DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Sexagésimo segundo dia: Valente guerreiro, Gedeão

Dando continuidade, hoje meditamos o belíssimo cântico da grande profetiza e juíza Débora, que recapitula as vitórias do povo de Israel nas batalhas contra os povos estrangeiros da terra de Canaã. Mas, o povo novamente cai na infidelidade para com o Senhor e Ele os entrega nas mãos dos madianitas por sete anos, então o povo clama ao Senhor Deus, em tempo que Deus suscita Gedeão, quando o anjo do Senhor lhe aparece e diz: “O Senhor está contigo, valente guerreiro!” Mesmo com uma resposta desesperançosa de Gedeão, ele vai assumindo aos poucos esta experiência com o Senhor e conquista grandes vitórias na liderança dos guerreiros de Israel. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos  capítulos 5, 6, 7 e 8 do livro dos Juízes (Jz).

Livro de Juízes

Cântico de Débora

5.   1.Naquele dia, Débora cantou este cântico, com Barac, filho de Abinoem: 2.“Desatou-se a cabeleira em Israel, o povo ofereceu-se para o combate: bendizei o Senhor! 3.Reis, ouvi! Estai atentos, ó príncipes! Sou eu, eu que vou cantar ao Senhor. Vou proferir um salmo ao Senhor, Deus de Israel! 4.Senhor, quando saístes de Seir, quando surgistes dos campos de Edom, a terra tremeu, os céus se entornaram, as nuvens desfizeram-se em água, 5.abalaram-se as montanhas diante do Senhor, nada menos que o Sinai, diante do Senhor, Deus de Israel! 6.Nos dias de Samgar, filho de Anat, nos dias de Jael, estavam desertos os caminhos, e os viajantes seguiam veredas tortuosas. 7.Desertos se achavam os campos em Israel, desertos, senão quando eu, Débora, me levantei, me levantei como uma mãe em Israel. 8.Israel escolhera deuses novos, e logo a guerra lhe bateu às portas, e não havia um escudo nem uma lança entre os quarenta mil de Israel. 9.Meu coração bate pelos chefes de Israel, pelos que se ofereceram voluntariamente entre o povo: bendizei o Senhor! 10.Vós que cavalgais jumentas brancas, sentados sobre tapetes, a galopar pelas estradas, cantai! 11.A voz dos arqueiros, junto dos bebedouros, celebre as vitórias do Senhor, as vitórias dos seus chefes em Israel! Então o povo do Senhor desceu às portas. 12.Desperta, desperta, Débora! Desperta, desperta, canta um hino! Levanta-te, Barac! Toma os teus prisioneiros, filho de Abinoem! 13.E agora descei, sobreviventes do meu povo. Senhor, descei para junto de mim entre estes heróis. 14.De Efraim vêm os habitantes de Amalec; seguindo-te, marcha Benjamim com as tropas; de Maquir vêm os príncipes, e de Zabulon os guias com o bastão. 15.Os príncipes de Issacar estão com Débora; Issacar marcha com Barac e segue-lhe as pisadas na planície. Junto aos regatos de Rúben grandes foram as deliberações do coração. 16.Por que ficaste junto ao aprisco, a ouvir a música dos pastores? Junto aos regatos de Rúben grandes foram as deliberações do coração. 17.Galaad ficou em sua casa, além do Jordão; e Dã, por que habita junto dos navios? Aser assentou-se à beira do mar e ficou descansando nos seus portos. 18.Zabulon, porém, é um povo que desafia a morte, e da mesma forma Neftali, sobre os planaltos. 19.Vieram os reis e travaram combate; e travaram combate os reis de Canaã em Tanac, junto às águas de Meguido; mas não levaram espólio em dinheiro. 20.Desde o céu as estrelas combateram, de suas órbitas combateram contra Sísara, 21.e a torrente de Quison os arrastou, a velha torrente, a torrente de Quison. Marcha, ó minha alma, resolutamente! 22.Ouviu-se, então, o troar dos cascos dos cavalos, ao tropel, ao tropel dos cavaleiros. 