DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Ducentésimo quadragésimo terceiro dia: Oráculos de Jeremias contra o rei e os profetas

Hoje, na meditação do nosso desafio vamos nos deparar com uma série de oráculos dados por Deus a Jeremias. Na sequência dos capítulos Deus fala sobre a situação de Jerusalém e o rei Sedecias, alertando que a cidade será atacada pelo rei Nabucodonosor da Babilônia. Deus também faz um pronunciamento contra a casa real e contra os profetas falsos. O texto sagrado trata à cerca da situação de Jerusalém, a punição que virá sobre o povo devido à sua infidelidade a Deus e a advertência contra os líderes corruptos. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 21, 22, 23 e 24 do livro de Jeremias (Jr).

Jeremias 

Oráculo contra o rei Sedecias

21.   1.Eis o que disse o Senhor a Jere­mias, quando o rei Sedecias lhe enviou Fassur, filho de Melquias, e o sacerdote Sofonias, filho de Maasias, para dizerem a ele:* 2.“Consulta o Senhor em nosso nome porque Nabucodonosor, rei da Babilônia, nos ataca. Talvez o Senhor queira renovar seus milagres a nosso favor, fazendo com que ele se afaste de nós”.* 3.“Eis” – respondeu-lhes Jeremias – “o que transmitireis a Sedecias: 4.Oráculo do Senhor, Deus de Israel: as armas que empunhais para o combate, fora dos muros, contra o rei da Babilônia e os caldeus que vos sitiam, vou reuni-las no interior desta cidade. 5.Então, com toda a força de meu braço vigoroso, com furor, indignação e cólera, combaterei contra vós. 6.Ferirei os habitantes desta cidade, homens e animais, que serão vítimas de grande peste. 7.Em seguida – oráculo do Senhor –, Sedecias, rei de Judá, seus servos e o povo, e tudo quanto escapar da peste, da espada e da fome, eu os entregarei a Nabucodonosor, rei da Babilônia, a esses inimigos que lhes odeiam a vida. E eles os passarão a fio de espada, sem perdão, nem piedade ou misericórdia.

Ao povo

8.Dirás então ao povo – oráculo do Se­­nhor: eis que vos coloco na encruzilhada dos caminhos da vida e da morte. 9.Aquele que ficar na cidade perecerá pela espada, pela fome ou pela peste; aquele que sair para entregar-se aos caldeus, que vos sitiam, viverá, e a vida a salvo será seu espólio. 10.Fixei meus olhares sobre esta cidade, para sua desgraça e não para o bem – oráculo do Senhor. Cairá ela nas mãos do rei da Babilônia, e este a entregará às chamas.”

Oráculo contra a casa real

11.Eis o que dirás acerca da casa de Judá: Escutai a palavra do Senhor! 12.Casa de Davi, eis o que diz o Senhor: Praticai a justiça desde o nascer do dia, livrai o oprimido das mãos do opressor, para que meu furor não se inflame como o fogo, braseiro que não se pode extinguir, por causa da maldade de vosso procedimento.

A Jerusalém

13.Eis-me aqui contra ti, habitante do vale, rochedo que dominas a planície. A vós que dizeis: “Quem nos virá atacar? Quem penetrará em nossos refúgios?”. 14.Eu vos castigarei – oráculo do Senhor –, deitarei fogo à sua floresta e seus arredores serão devorados.

Contra o rei

22.   1.Eis o que me diz o Senhor: “Des­ce ao palácio do rei de Judá, e lá pronunciarás este oráculo: 2.Ouve a palavra do Senhor, rei de Judá, que ocupas o trono de Davi, tu, teus servos e teu povo que entrais por essas portas. 3.Eis o que diz o Senhor: Praticai o direito e a justiça, e livrai o oprimido das mãos do opressor. Não deixeis o estrangeiro sofrer vexames e violências, nem o órfão e a viúva, nem derrameis neste lugar sangue inocente. 4.Se obedecerdes fielmente a esta ordem, continuarão a passar pelas portas deste palácio os reis herdei­ros do trono de Davi, montados em carros e cavalos, com seus servos e seu povo. 5.Se, porém, não escutardes estas palavras, juro-o por mim mesmo – palavra do Senhor –, será reduzido a escombros este palácio. 6.Porque eis o oráculo do Senhor sobre o palácio do rei de Judá:* Eras a meus olhos como os montes de Galaad, qual o cimo do Líbano. Juro, porém, que te vou transformar em solidão, em um deserto. 7.Preparo contra ti destruidores, munidos de seus instrumentos, que abaterão teus cedros mais formosos, e os lançarão ao fogo”. 8.Muitos pagãos, ao passarem perto desta cidade, uns aos outros hão de dizer: “Por que assim tratou o Senhor esta grande cidade?”. 9.E lhes será respondido: “Porque seus habitantes abandonaram a aliança com o Senhor, seu Deus, prosternando-se ante outros deuses e a eles rendendo culto”.

