DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Nono dia: Benção de primogenitura

Hoje contemplamos o episódio em que Isaac pede a Esaú para prepará-lo uma caça, para em seguida conceder-lhe a benção de primogenitura, no entanto Jacó com a ajuda de sua mãe Rebeca prepara a caça por primeiro e recebe em lugar de Esaú a benção. Faça a leitura de preferência em sua Bíblia dos capítulos 27, 28, 29 e 30 do livro do Gênesis (Gn).

Gênesis

Isaac abençoa Jacó em lugar de Esaú 

27.   1.Isaac envelhecera e seus olhos enfraqueceram-se, de modo que não podia ver. Chamou­ Esaú, seu filho primogênito, e disse-lhe: “Meu filho!”. “Eis-me aqui!” – respondeu ele. 2.Isaac disse: “Tu vês, estou velho e não sei quando vou morrer. 3.Toma as tuas armas, tua aljava e teu arco, vai ao campo e mata-me uma caça. 4.Prepara-me depois um prato suculento, como sabes que gosto, e me traz para que o coma e minha alma te abençoe antes que eu morra”. 5.(Ora, Rebeca ouviu atentamente enquanto Isaac falava ao seu filho Esaú.) E Esaú partiu para o campo, a fim de matar e trazer a caça. 6.Rebeca disse a Jacó, seu filho: “Acabo de ouvir teu pai dizer ao teu irmão Esaú para que lhe traga uma caça 7.e lhe prepare um bom prato, a fim de comer e o abençoar diante do Senhor antes de morrer. 8.Ouve-me, pois, meu filho, e faze o que te vou dizer. 9.Vai ao rebanho e traze-me dois belos cabritos. Prepararei com eles um prato suculento para o teu pai, como ele gosta, 10.tu lhe levarás e ele comerá, a fim de que te abençoe antes de morrer”. 11.“Mas – respondeu Jacó à sua mãe – Esaú, meu irmão, é peludo, enquanto eu sou de pele lisa. 12.Se meu pai me tocar, passarei aos seus olhos por um impostor e atrairei sobre mim uma maldição em lugar de bênção.” 13.“Tomo sobre mim esta maldição, meu filho – disse sua mãe. Ouve-me somente, e vai buscar o que te digo.” 14.Jacó foi e trouxe os dois cabritos, com os quais sua mãe preparou um prato suculento, como seu pai gostava. 15.Escolheu as mais belas vestes de Esaú, seu filho primogênito, que tinha em casa, e revestiu com elas Jacó, seu filho mais novo. 16.Cobriu depois suas mãos, assim como a parte lisa do pescoço, com a pele dos cabritos, 17.e pôs-lhe nas mãos o prato suculento e o pão que tinha preparado. 18.Jacó foi para junto de seu pai e disse-lhe: “Meu pai! Eis-me aqui!”. “Quem és tu, meu filho?” 19.Jacó respondeu: “Eu sou Esaú, teu primogênito; fiz o que me pediste. Levanta-te, assenta-te e come de minha caça, a fim de que tua alma me abençoe”. 20.“Como encontraste caça tão depressa, meu filho?” “É que o Senhor, teu Deus, fez que ela se apresentasse diante de mim.” 21.“Aproxima-te, então, meu filho, para que eu te apalpe e veja se, de fato, és o meu filho Esaú.” 22.Jacó aproximou-se de Isaac, seu pai, que o apalpou e disse: “A voz é a voz de Jacó, mas as mãos são as mãos de Esaú”. 23.E não o reconheceu, porque suas mãos estavam peludas como as do seu irmão Esaú. E abençoou-o. 24.“Tu és bem o meu filho Esaú?”. Disse-lhe ele: “Sim”. 25.“(Então) serve-me, para que eu coma de tua caça, meu filho, e minha alma te abençoe.” Jacó serviu-lhe e ele comeu; e trouxe-lhe também vinho, do qual ele bebeu. 26.Então Isaac, seu pai, disse-lhe: “Aproxima-te, meu filho, e beija-me”. 27.E, aproximando-se Jacó para lhe dar um beijo, Isaac sentiu o perfume de suas vestes, e o abençoou nestes termos. “Sim, o odor de meu filho é como o odor de um campo que o Senhor abençoou. 28.Deus te dê o orvalho do céu e a gordura da terra, uma abundância de trigo e de vinho! 29.Sirvam-te os povos e prostrem-se as nações diante de ti! Sê o senhor dos teus irmãos, e curvem-se diante de ti os filhos de tua mãe! Maldito seja quem te amaldiçoar e bendito quem te abençoar!” 30.Apenas Isaac acabara de abençoar Jacó, e este saíra de junto do seu pai, chegou Esaú da caça. 31.Preparou também ele um prato suculento e trouxe-o ao seu pai, dizendo: “Levanta-te, meu pai, e come da caça de teu filho, a fim de que tua alma me abençoe”. 32.“Quem és tu?” – perguntou-lhe seu pai Isaac. “Eu sou o teu filho primogênito Esaú.” 33.Então Isaac, tomado de emoção violenta, exclamou: “Quem é, pois, aquele que foi à caça e me trouxe o prato que eu comi antes que tu voltastes? Eu o abençoei, e ele será bendito”. 34.Ouvindo essas palavras de seu pai, Esaú soltou um grito cheio de amargura, e disse-lhe: “Abençoa-me também a mim, meu pai!”. 35.“Teu irmão – respondeu-lhe Isaac – veio, fraudulentamente, tomar a tua bênção.” 36.Esaú disse então: “Será porque ele se chama Jacó que me suplantou já duas vezes? Tirou-me meu direito de primogenitura, e eis que agora me rouba minha bênção!”. E ajuntou: “Não reservaste, porventura, uma bênção também para mim?”.* 37.Isaac respondeu-lhe: “Eu o constituí teu senhor, e dei-lhe todos os seus irmãos por servos e o estabeleci na posse do trigo e do vinho. Que posso ainda fazer por ti, meu filho?”. 38.Esaú disse ao seu pai: “Então só tens uma bênção, meu pai? Abençoa-me também a mim, meu pai!”. E pôs-se a chorar. 39.Isaac tomou a palavra: “Eis – disse ele – que a tua habitação será desprovida da gordura da terra e do orva­lho que desce do céu. 40.Viverás de tua espada, servindo o teu irmão, mas, se te libertares, quebrarás o seu jugo de cima do teu pescoço”. 41.Esaú concebeu ódio por Jacó por causa da bênção que lhe tinha dado seu pai e disse em seu coração: “Virão os dias do luto de meu pai, e matarei meu irmão Jacó”. 42.E foram referidas a Rebeca estas palavras do seu filho primogênito. Ela mandou chamar seu filho mais novo, Jacó, e disse-lhe: “Teu irmão Esaú quer te matar para se vingar de ti. 43.Escuta-me, pois, meu filho: vai, foge para junto de Labão, meu irmão, em Harã; 44.fica em casa dele algum tempo, até que se acalme a cólera de teu irmão. 45.Assim que passar a sua cólera e tiver ele esquecido do que lhe fizeste, te mandarei buscar. Por que perderia eu vocês dois num só dia?”. 46.Rebeca disse a Isaac: “Estou desgostosa da vida por causa das filhas de Het. Se Jacó tomar uma mulher entre as filhas de Het, para que ainda viver?”.

