Continuando a nossa meditação, observamos que desta vez o Senhor Javé direciona suas mensagens e advertências aos anciãos de Israel por ocasião da infidelidade do povo ao longo dos tempos. O Senhor Javé relembra as abominações e idolatrias cometidas pelos israelitas, desde o momento em que foram escolhidos por ele no Egito até os dias atuais. Ele descreve como o povo se rebelou contra ele, não obedecendo às suas leis e profanando seus sábados. O Senhor Javé anuncia que irá desencadear sua cólera sobre eles, mas também promete poupar alguns em consideração ao seu nome. O texto também menciona a vinda de uma espada vingadora do Senhor e a destruição que ela trará. Além disso, são destacados os crimes e abominações cometidos em Jerusalém, que resultarão em seu abandono e escárnio das nações. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 20, 21 e 22 do livro de Ezequiel (Ez).
Ezequiel
Infidelidade de Israel, através dos tempos
20. 1.No sétimo ano, no décimo dia do quinto mês, vieram alguns anciãos de Israel consultar o Senhor, e se assentaram diante de mim.* 2.A palavra do Senhor me foi dirigida nestes termos: 3.“Filho do homem, dirige-te como se segue aos anciãos de Israel: eis o que diz o Senhor Javé: viestes para me consultar. Por minha vida! Eu não me deixarei consultar por vós – oráculo do Senhor Javé. 4.Julga-os, julga-os pois, filho do homem. Faze-os reconhecer as abominações de seus pais. 5.Dize-lhes: eis o que diz o Senhor Javé: no dia em que fiz a escolha de Israel, em que levantei a mão para a raça de Jacó, em que me dei a conhecer a eles no Egito, em que ergui a mão para eles, dizendo: sou eu que sou o Senhor, vosso Deus,* 6.foi nesse dia que jurei tirá-los do Egito para conduzi-los à terra que eu escolhera para eles, terra que mana leite e mel, a joia de todos os países. 7.Eu lhes disse então: que cada um lance para fora os ídolos abomináveis que atraem os vossos olhos; não mais vos mancheis com os ídolos do Egito. Eu é que sou o Senhor, vosso Deus. 8.Eles, porém, se rebelaram contra mim e se recusaram a escutar-me; nenhum deles rejeitou os ídolos abomináveis que atraem os olhos e nenhum abandonou os ídolos do Egito. À vista disso, decidi desencadear sobre eles a minha cólera e contra eles e contra o próprio Egito saciar o meu furor. 9.Se eu os tirei do Egito, foi somente em consideração ao meu nome, a fim de que não fosse odiado aos olhos das nações entre as quais viviam, e onde eu me tinha dado a conhecer a eles. 10.Eu os fiz assim sair do Egito e os conduzi ao deserto. 11.Eu lhes dei as minhas leis e lhes ensinei os meus preceitos, em virtude dos quais vive aquele que os observa. 12.Instituí mesmo para eles os meus sábados, como sinal entre mim e eles, a fim de que reconhecessem que sou eu, o Senhor, que os santifica.* 13.No deserto, todavia, os israelitas se rebelaram contra mim; não praticaram as minhas leis e rejeitaram os meus preceitos, em virtude dos quais o homem vive, quando os cumpre; profanaram gravemente os meus sábados. Por isso, tomei a resolução de desencadear sobre eles o meu furor, no deserto, para aniquilá-los. 14.Mas o fiz em consideração ao meu nome, a fim de que não ficasse ele desmoralizado aos olhos das nações, perante as quais eu os tinha feito sair do Egito. 15.Todavia, no deserto, eu lhes fiz o juramento de não levá-los à terra que eu lhes tinha prometido, terra onde corria leite e mel, a mais bela de todas as terras, 16.porque haviam rejeitado as minhas leis, abandonando os meus preceitos, profanando os meus sábados e entregando-se intimamente a seus ídolos. 17.Depois eu me compadeci deles; renunciei à ideia de destruí-los, e não os exterminei completamente no deserto. 18.Eu disse no deserto a seus filhos: não sigais os preceitos dos vossos pais, não imiteis as suas práticas, contaminando-vos com os ídolos. 19.Sou eu, o Senhor, que sou o vosso Deus. Deveis guardar as minhas leis, observar e praticar as minhas ordens. 