DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Ducentésimo trigésimo oitavo dia: Necessidade de conversão e mudança de vida

Continuemos a nossa meditação do livro do profeta Jeremias, e já percebemos que é exortada a conversão do povo de Judá e Jerusalém. O Senhor pede que eles se convertam, abandonando suas práticas abomináveis, jurando com retidão e buscando compartilhar da Sua glória. O profeta alerta sobre a invasão da Palestina e a consequente falta de paz em Jerusalém. O pecado é apontado como a causa das desgraças que o povo enfrenta, e Jeremias denuncia os falsos profetas. O profeta também destaca a importância de voltar para o Senhor de todo o coração e examinar os caminhos da salvação. No entanto, o povo se recusa a seguir o Senhor e enfrenta a angústia e a destruição. Mas, o Senhor promete que não os exterminará completamente, no entanto o castigo é inevitável devido aos pecados do povo. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 4, 5 e 6 do livro de Jeremias (Jr).

Jeremias 

Volta Israel

4.   1.“Se tu, Israel, voltares – oráculo do Senhor, se voltares para mim, se ante meu olhar te despojares de tuas práticas abomináveis; se não andares a vaguear de um lado para outro, 2.se pela vida do Senhor jurares, lealmente, com retidão e justiça, então as nações te incluirão em suas bênçãos, e almejarão partilhar de tua glória. 3.Assim fala o Senhor aos homens de Judá e Jerusalém: ‘Desbravai um novo campo, evitai semear entre espinhos, ó homens de Judá e Jerusalém. 4.Circuncidai-vos em honra do Senhor, tirai os prepúcios de vossos corações, para que meu furor se não converta em fogo, e não vos consuma, sem que ninguém possa extingui-lo, por causa da perversidade de vossos atos’.”*

Invasão da Palestina

5.Dai o alarme ao povo de Judá, avisai Jerusalém; mandai soar a trombeta pela terra inteira; gritai em altas vozes! Proclamai: “Reuni-vos! Retiremo-nos para as cidades fortificadas!”. 6.Erguei um estandarte dos lados de Sião! Abrigai-vos, não vos detenhais! Pois que vou desencadear do norte uma desgraça, catástrofe imensa. 7.Do seu covil parte um leão, e qual demolidor de nações se põe a caminho, saindo de seu refúgio para transformar em deserto a tua terra, e as cidades em desolação, onde ninguém mais habitará. 8.Revesti-vos, pois, de saco, chorai e gemei, pois que a tremenda cólera do Senhor não se afastou de nós. 9.Naquele dia – oráculo do Senhor –, faltará a coragem tanto ao rei como aos chefes; os sacerdotes serão tomados de terror; e os profetas, de espanto. 10.Alguém dirá: “Ah! Senhor JAVÉ! Na verdade, enganastes este povo e Jerusalém, quando lhe dissestes: Tereis a paz, no momento em que a espada ia feri-los de morte”.* 11.Naquele tempo, se dirá a esse povo e a Jerusalém: “Qual vento abrasador desencadeado das colinas do deserto; incapaz de joeirar e purificar, assim é o proceder da filha do meu povo; 12.vento impetuoso chega de lá até mim, mas, por minha vez, vou agora pronunciar minha sentença”. 13.Eis que alguém se levanta, como nuvens tempestuosas. São seus carros semelhantes ao furacão, seus cavalos, mais ligeiros que águias. Ai de nós! Estamos perdidos! 14.Jerusalém, limpa o coração da maldade, a fim de que consigas a salvação. Até quando abrigarás no coração pensamentos que te são funestos? 15.Eis que uma voz, vinda de Dã, dá o alarme, e desde os montes de Efraim anuncia a calamidade. 16.Proclamai-a às nações, ei-la! Levai a notícia até Jerusalém: assaltantes chegam de terra longínqua, lançando clamores contra as cidades de Judá.* 17.Quais guardiães de campo, circundam a cidade, por se haver ela revoltado contra mim – oráculo do Senhor. 18.É o teu proceder, são os teus atos que te acarretam essas desgraças. Eis o fruto de tua malícia, uma amargura que te fere o coração.

