O Salmo 6 é um pedido de misericórdia e libertação da morte. O salmista implora para que Deus o livre da aflição e dor que está vivendo. Ele pede para que Deus leve em conta a sua miséria e o defenda dos inimigos. O Salmo 7 é uma lamentação de Davi pela morte de Saul e uma exaltação à justiça de Deus. O salmista invoca o seu socorro divino e confia na sua justiça para defender–se de seus inimigos. Ele também pede para que Deus vem agir em seu favor e envergonhe aqueles que o perseguem. O Salmo 8 é um hino a Deus que destaca a glória do Criador nos esplendores da criação. O salmista medita sobre o que significa ser homem e como Deus se digna a habitar o nosso coração. O Salmo 9 é uma oração em favor de um infeliz e do povo de Israel exposto ao ataque de pagãos. O salmista exalta a justiça de Deus e pede para que Ele torne–se um refúgio para os oprimidos e um abrigo nos tempos de perigo. Ele louva o nome do Senhor e pede para que Ele julgue os povos com justiça e equidade. Já no Salmo 10, o salmista compartilha seu sentimento de confiança na justiça divina. Ele acredita que Deus está atento aos filhos dos homens e que Ele vai punir os ímpios com fogo e enxofre. Ele também acredita que Deus ama os justos e que Ele lhes dará a vitória. O salmista acredita que se confiarmos em Deus, podemos nos abrigar em Seu tempo e obter a justiça desejada. É uma mensagem de esperança para nós, pois nos aconselha a confiar na justiça e na bondade de Deus. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 6, 7, 8, 9 e 10 do livro dos Salmos (Sl).
Salmos
Oração no sofrimento
6. 1.Ao mestre de canto. Com instrumentos de corda. Em oitava. Salmo de Davi.* 2.Senhor, em vossa cólera não me repreendais, em vosso furor não me castigueis. 3.Tende piedade de mim, Senhor, porque desfaleço; sarai-me, pois sinto abalados os meus ossos. 4.Minha alma está muito perturbada; vós, porém, Senhor, até quando?… 5.Voltai, Senhor, livrai minha alma; salvai-me, pela vossa bondade. 6.Porque no seio da morte não há quem de vós se lembre; quem vos glorificará na habitação dos mortos?* 7.Eu me esgoto gemendo; todas as noites banho de pranto minha cama, com lágrimas inundo o meu leito. 8.De amargura meus olhos se turvam, esmorecem por causa dos que me oprimem. 9.Apartai-vos de mim, vós todos que praticais o mal, porque o Senhor atendeu às minhas lágrimas. 10.O Senhor escutou a minha oração, o Senhor acolheu a minha súplica. 11.Que todos os meus inimigos sejam envergonhados e aterrados; recuem imediatamente, cobertos de confusão!
Apelo à justiça de Deus
7. 1.Lamentação de Davi, que cantou em honra do Senhor, por causa de Cus, o benjaminita.* 2.Senhor, ó meu Deus, é em vós que eu busco meu refúgio; salvai-me de todos os que me perseguem e livrai-me, 3.para que o inimigo não me arrebate como um leão, e me dilacere sem que ninguém me livre. 4.Senhor, ó meu Deus, se acaso fiz isso, se minhas mãos cometeram a iniquidade, 5.se fiz mal ao homem pacífico, se oprimi os que me perseguiam sem motivo, 6.que o inimigo me persiga e me apanhe, que ele me pise vivo ao solo e atire a minha honra ao pó. 7.Levantai-vos, Senhor, na vossa cólera; erguei-vos contra o furor dos que me oprimem, erguei-vos para me defender numa causa que tomastes a vós. 8.Que a assembleia das nações vos circunde, presidi-a de um trono elevado. 9.O Senhor é o juiz dos povos. Fazei-me justiça, Senhor, segundo o meu justo direito, conforme minha integridade. 10.Ponde fim à malícia dos ímpios e sustentai o direito, ó Deus de justiça, que sondais os corações e os rins.* 11.O meu escudo é Deus, ele salva os que têm o coração reto. 12.Deus é um juiz íntegro, um Deus perpetuamente vingador. 13.Se eles não se corrigem, ele afiará a espada, entesará o arco e os visará. 14.Contra os ímpios apresentará dardos mortíferos, lançará flechas inflamadas. 15.Eis que o mau está em dores de parto, concebe a malícia e dá à luz a mentira.* 16.Abre um fosso profundo, mas cai no abismo por ele mesmo cavado. 17.Sua malícia recairá em sua própria cabeça, e sua violência se voltará contra a sua fronte. 18.Eu, porém, glorificarei o Senhor por sua justiça, e salmodiarei o nome do Senhor, o Altíssimo.
A glória do Criador, nos esplendores da criação
8. 1.Ao mestre de canto. Com a gitiena. Salmo de Davi.* 2.Ó Senhor, nosso Deus, como é glorioso vosso nome em toda a terra! Vossa majestade se estende, triunfante, por cima de todos os céus.* 3.Da boca das crianças e dos pequeninos sai um louvor que confunde vossos adversários, e reduz ao silêncio vossos inimigos.* 4.Quando contemplo o firmamento, obra de vossos dedos, a lua e as estrelas que lá fixastes: 5.‘‘Que é o homem – digo-me então –, para pensardes nele? Que são os filhos de Adão, para que vos ocupeis com eles? 6.Entretanto, vós o fizestes quase igual aos anjos, de glória e honra o coroastes. 7.Destes-lhe poder sobre as obras de vossas mãos, vós lhe submetestes todo o universo.* 8.Rebanhos e gados, e até os animais bravios, 9.pássaros do céu e peixes do mar, tudo o que se move nas águas do oceano”. 10.Ó Senhor, nosso Deus, como é glorioso vosso nome em toda a terra!