Casamento de Esaú

28.   1.Isaac chamou Jacó e o abençoou, dando-lhe esta ordem: “Não desposarás uma filha de Canaã. 2.Mas vai a Padã-Aram, à casa de Batuel, pai de tua mãe, e escolhe lá uma mulher entre as filhas de Labão, irmão de tua mãe. 3.Deus Todo-poderoso te abençoe, te faça crescer e multiplicar, de sorte que te tornes uma multidão de povos. 4.Conceda-te ele, como também à tua posteridade, a bênção de Abraão, a fim de que possuas a terra onde moras, e que Deus deu a Abraão”. 5.Isaac despediu Jacó, e este partiu para Padã-Aram, para a casa de Labão, filho de Batuel, o arameu, irmão de Rebeca, mãe de Jacó e de Esaú. 6.Ora, Esaú viu que seu pai tinha abençoado Jacó, e o tinha enviado a Padã-Aram para ali tomar uma mulher e que, depois de o ter abençoado, lhe proibira desposar uma filha de Canaã. 7.Viu também que Jacó, obedecendo aos seus pais, partira para Padã-Aram. 8.E, compreendendo que as filhas de Canaã não eram bem vistas pelo seu pai, 9.foi à casa de Ismael e tomou por mulher, além daquelas que já tinha, a Maelet, filha de Ismael, filho de Abraão, irmã de Nabaiot.

