DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Ducentésimo trigésimo nono dia: A obediência e a advertência divina

Continuando a nossa meditação no livro do profeta Jeremias, observamos aqui que o Senhor está exortando o povo de Judá a reformar seus caminhos e praticar a justiça. O Senhor repreende o povo por sua infidelidade, idolatria e pela prática de injustiças, como oprimir o estrangeiro e derramar sangue inocente. Ele adverte que, se o povo não se arrepender, trará castigo sobre eles, tornando Jerusalém um deserto e dispersando-os entre as nações. O Senhor lamenta a falta de sabedoria e fidelidade do povo e anuncia que enviará serpentes e víboras contra eles. O texto ainda vai relatar Jeremias expressando sua tristeza pela situação do povo e pela falta de cura para suas feridas. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 7, 8 e 9 do livro de Jeremias (Jr).

Jeremias 

Exortação à porta do templo

7.   1.A palavra do Senhor foi nestes termos dirigida a Jeremias: 2.“Vai à porta do Templo do Senhor; lá pronunciarás este discurso: escutai a palavra do Senhor, vós todos, povos de Judá, que entrais por estas portas para vos prosternar diante dele.* 3.Eis o que diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel: reformai vosso procedimento e a maneira de agir, e eu vos deixarei morar neste lugar. 4.Não vos fieis em palavras enganadoras, semelhantes a estas: ‘Templo do Senhor, Templo do Senhor, aqui está o Templo do Senhor’. 5.Se reformardes vossos costumes e modos de proceder, se verdadeiramente praticardes a justiça; 6.se não oprimirdes o estrangeiro, o órfão, a viúva; se não espalhardes neste lugar o sangue inocente e não correrdes, para vossa desgraça, atrás dos deuses alheios, 7.então permitirei que permaneçais neste lugar, nesta terra que dei a vossos pais por todos os séculos. 8.Vós, contudo, vos fiais em fórmulas enganadoras que de nada vos servirão. 9.Roubais, matais, cometeis adulté­rios, prestais juramentos falsos; ofere-ceis incenso a Baal e procurais deuses que vos são desconhecidos. 10.E depois, vindes apresentar-vos diante de mim, nesta casa em que foi invocado meu nome, e exclamais: Estamos salvos! – para, em seguida, recomeçar a cometer todas essas abominações. 11.É, por acaso, a vossos olhos uma caverna de bandidos esta casa em que meu nome foi invocado? Também eu o vejo – oráculo do Senhor.* 12.Ide, portanto, à minha casa de Silo, onde a princípio habitou meu nome, e vede o que lhe fiz por causa da maldade do meu povo de Israel. 13.E agora, porque tendo-vos já continua­mente advertido e não me atendestes,* 14.vou fazer da casa em que foi invocado meu nome e na qual depositastes vossa confiança, desse lugar que vos dei assim como a vossos pais, o que fiz de Silo, 15.e vos repelirei de minha presença, assim como repeli vossos irmãos, a raça inteira de Efraim.*

Não vale interceder

16.Quanto a ti, não intercedas por esse povo. Não ergas em favor dele queixas ou súplicas e não insistas junto de mim, porque não te escutarei. 17.Não vês o que faz ele nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém? 18.Os filhos juntam lenha, os pais acendem o fogo e as mulheres sovam a massa para fazer tortas destinadas à rainha do céu, depois fazem libações a deuses estranhos, o que provoca a minha ira.* 19.Será, porém, a mim próprio que ele fere – oráculo do Senhor – ou a si mesmo, para sua maior vergonha? 20.Por isso, eis o que diz o Senhor JAVÉ: eis que minha cólera vai extravasar-se sobre este lugar, sobre os homens e os animais, sobre as árvores dos campos e os frutos da terra. E ela se inflamará para não mais se extinguir.”

Obediência mais que o culto

21.Eis aqui o que diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel: “Amontoai holocaustos sobre sacrifícios, e deles comei a carne;* 22.porquanto não falei a vossos pais e nada lhes prescrevi a respeito de holocaustos e sacrifícios, no dia em que os fiz sair do Egito. 23.Foi esta a única ordem que lhes dei: escutai minha voz: serei vosso Deus e vós sereis o meu povo; segui sempre a senda que vos indicar, a fim de que sejais felizes. 24.Eles, porém, não escutaram, nem prestaram ouvidos, seguindo os maus conselhos de seus corações empedernidos; voltaram-me as costas em lugar de me apresentarem seus rostos. 25.Desde o dia em que vossos pais dei­xaram o Egito até agora, enviei-vos todos os meus servos, os profetas. Todos os dias sem cessar os mandei. 26.Eles, porém, não os escutaram, nem lhes deram atenção; endureceram a cerviz e procede­ram pior que os pais. 27.Quando tudo isso lhes transmitires, também a ti não escutarão. Tu os chamarás e não obterás resposta. 28.Tu lhes dirás então: Esta é a nação que não escuta a voz do Senhor, seu Deus, e não aceita suas advertências. A lealdade desapareceu, tendo sido banida de sua boca.

