DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Ducentésimo quadragésimo nono dia: Profecia de Jeremias em terras egípcias

Na continuação de nossa meditação observamos que o profeta Jeremias esta no Egito. Ele foi enviado pelo Senhor para transmitir uma mensagem ao povo, alertando-os para não irem morar no Egito, mas eles não o ouviram. O povo judeu desobedeceu à voz do Senhor e partiu para o Egito, onde enfrentaram a ira de Deus. Jeremias recebeu outra mensagem do Senhor para colocar pedras em frente ao palácio do faraó em Táfnis, simbolizando a vinda de Nabucodonosor, rei da Babilônia, que traria destruição ao Egito. O povo judeu no Egito também foi repreendido pelo Senhor por sua idolatria e desobediência. Jeremias enviou uma mensagem a Baruc, filho de Neerias, dizendo que embora a terra fosse destruída, ele seria preservado. A mensagem final é um oráculo contra o Egito, alertando sobre a vinda de Nabucodonosor e a devastação que iria ocorrer. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 43, 44, 45 e 46 do livro de Jeremias (Jr).

Jeremias 

Oráculo de Jeremias no Egito

43.   1.Assim que Jeremias acabou de dizer ao povo o que o Senhor lhe tinha encarregado de transmitir, 2.Aza­rias, filho de Osaías, Joanã, filho de Carea, e todos aqueles orgulhosos exclamaram: “São mentiras o que proferes. Não te deu o Senhor, nosso Deus, o encargo de nos dizer que não fôssemos morar no Egito. 3.É Baruc, filho de Neerias, que te lança contra nós com o fim de nos entregar aos caldeus para a morte e para a deportação à Babilônia”. 4.E assim Joanã, filho de Carea, os chefes e os sobreviventes do povo mostraram-se surdos à voz do Senhor que lhes ordenara permanecerem em Judá. 5.Joanã, filho de Carea, e os chefes conduziram os sobreviventes judeus que haviam regressado dos países em que se tinham dispersado, a fim de habitarem novamente na terra de Judá. 6.Eram homens, mu­lheres e crianças, as princesas reais, todos os que Nebuzardã, chefe dos guardas, havia deixado junto de Godolias, filho de Aicam, filho de Safã, entre eles o profeta Jeremias e Baruc, filho de Neerias.* 7.Desobedecendo, assim, à voz do Senhor, partiram para o Egito e alcançaram Táfnis. 8.Em Táfnis, foi dirigida a Jeremias a pa­lavra do Senhor nestes termos: 9.“Toma em tuas mãos pedras bem grandes e, ante os olhos dos judeus, introduze-as na calçada em frente à porta do palácio do faraó, em Táfnis. 10.E, em seguida, lhes dirás: Eis o que diz o Senhor dos exércitos, Deus de Israel: Vou mandar chamar aqui meu servo Nabucodonosor, rei da Babilônia. Eu lhe colocarei o trono sobre as pedras introduzidas neste lugar, e sobre elas estenderá ele também o seu tapete. 11.Ele virá aqui e ferirá o Egito. O que é para a morte, à morte! O que é para o cativeiro, ao cativeiro! O que é para a espada, à espada! 12.Lançará fogo aos templos dos deuses do Egito, e os queimará, levando cativos (os seus ídolos). Despojará o Egito, qual pastor a limpar seu manto, e regressará triunfante.* 13.E destruirá os obeliscos do templo do Sol, no Egito, e entregará às chamas todos os templos dos seus deuses”.

