DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Ducentésimo quadragésimo quarto dia: A ruína da Babilônia e a profecia de Jeremias

Na continuação da nossa meditação, observamos que o profeta Jeremias é enviado por Deus para transmitir uma mensagem ao povo de Judá e aos habitantes de Jerusalém. A mensagem fala sobre a desobediência do povo aos mandamentos de Deus, o envio de profetas para alertá-los e a consequência disso: a ruína da Babilônia e a servidão ao rei Nabucodonosor. Jeremias também enfrenta oposição das autoridades religiosas ao proferir suas profecias. O texto nos comunica sobre a mensagem de Deus através do profeta Jeremias, e nos alerta sobre a desobediência do povo e as consequências que virão. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 25, 26 e 27 do livro de Jeremias (Jr).

Jeremias 

Ruína da Babilônia, após as vitórias

25.   1.Eis o que foi dito a Jeremias, a respeito de todo o povo de Judá, no quarto ano do reinado de Joaquin, filho de Josias, rei de Judá era no primeiro ano de Nabucodonosor, rei da Babilônia* 2.e que o profeta Jeremias tornou conhecido de todo o povo de Judá e dos habitantes de Jerusalém: 3.“Desde o décimo terceiro ano de Josias, filho de Amon, rei de Judá, até este dia, eis que vinte e três anos são decorridos desde que a palavra do Senhor me foi dirigida e que vo-la transmiti com assiduidade, sem a terdes, entretanto, escutado. 4.Continuamente, o Senhor en­viou-vos os profetas, seus servos, mas nenhuma atenção lhes prestastes, e não destes ouvidos às suas mensagens. 5.Assim falava ele: renuncie cada um de vós à vida perversa e à maldade do procedimento, e ficareis para sempre na terra que o Senhor vos havia concedido, assim como a vossos pais desde sempre. 6.Não andeis à procura de outros deuses, para ante eles vos prostrardes e lhes renderdes culto. Não me provoqueis à cólera, para vossa própria desgraça, com esses ídolos que vossas mãos fabricaram. 7.Mas não me escutastes – oráculo do Senhor –, o que provocou minha cólera, para a vossa desgraça, por causa dos ídolos feitos por vossas mãos. 8.Por isso, assim disse o Senhor dos exércitos: Porque não me escutastes as palavras, 9.vou conclamar todas as tribos do norte – oráculo do Senhor –, assim como o meu servo, Nabucodonosor, rei da Babilônia, a fim de lançá-los contra esta terra e seus habitantes, e todas essas nações que a cercam. Eu os votarei ao interdito e deles farei objeto de assombro, de assobio e de eterna ruína. 10.Abafarei seus gritos de alegria e os cânticos de júbilo, a voz do esposo e da esposa, e amortecerei o ruído da mó e o brilho da lâmpada. 11.Esta terra se converterá em angústia e solidão, e por setenta anos lhe há de perdurar a servidão ao rei da Babilônia.* 12.Decorridos esses setenta anos, castigarei o rei da Babilônia e seu povo por causa de seus pecados – oráculo do Senhor –, assim como a terra dos caldeus, que transformarei definitivamente num deserto. 13.Contra essa terra executarei todas as ameaças que proferi contra ela, e que neste livro se acham consignadas. O que Jeremias profetizou contra todas as nações pagãs.* 14.Porquanto, eles serão, por sua vez, subjugados por numerosas nações e grandes reis, e lhes retribuirei segundo os atos e feitos de suas mãos!