Oráculo contra Selum

10.Não choreis o morto, nem por ele vos lamenteis. Chorai, chorai antes sobre aquele que parte, e que não voltará mais, nem tornará a ver o país natal.* 11.Porque assim fala o Senhor a respeito de Selum, filho de Josias, rei de Judá, que reinava em lugar do pai, e partiu desse lugar: “Não voltará mais para ali. 12.Morrerá no local do seu exílio, sem jamais rever a pátria.”

Oráculo contra Joaquin

13.Ai daquele que para si construiu esse palácio por meios desonestos, e seus salões, violando a equidade. Ai daquele que faz seu próximo trabalhar sem paga, e lhe recusa o salário!* 14.E daquele que diz: “Vou mandar construir suntuosa morada, salões espaçosos, com largas janelas e revestimento de cedro, e pinturas de vermelho”. 15.Julgas ter o posto de rei porque rivalizas no emprego do cedro? Também teu pai comia e bebia, praticava a justiça e a equidade, e tudo lhe era próspero. 16.Julgava a causa do pobre e do infeliz, e tudo lhe era próspero. Não é isso conhecer-me? – oráculo do Senhor. 17.Mas teus olhos e teu coração não procuraram senão satisfazer tua cobiça, derramar o sangue do inocente e exercer a opressão e a violência. 18.Eis, portanto, o oráculo do Senhor sobre Joaquin, filho de Josias, rei de Judá: não haverá lamentações por ele: “Ai, meu irmão! Ai, minha irmã!”. Nem o chorarão, dizendo: “Ai, Senhor! Ai, majestade!”. 19.Sua pompa fúnebre será qual a do asno, e o arrastarão, jogando-o para fora das portas de Jerusalém.

Triste sorte da nação

20.Sobe ao Líbano e clama em altas vozes, fazendo-as ressoar por Basã. Clama do alto do monte Abarim, porque teus amantes foram esmagados. 21.Falei-te no tempo de tua prosperidade, disseste-me, porém: “Não te ouvirei”. Pois é este teu costume desde a juventude, não escutas a minha voz. 22.Serão teus pastores pasto dos ventos, e teus amantes serão levados ao cativeiro. A vergonha e a confusão serão tua partilha, por causa de tua malícia. 23.Tu que moras no Líbano e fazes teu ninho nos cedros, quanto haverás de gemer, presa das dores, e das convulsões semelhantes às da mulher ao dar à luz!

Oráculo contra Joconias

24.Pela minha vida! – oráculo do Senhor –, ainda que Jeconias, filho de Joaquin, rei de Judá, fosse um anel em minha mão direita, eu o arrancaria! 25.Eu te entregarei aos que odeiam a tua vida, àqueles que temes, a Nabucodonosor, rei da Babilônia, e aos caldeus. 26.Eu te lançarei, a ti e à tua mãe que te pôs no mundo, em terra que não é a vossa terra natal, e onde morrereis. 27.E à terra a que aspiram, não tornarão a voltar. 28.Acaso será Jeconias algum traste desprezível, que ninguém mais tem em conta? Por que são repelidos, ele e sua raça, e atirados a uma terra que não conhecem? 29.Terra, terra, terra, escuta a palavra do Senhor. Eis o que diz o Senhor: 30.“Inscrevei este homem entre os que não deixaram descendência, entre aqueles que coisa alguma lograram em vida! Pois que ninguém de sua raça conseguirá ocupar o trono de Davi e reinar sobre Judá”.