20.Respeitai santamente os meus sábados, a fim de que sejam um sinal entre mim e vós, e que se saiba que eu, o Senhor, é que sou o vosso Deus. 21.Mas também os filhos se sublevaram contra mim, não cumpriram as minhas leis, não as observaram, pondo em prática os meus preceitos, em virtude dos quais o homem vive, desde que os cumpra; e eles profanaram os meus sábados. Por isso, concebi o desígnio de desencadear contra eles a minha cólera, de fartar minha ira contra eles no deserto. 22.Se retirei a minha mão, foi em atenção ao meu nome, a fim de que não seja desrespeitado entre as nações perante as quais eu os tirei do Egito. 23.Entretanto, fiz, no deserto, o juramento de dispersá-los entre as nações e de disseminá-los através dos países, 24.porque não haviam observado os meus preceitos, tinham rejeitado as minhas leis, profanando os meus sábados e deixando seus olhos se apegar aos ídolos de seus pais. 25.De minha parte, cheguei a dar-lhes estatutos que lhes foram funestos, ordens em virtude das quais não podiam viver;* 26.eu os tornei impuros por suas oferendas – quando faziam passar seus primogênitos pelo fogo – para puni-los e dar-lhes a conhecer que eu sou o Senhor. 27.Por isso, filho do homem, dirige-te à casa de Israel: eis o que diz o Senhor Javé: ainda nisso me ultrajaram os vossos pais, e me foram infiéis. 28.Após haverem sido introduzidos por mim na terra que lhes havia jurado dar à vista de todas as suas colinas elevadas, de todas as árvores frondosas, ofereceram seus sacrifícios e apresentaram as suas oblações que me irritavam; depuseram o agradável odor de suas oferendas e derramaram as suas libações. 29.Então, eu lhes disse: que lugar alto é esse, aonde ides? E esse nome de lugar alto é o que até hoje tem subsistido.* 30.Por isso, dirige-te assim à casa de Israel: eis o que diz o Senhor Javé: vós vos contaminais, à maneira dos vossos pais, e vos prostituís como os seus ídolos. 31.Apresentando as vossas oferendas, fazendo passar vossos filhos pelo fogo, vós ainda hoje vos manchais com todos os vossos ídolos. E eu, casa de Israel, eu me deixarei consultar por vós? Por minha vida – oráculo do Senhor Javé –, não o farei. 32.Nada sucederá daquilo que sonhais quando dizeis: iremos fazer como as nações, como as raças da terra, rendendo culto à árvore e à pedra. 33.Por minha vida – oráculo do Senhor Javé –, é com mão forte, com braço estendido, no desencadeamento do meu furor, que eu reinarei sobre vós. 34.Eu vos tirarei do meio das nações; eu vos reunirei fora dos países onde vos achais dispersos e, com mão poderosa, braço estendido, no desencadear do meu furor, 35.vos conduzirei ao deserto das nações onde, face a face, entrarei em julgamento convosco.* 36.Como entrei em demanda com os vossos pais, no deserto do Egito, assim entrarei em demanda convosco – oráculo do Senhor Javé. 37.Eu vos farei passar sob o bastão e reentrar nos liames da aliança. 38.Segregarei do vosso meio os rebeldes e aqueles que contra mim se revoltaram, e os tirarei da terra onde se estabeleceram, e eles não entrarão na terra de Israel. Assim sabereis que sou eu o Senhor. 39.Quanto a vós, israelitas, eis o que diz o Senhor: ide, servi cada um de vós aos ídolos! Depois disso, juro que me escutareis, e não profanareis o meu santo nome por vossas oferendas e vossos ídolos. 40.É na minha montanha santa, na montanha de Israel – oráculo do Senhor Javé –, é lá que me prestará culto toda a casa de Israel, todos desta nação. Lá vos farei uma acolhida favorável. Lá receberei vossas oferendas e as primícias dos vossos dons, com tudo o que me apresentardes. 41.Em vós eu me deliciarei com perfume agradável, quando vos tiver arrancado do meio dos povos e reunido fora dos países em que vos acháveis dispersos. Aos olhos das nações, manifestarei em vós a minha santidade; 42.e sabereis que eu sou o Senhor, quando vos tiver conduzido à terra de Israel, que jurei dar a vossos pais. 43.Lá reconhecereis vossa má conduta pela qual vos tornastes impuros e sentireis desgosto de vós mesmos, pelo mal que cometestes. 44.E sabereis que eu é que sou o Senhor, quando eu proceder convosco em atenção ao meu nome, não em consideração aos vossos erros e vossos costumes corrompidos, ó casa de Israel – oráculo do Senhor Javé!”.