A taça da cólera divina

15.Eis o que me disse o Senhor, Deus de Israel: “Toma de minhas mãos esta taça cheia do vinho de minha ira, e faze com que dele bebam todos os povos, aos quais te enviarei. 16.Quando o tiverem bebido, ficarão e enlouquecerão à vista da espada que contra eles enviarei”. 17.Tomei, então, a taça das mãos do Senhor e dela fiz beber todos os povos aos quais me enviou o Senhor: 18.Jerusalém e as cidades de Judá, seus reis e chefes, para transformar tudo em um deserto, em uma desolação ante a qual se há de escarnecer, exemplo que será citado entre as maldições, como hoje se vê; 19.ao faraó, rei do Egito, aos seus servos, oficiais e povo, 20.assim como à mistura das populações, a todos os reis de terra de Us, a todos os reis da terra dos filisteus e a Ascalon, Gaza, Acaron, ao que resta de Azoto, 21.à Edom, a Moab e aos filhos de Amon; 22.a todos os reis de Tiro, aos de Sidônia e aos das ilhas que estão além do mar, 23.e a Dadã, Temã e Buz; a todos os que se fazem cortar os cabelos nas têmporas; 24.aos reis da Arábia e aos da mistura de populações que habita o deserto; 25.a todos os reis de Zambri, aos de Elam e aos reis da Média; 26.a todos os reis do norte, próximos ou longínquos, uns após outros; a todos os reinos do mundo que habitam na superfície da terra. E depois deles beberá o rei de Ainolibab. 27.“Tu lhes dirás, então: assim disse o Senhor, Deus de Israel: Bebei, embria­gai-vos, vomitai e caí para não mais vos levantardes sob o gládio que envio contra vós. – 28.Se se recusarem a tomar a taça de tuas mãos para beber, isto lhes dirás: eis o que me disse o Senhor dos exércitos: Haveis de bebê-la. 29.É pela cidade, onde meu nome foi invocado, que começo a punir; e vós, estaríeis isentos do meu castigo? Não, não sereis poupados, pois que farei vir a espada sobre todos os habitantes da terra – oráculo do Senhor dos exércitos. 30.E assim profetizarás: Ruge o Senhor do alto do céu, e de sua morada santa faz ouvir a sua voz. Ruge contra o seu rebanho, e lança o grito do pisador contra todos os habitantes da terra. 31.Estende-se o tumulto até os confins do mundo, pois que o Senhor está em litígio com as nações. Entra em processo contra toda carne, entregando à espada os maus – oráculo do Senhor. 32.Eis o que diz o Senhor dos exércitos: eis que o flagelo vai estender-se de nação em nação. E dos confins da terra vai desencadear-se violenta tempestade. 33.Aqueles que o Senhor nesse dia tiver atingido, de uma a outra extremidade da terra, não serão chorados, nem recolhidos e sepultados, jazendo no solo qual esterco. 34.Brami, pastores, gritai! Rolai na poeira, chefes do rebanho! Pois que chegou o dia de vossa destruição, e caireis como carneiros escolhidos.* 35.Não haverá mais refúgio para os pastores, nem salvação para os chefes do rebanho! 36.Ouvi os gritos dos pastores, e os bramidos dos chefes do rebanho, porque o Senhor lhes devasta os pastos. 37.A placidez dos campos é devastada pela cólera fervente do Senhor. 38.Partiu qual leão ao safar-se da rede; a terra vai transformar-se em deserto, sob os golpes do gládio destruidor, e da ardente cólera do Senhor.”

