DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Septuagésimo dia: Aclamação do Rei Saul

Começamos hoje observando o encontro de Samuel com Saul, ele mesmo (Saul) que vai procurar as jumentas que haviam se perdido, Saul era tido como vidente na época, ao qual conhecemos por profeta. Ao encontrar-se com Saul, Samuel olha para ele e enxerga nele o homem que deveria reger Israel. Samuel então questiona a Saul sobre a missão que o Senhor lhe chama. Contemplamos ainda nestes capítulos que Samuel unge a Saul e o acolhe com um beijo, como ato de um processo de sagração de Saul, logo em seguida ele convoca o povo para aclamá-lo rei, ao qual o povo grita em alta voz: “viva o rei”, e então acontece definitivamente a sagração de Saul como o primeiro rei de Israel. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos  capítulos 9, 10, 11 e12 do primeiro livro de Samuel (1Sm).

Primeiro Livro de Samuel

Encontro de Saul com Samuel

9.   1.Havia um homem de Benjamim, chamado Cis, filho de Abiel, filho de Seror, filho de Becorat, filho de Afia, de família benjaminita, que era um homem valente. 2.Tinha um filho chamado Saul, que era jovem e belo. Não havia em Israel outro mais belo do que ele; dos ombros para cima sobressaía a todo o povo. 3.Tendo-se perdido as jumentas de Cis, pai de Saul, disse aquele ao seu filho: “Toma um servo contigo e vai procurar as jumentas”. 4.Saul atravessou a montanha de Efraim e entrou na terra de Salisa, sem nada encontrar; percorreu a terra de Salim, mas em vão. Na terra de Benjamim não as encontrou tampouco. 5.Tendo chegado à terra de Suf, Saul disse ao seu servo: “Vem, voltemos. Meu pai poderia não mais pensar nas jumentas e ficar com cuidados por nós”. 6.“Nesta cidade – disse-lhe o servo – há um homem de Deus, varão muito considerado; tudo o que ele prediz se cumpre. Vamos lá; talvez ele nos mostrará o caminho que devemos tomar.” 7.Saul respondeu: “Está bem, vamos; mas o que havemos de oferecer-lhe? Nossos alforjes estão vazios e não temos presente algum para dar ao homem de Deus. O que nos resta?”. 8.“Tenho aqui um quarto de siclo de prata – respondeu o servo –. Vou dá-lo ao homem de Deus para que ele nos mostre o caminho”. 9.(Antigamente, em Israel, todo o que ia consultar a Deus, dizia: “Vinde, vamos ao vidente”. Chamava-se então vidente ao que hoje se chama profeta.) 10.Saul disse ao seu servo: “Tens razão. Anda, vamos”. E foram à cidade onde estava o homem de Deus. 11.Subindo eles a encosta da cidade, encontraram umas moças que saíam a buscar água. “Há um vidente aqui?”– perguntaram-lhes. 12.“Sim – responderam elas –; ali diante de ti. Apressa-te; ele veio hoje à cidade, porque o povo oferece um sacrifício no lugar alto. 13.Ao entrar na cidade, o encontrareis, seguramente antes que suba ao lugar alto para o festim. O povo não comerá antes que ele chegue, pois ele deverá abençoar o sacrifício; os convidados só comerão depois. Subi, pois; hoje o encontrareis.” 14.Subiram à cidade. No momento em que entravam, encontraram Samuel que saía para subir ao lugar alto. 15.Ora, na véspera da chegada de Saul, o Senhor tinha revelado a Samuel: 16.“Amanhã a esta mesma hora, te mandarei um homem da terra de Benjamim e tu o ungirás para chefe do meu povo de Israel, para que ele livre o povo das mãos dos filisteus. Porque voltei os meus olhos para o meu povo e o seu clamor chegou até a mim”. 17.Quando Samuel viu Saul, Deus disse-lhe: “Eis o homem de quem te falei: este reinará sobre o meu povo”. 18.Saul aproximou-se de Samuel à porta da cidade e disse-lhe: “Rogo-te que me digas onde é a casa do vidente”. 19.“Sou eu mesmo o vidente – respondeu Samuel –; sobe na minha frente ao lugar alto; comereis hoje comigo. Amanhã te deixarei partir, depois de ter revelado a ti tudo o que tens no coração. 20.Quanto às jumentas perdidas há dois ou três dias, não te inquietes por isso, porque já foram encontradas. E de quem será toda a beleza de Israel? Não é, porventura, tua e de toda a casa de teu pai?” 21.Saul respondeu: “Eu sou um benjaminita, filho da menor tribo de Israel; e minha família é a menor de todas as famílias de Benjamim. Por que, pois, me falas assim?”. 22.Samuel, tomando Saul e o seu servo, levou-os para a sala do festim e deu-lhes o primeiro lugar entre os convidados, que eram em número de aproximadamente trinta pessoas. 23.Samuel disse ao cozinheiro: “Serve a porção que te dei e que te mandei pôr à parte”. 24.Tomou, pois, o cozinheiro a espádua com o que nela havia e a serviu a Saul. Samuel disse: “Eis diante de ti a porção que te foi reservada. Come-a; reservei-a para este momento quando convidei o povo”. Saul e Samuel comeram juntos naquele dia.* 25.Do lugar alto desceram para a cidade e prepararam uma cama para Saul no terraço 26.e ele foi dormir.

