DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Centésimo nonagésimo sétimo dia: Sabedoria e virtudes humanas

Na leitura de hoje finalizamos o livro do Eclesiastes, e na meditação observaremos sobre a importância do cultivo das virtudes e do afastamento dos vícios. O texto sagrado enfatiza a necessidade de autocontrole, especialmente em relação à gula. Além disso, aborda a importância da prudência e da correção disciplinar em relação às crianças. Podemos notar que o texto aborda sobre a vaidade da vida e a existência de Deus como pressuposto, porém não analisa o relacionamento entre Deus e o homem. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 9, 10, 11 e 12 do livro do Eclesiastes (Ecl).

Eclesiastes

9.   1.Apliquei então meu espírito ao esclarecimento de tudo isso: os justos e sábios, com todas as suas obras, estão na mão de Deus. O homem ignora se isso será amor ou ódio. Tudo é possível.* 2.Todos têm um só destino: há uma sorte idêntica ao justo e ao ímpio, ao que é bom como ao que é impuro, ao que ofere­ce sacrifícios como ao que deles se abstém. O homem bom é tratado como o pecador e o perjuro como o que respeita seu juramento.* 3.Entre tudo o que se faz debaixo do sol, é uma desgraça só existir para todos um mesmo destino. Por isso, o espírito dos homens transborda de malícia, a loucura ocupa o coração deles, durante a vida, depois da qual vão para a casa dos mortos. 4.Porque, enquanto um homem permanece entre os vivos, ainda há esperança, pois mais vale um cão vivo do que um leão morto. 5.Com efeito, os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos de nada sabem. Para eles não há mais recompensa, porque sua lembrança jaz no esquecimento. 6.Amor, ódio e inveja acabaram. Não terão mais parte alguma, para o futuro, no que se faz debaixo do sol.* 7.Ora, pois, come com alegria o teu pão e bebe contente o teu vinho, porque Deus se agrada de teus trabalhos. 8.Traja sempre vestes brancas e haja sempre azeite perfumado em tua cabeça.* 9.Desfruta da vida com a mulher que amas, durante todos os dias da fugitiva e vã existência que Deus te concede debaixo do sol. Essa é a tua parte na vida, o prêmio do labor a que te entregas debaixo do sol. 10.Tudo o que tua mão encontra para fazer, faze-o com todas as tuas faculdades, pois que na região dos mortos, para onde vais, não há mais trabalho, nem ciência, nem inteligência, nem sabedoria. 11.Nas minhas investigações debaixo do sol, vi ainda que a corrida não é para os ágeis, nem a batalha para os bravos, nem o pão para os prudentes, nem a riqueza para os inteligentes, nem o favor para os sábios, porque todos estão à mercê das circunstâncias e da sorte. 12.O homem não conhece sua própria hora. Semelhantes aos peixes apanhados pela rede fatal, os passarinhos presos no laço, os homens são enlaçados na hora da calamidade, que se arremessa sobre eles de súbito.

Vaidade da sabedoria

13.Vi também, debaixo do sol, este exem­plo de sabedoria, que me pareceu grande. 14.Havia uma pequena cidade, pouco populosa. Veio contra ela um poderoso rei que, sitiando-a, construiu grandes fortificações ao seu redor. 15.Ora, aí se encontrava um homem pobre, porém sábio, cuja sabedoria salvou a cidade, contudo ninguém se lembrou desse pobre. 16.Por isso, eu disse: “A sabedoria vale mais que a força, mas a sabedoria do pobre é desprezada e às suas palavras não se dão ouvidos”. 17.As palavras calmas dos sábios são mais bem ouvidas do que os gritos de um chefe entre insensatos. 18.A sabedoria vale mais que as máquinas de guerra, mas um só pecador pode causar a perda de muitos bens.

10.   1.Uma mosca morta infeta e corrompe o azeite perfumado. Um pouco de loucura é suficiente para corromper a sabedoria.* 2.O coração do sábio vai para a direi­ta, mas o coração do insensato para a esquerda.* 3.No meio da estrada, quando caminha o tolo, falta-lhe o bom senso, e todos dizem: “É um louco”. 4.Se a ira do príncipe se inflama contra ti, não abandones o teu lugar, porque a calma previne grandes erros. 5.Vi debaixo do sol um mal, uma falha da parte do soberano: 6.o insensato ocupa os mais altos cargos, enquanto que os homens de valor estão colocados em empregos inferiores. 7.Vi escravos montarem a cavalo e príncipes andarem a pé como escravos. 8.Quem cava uma fossa poderá nela cair, e quem derruba um muro poderá ser picado por uma serpente. 9.Quem lavra pedras poderá machucar-se; quem corta a lenha se machuca com ela. 10.Se o ferro estiver embotado e não for afiado o gume, é preciso redobrar de esforços; mas afiá-lo é uma vantagem que a sabedoria proporciona.* 11.Se a serpente morder por erro de encantamento, não vale a pena ser encantador. 12.As palavras do sábio alcançam-lhe o favor, mas os lábios do insensato causam a sua perda. 13.O começo de suas palavras é uma estultícia, e o final de seu discurso é uma perigosa insânia. 14.O insensato multiplica as palavras. O homem não conhece o futuro. Quem lhe poderia dizer o que há de acontecer em seguida? 15.O trabalho do insensato o fatiga, pois nem sequer sabe ir à cidade.* 16.Ai de ti, país, cujo rei é um menino e cujos príncipes comem desde a manhã. 17.Feliz de ti, país, cujo rei é de família nobre e cujos príncipes comem em hora conveniente, não por devassidão, mas para sua própria refeição. 18.Por causa do desleixo desabará o madeiramento e, quando as mãos são inativas, choverá dentro da casa. 19.Faz-se festa para se divertir; o vinho alegra a vida, e o dinheiro serve para tudo. 20.Não digas mal do rei, nem mesmo em pensamento! Mesmo dentro de teu quarto, não digas mal do poderoso. Porque um passarinho do céu poderia levar tua palavra, e as aves repetirem tuas frases.