Sacrifício de crianças, maior dos pecados

29.Corta teus cabelos e lança-os fora. Ergue um canto fúnebre sobre as colinas, porquanto o Senhor rejeita e abandona essa raça contra a qual se encolerizou. 30.Fizeram os filhos de Judá o que é mal a meus olhos – oráculo do Senhor; colocaram ídolos abomináveis na casa em que meu nome foi invocado, e o macularam. 31.Ergueram o lugar alto de Tofet, no vale de Ben-Enom para lá queimarem seus filhos e filhas, não lhes havendo eu ordenado tal coisa que nem me passara pela mente.* 32.Eis por que virão os dias – oráculo do Se­nhor –, em que não mais se dirá Tofet, nem vale de Ben-Enom, mas ‘vale da Matança’, onde, por falta de lugar, serão enterrados os mortos em Tofet. 33.Os cadáveres desse povo servirão de pasto às aves do céu e aos animais da terra, sem que ninguém os expulse. 34.Nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém farei silenciarem os gritos de alegria e os cantos de júbilo, cantos do esposo e vozes da esposa, porquanto a terra será reduzida a um deserto”.

8.   1.“Naquele tempo – oráculo do Senhor –, serão retirados de seus sepulcros os ossos dos reis de Judá, dos seus chefes e sacerdotes, dos seus profetas e habitantes de Jerusalém. 2.E serão expostos ao sol, à lua e à multidão das estrelas que tanto amaram e serviram, e que seguiram, consultaram e adoraram. Esses ossos não serão mais recolhidos, nem enterrados, permanecendo como adubo na superfície do solo. 3.Preferível à vida será a morte para os sobreviventes dessa raça perversa, em todos os lugares pelos quais eu os houver dispersado – oráculo do Senhor dos exércitos.” 4.Tu lhe dirás, então: Eis o que diz o Senhor: não se deverá levantar aquele que tomba? Não voltará aquele que se desviou? 5.Por que persiste esse povo de Jerusalém em perpétua loucura? Obstinam-se na má-fé, recusando converter-se. 6.Atentamente os escutei: não falam, porém, com sinceridade. Nem um deles se arrepende da maldade e não clama: “Que fiz eu?”. Retomam todos a caminhada, à semelhança do cavalo que se arremessa à batalha. 7.Até a cegonha pelo ar reconhece a estação, e as rolas e as andorinhas são fiéis à migração. O meu povo, porém, não conhece a Lei do Senhor. 8.Como podeis dizer: “Somos sábios, e temos conosco a Lei do Senhor?”. Na verdade, foi a mentira que fez desta Lei o estilete enganador dos escribas.* 9.Os sábios consternados e confundidos ficarão cobertos de vergonha, por haverem repelido a palavra do Senhor; qual seria então a sabedoria deles? 10.Eis por que a outros darei suas mulheres, e seus campos a novos donos, já que, do menor ao maior deles, todos se entregam aos lucros desonestos. Desde o profeta até o sacerdote, praticam todos a mentira.* 11.Tratam sem cuidado da ferida da filha do meu povo, e dizem: “Vai tudo bem! Vai tudo bem!” quando vai tudo mal. 12.Pelo seu proceder abominável serão confundidos, mas nem ao menos conhecem a vergonha, e nem o que seja enrubescer. Assim como os que caem, tombarão também e perecerão no dia do castigo – oráculo do Senhor. 13.Vou reuni-los todos e arrebatá-los – oráculo do Senhor. Mas não havia uma só uva na vinha, nem figo na figueira. A folhagem havia murchado. E assim lhes dei quem os haveria de conquistar.* 14.Para que ainda nos determos? Reuni-vos, e vamos para as praças fortes: lá havemos de perecer. Porquanto o Senhor, nosso Deus, decidiu que pereçamos, fazendo-nos beber água envenenada, já que pecamos contra ele. 15.Aguardávamos a felicidade e nenhum bem encontramos, nenhum tempo de exaltação, e só vemos o terror. 16.Ouve-se, desde Dã, o relinchar dos cavalos, e toda a terra estremece com o estrépito de seus corcéis, que ao chegarem destroem a terra e o quanto nela existe: a cidade e os habitantes. 17.Vou lançar serpentes contra vós, e víboras insensíveis aos encantamentos, que vos morderão – oráculo do Senhor.