A proteção dos oprimidos
9. 1.Ao mestre de canto. Segundo a melodia “A morte para o filho”. Salmo de Davi.* 2.Eu vos louvarei, Senhor, de todo o coração, todas as vossas maravilhas narrarei. 3.Em vós eu estremeço de alegria, cantarei vosso nome, ó Altíssimo! 4.Porque meus inimigos recuaram, fraquejaram, pereceram ante a vossa face. 5.Pois tomastes a vós meu direito e minha causa; assentastes, ó justo Juiz, em vosso tribunal. 6.Com efeito, perseguistes as nações, destruístes o ímpio; apagastes, para sempre, o seu nome. 7.Meus inimigos pereceram, consumou-se sua ruína eterna; demolistes suas cidades, sua própria lembrança se acabou. 8.O Senhor, porém, domina eternamente; num trono sólido, ele pronuncia seus julgamentos. 9.Ele mesmo julgará o universo com justiça, com equidade pronunciará sentença sobre os povos. 10.O Senhor torna-se refúgio para o oprimido, uma defesa oportuna para os tempos de perigo. 11.Aqueles que conheceram vosso nome confiarão em vós, porque, Senhor, jamais abandonais quem vos procura. 12.Salmodiai ao Senhor, que habita em Sião; proclamai seus altos feitos entre os povos. 13.Porque, vingador do sangue derramado, ele se lembra deles e não esqueceu o clamor dos infelizes. 14.Tende piedade de mim, Senhor, vede a miséria a que me reduziram os inimigos; arrancai-me das portas da morte, 15.para que nas portas da filha de Sião eu publique vossos louvores, e me regozije de vosso auxílio.* 16.Caíram as nações no fosso que cavaram; prenderam-se seus pés na armadilha que armaram. 17.O Senhor se manifestou e fez justiça, capturando o ímpio em suas próprias redes. 18.Que os pecadores caiam na região dos mortos, todos esses povos que olvidaram a Deus. 19.O pobre, porém, não ficará no eterno esquecimento; nem a esperança dos aflitos será frustrada para sempre. 20.Levantai-vos, Senhor! Não seja o homem quem tenha a última palavra! Que diante de vós sejam julgadas as nações. 21.Enchei-as de pavor, Senhor, para que saibam que não passam de simples homens.
SALMO 10 DO TEXTO HEBRAICO
22.(l) Senhor, por que ficais tão longe? Por que vos ocultais nas horas de angústia? 23.(2) Enquanto o ímpio se enche de orgulho, é vexado o infeliz com as tribulações que aquele tramou. 24.(3) O pecador se gloria até de sua cupidez, o cobiçoso blasfema e despreza a Deus. 25.(4) Em sua arrogância, o ímpio diz: “Não há castigo, Deus não existe”. É tudo e só o que ele pensa. 26.(5) Em todos os tempos, próspero é o curso de sua vida; vossos juízos estão acima de seu alcance; quanto a seus adversários, os despreza a todos. 27.(6) Diz no coração: “Nada me abalará, jamais terei má sorte”. 28.(7) De maledicência, astúcia e dolo sua boca está cheia;* em sua língua só existem palavras injuriosas e ofensivas. 29.(8) Põe-se de emboscada na vizinhança dos povoados, mata o inocente em lugares ocultos; seus olhos vigiam o infeliz. 30.(9) Como um leão no covil, espreita, no escuro; arma ciladas para surpreender o infeliz, colhe-o, na sua rede, e o arrebata. 31.(10) Curva-se, agacha-se no chão, e os infortunados caem em suas garras. 32.(11) Depois diz em seu coração: “Deus depressa se esquecerá, ele voltará a cabeça, nunca vê nada”. 33.(12) Levantai-vos, Senhor! Estendei a mão, e não vos esqueçais dos pobres. 34.(13) Por que razão o ímpio despreza Deus e diz em seu coração “Não haverá castigo?” 35.(14) Entretanto, vós vedes tudo: observais os que penam e sofrem, a fim de tomar a causa deles em vossas mãos. É a vós que se abandona o infortunado, sois vós o amparo do órfão. 36.(15) Esmagai, pois, o braço do pecador perverso; persegui sua malícia, para que não subsista. 37.(16) O Senhor é rei eterno, as nações pagãs desaparecerão de seu domínio. 38.(17) Senhor, ouvistes os desejos dos humildes, confortastes-lhes o coração e os atendestes. 39.(18) Para que justiça seja feita ao órfão e ao oprimido, nem mais incuta terror o homem tirado do pó.
Confiança na justiça
10. (11) 1.Ao mestre de canto. De Davi. É junto do Senhor que procuro refúgio. Por que dizer-me: “Foge, velozmente, para a montanha, como um pássaro;* 2.eis que os maus entesam seu arco e ajustam a flecha na corda, para ferir, de noite, os que têm o coração reto. 3.Quando os próprios fundamentos se abalam, que pode fazer ainda o justo?”. 4.Entretanto, o Senhor habita em seu templo, o Senhor tem seu trono no céu. Sua vista está atenta, seus olhares observam os filhos dos homens.* 5.O Senhor sonda o justo como o ímpio, mas aquele que ama a injustiça, ele o aborrece. 6.Sobre os ímpios ele fará cair uma chuva de fogo e de enxofre; um vento abrasador de procela será o seu quinhão. 7.Porque o Senhor é justo, ele ama a justiça; e os homens retos contemplarão a sua face.