DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Centésimo vigésimo nono dia: A intervenção de Judite

Na leitura de hoje já percebemos o início do cerco de Betúlia, esse cerco que está sendo liderado pelo general do exército, cerca todas as fontes inclusive de suprimento de água da cidade. Diante de toda essa realidade vamos observar que entra em cena a figura desta mulher extraordinária que é Judite, ela vem intervir mesmo diante de toda essa confusão evidenciada em Betúlia. Judite era viúva, havia três anos e meio que seu marido tinha morrido, ela era uma mulher de muitas virtudes, altamente virtuosa, e ela vai intervir. E vamos evidenciar a bela oração que Judite vai elevar ao Senhor. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos  capítulos 7, 8 e 9 do livro de Judite (Jt).

Livro de Judite

Cerco de Betúlia

7.   1.No dia seguinte, Holofernes ordenou às suas tropas que tomassem de assalto Betúlia. 2.Havia cento e setenta mil soldados de infantaria e doze mil cavaleiros, além dos homens de armas que tinha aprisionado e dos jovens que tinha levado das províncias e das cidades. 3.Prepararam-se todos para combater contra os israelitas e partiram pela encosta da montanha até o cume que olha para Dotain, desde o lugar chamado Belbaima até Quiamon, que está fronteiro a Esdrelão. 4.Quando os israelitas viram aquela multidão, prostraram-se por terra e co­briram de cinzas as suas cabeças, orando em comum ao Deus de Israel para que fizesse misericórdia ao seu povo. 5.Tomando então as suas armas de guerra, postaram-se nos lugares em que caminhos estreitos conduziam às passagens entre os montes e ali montaram guarda noite e dia. 6.Entretanto, ao fazer uma ronda pelos arredores, Holofernes descobriu ao sul da cidade a fonte que a abastecia por meio de um aqueduto e mandou cortá-lo. 7.Havia, entretanto, não longe dos muros, algumas fontes aonde iam furtivamente os sitiados buscar água, mais para aliviar um pouco a sede que para beber. 8.Então, os amonitas e os moabitas foram dizer a Holofernes: “Os israelitas não confiam nem nas lanças nem nas flechas, mas são defendidos pelas montanhas e sua verdadeira força são as colinas escarpadas. 9.Para que possas vencê-los sem combate, põe guardas às fontes, para não buscarem água ali e os matareis sem golpes de espada. Ou, pelo menos, esgotados pela sede, entregarão a cidade, a qual, por estar situada nas montanhas, julgavam inexpugnável”. 10.Essa sugestão agradou a Holofernes e aos seus oficiais e ele mandou que cada fonte fosse vigiada por um contingente de cem homens. 11.Passados vinte dias de guarda, secaram-se as fontes e os poços de Betúlia e os habitantes que recebiam cotidianamente a sua medida de água não a tiveram mais nem sequer para um dia. 12.Então, reuniram-se todos os homens, mulheres, jovens e crianças ao redor de Ozias e disseram-lhe a uma voz: 13.“Deus seja juiz entre nós e ti, pois, recusando negociar a paz com os assírios, atraíste a desgraça sobre nós; e por isso entregou-nos Deus nas suas mãos. 14.Também por isso não há quem nos socorra, estando nós aos seus olhos esgotados pela sede. 15.Agora, pois, reúne todos os que estão na cidade e entreguemo-nos espontaneamente aos homens de Holofer­nes. 16.É melhor que bendigamos a Deus no cativeiro, vivos, do que morrer vergonhosamente diante de todos os homens, vendo morrer sob os nossos olhos nossas mulheres e nossos filhos. 17.O céu e a terra nos são testemunhas, assim como o Deus de nossos pais que toma vingança de nossos pecados: entrega sem demora a cidade ao exército de Holofer­nes, para que o fio de espada abrevie o nosso fim, retardado pelo ardor da sede!”. 18.Tendo eles assim falado, levantou-se um grande pranto e gritos lanci­nantes na assembleia e a sua voz elevou-se para Deus durante várias horas: 19.“Pecamos – diziam eles –, nós e nossos pais cometemos a injustiça e a iniquidade. 20.Vós, que sois bom, tende piedade de nós, ou então que vossos castigos tomem vingança de nossas iniquidades; mas não entregueis os que vos invocam a um povo que não vos conhece, 21.para que se não diga entre os pagãos: Onde está o seu Deus?”. 22.Fatigados enfim de gritar e de chorar, eles se calaram. 23.Ozias levantou-se então banhado em lágrimas: “Coragem, meus irmãos!” – disse ele. – “Esperemos ainda cinco dias a misericórdia do Senhor. 24.Talvez se aplaque a sua cólera e dê glória ao seu nome. 25.Entretanto, se depois de cinco dias não nos chegar socorro algum, faremos o que propusestes.”