Dor sem consolo

18.Onde encontrar consolo para a minha dor? Dentro de mim sofre o coração. Chega-me de uma terra longínqua 19.a voz amargurada da filha do meu povo: “Não está mais o Senhor em Sião? E nela não mora mais o seu rei?”. Por que me irritaram com seus ídolos, com as vãs divindades de outros países? 20.“Passou a ceifa; terminou a colheita, e não nos chegou a libertação.” 21.Faz-me sofrer a chaga da filha de meu povo, cobre-me o luto; apossa-se de mim a desolação. 22.Não haverá mais bálsamo de Galaad? Nem se poderá encontrar um médico? Por que, então, a ferida da filha de um povo não se há de cicatrizar? 23.Oh! Tivesse eu em minha cabeça um manancial, e em meus olhos uma fonte de lágrimas! Dia e noite eu choraria os mortos da filha de meu povo.

Povo de traidores

9.   1.Oh! Se encontrasse eu no deserto um abrigo de viandantes; abandonaria meu povo, e para longe dele me afastaria, pois que não passa de uma legião de adúlteros, um bando de traidores. 2.Retesam a língua, como fazem a seus arcos, para o engodo; e a lealdade não permanece neles. Caminham de crime em crime; já nem me conhecem mais – oráculo do Senhor. 3.Que se mantenha em guarda cada um de vós contra o amigo. Nem mesmo do irmão vos deveis fiar, pois que todo irmão procura suplantar, e todo amigo calunia. 4.Zombam do próximo todos eles; ninguém diz a verdade. Exercitam a língua na mentira, aplicam-se a fazer o mal. 5.Habitam no seio da falsidade; por má-fé recusam conhecer-me – oráculo do Senhor. 6.Por isso, eis o que diz o Senhor dos exércitos: “Vou fundi-los num cadinho para prová-los. Que outra coisa farei ante (a maldade) da filha de meu povo?* 7.Suas línguas são dardos mortíferos, que só proferem mentiras. Com a boca saúdam o próximo, enquanto no coração lhe armam ciladas. 8.Por tantos crimes não devo castigá-los – oráculo do Senhor – e não se vingará minha alma de semelhante nação?”. 9.A respeito dos montes erguerei gemidos; entoarei cânticos fúnebres sobre as planícies do deserto, porque o fogo devorou esses lugares e ninguém passa por eles. Nem mais se ouve o mugir do gado. Tanto as aves do céu como os animais, todos fugiram e desapareceram. 10.Farei de Jerusalém um amontoado de pedras, um covil de chacais; e das cidades de Judá um deserto, onde ninguém mais habitará.

Ausência de sábios

11.Haverá algum homem sábio que possa compreender essas coisas? A quem as revelou o Senhor a fim de que as explique? Por que perdeu-se essa terra, queimada como o deserto, por onde ninguém mais passa? 12.É, diz o Senhor, porque abandonou a Lei que lhe havia proposto, porque não escutou, nem seguiu a minha voz, 13.mas sim os pendores de seu coração empedernido, e os ídolos que seus pais lhe haviam dado a conhecer. 14.Eis por que disse o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel: vou alimentá-lo com absinto, e lhe darei de beber água pestilenta. 15.Depois, eu o dispersarei entre nações que nem ele, nem seus pais conheceram, e contra ele enviarei uma espada que o abaterá até o extermínio. 16.Eis o que diz o Senhor dos exércitos: Tratai de chamar as carpideiras para que venham. E que venham as mais hábeis e não tardem, 17.para que, sem demora, entoem sobre nós suas lamúrias, e se fundam em lágrimas nossos olhos, e a água brote de nossas pálpebras, 18.pois que seu canto fúnebre se elevou em Sião: “Por que fomos assim devastados? Cheios de vergonha, devemos abandonar a terra, já que foram derrubadas nossas casas”. 19.Mulheres, escutai a palavra do Senhor. E que vossos ouvidos compreendam o que sua boca profere! Ensinai a vossas filhas essa lamentação; cada uma ensine à companheira esse canto fúnebre: 20.“A morte assomou às nossas janelas, introduzindo-se em nossos palácios, exterminando crianças nas ruas e jovens nas praças públicas. 21.Cadáveres humanos jazem como esterco nos campos, como feixes atrás do segador. E ninguém os recolhe”.* 22.Eis o que diz o Senhor: “Não se envaideça o sábio do saber, nem o forte de sua força, e da riqueza não se orgulhe o rico! 23.Aquele, porém, que se quiser vangloriar, glorie-se de possuir inteligência e de saber que eu, seu Senhor, exerço a bondade, o direito e a justiça sobre a terra, pois nisso encontro o meu agrado – oráculo do Senhor. 24.Dias virão – oráculo do Senhor – em que castigarei todos os circuncidados que conservam seus prepúcios:* 25.os egípcios, os judeus, os edomitas, os amonitas, os moabitas e os beduínos de cabeça raspada. Porquanto, todas as nações são incircuncisas, tais como todos os da casa de Israel são incircuncisos de coração”.*

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