Vamos louvar e glorificar a Deus com todas as nossas forças, pois é Ele quem nos dá segurança e esperança, mesmo quando estamos passando pelas maiores tribulações. O Salmo 35 nos ensina que Deus é justo e providencia aqueles que O buscam. É Ele quem nos livra de todos os nossos inimigos e nos dá força para resistir às suas tentações. É Ele quem nos dá esperança mesmo quando estamos sofrendo e é Ele quem nos protege de todo o mal. Louvemos e glorifiquemos o Senhor com todas as nossas forças, pois Ele é o nosso refúgio e a nossa salvação. O Salmo 37 é um salmo de confiança e esperança, onde o autor convida o leitor a confiar no Senhor. O salmo destaca a bondade do Senhor e a sua justiça, bem como a ruína que espera os ímpios. O salmista instiga o leitor a seguir os caminhos do Senhor, a fazer o bem e a esperar no Senhor, pois Ele abençoará aqueles que confiam nele. O salmista promete que os justos herdarão a terra e que os ímpios serão destruídos. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 33, 34, 35, 36 e 37 do livro dos Salmos (Sl).
Salmos
Ação de graças pela libertação recebida
33. (34) 1.De Davi. Quando simulou alienação na presença de Abimelec e, despedido por ele, partiu.* 2.Bendirei continuamente o Senhor, seu louvor não deixará meus lábios. 3.Glorie-se a minha alma no Senhor; ouçam-me os humildes, e se alegrem. 4.Glorificai comigo o Senhor, juntos exaltemos o seu nome. 5.Procurei o Senhor e ele me atendeu, livrou-me de todos os temores. 6.Olhai para ele a fim de vos alegrardes, e não se cobrir de vergonha o vosso rosto. 7.Vede, este miserável clamou e o Senhor o ouviu, de todas as angústias o livrou. 8.O anjo do Senhor acampa em redor dos que o temem e os salva. 9.Provai e vede como o Senhor é bom, feliz o homem que se refugia junto dele. 10.Reverenciai o Senhor, vós, seus fiéis, porque nada falta àqueles que o temem. 11.Os poderosos empobrecem e passam fome, mas aos que buscam o Senhor nada lhes falta. 12.Vinde, meus filhos, ouvi-me: eu vos ensinarei o temor do Senhor. 13.Qual é o homem que ama a vida e deseja longos dias para gozar de felicidade? 14.Guarda tua língua do mal, e teus lábios das palavras enganosas. 15.Aparta-te do mal e faze o bem, busca a paz e vai ao seu encalço. 16.Os olhos do Senhor estão voltados para os justos, e seus ouvidos atentos aos seus clamores. 17.O Senhor volta a sua face irritada contra os que fazem o mal, para apagar da terra a lembrança deles. 18.Apenas clamaram os justos, o Senhor os atendeu e os livrou de todas as suas angústias. 19.O Senhor está perto dos contritos de coração, e salva os que têm o espírito abatido. 20.São numerosas as tribulações do justo, mas de todas o livra o Senhor. 21.Ele protege cada um de seus ossos: nem um só deles será quebrado. 22.A malícia do ímpio o leva à morte, e os que odeiam o justo serão castigados. 23.O Senhor livra a alma de seus servos; não será punido quem a ele se acolhe.