A espada vingadora do Senhor
21. 1.A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 2.“Filho do homem, volta-te para a direita e profere um oráculo para o Sul, um oráculo contra a floresta do meio-dia.* 3.Dize à floresta meridional: escuta a palavra do Senhor: eis o que diz o Senhor Javé: vou acender em tuas matas um fogo que devorará toda árvore verde e toda árvore seca. Uma chama ardente, que não se extinguirá, e queimará todos os rostos do Sul ao Norte. 4.Todo ser vivo verá que sou eu o Senhor que acendi esse fogo. Ele não se extinguirá”. 5.Exclamei, então: “Ah! Senhor Javé, dizem de mim que falo sempre por parábolas!”. 6.A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 7.“Filho do homem, volta-te para Jerusalém e profere um oráculo contra o santuário, um oráculo contra a terra de Israel. 8.Dize-lhe: eis o que diz o Senhor: vou castigar-te, vou tirar a minha espada da bainha para separar de ti o justo e o perverso. 9.É porque quero exterminar do teu meio o justo e o malévolo que do Sul ao Norte desembainhei a espada contra todo homem. 10.E todo ser vivo saberá que sou eu o Senhor que desembainharei a espada; e não mais a guardarei. 11.Por isso, tu, filho do homem, põe-te a lamentar, com o coração partido; lança, em presença deles, amargos gemidos. 12.Se te perguntarem por que gemes, responderás: é por causa da novidade, que está iminente, e que fará amargurar todos os corações, cair todos os braços, divagar todos os espíritos, dobrar todos os joelhos. Ei-la que chega: ela está aí – oráculo do Senhor Javé!”. 13.A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 14.“Filho do homem, pronuncia o seguinte oráculo: assim fala o Senhor: dize: A espada! A espada está afiada e polida. 15.Afiada para o massacre; polida a ponto de desprender clarões: então haveremos de alegrar-nos? O cetro do meu filho sobrepuja todo madeiro. 16.Foi polida para empunhá-la na mão; está ela aguçada e limpa para ser entregue ao degolador. 17.Grita, filho do homem, clama, porque foi tirada contra o meu povo, contra todos os príncipes de Israel, que foram entregues ao gládio com meu povo. Fere-te pois a coxa!* 18.É uma prova: que há com o cetro desprezado que não mais existe? Oráculo do Senhor Javé. 19.E tu, filho do homem, profetiza, bate as mãos! Que a espada seja dobrada, triplicada! É a espada da carnificina, a espada do grande morticínio que os ameaça de todo lado! 20.Para fazer fundir os corações, para multiplicar as vítimas, diante de todas as portas, apontei a espada para a carnificina; ela está prestes a desprender clarões, ela está afiada para a matança. 21.Volta-te para trás, à direita e à esquerda, diante de ti: 22.também eu vou bater palmas, vou fartar meu furor, sou eu, o Senhor, que o digo!”. 23.A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 24.“Filho do homem, traça dois caminhos que partam ambos do mesmo lugar, para que possa passar a espada do rei da Babilônia.* 25.À entrada do caminho, que conduz à cidade, põe um sinal. Traçarás, para a passagem da espada, um caminho para Rabá dos amonitas, e outro para Judá e a fortaleza de Jerusalém, 26.porque o rei da Babilônia se detém na encruzilhada do caminho, à frente dos dois caminhos, para consultar à sorte: ele agita as flechas, interroga os ídolos domésticos, examina o fígado das vítimas.* 27.Em sua mão direita, detém ele a sorte que designa Jerusalém, para aí colocar os carneiros, para aí dar ordens de carnificina e arrancar gritos de guerra, para conduzir os aríetes contra as portas, para suspender terraços e construir torres. 28.Isso significa aos olhos dos habitantes de Jerusalém um presságio mentiroso. Prestaram juramento, mas o rei da Babilônia lhes recorda a lembrança de suas iniquidades, mandando capturá-los.* 29.E, por isso, eis o que diz o Senhor Javé: uma vez que trazeis à memória os vossos delitos, manifestando as vossas faltas, revelando os vossos pecados em todos os vossos atos, já que vos recordais, sereis castigados.* 30.Quanto a ti, príncipe de Israel, vil e ímpio, cujo dia é chegado com o término da iniquidade,* 31.eis o que diz o Senhor Javé: deixa essa tiara; larga essa coroa; tudo vai mudar. Vai-se exaltar o que é baixo, e abaixar o que é elevado. 32.Ruína, ruína e ruína! Eis o que dela farei; será aniquilada até que isso aconteça àquele a quem pertence o julgamento, e ao qual eu a entregarei.* 33.E tu, filho do homem, profetiza: eis o que diz o Senhor Javé em relação aos amonitas e seus ultrajes. Dize: a espada está desembainhada para a matança, afiada para o massacre, a ponto de desprender clarões, 34.enquanto te entregas a visões mentirosas e a oráculos enganadores, para pô-la na garganta dos cadáveres dos ímpios, cujo dia é chegado com o fim da iniquidade. 35.Põe-na em tua bainha. É no lugar onde foste criado, tua terra natal, que te irei julgar. 36.Sobre ti desencadearei a minha cólera; soprarei sobre ti o fogo do meu furor; eu te entregarei nas mãos de homens brutais, artífices de destruição. 37.Serás presa das chamas; teu sangue correrá no meio da terra; não se recordará mais de ti, porque sou eu o Senhor, que falei”.