Oráculo contra os maus pastores

23.   1.Ai dos pastores que deixam perder-se e dispersar-se o rebanho miúdo de minha pastagem! – oráculo do Senhor. 2.Por isso, assim fala o Senhor, Deus de Israel, acerca dos pastores que apascentam o meu povo: “Dispersastes o meu rebanho e o afugentastes, sem dele vos ocupar. Eu, porém, vou ocupar-me à vossa custa da malícia de tal procedimento – oráculo do Senhor. 3.Reunirei o que restar das minhas ovelhas, espa­lhadas pelos países em que as exilei e as trarei para as pastagens em que se hão de multiplicar. 4.Escolherei para elas pastores que as apascentarão, de sorte que não tenham receios nem temores, e já nenhuma delas se extravie – oráculo do Senhor”. 5.Dias virão – oráculo do Senhor – em que farei brotar de Davi um rebento justo que será rei e governará com sabedoria e exercerá na terra o direito e a equidade.* 6.Sob seu reinado será salvo Judá, e viverá Israel em segurança. E eis o nome com que será chamado: Javé-Nossa-Justiça!* 7.Eis por que chegarão dias – oráculo do Senhor – em que não se dirá mais: “Viva Deus, que tirou do Egito os filhos de Israel”. 8.Mas sim: “Viva Deus, que fez voltar os israelitas do norte e de todas as terras, aonde os exilara, trazendo-os à pátria”.

Oráculo contra os profetas

9.Aos profetas. Parte-se dentro de mim o coração, e se me abalaram todos os ossos. Assemelho-me a um ébrio, qual homem prostrado pelo vinho, por causa do Senhor e de sua palavra santa.* 10.A terra está cheia de adultérios e está em luto esta terra maldita. As pastagens do deserto ressecaram e os homens correm para o mal. É a iniquidade que lhes dá forças. 11.São profanos o próprio profeta e o sacerdote. Até no meu templo encontro sua perversidade – oráculo do Senhor. 12.Por isso, o seu caminho será como um caminho escorregadio nas trevas, e lá se entrechocarão e hão de cair. Pois precipitarei a desgraça sobre eles no ano em que os castigar – oráculo do Senhor. 13.Entre os profetas samaritanos vi absurdos: profetizaram em nome de Baal e desencaminharam meu povo de Israel. 14.Mas entre os profetas de Jerusalém vejo coisas hediondas: adultério e hipocrisia. Encorajam os maus, para que nenhum se converta da maldade. A meus olhos são todos iguais a Sodoma e seus congêneres semelhantes a Gomorra.* 15.Por isso, eis o oráculo do Senhor dos exércitos, contra os profetas: vou nutri-los com absinto, e dar-lhes de beber águas contaminadas. Porquanto, é pela atitude dos profetas de Jerusalém que a impiedade invadiu a terra. 16.Eis o que diz o Senhor dos exércitos: Não escuteis os profetas que vos transmitem vãos oráculos; são visões do próprio espírito que vos divulgam, e não as palavras do Senhor. 17.Não cessam de proclamar aos que me desprezam: “Oráculo do Senhor: Tudo irá bem para vós!” e aos que seguem, obstinadamente, as tendências do coração dizem ainda: “Nada de mal vos acontecerá”. 18.Mas qual deles assistiu à deliberação do Senhor? Quem o viu, e lhe escutou a palavra? Quem a ouviu e lhe prestou atenção? 19.Ora, eis que explode a tempestade do Senhor, o seu furor, e a tormenta que redemoinha, prestes a cair sobre a cabeça dos maus. 20.Não se acalmará a cólera do Senhor, enquanto não se executarem e cumprirem seus desígnios. Somente nos dias que virão os entendereis plenamente. 21.Não enviei tais profetas: são eles que correm; nem jamais lhes falei; e, no entanto, proferiram oráculos. 22.Houvessem eles assistido à minha deliberação, e seriam minhas as palavras que haveriam de proferir, fazendo que meu povo renunciasse à perversidade de seu procedimento. 23.Porventura eu sou Deus apenas quando estou perto? – oráculo do Senhor. Não o sou também quando de longe? 24.Poderá um homem se ocultar de tal modo que eu o não veja? – oráculo do Senhor. Porventura não enche minha presença o céu e a terra? – oráculo do Senhor. 25.Ouço o que dizem os profetas que proferem em meu nome falsos oráculos. “Tive um sonho. Tive um sonho!” 26.Quanto tempo vai durar isso? Julgam esses profetas, ao proferirem mentiras e as imposturas de seus corações, 27.que irão, pelos sonhos que contam uns aos outros, tornar meu nome esquecido do povo, assim como aconteceu a seus pais, que esqueceram o meu nome por causa do de Baal? 28.Conte o profeta o sonho que tiver! Mas, a quem for dado ouvir-me a palavra, que fielmente a reproduza. Que vem fazer a palha com o grão? – oráculo do Senhor.* 29.Não se assemelha ao fogo minha palavra – oráculo do Senhor –, qual martelo que fende a rocha? 30.Eis por que – oráculo do Senhor – vou lançar-me contra os profetas que imitam minhas revelações falando a outros. 31.Vou pedir contas aos profetas, cujas línguas não vacilam em proclamar: oráculo do Senhor. 32.Irei contra os profetas de sonhos enganadores que, ao narrá-los, ludibriam com mentiras e fatuidade o meu povo, quando nem missão lhes outorguei, nem mandato algum, e de nenhuma valia são para esse povo – oráculo do Senhor. 33.Quando esse povo ou algum profeta ou sacerdote vier perguntar-te: “Qual o novo fardo do Senhor que anuncias?” tu lhe dirás: “Fardo? És tu esse fardo, e dele me alijarei – oráculo do Senhor”.* 34.E o profeta, o sacerdote ou o leigo, que ousar dizer: oráculo do Senhor, eu o castigarei, assim como a sua família. 35.Eis como entre vós deveis exprimir-vos: “Que res­pondeu o Senhor?” ou: “Que disse o Se­nhor?” 36.Não repitais, porém: oráculo do Senhor, porquanto tal palavra se tornará um fardo para cada um, já que deturpais o sentido das palavras de Deus. 37.Ao profeta dirás portanto: “Que te respondeu o Senhor? Que te disse o Senhor?”. 38.Se, porém, empregardes esta palavra: oráculo do Senhor, sendo que vos adverti de que não a deveríeis repetir, 39.por tal motivo eu vos erguerei qual um fardo e longe de mim vos lançarei, bem como a cidade que a vós e a vossos pais havia outorgado.* 40.Eu vos afligirei com um perpétuo opróbrio, uma eterna vergonha, inesquecível.