Anúncios de guerra

19.Minhas entranhas! Minhas entranhas! Sofro! Oh! As fibras de meu coração! O coração me bate, não me posso calar! Ouço o som das trombetas e o fragor da batalha. 20.Anunciam-se desastres sobre desastres, todo o país foi devastado. Foram de repente destruídas minhas tendas; num instante, meus pavilhões. 21.Até quando verei o estandarte, e ouvirei o som da trombeta? 22.Está louco o meu povo; nem mais me conhece. São filhos insensatos, desprovidos de inteligência, hábeis em praticar o mal, incapazes do bem. 23.Olho para a terra: tudo é caótico e deserto; para o céu: dele desapareceu toda a luz. 24.Olho para as montanhas e as vejo vacilar; e as colinas todas estremecem. 25.Olho: já não há nenhum ser humano; todas as aves do céu fugiram. 26.Olho: tornaram-se desertos os campos; todas as cidades foram destruídas diante do Senhor, ante a fúria de sua cólera.

Desprezada pelos próprios amantes

27.Porque toda a terra será devastada – oráculo do Senhor –, mas não a exterminarei completamente.* 28.Eis a razão pela qual a terra cobriu-se de luto, e o céu, lá no alto, revestiu-se de negror. Pois que eu disse, e assim decretei: não voltarei atrás e não me retratarei. 29.Ao grito de: “Cavaleiros! Arqueiros!’’, toda a terra desandou em fuga. Lançaram-se nos esconderijos e galgaram rochedos, as cidades foram abandonadas e os habitantes desapareceram. 30.E tu, devastada, para que revestir-te de púrpura, engalanar-te com ornamentos de ouro, e alongar-te os olhos com pinturas? Em vão tentas ser bela; desprezam-te os amantes. É tua vida que odeiam. 31.Ouço gritos como os da mulher ao dar à luz, gritos de angústia quais os do primeiro parto. São os clamores da filha de Sião; geme e ergue as mãos: “Desgraçada de mim! Desfaleço ante os algozes”.