Idolatria dos judeus no Egito

44.   1.Eis a palavra que foi dirigida a Jere­mias a propósito de todos os judeus, residentes no Egito, em Magdol, em Táfnis, em Mênfis e na região sul: 2.“Eis o que diz o Senhor dos exércitos, Deus de Israel: vistes todas as calamidades que fiz recair sobre Jerusalém e sobre todas as cidades de Judá. Converteram-se, agora, em desertos inabitáveis. 3.Tudo isso aconteceu por causa do mal que cometeram, irritando-me por incensarem e renderem culto a deuses estranhos que não conheciam, nem vós nem vossos pais. 4.Desde o início, contudo, jamais cessei de enviar-vos os profetas, meus servos, a fim de dizer-vos que não devíeis cometer tão detestáveis abominações. 5.Não me escutaram, porém, e nem deram ouvidos, recusando abandonar sua maldade e cessar de oferecer incenso a deuses estra­nhos. 6.Assim, sobre eles recaiu toda a minha cólera, consumindo as cidades de Judá e as ruas de Jerusalém, que ficaram reduzidas ao estado de devastação, como hoje se apresentam. 7.E, agora, eis o que diz o Senhor dos exércitos, Deus de Israel: Por que traba­lhais assim contra vós mesmos, causando desse modo no seio de Judá a exterminação dos homens, das mulheres, das crian­ças e dos meninos de peito, a tal ponto que de vosso povo ninguém sobreviverá, 8.dado que me irritastes pela vossa vida, ofertando incenso a deuses estranhos, aqui no Egito, aonde viestes estabelecer-vos? Por que perecer e tornar-vos entre todas as nações da terra um tema de maldição e objeto de vergonha? 9.Esquecestes os crimes de vossos pais, os dos reis de Judá e das mulheres de vossa terra, vossos próprios crimes e os de vossas mulheres, cometidos na terra de Judá e nas ruas de Jerusalém? 10.Nenhum arrependimento até hoje sentiram, nem temor tiveram. Não observaram minha Lei, nem os mandamentos que vos havia imposto assim como a vossos pais. 11.Eis por que, assim disse o Senhor dos exércitos, Deus de Israel: Vou desviar de vós a minha face para vossa desgraça e extermínio de Judá. 12.E tomarei o resto de Judá que quis vir habitar no Egito. Perecerão todos, vítimas da espada e da fome. Perecerão pequenos e grandes, pela espada e pela fome; serão citados como execráveis, e constituirão objeto de espanto, de maldição e de opróbrio. 13.Castigarei os que residem no Egito, como o fiz em Jerusalém, pela espada, pela fome e pela peste. 14.Dos que vieram de Judá estabelecer-se no Egito, nenhum escapará nem sobreviverá para regressar à Judeia, local a que aspiram voltar para lá de novo habitar. Ninguém voltará, a não ser alguns fugitivos”. 15.Então, todos os homens, cientes de que suas mulheres ofereciam incenso aos deuses estranhos, todas as mulheres em grande número lá reunidas e todo o povo residente na região sul no Egito, responderam a Jeremias: 16.“O que nos dizes em nome do Senhor não o aceitamos. 17.Cumpriremos, porém, todas as promessas que fizemos de queimar incenso à rainha do céu e de lhe oferecer libações, como o fazíamos, nós e nossos pais, nossos reis e chefes, nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém. Então, tínhamos pão em fartura, vivíamos na abundância e não sabíamos o que fosse a desgraça. 18.Ora, depois que cessamos de queimar incenso à rainha do céu e de lhe oferecer libações, tudo nos falta, e perecemos pela espada e pela fome. 19.Além disso, quando queimamos incenso à rainha do céu e lhe oferecemos libações, é, porventura, sem o consentimento de nossos maridos que ofertamos torta à sua efígie e lhe rendemos libações?”. 20.Dirigiu-se então Jeremias à multidão, aos homens e mulheres e a quantos lhe haviam assim respondido: 21.“Do incenso que queimastes” – disse-lhes – “nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém, vós, vossos pais, vossos reis e chefes, assim como o povo, não se terá recordado o Se­nhor e nisso não terá pensado? 22.Não tendo o Senhor podido suportar mais tempo a maldade de vossos atos e abominações, foi nossa terra reduzida ao estado de solidão, devastada e amaldiçoada, onde ninguém mais habita, como hoje se apresenta. 23.E, se a calamidade presente vos adveio, é porque oferecestes o incenso desse modo, pecando contra o Senhor, e porque lhe recusastes ouvir a voz e observar suas leis e preceitos”. 24.Jeremias acrescentou, a respeito do povo e das mulheres: “Escutai a palavra do Senhor, povo de Judá que reside no Egito. 25.Eis o que diz o Senhor dos exércitos, Deus de Israel: Vós e vossas mulheres fazeis com as mãos o que diz a vossa boca. Dizeis: Cumpriremos as promessas de oferecer incenso e libações em honra da rainha do céu. – Pois bem! Cumpri vossos votos, mantende vossas promessas. 26.Escutai, porém, a palavra do Senhor, judeus que habitais no Egito. Eis, diz o Senhor, pelo meu grande nome eu juro! Esse nome não será mais pronunciado em todo o Egito por nenhum homem de Judá, dizendo: Pela vida do Senhor Javé! 27.Vou ocupar-me com eles para a desgraça e não para o bem. Todos os judeus que residem no Egito perecerão pela espada e pela fome, até o total aniquilamento. 28.O pequeno número deles que escapar à espada voltará do Egito para Judá. Os sobreviventes de Judá que vierem estabelecer-se no Egito saberão que predição se há de consumar, se a minha, ou a deles. 29.Eis o sinal – oráculo do Senhor – pelo qual reconhecereis que, aqui mesmo, me lançarei contra vós, a fim de que saibais que minha predição se há de cumprir com certeza para a vossa desgraça. 30.Eis o que diz o Senhor: Vou entregar o faraó Hofra, rei do Egito, aos seus inimigos e àqueles que lhe querem roubar a vida, assim como entreguei Sedecias, rei de Judá, ao poder de Nabucodonosor, rei da Babilônia, seu inimigo, e que lhe procurava tirar a vida”.

Mensagem de Baruc

45.   1.Eis a mensagem que o profeta Jeremias enviou a Baruc, filho de Neerias, quando este escreveu todos estes oráculos, ditados pelo profeta, no quarto ano do reinado de Joaquin, filho de Josias, rei de Judá: 2.“Eis o que diz o Senhor, Deus de Israel, a teu respeito, Baruc: 3.Tu exclamas: Desgraçado de mim, porque o Senhor acumula sobre mim tristezas e dores! Desfaço-me em gemidos e não encontro repouso. 4.Eis o que lhe dirás: Oráculo do Senhor: Vou destruir o que havia cons­truído; arrancar o que havia plantado e isso em toda esta terra. 5.E tu reclamarias para ti grandes favores? Não os peças, porque sobre todas as criaturas vou fazer recair o flagelo – oráculo do Senhor. Mas, eu te conservarei a vida, como espólio, em todos os lugares para aonde fores”.