Sonho de Jacó

10.Jacó, partindo de Bersabeia, tomou o caminho de Harã. 11.Chegou a um lugar, e ali passou a noite, porque o sol já se tinha posto. Serviu-se como travesseiro de uma das pedras que ali se encontravam, e dormiu naquele mesmo lugar. 12.E teve um sonho: via uma escada, que, apoiando-se na terra, tocava com o cimo o céu; e anjos de Deus subiam e desciam pela escada. No alto estava o Senhor,* 13.que lhe dizia: “Eu sou o Senhor, o Deus de Abraão, teu pai e o Deus de Isaac; darei a ti e à tua descendência a terra em que estás deitado. 14.Tua posteridade será tão numerosa como os grãos de poeira no solo; tu te estenderás, para o ocidente e para o oriente, para o norte e para o meio-dia, e todas as famílias da terra serão benditas em ti e em tua posteridade. 15.Estou contigo, para te guardar aonde quer que fores, e te reconduzirei a esta terra, e não te abandonarei sem ter cumprido o que te prometi”. 16.Jacó, despertando de seu sono, exclamou: “Em verdade, o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia!”. 17.E, cheio de pavor, ajuntou: “Quão terrível é este lugar! É nada menos que a casa de Deus; é aqui, a porta do céu”. 18.No dia seguinte, pela manhã, tomou Jacó a pedra: sobre a qual repousara a cabeça e a erigiu em estela, derramando óleo sobre ela. 19.Deu o nome de Betel a este lugar, que antes se chamava Luz.* 20.Jacó fez então este voto: “Se Deus for comigo, se ele me guardar durante esta viagem que empreendi, e me der pão para comer e roupa para vestir, 21.e me fizer voltar em paz à casa paterna, então o Senhor será o meu Deus. 22.Esta pedra da qual fiz uma estela será uma casa de Deus, e pagarei o dízimo de tudo o que me derdes”.

Jacó e Raquel

29.   1.Jacó pôs-se de novo a caminho e foi para a terra dos filhos do oriente. 2.Olhando em torno de si, viu no campo um poço junto do qual estavam dei­tados três rebanhos de ovelhas. Esse poço servia de bebedouro para os reba­nhos. Mas, sendo grande a pedra que cobria a abertura do poço 3.somente a removiam de cima quando todos os rebanhos fossem recolhidos. Davam então de beber aos animais e recolocavam a pedra no seu devido lugar. 4.Jacó disse aos pastores: “Meus ir­mãos, de onde sois?”. “Somos de Harã” – responderam. 5.“Conheceis porventura Labão, filho de Nacor?”. “Sim.” 6.“Como vai ele?”. “Vai muito bem; e eis justamente sua filha Raquel que vem com o rebanho.” 7.“É ainda pleno dia – tornou Jacó – e não é hora de se recolherem os rebanhos. Dai de beber às ovelhas e levai-as de novo ao pasto.” 8.“Não o podemos – responde­ram eles – antes que todos os rebanhos estejam reunidos. Tiramos então a pedra de cima do poço e damos de beber aos animais.” 9.Falava ainda com eles, quando chegou Raquel com o rebanho do seu pai, porque era pastora. 10.Logo que Jacó viu Raquel, filha de Labão, irmão de sua mãe, aproximou-se, rolou a pedra de cima da boca do poço e deu de beber às ovelhas de Labão. 11.Depois beijou Raquel e pôs-se a chorar. 12.Contou-lhe que era parente de seu pai e filho de Rebeca; e ela correu a anunciar isso ao seu pai. 13.Tendo Labão ouvido falar de Jacó, filho de sua irmã, correu-lhe ao encontro, abraçou-o, beijou-o e o conduziu à sua casa. Jacó contou-lhe tudo o que se tinha passado, 14.e Labão disse-lhe: “Sim, tu és de meus ossos e de minha carne”. Jacó ficou em casa dele um mês inteiro. 15.E Labão disse-lhe: “Acaso, porque és meu parente, me servirás de graça? Dize-me que salário queres”. 16.Ora, Labão tinha duas filhas: a mais velha chamava-se Lia, e a mais nova Raquel. 17.Lia tinha os olhos ternos, e Raquel era bela de corpo e de rosto. 18.Jacó, que amava Raquel, disse a Labão: “Eu te servirei sete anos por Raquel, tua filha mais nova”. 19.“É melhor – respondeu Labão – dá-la a ti que a outro: fica comigo.” 20.Assim, Jacó serviu por Raquel sete anos, que lhe pareceram dias, tão grande era o amor que lhe tinha. 21.Disse, pois, a Labão: “Dá-me minha mulher, porque está completo o meu tempo e quero desposá-la”. 22.Labão reuniu todos os habitantes do lugar e deu um banquete. 23.Mas, à noite, conduziu Lia a Jacó, que se uniu com ela. 24.E deu à sua filha Lia, sua escrava Zelfa. 25.Pela manhã, viu Jacó que tinha ficado com Lia. E disse a Labão: “Que me fizeste? Não foi por Raquel que te servi? Por que me enganaste?”. 26.“Aqui – respondeu Labão – não é costume casar a mais nova antes da mais velha. 27.Acaba a semana com esta, e depois te darei também sua irmã, na condição que me sirvas ainda sete anos.” 28.Assim fez Jacó: acabou a semana com Lia, e depois lhe deu Labão por mulher sua filha Raquel, 29.dando por serva a Raquel sua escrava Bala. 30.Jacó uniu-se também a Raquel, a quem amou mais do que a Lia. E serviu ainda por sete anos em casa de Labão.