Sagração de Saul por Samuel

No dia seguinte, ao romper da aurora, Samuel chamou Saul ao terraço e disse-lhe: “Levanta-te e te deixarei partir”. Saul levantou-se e saíram os dois juntos. 27.Quando chegaram aos limites da cidade, Samuel disse a Saul: “Dize ao teu servo que passe e vá adiante de nós – e o servo passou adiante –; mas tu detém-te aqui para que eu te comunique uma palavra de Deus”.

10.   1.Samuel tomou um pequeno frasco de óleo e derramou-o na cabeça de Saul; beijou-o e disse: “O Senhor te confere esta unção para que sejas chefe da sua herança. 2.Quando te apartares hoje de mim, encontrarás dois homens junto do túmulo de Raquel, na terra de Benjamim, em Selsac. Eles te dirão: ‘As jumentas que foste procurar foram encontradas. Teu pai não se inquieta mais por elas, mas tem cuidado por vós e aflige-se perguntando o que poderá fazer por vós’. 3.Seguirás o teu caminho até o carvalho de Tabor, onde se apresentarão a ti três homens que sobem a adorar a Deus, em Betel, levando um três cabritos, outro três fatias de pão e o terceiro um odre de vinho. 4.Depois de te saudarem, te darão dois pães e tu os receberás de suas mãos. 5.Depois disso, chegarás a Gabaá-Eloim onde se encontra o governador dos filis­teus. À entrada da cidade, encontrarás um grupo de profetas descendo do lugar alto, precedidos de saltérios, de tímpanos, de flautas e de cítaras, profetizando.* 6.O Espírito do Senhor virá também sobre ti, profetizarás com eles e te tornará um outro homem. 7.Quando vires acontecer todos esses sinais, faze o que a circunstância te ditar, porque Deus estará contigo.* 8.Descerás antes de mim a Gálgala; irei ter contigo ali, para oferecer holo­caustos e sacrifícios pacíficos. Esperarás sete dias até que eu chegue; então te instruirei sobre o que deverás fazer”. 9.Logo que Saul voltou as costas, despedindo-se de Samuel, Deus transformou-lhe o coração. Todos esses sinais se cumpriram no mesmo dia. 10.Chegando ele a Gabaá, veio-lhe ao encontro um grupo de profetas; o Espírito de Deus apoderou-se de Saul e ele pôs-se a profetizar no meio deles. 11.Todos os que o tinham conhecido antes, vendo-o cantar com os profetas, perguntavam uns aos outros: “Que aconteceu ao filho de Cis? Porventura também Saul está entre os profetas?”. 12.Dentre a multidão, alguém perguntou: “Quem é o pai dele?”. De onde o provérbio: “Porven­tura também Saul está entre os profetas?”. 13.Acabados esses cânticos proféticos, foi Saul para o lugar alto. 14.O tio de Saul perguntou a ele e ao servo: “Aonde fostes?”. Saul respondeu: “À procura das jumentas; mas não as encontramos e, por isso, fomos ter com Samuel”. 15.“Conta-me – replicou o tio – o que vos disse Samuel.” 16.Saul disse-lhe: “Declarou-nos que as jumentas tinham já sido encontradas”; mas nada lhe contou do que tinha dito o vidente com relação ao reino.

