DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Centésimo quinquagésimo terceiro dia: Jó nos ensina a ter compaixão para com o próximo

Aqui Jó nos ensina que o poder de Deus excede a nossa compreensão humana. Ele nos mostra que não é papel nosso julgar o comportamento dos nossos amigos, mesmo se eles vivem afastados de Deus. Ao invés disso, devemos tomar o exemplo de Jó como um modelo de humildade e oração. Ele também fala da serpente fugitiva, que é uma referência a Satanás, e que deve ser derrotado pela morte de Cristo. Ao invocar a presença de Deus, Jó nos mostra que é melhor entender a grandeza de Deus do que julgar outras pessoas. Ele também nos ensina que é melhor ter compaixão por aqueles que estão abatidos e nos lembra do poder de Deus que pode ser visto em todo o mundo natural. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 26, 27, 28, 29 e 30 do livro de Jó (Jó).

Livro de Jó

Resposta de Jó

26.   1.Jó tomou então a palavra nestes termos: 2.“Como tens ajudado bem o fraco e socorrido o braço sem vigor! 3.Como sabes aconselhar o ignorante e dar mostras de abundante sabedoria! 4.A quem diriges este discurso? Sob a inspiração de quem falas tu? 5.As sombras agitam-se sob a terra, as águas e seus habitantes estão temerosos. 6.A região dos mortos está descoberta diante dele, os infernos estão sem véu. 7.Ele estende o firmamento sobre o vácuo e suspende a terra sobre o nada. 8.Armazena as águas em suas nuvens e as nuvens não se rasgam sob seu peso. 9.Vela a face da lua, estendendo sobre ela a sua nuvem. 10.Traçou um círculo sobre a superfície das águas, até onde a luz confina com as trevas. 11.As colunas do céu estremecem e se assustam com a sua ameaça. 12.Com sua força fendeu o mar e com sua sabedoria destruiu Raab.* 13.Seu sopro varreu os céus e sua mão feriu a serpente fugitiva.* 14.Eis que tudo isso não é mais que o contorno de suas obras e se apenas percebemos um fraco eco dessas obras, quem compreenderá o trovão de seu poder?”.

27.   1.Jó continuou seu discurso nestes termos: 2.“Pelo Deus vivo que me recusa justiça, pelo Todo-poderoso, que enche minha alma de amargura. 3.Enquanto em mim restar alento e o sopro de Deus passar por minhas narinas, 4.meus lábios não falarão maldades e minha língua não proferirá mentiras. 5.Longe de mim dar-vos razão! Até meu último suspiro defenderei minha inocência, 6.mantenho firme minha justiça, não a abandonarei; minha consciência não acusa nenhum de meus dias. 7.Que meu inimigo seja tratado como ímpio e meu adversário, como perverso! 8.Que pode esperar o ímpio de sua oração, quando eleva para Deus a sua alma? 9.Deus escutará seu clamor, quando a angústia cair sobre ele? 10.Encontrará ele seu conforto no Todo-poderoso e invocará ele Deus em todo o tempo? 11.Eu vos ensinarei o poder de Deus, não vos ocultarei os desígnios do Todo-poderoso. 12.Mas todos vós já o sabeis; por que proferis palavras vãs? 13.Esta é a sorte que Deus reserva ao ímpio e a parte reservada ao violento pelo Todo-poderoso.* 14.Se seus filhos se multiplicam, é para a espada e seus descendentes não terão o que comer. 15.Seus sobreviventes serão sepultados na ruína e suas viúvas não os chorarão. 16.Se amontoa prata como pó e se ajunta vestimentas como barro, 17.que amontoe, mas é o justo quem as vestirá e o inocente herdará a prata. 18.Constrói sua casa como a casa da aranha, como a choupana que o vigia constrói.* 19.Deita-se rico, mas é pela última vez. Quando abre os olhos, já deixou de sê-lo. 20.O terror o invade como um dilúvio e um redemoinho o arrebata durante a noite. 21.O vento do leste o leva e o faz desaparecer, varrendo-o violentamente de seu lugar. 22.Precipitam-se sobre ele sem compaixão e é arrastado numa fuga desvairada. 23.Sua ruína é aplaudida. De sua própria casa assobiarão sobre ele.

