jesus disse-lhes: “Como é que ainda não entendeis?”.

Cura de um cego

22.Chegando eles a Betsaida, trouxeram-lhe um cego e suplicaram-lhe que o tocasse. 23.Jesus tomou o cego pela mão e levou-o para fora da aldeia. Pôs-lhe saliva nos olhos e, impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe: “Vês alguma coisa?”. 24.O cego levantou os olhos e respondeu: “Vejo os homens como árvores que andam”. 25.Em seguida, Jesus lhe impôs as mãos nos olhos e ele começou a ver e ficou curado, de modo que via distintamente de longe. 26.E mandou-o para casa, dizendo-lhe: “Não entres nem mesmo na aldeia”.

Pedro proclama sua fé em Jesus

27.Jesus saiu com os seus discípulos para as aldeias de Cesareia de Filipe, e pelo caminho perguntou-lhes: “Quem dizem os homens que eu sou?”. 28.Responderam-lhe os discípulos: “João Batista; outros, Elias; outros, um dos profetas”. 29.Então, perguntou-lhes Jesus: “E vós, quem dizeis que eu sou?”. Respondeu Pedro: “Tu és o Cristo”.* 30.E ordenou-lhes severamente que a ninguém dissessem nada a respeito dele.*

Primeiro anúncio da Paixão

31.E começou a ensinar-lhes que era necessário que o Filho do Homem padecesse muito, fosse rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e pelos escribas, e fosse morto, mas ressuscitasse depois de três dias. 32.E falava-lhes abertamente dessas coisas. Pedro, tomando-o à parte, começou a repreendê-lo. 33.Mas, voltando-se ele, olhou para os seus discípulos e repreendeu a Pedro: “Afasta-te de mim, Satanás, porque teus sentimentos não são os de Deus, mas os dos homens”. 34.Em seguida, convocando a multidão juntamente com os seus discípulos, disse-lhes: “Se alguém me quer seguir, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. 35.Porque o que quiser salvar a sua vida, irá perdê-la; mas o que perder a sua vida por amor de mim e do Evangelho, irá salvá-la. 36.Pois que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a sua vida?* 37.Ou que dará o homem em troca da sua vida? 38.Porque, se nesta geração adúltera e pecadora alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai com os seus santos anjos”.

9.   1.E dizia-lhes: “Em verdade vos digo: dos que aqui se acham, alguns há que não experimentarão a morte, enquanto não virem chegar o Reino de Deus com poder”.*

Transfiguração

2.Seis dias depois, Jesus tomou consigo a Pedro, Tiago e João, e conduziu-os a sós a um alto monte. E 3.transfigurou-se diante deles. Suas vestes tornaram-se resplandecentes e de uma brancura tal, que nenhum lavadeiro sobre a terra as pode fazer assim tão brancas. 4.Apareceram-lhes Elias e Moisés, e falavam com Jesus. 5.Pedro tomou a palavra: “Mestre, é bom para nós estarmos aqui; faremos três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. 6.Com efeito, não sabia o que falava, porque estavam sobremaneira atemorizados.* 7.Formou-se então uma nuvem que os encobriu com a sua sombra; e da nuvem veio uma voz: “Este é o meu Filho muito amado; ouvi-o”. 8.E olhando eles logo em derredor, já não viram ninguém, senão só a Jesus com eles. 9.Ao descerem do monte, proibiu-lhes Jesus que contassem a quem quer que fosse o que tinham visto, até que o Filho do Homem houvesse ressurgido dos mortos. 10.E guardaram esta recomendação consigo, perguntando entre si o que significaria: “Ser ressuscitado dentre os mortos”. 11.Depois lhe perguntaram: “Por que dizem os fariseus e os escribas que primeiro deve voltar Elias?”.* 12.Respondeu-lhes: “Elias deve voltar primeiro e restabelecer tudo em ordem. Como então está escrito acerca do Filho do Homem que deve padecer muito e ser desprezado?* 13.Mas digo-vos que também Elias já voltou e fizeram-lhe sofrer tudo quanto quiseram, como está escrito dele”.*