Eleição de Saul

17.Samuel convocou o povo diante do Senhor, em Masfa: 18.“Assim – disse ele aos israelitas – fala o Senhor, Deus de Israel: Eu vos tirei do Egito, livrei-vos das mãos dos egípcios e de todos os reis que vos oprimiam. 19.Vós, porém, rejeitastes hoje o vosso Deus que vos salvou de todos os males e de todas as tribulações e dissestes: Estabelecei um rei sobre nós. Pois bem: ponde-vos por ordem de tribos e de milhares e apresentai-vos diante do Senhor”.* 20.Samuel mandou que se aproximassem todas as tribos de Israel e a tribo de Benjamim foi designada pela sorte. 21.Mandou vir a tribo de Benjamim por famílias e a família de Metri foi designada. E a escolha caiu, enfim, sobre Saul, filho de Cis. Procuraram-no, mas não o encontraram. 22.Consultaram então de novo o Senhor: “Haverá ainda alguém que tenha vindo aqui?”. O Senhor respondeu: “Ele escondeu-se no meio das bagagens”. 23.Correram a buscá-lo e colocaram-no no meio da multidão, a qual ele excedia em altura do ombro para cima. 24.Samuel disse ao povo: “Vedes aquele que o Senhor escolheu? Não há em todo o povo quem lhe seja semelhante”. E todos o aclamaram, dizendo: “Viva o rei!”. 25.Samuel expôs em seguida ao povo os direitos do rei, consignou-os em um livro que depositou diante do Senhor e despediu todo o povo, cada um para sua casa. 26.Saul voltou também para sua casa, em Gabaá, acompanhado de homens valentes, cujos corações tinham sido tocados por Deus. 27.Houve, porém, alguns homens maus que disseram: “Que poderá este fazer por nós?”. Por isso, desprezaram-no e não lhe levaram presente algum. Mas Saul não fez caso disso.

Lutas contra os amonitas

11.   1.Naás, o amonita, pôs-se em cam-panha e combateu contra Jabes, em Galaad. Os habitantes de Jabes disseram-lhe: “Façamos aliança e nós te serviremos”. 2.Mas Naás, o amonita, respondeu-lhes: “Só farei aliança convosco com a condição de vos furar a todos o olho direito, para impor assim um opróbrio a todo o Israel”. 3.“Concede-nos sete dias – disseram-lhe os anciãos de Jabes – para que enviemos mensageiros por toda a terra de Israel; se não houver quem nos ajude, nos entregaremos a ti”. 4.Foram os mensageiros a Gabaá, cidade de Saul e contaram isso ao povo e todo o povo pôs-se a chorar em alta voz. 5.Saul voltava então do campo, atrás dos seus bois. “Que tem o povo para chorar dessa forma?” – disse ele. E referiram-lhe as palavras dos habitantes de Jabes. 6.Ouvindo isso, o Espírito do Senhor apoderou-se de Saul e ele encolerizou-se. 7.Tomando uma junta de bois, fê-la em pedaços e mandou-os por mão de mensageiros por todo o território de Israel, com este aviso: “Assim será feito aos bois de todo aquele que se não puser em campanha com Saul e Samuel”. O terror do Senhor apoderou-se do povo e este pôs-se em marcha como um só homem. 8.Saul passou-o em revista em Bezec: havia trezentos mil homens de Israel e trinta mil de Judá. 9.Disseram aos mensageiros que tinham vindo: “Dizei aos habitantes de Jabes, em Galaad, que amanhã, quando o sol estiver na força do seu calor, serão socorridos”. Voltando, deram os mensageiros essa notícia aos habitantes de Jabes, que se alegraram. 10.Esses disseram aos amonitas: “Amanhã nos renderemos a vós e fareis de nós o que vos parecer melhor”. 11.No dia seguinte, Saul dividiu o povo em três partes; penetraram ao raiar do dia no acampamento inimigo e feriram os amonitas até que chegou o grande calor do dia. Aqueles que escaparam foram dispersos, de tal sorte que não ficaram dois deles juntos. 12.O povo disse a Samuel: “Quem é que disse: ‘Saul não reinará sobre nós?’ Dai-nos esses homens para que os matemos.” 13.Porém, Saul respondeu: “Hoje não se matará ninguém, porque é o dia em que o Senhor libertou Israel.” 14.Samuel disse ao povo: “Vamos a Gálgala e renovemos ali a realeza.” 15.Partiu, pois, todo o povo para Gálgala para ali confirmar Saul, em presença do Senhor, no seu título de rei e oferecer naquele lugar sacrifícios de ações de graças. E Saul, com todos os israelitas, alegraram-se grandemente.