23.Amaldiçoai Meroz, disse o anjo do Senhor, amaldiçoai, amaldiçoai seus habitantes! Porque não vieram em socorro do Senhor, em socorro do Senhor, com os guerreiros. 24.Bendita seja entre as mulheres, Jael, mulher de Héber, o quenita! Entre as mulheres da tenda seja bendita! 25.Ao que pediu água ofereceu leite; serviu nata em taça nobre. 26.Com uma das mãos segurou o prego, e com a outra o martelo de operário, e malhou Sísara, espedaçando-lhe a cabeça, e esmagou-lhe a fonte e a transpassou. 27.Aos seus pés ele vergou, tombou, ficou; aos seus pés ele vergou, tombou. Onde vergou, ali tombou abatido! 28.Da janela, através das persianas, a mãe de Sísara olha e clama: ‘Por que tarda em chegar o seu carro?! Por que demoram tanto as suas carruagens?!’. 29.As mais sábias das damas lhe respondem, e ela mesma o repete a si própria: 30.‘Devem ter achado despojos, e os repartem: uma moça, duas moças para cada homem, despojos de tecidos multicores para Sísara, despojos de tecidos multicores, recamados; uma veste bordada, dois brocados, para os ombros do vencedor’. 31.Assim pereçam, Senhor, todos os vossos inimigos! E os que vos amam sejam como o sol quando nasce resplendente”. 32.E repousou a terra durante quarenta anos.

Gedeão

6.   1.Os israelitas fizeram o mal aos olhos do Senhor, e o Senhor os entregou nas mãos dos madianitas durante sete anos. 2.A mão de Madiã pesou rudemente sobre Israel. Por medo dos madianitas, os filhos de Israel refugiaram-se nas cavernas das montanhas, em cavernas e fortificações. 3.Quando Israel semeava, subia Madiã com Amalec e os filhos do orien­te, para atacá-lo. 4.Acampavam defronte deles e devastavam as suas plantações até a vizinhança de Gaza, e não deixavam aos israelitas provisão alguma, nem ovelhas, nem bois, nem jumentos. 5.Subiam com todos os seus rebanhos e tendas, semelhantes a uma nuvem de gafanhotos, e essa multidão inumerável de homens e camelos subia e devastava a terra. 6.Os israelitas ficaram desse modo extenuados pelos madianitas e clamaram ao Senhor. 7.E, tendo eles clamado ao Senhor, pedindo socorro contra os madianitas, o Senhor mandou-lhes um profeta, 8.que lhes disse: “Eis o oráculo do Senhor, Deus de Israel: Eu vos fiz sair do Egito e vos tirei da servidão; 9.livrei-vos da mão dos egípcios e de vossos opressores; expulsei-os de diante de vós e dei-vos a sua terra. 10.E eu vos disse: ‘Eu sou o Senhor, vosso Deus: não adorareis os deuses dos amorreus, em cuja terra ides habitar. Mas não ouvistes a minha voz’.” 11.Depois veio o anjo do Senhor e sentou-se debaixo do terebinto de Efra, que pertencia a Joás, da família de Abiezer. Gedeão, seu filho, estava limpando o trigo no lagar, para escondê-lo dos madia­nitas. 12.O anjo do Senhor apareceu-lhe e disse-lhe: “O Senhor está contigo, valente guerreiro!”. 13.Gedeão respondeu: “Ah, meu senhor, se o Senhor está conos­co, por que nos vieram todos esses males? Onde estão aqueles prodígios que nos contaram nossos pais, dizendo: ‘O Senhor fez-nos verdadeiramente sair do Egito?’. Agora, o Senhor abandonou-nos e entregou-nos nas mãos dos madianitas”. 14.Então o Senhor, voltando-se para ele: “Vai – disse – com essa força que tens e livra Israel dos madianitas. Porventura não sou eu que te envio?”. 15.“Ó Senhor – respondeu Gedeão – com que livrarei eu Israel? Minha família é a última de Manas­sés, e eu sou o menor na casa de meu pai.” 16.O Senhor replicou: “Eu estarei con­tigo e tu derrotarás os madianitas como se fossem um só homem”. 17.Prosseguiu Gedeão: “Se encontrei graça aos vossos olhos, provai-me por um sinal que sois vós quem me falais. 18.Não vos afasteis daqui até que eu volte trazendo uma oferta e a ponha diante de vós”. “Esperarei – respondeu o Senhor – até que voltes.” 