DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Centésimo nonagésimo oitavo dia: Uma celebração do amor humano e divino

Na leitura de hoje do nosso desafio iniciamos o livro do Cântico dos Cânticos, cuja tradução original em hebraico significa “Cântico de Salomão”. Este livro é considerado um dos mais comentados pelos místicos e é diferente dos demais livros da Bíblia, pois não fala de leis, alianças, promessas ou salvação, mas sim de amor. O Cântico dos Cânticos é composto por cinco poemas que celebram o encontro, a união e a busca entre amado e amada. O ambiente do livro é pastoril, com poesias repletas de imagens agrestes que exaltam o valor do amor, retratando um amor que não pode ser destruído. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 1, 2, 3 e 4 do livro do Cântico dos Cânticos (Ct).

Cântico dos Cânticos

 1.   1.O mais belo dos Cânticos de Salomão.*

Introdução

2.– Ah! Beija-me com os beijos de tua boca! Porque os teus amores são mais deliciosos que o vinho,* 3.e suave é a fragrância de teus perfumes; o teu nome é como um perfume derramado: por isso, amam-te as jovens. 4.Arrasta-me após ti; corramos! O rei introduziu-me nos seus aposentos. Exultaremos de alegria e de júbilo em ti. Tuas carícias nos inebriarão mais que o vinho. Quanta razão há de te amar!

A pastora na vinha

5.Sou morena, mas sou bela, ó filhas de Jerusalém, como as tendas de Cedar, como os pavilhões de Salomão.* 6.Não repareis em minha tez morena, pois fui queimada pelo sol. Os filhos de minha mãe irritaram-se contra mim; puseram-me a guardar as vinhas, mas não guardei a minha própria vinha.

Aquele que o coração ama

7.Dize-me, ó tu, que meu coração ama, onde apascentas o teu rebanho, onde o levas a repousar ao meio-dia, para que eu não ande vagueando junto aos rebanhos dos teus companheiros. 8.– Se não o sabes, ó tu, a mais bela das mulheres, vai, segue as pisadas das ovelhas e apascenta os cabritos junto às cabanas dos pastores.

Encantos femininos

9.– À égua dos carros do faraó eu te comparo, ó minha amada. 10.Tuas faces são graciosas entre os brincos, e o teu pescoço entre colares de pérolas. 11.Faremos para ti brincos de ouro com glóbulos de prata.

Beleza do amado

12.– Enquanto o rei descansa em seu divã, meu nardo exala o seu perfume. 13.O meu bem-amado é para mim como um saquitel de mirra que repousa entre os meus seios; 14.o meu bem-amado é para mim um cacho de uvas nas vinhas de Engadi.

Diálogo

15.– Como és formosa, amada minha! Como és bela! Teus olhos são como pombas.* 16.– Como és belo, meu amado! Como és encantador! O nosso leito é um leito verdejante. 17.As vigas de nossa casa são de cedro, suas traves, de cipreste!

Qualidade do amado

2.   1.Sou o narciso de Saron, o lírio dos vales. 2.– Como o lírio entre os espinhos, assim é minha amada entre as jovens. 3.– Como a macieira entre as árvores da floresta, assim é o meu amado entre os jovens; gosto de sentar-me à sua sombra, e seu fruto é doce à minha boca.

A espera do amor

4.Ele introduziu-me num celeiro, e o estandarte, que levanta sobre mim, é o amor.* 5.Restaurou-me com tortas de uva, fortaleceu-me com maçãs, porque estou enferma de amor. 6.Sua mão esquerda está sob minha cabeça, e sua direita abraça-me. 7.– Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, pelas gazelas e as corças dos campos, que não desperteis nem perturbeis o amor, até que ele o queira.*

Monólogo da pastora

8.– Oh, esta é a voz do meu amado! Ei-lo que aí vem, saltando sobre os montes, pulando sobre as colinas.* 9.Meu amado é como a gazela ou como um cervozinho. Ei-lo que está atrás da nossa parede. Olha pela janela, espreita pelas grades. 10.Meu bem-amado disse-me: “Levanta-te, minha amada; vem, formosa minha. 11.Eis que o inverno passou: cessaram e desapareceram as chuvas. 12.Apareceram as flores na nossa terra, voltou o tempo das canções. Em nossas terras já se ouve a voz da rola. 13.A figueira já começa a dar os seus figos, e a vinha em flor exala o seu perfume; levanta-te, minha amada, formosa minha, e vem. 14.Minha pomba, oculta nas fendas do rochedo, e nos abrigos das rochas escarpadas, mostra-me o teu rosto, faze-me ouvir a tua voz. Tua voz é tão doce e delicado teu rosto!”. 15.– Apanhai-nos as raposas, essas pequenas raposas que devastam nossas vinhas, pois nossas vinhas estão em flor.* 16.– Meu bem-amado é para mim, e eu para ele; ele apascenta entre os lírios. 17.Antes que sopre a brisa do dia, e se estendam as sombras, volta, ó meu amado, como a gazela ou o cervozinho para os montes escarpados.*