Introdução

46.   1.Palavra do Senhor dirigida ao profeta Jeremias, contra as nações pagãs.*

Oráculo contra o Egito

2.Sobre o Egito. – Contra o exército do faraó Necao, rei do Egito, que se encontrava nas margens do rio Eufrates, em Carquemis, e que foi batido por Nabucodonosor, rei da Babilônia, no quarto ano do reinado de Joaquin, filho de Josias, rei de Judá. 3.Preparai o escudo e o pavês! Ao combate! 4.Atrelai os cavalos! Cavaleiros, montai! Ponde os capacetes! Em forma! Empunhai as lanças! Revesti vossas couraças! 5.Mas, que vejo? Estão aterrados, e em plena derrota. São batidos seus guerreiros, e fogem, desvairados, sem olhar para trás. De todos os lados o terror – oráculo do Senhor. 6.O mais ágil não se pode salvar, e não escapará o mais forte. Ao norte, às margens do Eufrates, cambaleantes, enlouquecem! 7.Quem surge ao longe, semelhante ao Nilo, qual rio de águas encapeladas? 8.É o Egito que sobe, semelhante ao Nilo, qual rio de águas encapeladas. E ele clama: “Dilato-me e inundarei a terra, tragando cidades e habitantes”. 9.Avante, cavalos! Carros, precipitai-vos! Em marcha, guerreiros! Homens da Etiópia e da Lídia que empunhais o escudo, e vós, lídios, que retesais o arco! 10.Chegou o dia do Senhor Javé dos exércitos, dia da vingança em que arruinará seus inimigos. Devorará a espada até fartar-se, abeberando-se de sangue. É a imolação ao Senhor Javé dos exércitos, ao norte, às margens do Eufrates. 11.Sobe a Galaad, em busca de bálsamo, virgem, filha do Egito. É em vão que aplicas remédios, pois que para teu mal não há cura. 12.Conhecem as nações tua vergonha, e se espalham pela terra teus clamores. Chocam-se guerreiro contra guerreiro, e ambos se arruínam. 13.Eis a palavra do Senhor que foi dirigida ao profeta Jeremias, referente à vinda de Nabucodonosor, rei da Babilônia, ao Egito para atacá-lo: 14.Anunciai no Egito, clamai em Magdol, em Mênfis e em Táfnis: Erguei-vos! Estai prontos! Pois que a espada faz devastações em torno de vós. 15.Por que foram derribados os teus valentes? Não puderam eles resistir, pois era o Senhor quem os precipitava. 16.Multiplicou os que oscilavam, fazendo-os cair uns sobre os outros, a exclamar: “Vamos reunir nosso povo, nossa terra natal, a fim de fugir da espada devastadora”. 17.E bradam: “O faraó, rei do Egito, está perdido! Deixou passar o tempo favorável!”. 18.Pela minha vida – oráculo do rei cujo nome é Senhor dos exércitos: como o Tabor se realça entre as montanhas, qual o Carmelo dominando o mar, aproxima-se (o inimigo). 19.Prepara tua bagagem para o exílio, filha do Egito, que moras nesses lugares, porque Mênfis vai tornar-se deserto, lugar devastado e ermo. 20.A uma novilha formosa assemelha-se o Egito. Mas eis que do norte a mosca sugadora precipita-se sobre ela. 21.Os mercenários que aí viviam como bezerros cevados fogem também em massa, impotentes, porque o dia da desgraça veio sobre eles. É a hora do castigo. 22.Sua voz assemelha-se à da serpente que sibila, quando chegam em tropel abatendo-se sobre ela com machados, quais lenhadores. 23.E abaterão suas florestas – oráculo do Senhor – de árvores sem conta. São, porém, mais numerosos que gafanhotos, e ninguém pode contá-los. 24.Confundida encontra-se a filha do Egito, entregue assim nas mãos de um povo do Norte. 25.Disse o Senhor dos exércitos, Deus de Israel: “Vou lançar-me contra Amon de Tebas, e contra o faraó, o Egito, seus deuses e reis; contra o faraó e os que nele confiam.* 26.Eu os entregarei nas mãos daqueles que lhes querem roubar a vida: Nabucodonosor, rei da Babilônia, e sua gente. E depois disso, como outrora, será ainda habitado o Egito – oráculo do Senhor. 27.Tu, porém, Jacó, servo meu, não temas Israel, não te enchas de pavor! Vou trazer-te da terra longínqua, e livrarei tua raça da terra do exílio. Jacó tornará a viver em segurança, sem que ninguém mais o inquiete. 28.E tu, Jacó, meu servo, não te aflijas, pois estou contigo – oráculo do Senhor. Aniquilarei todas as nações para onde te desterrei. A ti, porém, não te aniquilarei, mas eu te castigarei com equidade, e não te inocentarei.”

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