Origem da sabedoria

28.   1.Há lugares de onde se tira a prata e lugares onde o ouro é apurado. 2.O ferro é extraído do solo e o cobre é extraído de uma pedra fundida. 3.O homem pôs fim às trevas e escavou as últimas profundidades da rocha obscura e sombria. 4.Longe dos lugares habitados, um povo estrangeiro abre galerias, que são ignoradas pelos pés dos transeuntes. Suspensos, vacilam longe dos humanos. 5.A terra, que produz o pão, é sacudida em suas entranhas como se fosse pelo fogo. 6.Suas rochas encerram jazidas de safiras que contêm pepitas de ouro. 7.A águia não conhece a vereda, nem o olho do abutre a enxergou. 8.Os animais ferozes não a pisaram, nem o leão passou por ela. 9.O homem põe a mão no sílex, derruba as montanhas pela base. 10.Abre galerias nos rochedos, o olhar atento pode ver nelas todos os tesouros. 11.Explora as nascentes dos rios e põe a descoberto o que estava escondido. 12.Mas a sabedoria onde se encontra? Onde está o lugar da inteligência? 13.O homem ignora o caminho dela, ninguém a encontra na terra dos vivos. 14.O abismo diz: ‘Ela não está em mim’. ‘Não está comigo’, diz o mar. 15.Não pode ser adquirida com ouro maciço, nem pode ser comprada a peso de prata. 16.Não pode ser posta em balança com o ouro de Ofir, nem com o ônix precioso ou a safira. 17.Não pode ser comparada nem ao ouro nem ao vidro, ninguém a troca por vaso de ouro fino. 18.Quanto ao coral e ao cristal, nem se fala. A sabedoria vale mais do que as pérolas. 19.Não pode ser igualada ao topázio da Etiópia, nem pode ser equiparada ao mais puro ouro. 20.De onde vem, pois, a sabedoria? Qual é o lugar da inteligência? 21.Um véu a oculta de todos os viventes e até das aves do céu ela se esconde. 22.Declaram o inferno e a morte: ‘Apenas ouvimos falar dela’. 23.Deus conhece o caminho para encontrá-la e é ele quem sabe o seu lugar, 24.porque ele vê até os confins da terra e vê tudo o que há debaixo do céu. 25.Quando ele fixou um peso ao vento e regulou a medida das águas, 26.quando decretou as leis para a chuva, e traçou uma rota aos relâmpagos, 27.então a viu e a descreveu, penetrou-a e escrutou-a. 28.Depois disse ao homem: ‘O temor do Senhor, eis a sabedoria! Fugir do mal, eis a inteligência’.”