VITÓRIA DO POVO JUDEU

Intervenção de Judite

8.   1.Ora, tudo isso chegou aos ouvidos de Judite, viúva, filha de Merari, filho de Ox, filho de José, filho de Oziel, filho de Elquias, filho de Ananias, filho de Gedeão, filho de Rafain, filho de Aquitob, filho de Elias, filho de Helcias, filho de Eliab, filho de Natanael, filho de Salamiel, filho de Surisadai, filho de Israel.* 2.O marido de Judite chamava-se Manas­sés e morrera no tempo da colheita da cevada, 3.ferido de insolação quando fiscalizava os ceifadores que ligavam os feixes no campo; ele morrera em Betúlia, sua cidade, e fora enterrado com seus pais. 4.Judite ficara viúva havia três anos e meio. 5.Ela havia feito no andar superior de sua casa um quarto reservado para si, no qual se conservava retirada com suas criadas. 6.Trazia um cilício sobre os rins e jejuava todos os dias, exceto nos sábados, nas luas novas e nas festas do povo israe­lita. 7.Era extremamente bela e seu marido tinha-lhe deixado ouro, prata, numerosos criados e domínios cheios de rebanhos de bois e de ovelhas. 8.Era muito estimada por todos porque tinha grande temor a Deus. Não havia ninguém que falasse mal a seu respeito. 9.Sabendo, pois, que Ozias tinha prometido entregar a cidade dentro de cinco dias, mandou alguém chamar os anciãos Cabris e Carmis, 10.e estes vieram ter com ela. Quando chegaram, disse-lhes: “Como é possível que Ozias tenha consentido em entregar a cidade aos assírios dentro de cinco dias, se não nos chegar socorro? 11.Quem sois vós para provocar o Senhor? 12.Não é esse o meio de atrair a sua misericórdia, mas antes o de excitar a sua cólera e acender o seu furor. 13.Vós impusestes ao Senhor um prazo para exercer a sua misericórdia e fixastes-lhe um dia ao vosso arbítrio! 14.Mas o Senhor é paciente; façamos, pois, penitência por isso e peçamos-lhe perdão com lágrimas nos olhos, 15.pois Deus não ameaça como os homens e não se deixa arrastar como eles à violência da cólera. 16.Humilhemo-nos diante dele e prestemos-lhe nosso culto com espírito de humildade. 17.Roguemos ao Senhor com lágrimas que nos conceda a sua misericórdia como lhe aprouver, para que, assim como se perturbou o nosso coração com o orgulho de nossos inimigos, do mesmo modo encontremos glória em nossa humilhação. 18.Nós não imitamos os pecados de nossos pais, abandonando Deus para adorar divindades estranhas. 19.Por esse crime foram entregues à espada, à pilhagem e ao desprezo de seus inimigos; nós, porém, não admitimos outro Deus fora dele. 20.Esperamos com humildade a sua consolação e ele vingará o nosso sangue dos males que nos causam nossos inimigos. Ele humilhará toda nação que se levantar contra nós; o Senhor, nosso Deus, as cobrirá de vergonha. 21.Agora, meus irmãos, já que sois os anciãos do povo de Deus e que sua vida depende de vós, reanimai os seus corações com vossas palavras, para que eles se lembrem de que nossos pais foram tentados a fim de que se verificasse se eles serviam verdadeiramente ao seu Deus. 22.Que eles se lembrem de como nosso pai Abraão foi provado e de como passou por múltiplas tribulações para se tornar o amigo de Deus. 23.Que também se lembrem a quantas provas Isaac foi submetido e de tudo o que aconteceu a Jacó, na Mesopotâmia da Síria, quando apascentava os rebanhos de Labão, irmão de sua mãe. Todos aqueles que agradaram a Deus permaneceram fiéis, apesar das muitas tribulações. 24.Aqueles, porém, que não aceitaram essas provações no temor ao Senhor e se impacientaram, murmurando contra ele, 25.foram feridos pelo Exterminador e pereceram pelas serpentes.* 26.Por isso, não nos irritemos por causa do que sofremos. 27.Consideremos que esses tormentos são menos graves que nossos pecados e que esses flagelos com que o Senhor nos castiga, como escravos, foram-nos mandados para a nossa emenda e não para a nossa perdição”. 28.Ozias e os anciãos responderam-lhe: “Tudo o que disseste é verdade; nada há repreensível nas tuas palavras. 29.Roga, pois, a Deus por nós, porque és uma mulher santa e piedosa”. 30.Judite respondeu-lhes: “Se reconheceis que o que eu vos disse vem de Deus, 31.examinai se vem igualmente dele o que eu resolvi fazer e orai para que Deus me ajude a realizar o meu desígnio. 32.Ficai esta noite à porta e eu sairei com minha criada. Orai então para que, como vós o dissestes, o Senhor olhe para o seu povo de Israel dentro de cinco dias. 33.Mas não quero que procureis saber o que eu vou fazer; enquanto eu mesma não voltar para vos avisar, não se faça outra coisa que rogar por mim ao Senhor, nosso Deus”. 34.Ozias, o príncipe de Judá, respondeu-lhe: “Vai em paz e que o Senhor te ajude a tomar a vingança de nossos inimigos”. E retiraram-se.