19.Gedeão entrou em sua casa, preparou um cabrito e fez pães sem fermento com um efá de farinha. Pôs a carne em um cesto e o caldo numa panela, levou tudo debaixo do terebinto e lhe ofereceu. 20.O anjo do Senhor disse-lhe: “Toma a carne e os pães sem fermento, põe-nos sobre aquela pedra e derrama por cima o caldo”. Ele assim o fez. 21.Então, o anjo do Senhor estendeu a ponta da vara que tinha na mão, tocou a carne com os pães sem fermento, e imediatamente jorrou fogo da rocha que consumiu a carne e os pães sem fermento; e o anjo do Senhor desapareceu de seus olhos. 22.Gedeão reconheceu que era o anjo do Senhor e exclamou: “Ai de mim, Senhor Javé, que vi o anjo do Senhor face a face”. 23.O Senhor disse-lhe: “Tranquiliza-te; não temas, não morrerás”. 24.Ge­deão edificou ali um altar ao Senhor e chamou-o Javé-Shalom. Esse altar existe ainda hoje em Efra de Abiezer. * 25.Durante a noite, disse-lhe o Senhor: “Toma o novilho de teu pai e um segundo touro de sete anos; destrói o altar de Baal de teu pai e faze o mesmo com o ídolo de madeira que está junto dele. 26.Edificarás então um altar ao Senhor, teu Deus, em cima dessa pedra, depois de a teres preparado. Tomarás o segundo touro e o oferecerás em holocausto usando a madeira do ídolo que tiveres cortado”. 27.Gedeão escolheu dez dos seus servos e fez o que o Senhor lhe tinha ordenado. Temendo, porém, a família de seu pai e os habitantes da cidade, não o quis fazer durante o dia; executou tudo durante a noite. 28.Chegada a manhã, quando os habitantes da cidade se levantaram, eis que viram o altar de Baal derrubado por terra, o ídolo vizinho cortado, e o segundo touro queimado em holocausto sobre o novo altar. 29.“Quem fez isto?” – perguntaram uns aos outros. Depois de haverem buscado e investigado cuidadosamente, foi-lhes dito: “Foi Gedeão, filho de Joás”. 30.Disseram então a Joás: “Faze vir aqui o teu filho, para que seja morto, porque ele derrubou o altar de Baal e cortou o ídolo de madeira que estava perto!”. 31.Joás respondeu a todos os que o interpelavam: “Porventura sois vós que deveis tomar o partido de Baal? Sois vós que deveis socorrê-lo? Pois aquele que tomar o partido de Baal será morto hoje mesmo. Se Baal é deus, que defenda ele mesmo a sua causa, pois derrubaram o seu altar!”. 32.Daquele dia em diante, Gedeão foi chamado Jerobaal, dizendo: “Que Baal defenda a sua causa contra ele, pois ele derrubou o seu altar!”. 33.Todos os madianitas, os amalecitas e os filhos do oriente se tinham coligado e, tendo passado o Jordão, acamparam no vale de Jezrael. 34.O Espírito do Senhor apoderou-se de Gedeão, o qual, tocando a trombeta, convocou os filhos de Abiezer para que o seguissem. 35.Enviou mensageiros por toda a tribo de Manassés, que se reuniu para segui-lo; e enviou também mensageiros às tribos de Aser, de Zabulon e de Neftali, e todos vieram juntar-se a ele. 36.Gedeão disse a Deus: “Se quereis realmente salvar Israel por meio de minha mão, como o dissestes, 37.eis que vou estender um velo de lã na eira: se o orvalho cair só no velo, ficando toda a terra seca, reconhecerei que é por minha mão que livrareis Israel, como o disses­tes”. 38.E assim aconteceu. Levantando-se Gedeão no dia seguinte pela manhã, espremeu a lã e encheu um copo de orvalho. 39.Gedeão disse a Deus: “Não se acenda contra mim a vossa cólera se vos falo ainda uma vez! Só quero fazer mais uma prova com o velo: peço que só a lã fique seca e o orvalho molhe toda a terra em redor”. 40.E Deus assim o fez naquela noite: só o velo ficou seco, enquanto todo o solo estava coberto de orvalho.