Crimes atuais de Jerusalém
22. 1.A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 2.“E tu, filho do homem, não julgarás, não julgarás esta cidade sanguinária? Faze-lhe conhecer todas as suas abominações. 3.Dize-lhe: eis o que diz o Senhor Javé: Ah! cidade que espalhas o sangue em tuas ruas para que chegue a tua hora, que eriges ídolos para te sujares, 4.pelo sangue que tens derramado tu te tornaste culpada e te poluíste pelos teus ídolos que talhaste; precipitaste a tua hora, adiantaste o termo de teus anos. Por isso, vou abandonar-te aos ultrajes das nações, e ao escárnio de todos os países. 5.Próximos ou distantes, eles zombarão de ti, cidade cujo nome é odioso, cidade cheia de desordens. 6.Vê: os príncipes de Israel estão em ti ocupados, cada um por si, a derramar sangue. 7.Em ti, desprezam-se pai e mãe, violenta-se o hóspede estrangeiro, maltratam-se o órfão e a viúva. 8.Tens aviltado meus santuários e profanado os meus sábados. 9.Há em ti delatores que fazem derramar sangue; gente de tua casa que vai comer na montanha. Cometem-se infâmias no meio de ti: 10.descobre-se a nudez de seu pai, faz-se violência à mulher durante o período da menstruação; 11.um comete horrores com a mulher do próximo, outro desonra incestuosamente sua nora, outro viola sua irmã, filha de seu pai.* 12.Em ti aceitam-se presentes para derramar sangue, tu recebes a usura e os juros, fazes violência ao próximo para despojá-lo; e a mim tu me esqueces – oráculo do Senhor Javé. 13.Muito em breve, porém, vou bater palmas devido às pilhagens que tens feito e ao sangue em ti derramado. 14.Poderá resistir teu coração, tuas mãos poderão aguentar, ao chegarem os dias em que eu me levantar contra ti? Sou eu, o Senhor, que o digo, e que o executarei. 15.Eu te disseminarei entre as nações, te dispersarei através dos povos. Limparei totalmente a tua mancha, 16.serás aviltada, por tua culpa, aos olhos das nações, e reconhecerás assim que sou eu o Senhor”.* 17.A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 18.“Filho do homem, a casa de Israel tornou-se para mim escória. São todos como cobre, estanho e ferro e chumbo no cadinho: são escória da prata. 19.Por isso, eis o que diz o Senhor Javé: já que todos vós sois escória, vou reunir-vos em Jerusalém. 20.Do mesmo modo como se ajunta no meio do forno a prata, o cobre, o ferro, o chumbo e o estanho, e como se atiça o fogo sobre eles para fundi-los, do mesmo modo, no furor da minha cólera, eu vos amontoarei todos juntos lá para vos fazer fundir. 21.Eu vos reunirei e atiçarei sobre vós o fogo do meu furor, para vos fazer fundir em Jerusalém. 22.Semelhantes à prata, que se funde no cadinho, sereis fundidos no meio da cidade e assim reconhecereis que sou eu, o Senhor, que desencadeei sobre vós o meu furor”. 23.A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 24.“Filho do homem, dize a Jerusalém: és uma terra que não recebeu nem chuva nem aguaceiro na estação da cólera. 25.Há em teu seio uma conspiração de príncipes. Como o leão que ruge, que arrebata a presa, eles devoram as pessoas, tomam-lhes os bens e as riquezas, e multiplicam as viúvas.* 26.Seus sacerdotes violam a minha Lei, profanam o meu santuário, tratam indiferentemente o sagrado e o profano e não ensinam a distinguir o que é puro do que é impuro; fecham os olhos para não ver os meus sábados; no meio deles a minha santidade é profanada. 27.Seus chefes lá estão como lobos que despedaçam a presa, derramando sangue, perdendo vidas para tirar proveitos. 28.Seus profetas cobrem tudo com uma argamassa: têm visões de mentira e oráculos enganadores. Dizem: eis o que diz o Senhor, quando o Senhor nada disse.* 29.A população da terra se entrega à violência e à rapina, à opressão do pobre e do indigente, e às vexações injustificáveis contra o estrangeiro. 30.Tenho procurado entre eles alguém que construísse o muro e se detivesse sobre a brecha diante de mim, em favor da terra, a fim de prevenir a sua destruição, mas não encontrei ninguém.* 31.Por isso, vou desencadear sobre eles o meu furor e exterminá-los no fogo da minha exasperação; farei cair sobre eles o peso de sua conduta – oráculo do Senhor Javé”.