Incertezas

11.   1.Atira teu pão sobre a superfície das águas, porque depois de muito tempo o acharás.* 2.Faze de tua riqueza sete e mesmo oito partes, porque não sabes que calamidade sobrevirá à terra. 3.Quando as nuvens estiverem carregadas, derramarão a chuva sobre a terra. Quando tomba uma árvore para o sul ou para o norte, lá onde cai, fica. 4.Quem observa o vento jamais semeará; quem examina as nuvens nunca segará. 5.Do mesmo modo que não sabes qual é o caminho do sopro da vida e como se formam os ossos no seio de uma mãe, assim também ignoras a ação de Deus, que faz todas as coisas.* 6.Semeia a tua semente desde a manhã e não deixes tuas mãos ociosas até a noite. Porque não sabes o que terá bom êxito, se isto ou aquilo, ou se ambas as coisas são igualmente úteis.

Juventude e velhice

7.Doce é a luz, e é um deleite para os olhos ver o sol.* 8.Por mais numerosos que sejam os anos de vida, regozija-se o homem em todos eles, mas deve pensar nos dias obscuros que serão numerosos. Tudo o que acontece é vaidade. 9.Jovem, rejubila-te na tua adolescência e, enquanto ainda és jovem, entrega teu coração à alegria. Anda nos caminhos de teu coração e segundo os olhares de teus olhos, mas fica sabendo que de tudo isso Deus te fará prestar conta!* 10.Afasta a tristeza do teu coração e poupa o sofrimento a teu corpo, porque a juventude e a adolescência são passageiras.

12.   1.Lembra-te do teu Criador nos dias da tua juventude, antes que venham os maus dias e que apareçam os anos dos quais dirás: “Não sinto prazer neles!”. 2.Antes que se escureçam o sol, a luz, a lua e as estrelas, e que à chuva sucedam as nuvens;* 3.anos nos quais tremem os guardas da casa, nos quais se curvam os homens robustos e param de moer as moleiras pouco numerosas, nos quais se escurecem aqueles que olham pelas janelas, 4.nos quais se fecham para a rua os dois batentes da porta, nos quais se enfraquece o ruído do moinho, nos quais os homens se levantam ao canto do passarinho, nos quais se extingue o som da voz, 5.nos quais se temem as subidas; nos quais se terão sobressaltos no caminho, nos quais a amendoeira branqueia, nos quais o gafanhoto engorda, nos quais a alcaparra perde a sua eficácia, porque o homem se encaminha para a morada eterna e os carpidores percorrem as ruas.* 6.Antes que se rompa o cordão de prata, que se despedace a lâmpada de ouro, antes que se quebre a bilha na fonte, e que se fenda a roldana sobre a cisterna;* 7.antes que a poeira retorne à terra para se tornar o que era; e antes que o sopro de vida retorne a Deus que o deu.* 8.fugacidade das fugacidades, diz o Eclesiastes, tudo é fugaz.

Epílogo

9.Além de ser sábio, o Eclesiastes ensinou a ciência ao povo. Ele pesou, perscrutou e dispôs numerosas máximas. 10.O Eclesiastes aplicou-se à procura de sentenças agradáveis e a redigir com exatidão adágios verídicos. 11.As palavras dos sábios são seme­lhantes a aguilhões, e as sentenças, reunidas em coleção, são parecidas a estacas plantadas, inspiradas por um só pastor.* 12.De resto, meu filho, quanto ao maior número de palavras que estas, fica sabendo que se podem multiplicar os li­vros a não mais acabar, e que muito estudo se torna uma fadiga para o corpo. 13.Em conclusão: tudo bem entendido, teme a Deus e observa seus preceitos, é este o dever de todo homem. 14.Deus fará prestar contas de tudo o que está oculto, todo ato, seja ele bom ou mau.

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