Conflito entre Jerusalém e as autoridades religiosas

26.   1.No começo do reinado de Joaquin, filho de Josias, rei de Judá, foi dirigida a Jeremias a palavra do Senhor nestes termos: 2.“Eis o que disse o Se­nhor: coloca-te no átrio do templo e a toda a gente de Judá, que vier prosternar-se no Templo do Senhor, repete todas as palavras que te ordenei dizer, sem deixar nenhuma. 3.Talvez as ouçam eles e renunciem ao perverso comportamento. Eu me arrependerei, então, dos males que cogito desencadear sobre eles por motivo da perversidade de sua vida. 4.E, então, tu lhes dirás: eis o que diz o Senhor: Se não me escutardes, se não obedecerdes à Lei que vos impus, 5.e não ouvirdes as palavras dos profetas, meus servos, que não cessei de vos enviar continuamente, sem que delas vos importásseis, 6.farei deste edifício o que fiz de Silo e desta cidade um exemplo que todos os povos da terra citarão em suas maldições”.* 7.Os sacerdotes, os profetas e todo o povo ouviram Jeremias pronunciar essas palavras no templo. 8.Mal, porém, acabara de repetir o que o Senhor lhe ordenara dizer ao povo, lançaram-se sobre ele os sacerdotes, os profetas e a multidão, exclamando: “À morte! 9.Por que proferes, em nome do Senhor, este oráculo: a este templo o mesmo acontecerá que a Silo e se transformará em deserto sem habitantes esta cidade?”. Ajuntou-se então a multidão no templo em torno de Jeremias. 10.Ao saberem do que ocorria, acorreram do palácio real ao templo os oficiais de Judá e se postaram no umbral da Porta Nova do Templo do Senhor. 11.Então, os sacerdotes e os profetas clamaram aos oficiais e à multidão: “Este homem merece a morte porque profetizou contra esta cidade, como todos ouvistes com vossos próprios ouvidos”. 12.Jeremias, porém, retrucou aos oficiais e ao povo: “Foi o Senhor quem me deu o encargo de proferir contra este povo e esta cidade os oráculos que ouvistes. 13.Reformai, portanto, vossa vida e modo de agir, escutando a voz do Senhor, vosso Deus, a fim de que afaste de vós o mal de que vos ameaça. 14.Quanto a mim, entrego-me nas vossas mãos. Fazei de mim o que quiserdes e que melhor se vos afigure. 15.Sabei, porém, que se me condenardes à morte, será de sangue inocente que maculareis esta cidade e seus habitantes; pois, na verdade, foi o Senhor quem me ordenou vos transmitisse estes oráculos”. 16.Disseram, então, os oficiais e a multidão aos sacerdotes e profetas: “Este homem não merece a morte! Foi em nome do Senhor, nosso Deus, que nos falou”. 17.Ante a multidão tomaram a palavra alguns dos anciãos: 18.“Miqueias de Morasti, disseram eles, que profetizava no tempo de Ezequias, rei de Judá, assim falou ao povo: isto diz o Senhor dos exércitos: Sião será como um campo lavrado. Jerusalém será um montão de escombros, e a colina do templo, um morro cheio de mato.* 19.Ezequias, rei de Judá, e o povo de Judá condenaram-no por isso à morte! Não temeram eles o Senhor? Não lhe imploraram o favor, a ponto de se arrepender do mal com que os ameaçava? E nós poderíamos arcar com a responsabilidade de tão grande crime?”. 20.Houve também um homem que proferia oráculos em nome do Senhor: Urias, filho de Semeías, de Cariatarim. Contra a cidade e o país anunciara os mesmos flagelos que Jeremias. 21.Chegaram suas palavras aos ouvidos do rei Joaquin e de seus oficiais e chefes, tendo o rei procurado meios de condená-lo à morte. Urias, informado do que se passava, teve medo e fugiu, refugiando-se no Egito. 22.Mas Joaquin enviou ao Egito Elnatã, filho de Acobor, acompanhado de alguns homens. 23.Estes trouxeram o profeta do Egito e entregaram-no ao rei, o qual o mandou degolar, jogando seu cadáver na fossa comum. 24.Contudo, a influência de Aicam, filho de Safã, protegeu Jeremias, impedindo que fosse entregue ao povo e condenado à morte.