Contra os perseguidores dos justo
34. (35) 1.De Davi. Lutai, Senhor, contra os que me atacam; combatei meus adversários.* 2.Empunhai o broquel e o escudo, e erguei-vos em meu socorro. 3.Brandi a lança e sustai meus perseguidores. Dizei à minha alma: “Eu sou a tua salvação”. 4.Sejam confundidos e envergonhados os que odeiam a minha vida, recuem humilhados os que tramam minha desgraça. 5.Sejam como a palha levada pelo vento, quando o anjo do Senhor vier acossá-los. 6.Torne-se tenebroso e escorregadio o seu caminho, quando o anjo do Senhor vier persegui-los, 7.porquanto sem razão me armaram laços; para me perder, cavaram um fosso sem motivo. 8.Venha sobre eles de improviso a ruína; apanhe-os a rede por eles mesmos preparada, caiam eles próprios na cova que abriram. 9.Então a minha alma exultará no Senhor, e se alegrará pelo seu auxílio. 10.Todas as minhas potências dirão: “Senhor, quem é semelhante a vós? Vós que livrais o desvalido do opressor, o mísero e o pobre de quem os despoja”. 11.Surgiram apaixonadas testemunhas, interrogaram-me sobre faltas que ignoro, 12.pagaram-me o bem com o mal. Oh, desolação para a minha alma! 13.Contudo, quando eles adoeciam, eu me revestia de saco, extenuava-me em jejuns e rezava. 14.Andava triste, como se tivesse perdido um amigo, um irmão; abatido, vergava-me como quem chora por sua mãe. 15.Quando tropecei, eles se reuniram para se alegrar; eles me dilaceraram sem parar. 16.Puseram-me à prova, escarneceram de mim, rangeram os dentes contra mim. 17.Senhor, até quando assistireis impassível a este espetáculo? Arrancai desses leões a minha vida, livrai-me a alma de seus rugidos. 18.Vou render-vos graças publicamente, eu vos louvarei na presença da multidão. 19.Não se regozijem de mim meus pérfidos inimigos, nem tramem com os olhos os que me odeiam sem motivo,* 20.pois nunca têm palavras de paz: e armam ciladas contra a gente tranquila da terra, 21.escancaram para mim a boca, dizendo: “Ah! Ah! Com os nossos olhos, nós o vimos!”. 22.Vós também, Senhor, vistes! Não guardeis silêncio.* Senhor, não vos aparteis de mim. 23.Acordai e levantai-vos para me defender, ó meu Deus e Senhor meu, em prol de minha causa! 24.Julgai-me, Senhor, segundo vossa justiça. Ó meu Deus, que não se regozijem à minha custa! 25.Não pensem em seus corações: “Ah, tivemos sorte!”. Não digam: “Nós o devoramos!”. 26.Sejam confundidos todos juntos e se envergonhem os que se alegram com meus males, cubram-se de pejo e ignomínia os que se levantam orgulhosamente contra mim. 27.Mas exultem e se alegrem os favoráveis à minha causa e digam sem cessar: “Glorificado seja o Senhor, que quis a salvação de seu servo!”. 28.E a minha língua proclamará vossa justiça, dando-vos perpétuos louvores.
Justiça e providência divina
35. (36) 1.Ao mestre de canto. De Davi, servo do Senhor.* 2.A iniquidade fala ao ímpio no seu coração; não existe o temor a Deus ante os seus olhos,* 3.porque ele se gloria de que sua culpa não será descoberta nem detestada por ninguém. 4.Suas palavras são más e enganosas; renunciou a proceder sabiamente e a fazer o bem. 5.Em seu leito ele medita o crime, anda pelo mau caminho, não detesta o mal. 6.Senhor, vossa bondade chega até os céus, vossa fidelidade se eleva até as nuvens. 7.Vossa justiça é semelhante às montanhas de Deus, vossos juízos são profundos como o mar. Vós protegeis, Senhor, os homens como os animais. 8.Como é preciosa a vossa bondade, ó Deus! À sombra de vossas asas se refugiam os filhos dos homens. 9.Eles se saciam da abundância de vossa casa, e lhes dais de beber das torrentes de vossas delícias, 10.porque em vós está a fonte da vida, e é na vossa luz que vemos a luz. 11.Continuai a dar vossa bondade aos que vos honram, e a vossa justiça aos retos de coração. 12.Não me calque o pé do orgulhoso, não me faça fugir a mão do pecador. 13.Eis que caíram os defensores da iniquidade, foram prostrados para não mais se erguer.
A certeza da felicidade dos justos