7.   1.Jerobaal, isto é, Gedeão, levantando-se no dia seguinte bem cedo, foi acampar na fonte de Harod com todo o povo que o acompanhava. O acampamento madianita encontrava-se ao norte da colina de Moré, na planície. 2.O Senhor disse a Gedeão: “A gente que levas contigo é numerosa demais para que eu entregue Madiã em suas mãos. Israel poderia gloriar-se à minha custa, dizendo: ‘Foi a minha mão que me livrou’. 3.Manda, pois, publicar esse aviso para que todos o ouçam: quem for medroso ou tímido, volte para trás e deixe a montanha de Gelboé”. Vinte e dois mil homens voltaram, ficando ainda dez mil. 4.O Senhor disse a Gedeão: “Ainda há gente demais. Faze-os descer às águas e ali farei uma escolha. Aquele que eu te disser que irá contigo, este te seguirá; e aquele que eu não te designar, ficará”. 5.Gedeão fez, pois, descer o povo junto às águas e o Senhor disse-lhe: “Porás à parte todos aqueles que lamberem a água com a língua, como faz o cão, e de outro lado aqueles que se puserem de joelhos para beber”. 6.Ora, o número dos que lamberam a água, levando-a com a mão à boca, foi de trezentos homens; todo o resto do povo se pusera de joelhos para beber. 7.O Senhor disse a Gedeão: “Com os trezentos homens que lamberam a água, vos salvarei e entregarei Madiã nas tuas mãos. Todo o resto do povo volte para a sua ca­sa”. 8.Gedeão guardou os víveres do povo e suas trombetas e despediu todos os israelitas, cada um para a sua tenda, só conservando os trezentos homens. O acampamento madianita estava embaixo, na planície. 9.Durante a noite seguinte, o Senhor disse a Gedeão: “Levanta-te e ataca o acampamento, pois eu entreguei em tuas mãos. 10.Todavia, se tens medo de descer só, leva contigo Fara, teu servo. 11.Ouvirás o que eles dizem, e te sentirás assim encorajado para atacar o acampamento”. Gedeão desceu, pois, com Fara, seu servo, até onde estavam os postos avançados do acampamento. 12.Ora, os madianitas, os amalecitas e todos os filhos do oriente estavam espalhados pelo vale, tão numerosos como gafanhotos e seus camelos eram também inumeráveis como a areia das praias. 13.No momento em que Gedeão se aproximou, um homem estava justamente contando um sonho ao seu companheiro: “Eis – dizia ele – o sonho que tive: Um pão de cevada rolava sobre o acampamento de Madiã e, chocando-se com a tenda, lançou-a completamente por terra”. O companheiro respondeu: 14.“Isso não é outra coisa senão a espada de Gedeão, filho de Joás, o israelita. Deus entregou em suas mãos Madiã e todo o acampamento”. 15.Tendo ouvido a narração e a interpretação desse sonho, Gedeão prostrou-se por terra. Voltou ao acampamento israelita e disse: “Levantai-vos, porque o Senhor vos entregou nas mãos o acampamento dos madianitas!”. 16.Dividiu os trezentos homens em três grupos e pôs nas mãos de todos trombetas e ânforas vazias, levando estas dentro uma tocha acesa. 17.“Olhai para mim – disse ele – e fazei como eu. Quando eu chegar aos limites do acampamento, fazei o que eu fizer. 18.Tocarei a trombeta com aqueles que me acompanham, e então tocareis também as vossas em volta de todo o acampamento, gritando: ‘Pelo Senhor e por Gedeão!’.” 