Os filhos de Jacó

31.O Senhor, vendo que Lia era des­prezada, tornou-a fecunda, enquanto Raquel permanecia estéril.* 32.Lia concebeu e deu à luz um filho, ao qual chamou Rúben, “porque – dizia ela – o Senhor olhou minha aflição; agora meu marido me amará”.* 33.Concebeu de novo e deu à luz outro filho. “O Senhor – disse ela – vendo que era desprezada, deu-me ainda este.” E pôs-lhe o nome de Simeão. 34.Concebeu ainda e deu à luz mais um filho. “Desta vez – disse ela – meu marido se apegará a mim, porque já lhe dei à luz três filhos.” Por isso, deu-lhe o nome de Levi. 35.Concebeu ainda e deu à luz um filho. E disse: “Desta vez, louvarei ao Senhor”. E chamou-o Judá. Depois cessou de ter filhos.

 

30.   1.Raquel, vendo que não dava fi­lhos a Jacó, teve inveja de sua irmã: “Dá-me filhos – disse ela ao seu marido – senão morro!”. 2.E Jacó irritou-se com ela. “Acaso – disse ele – posso eu pôr-me no lugar de Deus que te recusou a fecundidade?” 3.Ela respondeu: “Eis minha serva Bala: toma-a. Que ela dê à luz sobre os meus joelhos e assim, por ela, terei também filhos”.* 4.Deu-lhe, pois, por mu­lher sua escrava Bala, da qual se aproximou Jacó. 5.Bala concebeu e deu à luz um filho a Jacó. 6.Disse então Raquel: “Deus fez-me justiça. Ele ouviu minha voz e deu-me um filho”. Por isso, ela o chamou Dã. 7.Bala, escrava de Raquel, concebeu de novo e deu à luz um segundo filho a Jacó. 8.Raquel disse: “Lutei contra minha irmã junto de Deus, e venci!”. E deu ao menino o nome de Neftali. 9.Lia, vendo que não concebia mais, tomou sua escrava Zelfa e deu-a por mulher a Jacó. 10.Zelfa, escrava de Lia, deu à luz um filho a Jacó. 11.Lia disse: “Que sorte!”. E chamou-o Gad. 12.Zelfa, escrava de Lia, deu à luz um segundo filho a Jacó. 13.Lia disse: “Que felicidade! As mulheres me chamarão ditosa”. E cha­mou-o Aser. 14.Um dia, por ocasião da ceifa, Rúben saiu ao campo e, tendo encontrado umas mandrágoras, levou-as à sua mãe Lia. Raquel disse a Lia: “Rogo-te que me dês as mandrágoras do teu filho”. 15.Lia res­pondeu: “Já não é bastante teres tomado meu marido, para que queiras ainda as mandrágoras do meu filho?”. “Pois bem – tornou Raquel – em troca das mandrágoras do teu filho, que ele durma contigo esta noite.” 16.À noite, quando Jacó voltou do campo, Lia saiu-lhe ao encontro: “Vem comigo – disse-lhe ela – eu te aluguei em troca das mandrágoras do meu filho”. E Jacó dormiu com ela aquela noite. 17.Deus ouviu Lia, que concebeu e deu à luz um quinto filho a Jacó. 18.“Deus – disse ela – recompensou-me por ter dado minha escrava ao meu marido.” E o chamou Issacar. 19.Lia concebeu ainda e deu à luz um sexto filho a Jacó. 20.E disse: “Deus deu-me um belo presente; agora meu marido habitará comigo, pois que lhe dei à luz seis filhos”. E o chamou Zabulon. 21.Depois disso, deu à luz uma filha, a quem chamou Dina. 22.Lembrou-se Deus de Raquel, ouviu-a e tornou-a fecunda. 23.Raquel concebeu e deu à luz um filho. “Deus – disse ela – tirou o meu opróbrio.” 24.E chamou-o José, dizendo: “Dê-me o Senhor ainda outro filho!”.