5.   1.Percorrei as ruas de Jerusalém, olhai, perguntai; procurai nas praças, vede se nelas encontrais um homem, um só homem que pratique a justiça e que seja leal; então, eu perdoarei a cidade. 2.Mesmo quando juram: “Pela vida de Deus!”, é para prestar falso juramento. 3.Senhor, não se compraz o vosso olhar em contemplar a lealdade? Vós os feris, e eles não sentem a dor; vós os abateis, e recusam aceitar a correção. Mais duro que o rochedo apresentam o semblante, recusando converter-se. 4.E a mim mesmo eu dizia: são apenas vulgares e insensatos, porque não conhecem os caminhos do Senhor, a Lei do seu Deus. 5.Irei procurar os grandes para falar-lhes, pois que eles conhecem as sendas do Senhor, a Lei do seu Deus. Mas todos esses também quebraram o jugo, e romperam os laços. 6.Eis por que o leão da floresta os ferirá e o lobo da estepe os dizimará; a pantera os espreitará em suas cidades; e aquele que dela sair será despedaçado, porquanto numerosos são os seus delitos, e sem conta suas revoltas. 7.Por que perdoar-te? Teus filhos abandonaram-me; juram por deuses que não o são. Cumulei-os de dons; e eles cometem o adultério, acercando-se das casas de devassidão. 8.Garanhões bem nutridos, no calor do cio, cada qual relincha ante a mulher do próximo. 9.E não os punirei por esses crimes? – oráculo do Senhor. Não se vingaria minha alma de semelhante nação? 10.Escalai muros (de minha videira), destruí-a, mas não a aniquileis completamente. Arrancai-lhe os sarmentos, porquanto não pertencem ao Senhor.* 11.A casa de Israel e a casa de Judá foram-me infiéis – oráculo do Senhor. 12.Renegaram o Senhor, e exclamaram: “Não há Deus! Nenhum mal nos advirá, não veremos a espada e a fome. 13.São apenas vento os profetas, de ninguém são arautos; assim lhes aconteça a eles mesmos”. 14.Por isso, o Senhor, Deus dos exércitos, vos diz: “Já que tendes essa linguagem, vou introduzir minhas palavras como fogo em tua boca, e desse povo fazer lenha que a chama devorará. 15.Ó casa de Israel, vou lançar contra vós uma nação que vem de longe – oráculo do Senhor –, nação antiga e poderosa, da qual não compreendes a linguagem, e ignoras a fala. 16.Sua aljava é qual sepulcro escancarado, e seus homens todos são valentes; 17.ela devorará tuas searas e teu pão, devorará teus filhos e tuas filhas, devorará teus rebanhos e teu gado, devorará tuas vinhas e tuas figueiras, à ponta da espada conquistará as praças fortes nas quais depositas tua confiança”. 18.“Mesmo, porém, naqueles dias” – disse o Senhor –, “não vos exterminarei de todo.” 19.E, quando disserdes: “Por que assim nos tratou o Senhor Deus?” – responderás –: “Assim como me abandonastes para servir em vossa terra a deuses estrangeiros, assim também servireis a es- trangeiros em terra que não é a vossa”.* 20.Anunciai isto à casa de Jacó, proclamai o que segue à terra de Judá: 21.“Escutai bem, povo insensato e sem inteligência: vós que tendes olhos para não ver e ouvidos para não ouvir: 22.Não temeis a minha face? – oráculo do Senhor. Não tremeis diante de mim, eu que fixei a areia como limite ao mar, barreira eterna que não será ultrapassada? Por mais que se lhe agitem as ondas, são impotentes, murmuram, mas não vão além; 23.enquanto tiver esse povo um coração indócil e rebelde, recuará e irá embora”. 24.E em seu coração não dirá: “Temamos ao Senhor, nosso Deus, que no tempo devido nos manda a chuva do outono e a chuva da primavera, e nos garante as semanas destinadas à colheita”. 25.Foram vossas iniquidades que alteraram essa ordem, vossos pecados que vos privaram desses bens. 26.Porquanto perversos se encontram no seio de meu povo, que espreitam, de tocaia, como caçadores de pássaros, armando laços para apanhar os homens. 27.À semelhança de uma gaiola cheia de pássaros, assim estão suas casas repletas de fruto de suas presas. Por esta forma tornam-se ricos e poderosos, 28.e se apresentam nutridos e reluzentes; ultrapassam, porém, os limites do mal. Não procedem com justiça para com o órfão, mas prosperam! E não fazem justiça aos infelizes! 29.Como não repreender tamanhos excessos – oráculo do Senhor –, e não vingar-me de semelhante nação? 30.Coisas horríveis, espantosas, ocorreram nesta terra: 31.mentem os profetas em seus oráculos, os sacerdotes dominam pela força. E meu povo mostra-se satisfeito! Que fareis vós, quando chegar o fim?

Visão do sítio de Jeremias

6.   1.Fugi, filhos de Benjamim, para longe de Jerusalém! Tocai as trombetas em Técua, erguei uma flâmula no alto de Bet-Acarem! Porque dos lados do setentrião surge uma desgraça, uma grande calamidade. 2.A bela e delicada filha de Sião, eu a destruo. 3.Para ela caminham pastores e rebanhos, que armam ao redor as suas tendas; cada um apascenta o seu quinhão. 4.Declarai-lhe guerra! De pé! Cavalguemos em pleno dia! Desgraçados que somos! O dia cai, estendem-se as sombras da noite. 5.Ergamo-nos. Travemos combate à noite, e lhe destruamos os palácios! 6.Eis o que diz o Senhor dos exércitos: “Abatei as árvores, erguei plataformas contra Jerusalém! É ela a cidade que deve ser castigada, pois que se intumesceu de violências. 7.Como a nascente faz brotar a água, assim ela expande sua maldade; nela apenas soam palavras de violência e ruína, e só se veem chagas e feridas.