Símbolo do jugo

27.   1.No início do reinado de Sedecias, filho de Josias, rei de Judá, foi dirigida a palavra do Senhor a Jeremias nestes termos:* 2.“Eis o que me disse o Senhor: prepara laços e barras de jugo e coloca-os ao pescoço. 3.Em seguida, tu os enviarás ao rei de Edom, ao rei de Moab, ao rei dos filhos de Amon, ao rei de Tiro e ao rei de Sidônia, por intermédio dos embaixadores que vieram a Jerusalém apresentar-se a Sedecias, rei de Judá. 4.E tu os encarregarás de levar a seus senhores esta mensagem: eis o que disse o Senhor, Deus de Israel: dizei a vossos senhores: 5.eu sou aquele que, por soberana ação da força do meu braço, criei a terra, e os homens e os animais que nela se encontram, e a dou a quem melhor me aprouver; 6.todos estes países agora eu os entreguei ao meu servo, Nabucodonosor, rei da Babilônia, a quem confiei mesmo os animais dos campos para lhe serem sujeitos. 7.Todas estas nações lhe ficarão submissas, assim como a seu filho e neto, até que chegue também a vez de sua terra, a qual será dominada por numerosas nações e grandes reis. 8.A nação ou o reino que se recusar a servir Nabucodonosor, rei da Babilônia, e a inclinar-se ante o seu jugo, eu castigarei – oráculo do Senhor – pela espada, pela fome ou pela peste até que se aniquile em suas mãos. 9.Não escuteis, portanto, vossos profetas e adivinhos, nem vossos vaticinadores, astrólogos e feiticeiros que vos disseram que não sereis sujeitos ao rei da Babilônia. 10.Porque são mentiras que vos profetizam, a fim de que sejais banidos de vossa terra, dispersados por mim e levados a perecer. 11.Ao contrário, o povo que se inclinar ante o jugo do rei da Babilônia e a ele submeter-se, eu o deixarei tranquilo em sua terra – oráculo do Senhor –, a fim de cultivá-la e nela morar”.

Contra Sedecias

12.Dirigi-me, em seguida, a Sedecias com quem mantive a mesma linguagem: “Curvai vossas cabeças sob o jugo do rei da Babilônia. Servi-o a ele e a seu povo, e tereis a vida. 13.Por que expor-te, tu e teu povo, à morte pela espada, pela fome e pela peste, como o Senhor anunciou a todo povo que recusar servidão ao rei da Babilônia? 14.Não escuteis, portanto, a voz dos profetas que dizem que não sereis submetidos ao rei da Babilônia, pois são mentiras o que vos anunciam. 15.Não fui eu quem os enviou – oráculo do Senhor – e eles mentem proferindo oráculos em meu nome. Assim eu vos repelirei, e vós e vossos profetas perecereis”.

Aos sacerdotes e ao povo

16.Dirigi-me, em seguida, aos sacerdotes e ao povo: “Eis o que diz o Senhor: Não escuteis a voz dos profetas ao dizer-vos que os objetos do templo em breve voltarão da Babilônia. É falsidade o que proferem.* 17.Não os escuteis. Submetei-vos ao rei da Babilônia, a fim de que possais viver. Por que seria esta cidade transformada em deserto? 18.Se na verdade são profetas ins­pirados pelo Senhor, que intercedam junto ao Senhor dos exércitos, a fim de que os objetos que ficaram no templo, no palácio do rei de Judá e em Jerusalém não sejam levados para Babilônia! 19.Porquanto, eis o que disse o Senhor dos exércitos a respeito das colunas, do mar, dos pedestais e dos demais objetos que ficaram na cidade, 20.e que Nabucodonosor, rei da Babilônia, não retirou, ao deportar de Jerusalém para Babilônia Jeconias, filho de Joaquin, rei de Judá, juntamente com todos os notáveis de Judá e Jerusalém… 21.Eis o que disse o Senhor dos exércitos, Deus de Israel, com referência aos objetos que ficaram no templo, no palácio do rei e em Jerusalém: 22.Serão eles carregados para Babilônia – oráculo do Senhor – e lá permanecerão até o dia em que eu for buscá-los e os trouxer para recolocá-los neste lugar”.

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