Em busca do amado

3.   1.Durante a noite, no meu leito, busquei o meu amado; procurei-o, sem encontrá-lo. 2.Vou levantar-me e percorrer a cidade, as ruas e as praças, em busca daquele que meu coração ama; procurei-o, sem encontrá-lo. 3.Os guardas encontraram-me quando faziam a sua ronda na cidade. “Vistes acaso aquele que meu coração ama?” 4.Mal passara por eles, encontrei aquele que meu coração ama. Segurei-o, e não o largarei antes que o tenha introduzido na casa de minha mãe, no quarto daquela que me concebeu. 5.– Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, pelas gazelas e corças do campo, não desperteis nem perturbeis o amor, até que ele o queira.

O poema nupcial

6.– Que é aquilo que sobe do deserto como colunas de fumaça, exalando o perfume de mirra e de incenso, e de todos os aromas dos mercadores?* 7.É a liteira de Salomão, escoltada por sessenta guerreiros, sessenta valentes de Israel. 8.Todos hábeis manejadores da espada, e exercitados no combate; cada um deles leva a espada ao lado por causa dos terrores noturnos. 9.O rei Salomão mandou fazer para si uma liteira de madeira do Líbano. 10.Suas colunas são feitas de prata, seu encosto, de ouro, seu assento, de púrpura. O interior é bordado pelo amor das filhas de Jerusalém. 11.Saí, ó filhas de Sião, contemplai o rei Salomão, ostentando o diadema recebido de sua mãe no dia de suas núpcias, no dia da alegria de seu coração.*

Os encantos da esposa

4.   1.– Tu és bela, minha querida, tu és formosa! Através do teu véu os teus olhos são como pombas, teus cabelos são como um rebanho de cabras, descendo impetuosas pela montanha de Galaad,* 2.teus dentes são como um rebanho de ovelhas tosquiadas que saem do banho; cada uma leva dois cordeirinhos gêmeos, e nenhuma há estéril entre elas. 3.Teus lábios são como um fio de púrpura, e graciosa é tua boca. Tua face é como um pedaço de romã debaixo do teu véu; 4.teu pescoço é semelhante à torre de Davi, construída para depósito de armas. Aí estão pendentes mil escudos, todos os escudos dos valentes.* 5.Os teus dois seios são como filhotes gêmeos de uma gazela, pastando entre os lírios. 6.Antes que sopre a brisa do dia, e se estendam as sombras, irei ao monte da mirra, e à colina do incenso. 7.És toda bela, ó minha amada, e não há mancha em ti.

A embriagues do amor

8.Vem comigo do Líbano, ó esposa, vem comigo do Líbano! Olha dos cumes do Amaná, do cimo de Sanir e do Hermon, das cavernas dos leões, dos esconderijos das panteras. 9.Tu me fazes delirar, minha irmã, minha noiva, tu me fazes delirar com um só dos teus olhares, com um só colar do teu pescoço.* 10.Como são deliciosas as tuas carícias, minha irmã, minha noiva! Mais deliciosos que o vinho são teus amores, e o odor dos teus perfumes excede o de todos os aromas! 11.Teus lábios, ó noiva, destilam o mel; há mel e leite sob a tua língua. O perfume de tuas vestes é como o perfume do Líbano. 12.És um jardim fechado, minha irmã, minha noiva, uma nascente fechada, uma fonte selada. 13.Teus rebentos são como um bosque de romãs com frutos deliciosos; com ligústica e nardo, 14.nardo e açafrão, canela e cinamomo, com todas as árvores de incenso, mirra e aloés, com os bálsamos mais preciosos. 15.És a fonte do meu jardim, uma fonte de água viva, um riacho que corre do Líbano. 16.– Levanta-te, vento do norte, vem tu, vento do sul. Sopra no meu jardim para que se espalhem os meus perfumes. Entre meu amado no seu jardim, prove-lhe os frutos deliciosos.*

 

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