Admoestação ao arrependimento

8.Corrige-te, Jerusalém, para que de ti não se afaste minha alma, e eu não te transforme em deserto, terra sem habitantes”. 9.Eis o que diz o Senhor dos exércitos: “Os restos de Israel se rebuscarão como numa vinha; põe lá de novo tua mão como o vindimador ao sarmento”. 10.A quem falar? Quem tomar por testemunha para que me escutem? Estão-lhes os ouvidos incircuncidados, e são incapazes de atenção. A palavra do Senhor tornou-se-lhes objeto de tédio, e nela não encontram prazer algum.* 11.Estou, porém, possuído do furor do Senhor, cansado de contê-lo. Difunde-o à criança que vagueia pelas ruas e à assembleia dos jovens, porque todos serão presos, o marido e a mulher, o ancião e aquela que é cumulada de dias. 12.A outros passarão suas moradas, assim como os campos e as mulheres; pois que vou estender a mão sobre os habitantes desta terra – oráculo do Senhor. 13.Na verdade, do maior ao menor, todos se entregam aos ganhos desonestos; desde o profeta ao sacerdote praticam todos a mentira; 14.tratam com negligência as feridas do meu povo, e exclamam: “Tudo vai bem! Tudo vai bem!”, quando tudo vai mal.* 15.Assim serão confundidos pelo procedimento abominável, mas a vergonha lhes é desconhecida, e já não sabem o que seja enrubescer; cairão, portanto, com os que tombarem, e perecerão no dia em que os castigar – oráculo do Senhor.

Rebeldia de Israel

16.Assim fala o Senhor: “Sustai vossos passos e escutai; informai-vos sobre os caminhos de outrora, vede qual a senda da salvação; segui-a, e encontrareis a quietude para vossas almas”. Responderam, porém: “Não a seguiremos!”. 17.Coloquei sentinelas junto de vós, ficai atentos ao som das trombetas. E eles responderam: “Não lhes prestaremos ouvidos!”. 18.Portanto, escutai, ó nações: saiba a assembleia o que lhe vai acontecer. 19.Terra, escuta: vou mandar sobre esse povo uma desgraça, fruto de suas maquinações, já que não ouviu as minhas palavras, e desprezou os meus ensinamentos. 20.Que me importam o incenso de Sabá e as canas aromáticas de longínquos países? Não me agradam vossos holocaustos, nem me comprazem os sacrifícios. 21.Eis por que, assim fala o Senhor: “Vou criar obstáculos a esse povo onde pais e filhos tropeçarão. E vizinho e amigo encontrarão neles a morte”.

Ameaça do Norte

22.Assim fala o Senhor: “Eis que do norte surge um povo, e dos confins do mundo ergue-se uma grande nação. 23.Manejam o arco e o dardo, e são cruéis e sem compaixão. Seus urros assemelham-se ao bramido do mar; e montarão em cavalos, dispostos a combater como um só homem contra ti, filha de Sião”. 24.Ante tal notícia caíram-nos os braços, a angústia apossou-se de nós, como as dores de uma mulher no parto. 25.Não saiais para o campo, nem andeis pelos caminhos, porquanto o inimigo empunha a espada, e por toda parte reina o pavor. 26.Ó filha de meu povo, veste o saco, revolve-te nas cinzas. Cobre-te de luto como se fora por um filho único, e ecoem teus amargos gemidos, porquanto vai cair de repente sobre nós o devastador. 27.Qual experimentador de metais, coloquei-te entre meu povo, para que lhe conheças e examines a conduta. 28.São rebeldes entre rebeldes, caluniadores, depravados e de coração duro como o cobre e o ferro. 29.Queimou-se o fole, o chumbo se esgotou, fundiram em vão o metal e o refundiram; as escórias, porém, não se soltaram. 30.Chamai esse povo de “moeda falsa”, pois que o Senhor o rejeitou.

plugins premium WordPress

Seus dados foram enviados com sucesso!

É uma grande alegria em tê-lo(a) conosco nesta obra de evangelização.

Seja muito bem vindo(a) à Comunidade de São Pio X.

Duvidas, fale conosco pelo e-mail voluntarios@piox.org.br ou no tel.: (83) 3341-7017

Olá, irmã(o). Em que posso lhe ajudar?