As duas cestas de figos

24.   1.Fez-me o Senhor contemplar esta visão: colocadas diante do Templo do Senhor estavam duas cestas de figos. Isso foi depois que Nabucodonosor, rei da Babilônia, havia deportado de Jerusalém Jeconias, filho de Joaquin, rei de Judá, juntamente com os chefes de Judá, e seus carpinteiros e serralheiros.* 2.Uma das cestas continha ótimos figos, como o são os prematuros; a outra, porém, tão maus que nem mesmo se podiam comer. 3.Disse-me o Senhor: “Que vês, Jeremias?”. “Figos” – res­pondi; “excelentes uns, péssimos outros, que nem mesmo servem para comer”. 4.Foi-me então dirigida pelo Senhor a palavra, nestes termos: 5.“Eis o que disse o Senhor, Deus de Israel. Assim como contemplas com prazer os figos bons, assim também olharei favoravelmente os desterrados de Judá que destes lugares exilei para a terra dos caldeus. 6.A eles lançarei olhar benévolo e os reconduzirei a esta terra, onde os restabelecerei para não mais arruiná-los, e de novo os plantarei sem que os torne a arrancar. 7.Eu lhes darei um coração capaz de conhecer-me e de saber que sou eu o Senhor. Eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus porque de todo o coração se voltarão a mim. 8.E, à semelhança do que acontece aos maus figos, que por demais estragados já não são comíveis, assim também farei, diz o Senhor, de Sedecias, rei de Judá, dos seus chefes e do resto da população de Jerusalém que permanece nesta terra ou que no Egito se haja refugiado. 9.Farei deles objeto de pavor, de desgraça para todos os reinos da terra, de vergonha e zombaria, escárnio e maldição em toda parte por onde os dispersar. 10.Contra eles enviarei a espada, a fome e a peste até que sejam exterminados do solo que a eles e a seus pais havia concedido”.

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