Oração de Judite

9.   1.Tendo eles partido, Judite entrou em seu oratório, pôs o seu cilício, cobriu a cabeça com cinzas e, prostrando-se diante do Senhor, orou dizendo: 2.“Senhor, Deus de meu pai Simeão, a quem destes uma espada para se vingar dos estrangeiros que, arrastados pela paixão, violaram uma virgem, descobrindo-lhe vergonhosamente a nudez;* 3.que entregastes suas mulheres à rapina, suas filhas ao cativeiro e todos os seus despojos em partilha aos vossos servos que ardiam de zelo ao vosso serviço, vinde, eu vos peço, ó Senhor, meu Deus, e socorrei esta viúva. 4.Vós dispusestes os acontecimentos do passado, determinastes que uns sucedessem a outros e nada aconteceu sem que vós o quisésseis. 5.Todos os vossos caminhos são previamente escolhidos e os vossos juízos são marcados por vossa providência. 6.Olhai agora para o acampamento dos assírios, como vos dignastes outrora olhar para o dos egípcios, quando corriam armados atrás dos vossos servos, fiando-se nos seus carros, nos seus cavaleiros e na multidão dos seus combatentes. 7.Bastou um vosso olhar sobre o seu acampamento para paralisá-los nas trevas. 8.O abismo reteve os seus pés e as águas submergiram-nos. 9.Senhor, que o mesmo aconteça a estes que confiam no seu número, nos seus carros, nos seus dardos, nos seus escudos, nas suas flechas e que são orgulhosos de suas lanças. 10.Eles ignoram que vós sois o nosso Deus, vós que desde todo o tempo sabeis deter as guerras e que vosso nome é o Senhor. 11.Levantai o vosso braço como nos tempos antigos e quebrai o seu poder com a vossa força; caia diante de vossa cólera o poder daqueles que prometeram a si próprios violar o vosso santuário, profanar o taberná­culo de vosso nome e derrubar com um golpe de espada os cornos de vosso altar. 12.Fazei, Senhor, que o orgulho desse homem seja cortado com sua própria espada; 13.seja ele preso no laço de seus olhos fixos em mim e feri-o com as doces palavras de meus lábios. 14.Dai firmeza ao meu coração para o desprezar e coragem para o abater. 15.Isso será para o vosso nome uma glória digna de memória, tendo-o derrubado a mão de uma mulher. 16.Não é na multidão, Senhor, que está o vosso poder, nem vos comprazeis na força dos cavalos. Os soberbos nunca vos agradaram, mas sempre vos foram aceitas as preces dos mansos e humildes. 17.Deus do céu, criador das águas e senhor de toda a criação, ouvi uma pobre suplicante que só confia em vossa misericórdia. 18.Lembrai-vos, Senhor, de vossa promessa. Inspirai as palavras de minha boca e dai firmeza à resolução de meu coração, para que a vossa casa vos permaneça para sempre consagrada e que todos os povos reconheçam que só vós sois Deus e que não há outro fora de vós”.

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