Despedida de Samuel

12.   1.Samuel disse a todo o Israel: “Obedeci à vossa voz em tudo o que me pedistes e estabeleci um rei sobre vós. 2.Agora tendes o rei que vos governará doravante. Quanto a mim, estou velho e grisalho e meus filhos estão no meio de vós. Estive à vossa frente desde a minha juventude até este dia. 3.Agora, aqui me tendes! Dai testemunho de mim em presença do Senhor e do seu ungido: tomei o boi ou o jumento de alguém? Oprimi ou prejudiquei alguém? Recebi presentes de alguém para fechar os olhos ao seu proceder? Restituirei”. 4.Responderam-lhe: “Tu não nos prejudicaste, nem nos oprimiste, nem recebeste coisa alguma da mão de ninguém”. 5.Samuel replicou: “O Senhor é testemunha contra vós e também o seu ungido, de que vós não encon­trastes coisa alguma nas minhas mãos”. “Sim, eles são testemunhas”– responderam eles. 6.Samuel disse ao povo: “É, pois, testemunha o Senhor que estabeleceu Moisés e Aarão e tirou os vossos pais do Egito. 7.Agora, apresentai-vos. Vou pleitear convosco diante do Senhor a respeito de todos os benefícios que ele vos concedeu a vós e a vossos pais. 8.Depois que Jacó entrou no Egito, vossos pais invocaram o Senhor e ele enviou Moisés e Aarão para tirá-los do Egito e colocá-los neste lugar. 9.Mas esqueceram-se do Senhor, seu Deus, e ele os entregou nas mãos de Sísara, general do exército de Hasor, nas mãos dos filisteus e na mão do rei de Moab, os quais combateram contra eles. 10.Depois clamaram ao Senhor, dizendo: ‘Pecamos, porque abandonamos o Senhor para servir aos baals e às Astartes: agora livrai-nos das mãos de nossos inimigos e nós vos serviremos. 11.O Senhor enviou Jerobaal, Badã, Jefté e Samuel, para salvar-vos das mãos dos inimigos que vos cercavam, a fim de habitardes em segurança nas vossas casas. 12.Mas quando vistes Naás, rei dos amonitas, marchar contra vós, dissestes-me: ‘Não! Um rei nos governará!’, quando o Senhor, nosso Deus, era o vosso rei. 13.Eis, pois, o rei que escolhestes e pedistes. O Senhor estabeleceu-o sobre vós. 14.Esteja em vós o temor ao Senhor, para o servirdes e obedecerdes à sua voz e não vos rebelardes contra as suas vontades! Que vós sejais, vós e o vosso rei, dóceis ao Senhor, vosso Deus. 15.Mas se não ouvirdes a sua voz e vos revoltardes contra as suas ordens, a mão do Senhor pesará sobre vós como pesou sobre vossos pais. 16.Agora, ficai ainda um pouco aqui para assistirdes ao prodígio que o Senhor vai realizar aos vossos olhos. 17.Não é, porventura, agora a colheita do trigo? Vou invocar o Senhor e ele fará trovejar e chover. Compreendereis então que fizestes mal aos seus olhos pedindo um rei”. 18.Samuel pôs-se em oração e o Senhor mandou no mesmo instante trovões e chuva, de modo que todo o povo temeu grandemente ao Senhor e a Samuel. 19.E disseram todos a Samuel: “Roga pelos teus servos ao Senhor, teu Deus, para que não morramos, porque a todos nossos pecados ajuntamos o mal de pedirmos um rei”. 20.“Não temais – respondeu Samuel –. O mal está feito. Agora não vos desvieis do Senhor e servi-o de todo o vosso coração. 21.Não vos afasteis dele para seguirdes coisas vãs, que não salvam nem livram, porque são vãs. 22.O Senhor, por causa do seu grande nome, não abandonará o seu povo, porque foi do seu agrado fazer de vós uma nação. 23.Longe de mim também esse pecado contra o Senhor de cessar de orar por vós! Eu vos mostrarei o caminho bom e reto. 24.Temei, pois, ao Senhor e servi-o em verdade e de todo o vosso coração, considerando as maravilhas que ele fez por vós. 25.Se, porém, fizerdes o mal, perecereis vós e o vosso rei”.

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