19.Gedeão com seus cem homens chegaram aos limites do acampamento no princípio da segunda vigília, quando se rendiam as sentinelas, e começaram a tocar as trom­betas, quebrando ao mesmo tempo as ânforas que tinham na mão. 20.Então os três batalhões tocaram (também) as trombetas e quebraram as ânforas. Tomando as tochas na mão esquerda e as trombetas na direita para tocar, gritaram: “À espada pelo Senhor e por Gedeão!”. 21.Cada um ficou em seu lugar, ao redor do acampamento; todo o acampamento se pôs a correr e fugiram, gritando. 22.Os trezentos homens continuavam a tocar as trombetas, enquanto, por todo o acampamento, o Senhor fez com que os madia­nitas voltassem a espada uns contra os outros, e o exército fugiu até Bet-Seta, para os lados de Sarera e até os limites de Abel-Meúla, junto de Tebat. 23.Juntaram-se então aos israelitas as tribos de Neftali e de Aser e todo o Manassés, e perseguiram os madianitas. 24.Gedeão enviou mensageiros por todo o monte de Efraim, para avisar: “Descei ao encontro dos madianitas e cortai-lhes a passagem das águas até Bet-Bera e até os vaus do Jordão”. Juntaram-se, pois, os homens de Efraim e ocuparam as passagens até Bet-Bera, e igualmente os vaus do Jordão. 25.Tendo capturado dois chefes madianitas, Oreb e Zeb, mataram Oreb no rochedo de Oreb, e Zeb no lagar de Zeb. E continuaram a perseguir os madianitas, levando as cabeças de Oreb e de Zeb a Gedeão, no outro lado do Jordão.

8.   1.Os homens de Efraim disseram a Gedeão: “Por que nos trataste assim, não nos chamando a pelejar contigo contra Madiã?”. E houve entre eles uma violenta discussão. 2.Gedeão respondeu-lhes: “Que fiz eu, ao lado do que vós fizes­tes? Porventura não valem mais os cachos de Efraim que as vindimas de Abiezer? 3.Foi nas vossas mãos que o Senhor entregou os príncipes de Madiã, Oreb e Zeb. Que pude eu, pois, fazer em comparação ao que vós fizestes?”. E, com essas palavras, aquietaram-se. 4.Gedeão chegou ao Jordão e passou-o com seus trezentos homens, continuan­do a perseguir o inimigo, apesar de sua fadiga. 5.Chegando a Sucot, disse aos seus moradores: “Dai, peço-vos, pão aos homens que me acompanham, porque estão muito cansados; estou perseguindo Zebá e Sálmana, reis de Madiã”. 6.Os chefes de Sucot responderam-lhe: “Tens já talvez em teu poder o punho de Zebá e de Sálmana para que possamos dar pão à tua tropa?”. 7.“Pois bem – replicou Ge­deão – quando o Senhor me houver entregue nas mãos Zebá e Sálmana, eu vos rasgarei a pele com espinhos e abrolhos do deserto!” 8.Dali subiu a Fanuel, onde fez o mesmo pedido, mas obteve a mesma resposta que em Sucot. 9.Gedeão disse-lhes: “Quando eu voltar vitorioso, destruirei esta torre”. 10.Zebá e Sálmana estavam então em Carcar com o seu forte exército, cerca de quinze mil homens, que eram o restante de todo o exército dos filhos do oriente, pois haviam já perecido cento e vinte mil combatentes que manejavam a espada. 11.Gedeão subiu pelo caminho dos nômades, ao oriente de Nob e de Jegbaa, e feriu o acam­pamento dos inimigos que se julgavam perfeitamente seguros. 12.Zebá e Sálmana, reis de Madiã, fugiram, mas foram perseguidos e presos por Gedeão, depois de ter derrotado toda a sua guarnição. 