O jovem epiléptico

14.Depois, aproximando-se dos discípulos, viu ao redor deles grande multidão, e os escribas a discutir com eles. 15.Todo aquele povo, vendo de surpresa Jesus, acorreu a ele para saudá-lo. 16.Ele lhes perguntou: “Que estais discutindo com eles?”. 17.Res­pondeu um homem dentre a multidão: “Mestre, eu te trouxe meu filho, que tem um espírito mudo. 18.Este, onde quer que o apanhe, lança-o por terra e ele espuma, range os dentes e fica endurecido. Roguei a teus discípulos que o expelissem, mas não o puderam”. 19.Respondeu-lhes Jesus: “Ó geração incrédula, até quando estarei convosco? Até quando vos hei de aturar? Trazei-o a mim!”. 20.Eles lho trouxeram. Assim que o menino avistou Jesus, o espírito o agitou fortemente. Caiu por terra e revolvia-se espumando. 21.Jesus perguntou ao pai: “Há quanto tempo lhe acontece isto?” “Desde a infância – respondeu-lhe –. 22.E o tem lançado muitas vezes ao fogo e à água, para o matar. Se tu, porém, podes alguma coisa, ajuda-nos, compadece-te de nós!” 23.Disse-lhe Jesus: “Se podes alguma coisa!… Tudo é possível ao que crê”.* 24.Imediatamente exclamou o pai do menino: “Creio! Vem em socorro à minha falta de fé!”. 25.Vendo Jesus que o povo afluía, intimou o espírito imundo e disse-lhe: “Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: sai deste menino e não tornes a entrar nele”. 26.E, gritando e maltratando-o extremamente, saiu. O menino ficou como morto, de modo que muitos diziam: “Morreu…”. 27.Jesus, porém, tomando-o pela mão, ergueu-o e ele levantou-se. 28.Depois de entrar em casa, os seus discípulos perguntaram-lhe em particular: “Por que não pudemos nós expeli-lo?”. 29.Ele disse-lhes: “Esta espécie de demônios não se pode expulsar senão pela oração”.

Segundo anúncio

30.Tendo partido dali, atravessaram a Galileia. Não queria, porém, que ninguém o soubesse. 31.E ensinava os seus discípulos: “O Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens, e o matarão; e ressuscitará três dias depois de sua morte”. 32.Mas não entendiam essas palavras; e tinham medo de lho perguntar.

Atitudes de discípulos

33.Em seguida, voltaram para Cafarnaum. Quando já estava em casa, Jesus perguntou-lhes: “De que faláveis pelo caminho?”. 34.Mas eles calaram-se, porque pelo caminho haviam discutido entre si qual deles seria o maior. 35.Sentando-se, chamou os Doze e disse-lhes: “Se alguém quer ser o primeiro, seja o último de todos e o servo de todos”. 36.E tomando um menino, colocou-o no meio deles; abraçou-o e disse-lhes: 37.“Todo o que recebe um destes meninos em meu nome, a mim é que recebe; e todo o que recebe a mim, não me recebe, mas aquele que me enviou”. 38.João disse-lhe: “Mestre, vimos alguém, que não nos segue, expulsar demônios em teu nome, e lho proibimos”.* 39.Jesus, porém, disse-lhe: “Não lho proibais, porque não há ninguém que faça um prodígio em meu nome e em seguida possa falar mal de mim. 40.Pois quem não é contra nós, é a nosso favor. 41.E quem vos der de beber um copo de água porque sois de Cristo, digo-vos em verdade: não perderá a sua recompensa. 42.Mas todo o que fizer cair no pecado a um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que uma pedra de moinho lhe fosse posta ao pescoço e o lançassem ao mar! 43.Se a tua mão for para ti ocasião de queda, corta-a; melhor te é entrares na vida aleijado do que, tendo duas mãos, ires para a geena, para o fogo inextinguível 44.[onde o seu verme não morre e o fogo não se apaga]. 45.Se o teu pé for para ti ocasião de queda, corta-o fora; melhor te é entrares coxo na vida eterna do que, tendo dois pés, seres lançado à geena do fogo inextinguível 46.[onde o seu verme não morre e o fogo não se apaga].* 47.Se o teu olho for para ti ocasião de queda, arranca-o; melhor te é entrares com um olho de menos no Reino de Deus do que, tendo dois olhos, seres lançado à geena do fogo, 48.onde o seu verme não morre e o fogo não se apaga.* 49.Porque todo homem será salgado pelo fogo.* 50.O sal é uma boa coisa; mas se ele se tornar insípido, com que lhe restituireis o sabor? Tende sal em vós e vivei em paz uns com os outros”.

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