MONÓLOGO DE JÓ

Bons tempos aqueles

29.   1.Jó continuou seu discurso nestes termos: 2.“Quem me dera tornar-me tal como antes, como nos dias em que Deus me protegia, 3.quando a sua lâmpada luzia sobre a minha cabeça e à sua luz me guiava nas trevas! 4.Tal como era nos dias de meu outono, quando Deus velava como um amigo sobre minha tenda! 5.Quando o Todo-poderoso estava ainda comigo e os meus filhos, em volta de mim! 6.Quando os meus pés se banhavam no creme e o rochedo em mim derramava ondas de azeite. 7.Quando saía para ir à porta da cidade e me assentava na praça pública. 8.Viam-me os jovens e se escondiam e os velhos levantavam-se e ficavam de pé. 9.Os chefes interrompiam suas conversas e punham a mão sobre a boca. 10.Calava-se a voz dos príncipes e sua língua se colava ao céu da boca. 11.Quem me ouvia me felicitava, quem me via dava testemunho de mim.* 12.Livrava o pobre que pedia socorro e o órfão, que não tinha apoio. 13.A bênção do moribundo vinha sobre mim e eu alegrava o coração da viúva. 14.Revestia-me de justiça e a equidade era para mim como uma roupa e um turbante. 15.Era os olhos do cego e os pés daquele que manca. 16.Era o pai dos pobres e examinava a fundo a causa dos desconhecidos. 17.Quebrava o queixo do perverso e arrancava-lhe a presa de entre os dentes. 18.E dizia: ‘Morrerei no meu ninho e meus dias serão tão numerosos quanto os da fênix’.* 19.Minha raiz atinge a água e o orvalho ficará durante a noite sobre meus ramos. 20.Minha glória sempre se renovará e meu arco se reforçará em minha mão. 21.Escutavam-me, esperavam e recolhiam em silêncio meu conselho. 22.Quando acabava de falar, não acrescentavam nada e minhas palavras eram recebidas como orvalho. 23.Esperavam-me como se espera a chuva e abriam a boca, como se fosse para a chuva de primavera. 24.Sorria para aqueles que perdiam coragem; ante o meu ar benevolente, deixavam de estar abatidos. 25.Quando ia ter com eles, tinha o primeiro lugar, era importante como um rei no meio de suas tropas, como o consolador dos aflitos.

Quarta tribulação hoje

30.   1.Agora zombam de mim os mais jovens do que eu, aqueles cujos pais eu desdenharia de colocar com os cães do meu rebanho.* 2.De que me serviria a força de seus braços, homens cujo vigor já pereceu inteiramente? 3.Reduzidos a nada pela miséria e pela fome, roem um solo árido e desolado. 4.Colhem ervas e cascas dos arbustos, e por pão têm somente a raiz das giestas. 5.São expulsos do povo e gritam com eles como se fossem ladrões. 6.Moram em barrancos medonhos, nas cavernas da terra e dos rochedos. 7.Ouvem-se seus gritos entre os arbustos e amontoam-se debaixo das urtigas. 8.São filhos de infames e de gente sem nome, que são expulsos da terra… 9.Agora, porém, sou o assunto de suas canções, tema de seus escárnios. 10.Afastam-se de mim com horror e não receiam cuspir-me no rosto. 11.Desamarraram a corda para humilhar-me, sacudiram de si todo o freio diante de mim. 12.À minha direita levanta-se a raça deles, tentam atrapalhar meus pés e abrem diante de mim o caminho da sua desgraça.* 13.Embaralham minha vereda para me perder e trabalham para a minha ruína. 14.Penetram como por uma grande brecha e irrompem entre escombros. 15.O pavor me invade. Minha esperança é varrida como se fosse pelo vento e minha felicidade passa como uma nuvem. 16.Agora minha alma se dissolve e os dias de aflição me dominaram. 17.A noite traspassa meus ossos e consome-os. Os males que me roem não dormem. 18.Com violência agarra a minha veste e aperta-me como o colarinho de minha túnica. 19.Deus jogou-me no lodo e eu me confundo com a poeira e a cinza. 20.Clamo por ti e não me respondes. Ponho-me diante de ti, e não olhas para mim. 21.Tornaste-te cruel para comigo e atacas-me com toda a força de tua mão. 22.Tu me arrebatas e me faz cavalgar o tufão, para me aniquilar na tempestade. 23.Bem sei que me levarás à morte, ao lugar onde se encontram todos os viventes. 24.Mas não é para aquele que cai que estendi a mão quando, na ruína, pedia socorro? 25.Não chorei com os oprimidos? Não teve minha alma piedade dos pobres? 26.Esperava a felicidade e veio a desgraça, esperava a luz e vieram as trevas. 27.Minhas entranhas abrasam-se sem nenhum descanso, assaltaram-me os dias de aflição. 28.Caminho no luto, sem sol; levanto-me numa multidão de gritos. 29.Tornei-me irmão dos chacais e companheiro dos avestruzes. 30.Minha pele enegrece-se e cai, e meus ossos são consumidos pela febre. 31.Minha cítara só dá acordes lúgubres, e minha flauta sons queixosos.

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