13.Gedeão, filho de Joás, voltou da batalha pela subida de Hares. 14.Deteve um jovem entre os habitantes de Sucot e fez-lhe perguntas. Este escreveu-lhe uma lista com setenta e sete nomes dos chefes de Sucot e dos anciãos. 15.Gedeão veio ter com os habitantes de Sucot e disse-lhes: “Eis aqui Zebá e Sálmana a respeito dos quais me insultastes, dizendo: ‘Tens já talvez em teu poder o punho de Zebá e de Sálmana, para que possamos dar pão aos teus homens fatigados?’.” 16.Tomou então os anciãos da cidade e açoitou-os com espinhos e abrolhos do deserto. 17.Destruiu também a torre de Fanuel e matou os habitantes da cidade. 18.E disse a Zebá e a Sálmana: “Co­mo eram aqueles homens que matastes no Tabor?”. “Eram – responderam-lhe – semelhantes a ti; cada um deles parecia um filho de rei.” 19.“Eram meus irmãos, filhos de minha mãe! Juro pelo Senhor, se os tivésseis deixado com vida, eu não vos mataria.” 20.E disse a Jeter, seu filho primogênito: “Levanta-te e mata-os!”. Mas o jovem não ousou tirar a espada, porque, sendo ainda muito novo, tinha medo. 21.“Vem tu mesmo – disseram-lhe Zebá e Sálmana – e mata-nos; porque o homem se mede pela sua força.” Gedeão matou Zebá e Sálmana, e tomou os colares que os camelos traziam ao pescoço. 22.Os israelitas disseram a Gedeão: “Sê o nosso rei, tu, teu filho e teu neto, porque tu nos livraste das mãos dos madianitas”. 23.“Não – respondeu ele – não reinarei sobre vós, nem meu filho tam­pouco; é o Senhor quem será o vosso rei”. 24.E ajuntou: “Tenho um pedido a vos fazer: que cada um de vós me dê as argolas de vosso despojo”. Os inimigos, que eram os ismae­litas, usavam argolas de ouro. 25.Eles responderam: “Daremos com prazer!”. E, estendendo no chão um manto, lançaram nele as argolas de sua presa. 26.O peso das argolas de ouro que ele tinha pedido era de mil e setecentos siclos de ouro, sem contar os colares, brincos e ornamentos de púrpura que costumavam usar os reis de Madiã, afora ainda os colares que traziam seus camelos no pescoço. 27.Gedeão fez de tudo isso um efod e o expôs em sua cidade de Efra. Mas todos os israelitas se prostituíram ante esse efod que se tornou, assim, um laço para Gedeão e sua casa. 28.Os madianitas foram humilhados diante dos israelitas e não puderam mais levantar a cabeça, de sorte que a terra pôde gozar um repouso de quarenta anos, no tempo de Gedeão. 29.Jerobaal, filho de Joás, retirou-se e foi habitar em sua casa. 30.Teve setenta filhos, saídos todos dele, porque tinha numerosas mulheres. 31.Sua concu­bina, que estava em Siquém, deu-lhe também um filho, que foi chamado Abime­lec. 32.Morreu Gedeão, filho de Joás, numa ditosa velhice e foi sepultado no túmulo de Joás, seu pai, em Efra de Abiezer. 33.Depois de sua morte, os filhos de Israel prostituíram-se de novo com os baals, e tomaram Baal-Berit por seu deus.* 34.Não se lembraram os israelitas do Senhor, seu Deus, que os livrou das mãos de todos os inimigos que os cercavam, 35.nem testemunharam gratidão alguma pela casa de Jerobaal-Gedeão por todos os benefícios que ele tinha feito a Israel.

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