Enriquecimento de Jacó

25.Tendo Raquel dado à luz José, Jacó disse a Labão: “Deixa-me partir para a minha casa, na minha terra. 26.Dá-me minhas mulheres e meus filhos, pelos quais te servi, a fim de que eu me vá; tu sabes quanto tempo servi em tua casa”. 27.Labão respondeu-lhe: “Se achei graça aos teus olhos… reconheço que o Senhor me abençoou por causa de ti.* 28.Fixa-me o que devo dar-te – ajuntou ele – e te darei”. 29.Jacó disse-lhe: “Tu sabes como te tenho servido, e como aumentaram os teus reba­nhos graças a mim. 30.Tinhas pouca coisa, antes de minha chegada, e tudo aumentou depois. O Senhor abençoou-te a cada um dos meus passos. Agora, quanto a mim, quando trabalharei eu para minha casa?”. 31.“Que te hei de dar?” – disse Labão. Jacó respondeu: “Não me darás nada. Se aceitas o que te vou propor, conti­nuarei a apascentar e guardar o teu rebanho. 32.Vou hoje passar pelo meio de todos os teus rebanhos e pôr à parte, entre os cordeiros, todo animal manchado, malhado ou negro, e entre as cabras, tudo o que é manchado ou malhado: isto será o meu salário. 33.Minha justiça testemu­nhará em meu favor para o futuro, quando vieres verificar o meu salário: tudo o que não for malhado ou manchado entre as cabras e negro entre os cordeiros, será considerado como roubado”. 34.“Está bem – disse Labão – seja como dizes.” 35.Naquele mesmo dia, pôs ele à parte os bodes ma­lhados e manchados, todas as cabras malhadas ou manchadas, todas aquelas que estavam marcadas de branco, e todos os cordeiros negros; confiou-os aos seus filhos, 36.e pôs à distância de três dias de jornada entre ele e Jacó, o qual apascentava o resto do rebanho de Labão. 37.Jacó tomou então varas verdes de álamo, de amendoeira e de plátano; tirou-lhes parte da casca, fazendo faixas brancas e deixando a nu o ramo. 38.Colocou as varas assim preparadas sob os olhos das ovelhas, nas pias e nos bebedouros onde vinham beber. Indo a beber, entravam em calor. 39.E como entrassem no calor do coito diante dessas varas, concebiam­ cordeiros riscados, manchados e malhados. 40.Jacó punha-os à parte, e voltava a face dos animais para o que era malhado e negro no rebanho de Labão. Constituiu assim rebanhos para si, que não se misturaram aos de Labão. 41.Além disso, Jacó só punha suas varas nos bebedouros sob os olhos das ovelhas em calor, a fim de que seu coito se fizesse perto das varas, quando se tratava de ovelhas vigorosas. 42.Quando eram fracas, não punha as varas, de sorte que os cordeiros raquíticos eram para Labão e os vigorosos para ele. 43.Esse homem tornou-se assim extremamente rico, e teve muitos rebanhos, escravas e escravos, camelos e jumentos.

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