36. (37) 1.De Davi. Não te irrites por causa dos que agem mal, nem invejes os que praticam a iniquidade,* 2.pois logo eles serão ceifados como a erva dos campos, e como a erva verde murcharão. 3.Espera no Senhor e faze o bem; habitarás a terra em plena segurança. 4.Põe tuas delícias no Senhor, e os desejos do teu coração ele atenderá. 5.Confia ao Senhor a tua sorte, espera nele, e ele agirá. 6.Como a luz, fará brilhar a tua justiça; e como o sol do meio-dia, o teu direito. 7.Em silêncio, abandona-te ao Senhor, põe tua esperança nele. Não invejes o que prospera em suas empresas, e leva a bom termo seus maus desígnios. 8.Guarda-te da ira, depõe o furor, não te exasperes, que será um mal, 9.porque os maus serão exterminados, mas os que esperam no Senhor possuirão a terra. 10.Mais um pouco e não existirá o ímpio; se olhares o seu lugar, não o acharás. 11.Quanto aos mansos, possuirão a terra, e nela gozarão de imensa paz.* 12.O ímpio conspira contra o justo, e para ele range os seus dentes. 13.Mas o Senhor se ri dele, porque vê o destino que o espera. 14.Os maus empunham a espada e retesam o arco, para abater o pobre e o miserável, e liquidar os que vão no caminho reto. 15.Sua espada, porém, lhes traspassará o coração, e seus arcos serão partidos. 16.O pouco que o justo possui vale mais que a opulência dos ímpios; 17.porque os braços dos ímpios serão quebrados, mas os justos o Senhor sustenta. 18.O Senhor vela pela vida dos íntegros, e a herança deles será eterna. 19.Não serão confundidos no tempo da desgraça e nos dias de fome serão saciados. 20.Porém, os ímpios perecerão e os inimigos do Senhor fenecerão como o verde dos prados; desaparecerão como a fumaça. 21.O ímpio pede emprestado e não paga, enquanto o justo se compadece e dá, 22.porque aqueles que o Senhor abençoa possuirão a terra, mas os que ele amaldiçoa serão destruídos. 23.O Senhor torna firmes os passos do homem e aprova os seus caminhos. 24.Ainda que caia, não ficará prostrado, porque o Senhor o sustenta pela mão. 25.Fui jovem e já sou velho, mas jamais vi o justo abandonado, nem seus filhos a mendigar o pão. 26.Todos os dias empresta misericordiosamente, e abençoada é a sua posteridade. 27.Aparta-te do mal e faze o bem, para que permaneças para sempre, 28.porque o Senhor ama a justiça e não abandona os seus fiéis. Os ímpios serão destruídos, e a raça dos ímpios exterminada. 29.Os justos possuirão a terra, e a habitarão eternamente. 30.A boca do justo fala sabedoria e a sua língua exprime a justiça. 31.Em seu coração está gravada a Lei de Deus; não vacilam os seus passos. 32.O ímpio espreita o justo, e procura como fazê-lo perecer. 33.Mas o Senhor não o abandonará em suas mãos e, quando for julgado, não o condenará. 34.Põe tu confiança no Senhor, e segue os seus caminhos. Ele te exaltará e possuirás a terra; a queda dos ímpios verás com alegria. 35.Vi o ímpio cheio de arrogância, a expandir-se com um cedro frondoso. 36.Apenas passei e já não existia; procurei-o por toda a parte e nem traço dele encontrei. 37.Observa o homem de bem, considera o justo, pois há prosperidade para o pacífico. 38.Os pecadores serão exterminados, a geração dos ímpios será extirpada. 39.Vem do Senhor a salvação dos justos, que é seu refúgio no tempo da provação. 40.O Senhor os ajuda e liberta; arranca-os dos ímpios e os salva, porque se refugiam nele.
Punição e penitência
37. (38) 1.Salmo de Davi. Para servir de lembrança.* 2.Senhor, em vossa cólera não me repreendais, em vosso furor não me castigueis, 3.porque as vossas flechas me atingiram, e desceu sobre mim a vossa mão. 4.Vossa cólera nada poupou em minha carne, por causa de meu pecado nada há de intato nos meus ossos. 5.Porque minhas culpas se elevaram acima de minha cabeça, como pesado fardo me oprimem em demasia. 6.São fétidas e purulentas as chagas que a minha loucura me causou. 7.Estou abatido, extremamente recurvado, todo o dia ando cheio de tristeza. 8.Inteiramente inflamados os meus rins, não há parte sã em minha carne. 9.Ao extremo enfraquecido e alquebrado, agitado o coração, lanço gritos lancinantes. 10.Senhor, diante de vós estão todos os meus desejos, e meu gemido não vos é oculto. 11.Palpita-me o coração, abandonam-me as forças, e me falta a própria luz dos olhos. 12.Amigos e companheiros fogem de minha chaga, e meus parentes permanecem longe. 13.Os que odeiam a minha vida armam-me ciladas; os que me procuram perder ameaçam-me de morte; não cessam de planejar traições. 14.Eu, porém, sou como um surdo: não ouço; sou como um mudo que não abre os lábios. 15.Fiz-me como um homem que não ouve, e que não tem na boca réplicas a dar. 16.Porque é em vós, Senhor, que eu espero; vós me atendereis, Senhor, ó meu Deus. 17.Eis meu desejo: “Não se alegrem com minha perda; não se engrandeçam quando meu pé resvala”; 18.pois estou prestes a cair, e minha dor é permanente. 19.Sim, minha culpa eu a confesso, meu pecado me atormenta. 20.Entretanto, são vigorosos e fortes os meus inimigos, e muitos os que me odeiam sem razão. 21.Retribuem-me o mal pelo bem, hostilizam-me porque quero fazer o bem. 22.Não me abandoneis, Senhor. Ó meu Deus, não fiqueis longe de mim. 23.Depressa, vinde em meu auxílio, Senhor, minha salvação!