DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Centésimo nonagésimo primeiro dia: Aspectos importantes para a vida moral e espiritual

Nos textos da nossa reflexão de hoje da Sagrada Escritura iremos observar a importância da caridade e da justiça, onde a vontade divina prevalece sobre os planos humanos. Também veremos a questão do excesso, como no caso do álcool, destacando a importância da moderação. Além disso, iremos entender a importância da paz e da sabedoria, onde um pouco de pão seco com paz vale mais do que uma casa cheia de carne com discórdia. O texto sagrado aborda também a provação e o sofrimento como elementos que podem purificar nossos corações e fortalecer nossa fé. A importância de ouvir a Deus e ter cuidado com as palavras enganosas. Também muito importante e necessário tratar o pobre com respeito, pois insultar o pobre é insultar o próprio Criador. Por fim, meditaremos a importância de uma linguagem elevada e a desgraça que pode acompanhar aqueles que retribuem o mal pelo bem. Estes capítulos nos ensinam diversos aspectos necessários para a vida moral e espiritual, onde a importância da caridade, justiça, moderação, sabedoria e fé se destacam. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 17, 18, 19 e 20 do livro dos Provérbios (Pr).

Provérbios 

17.   1.Mais vale um bocado de pão seco, com a paz, do que uma casa cheia de carnes, com a discórdia. 2.Um escravo prudente vale mais que um filho desonroso, e partilhará da herança entre os irmãos. 3.Um crisol para a prata, um forno para o ouro; é o Senhor, porém, quem prova os corações. 4.O mau dá ouvidos aos lábios iníquos; o mentiroso presta atenção à língua perniciosa. 5.Aquele que zomba do pobre insulta seu Criador; quem ri de um infeliz não ficará impune. 6.Os filhos dos filhos são a coroa dos velhos, e a glória dos filhos são os pais. 7.Uma linguagem elevada não convém ao néscio, quanto mais, a um nobre, palavras mentirosas. 8.Um presente parece uma gema preciosa a seu possuidor; para qualquer lado que ele se volte, logra êxito.* 9.Aquele que dissimula faltas promove amizade; quem as divulga, divide amigos. 10.Uma repreensão causa mais efeito num homem prudente do que cem golpes num tolo. 11.O perverso só busca a rebeldia, mas será enviado contra ele um mensageiro cruel. 12.Antes encontrar uma ursa privada de seus filhotes do que um tolo em crise de loucura. 13.A desgraça não deixará a casa daquele que retribui o mal pelo bem. 14.Começar uma questão é como soltar as águas; desiste, antes que se exaspere a disputa.* 15.Quem declara justo o ímpio e perverso o justo, ambos desagradam ao Senhor. 16.Para que serve o dinheiro na mão do insensato? Para comprar a sabedoria? Ele não tem critério. 17.O amigo ama em todo o tempo: na desgraça, ele se torna um irmão. 18.É destituído de senso o que aceita compromissos e que fica fiador para seu próximo. 19.O que ama as disputas ama o pecado; quem ergue sua porta busca a ruína.* 20.O homem de coração falso não encontra a felicidade; o de língua tortuosa cai na desgraça. 21.Quem gera um tolo terá desventura; nem alegria terá o pai de um imbecil. 22.Coração alegre, bom remédio; um espírito abatido seca os ossos. 23.O ímpio aceita um presente ocultamente para desviar a língua da justiça. 24.Ante o homem prudente está a sabedoria; os olhos do insensato vagueiam até o fim do mundo.* 25.Um filho néscio é o pesar de seu pai e a amargura de quem o deu à luz. 26.Não convém chamar a atenção do justo e ferir os homens honestos por causa de sua retidão. 27.O que mede suas palavras possui a ciência; o calmo de espírito é um homem inteligente. 28.Mesmo o insensato passa por sábio, quando se cala; por prudente, quando fecha sua boca.

18.   1.Quem se isola procura sua própria vontade e se irrita contra tudo o que é razoável. 2.O insensato não tem propensão para a inteligência, mas para a expansão dos próprios sentimentos. 3.O desprezo ombreia com a iniquidade; o opróbrio com a vergonha. 4.As palavras da boca de um homem são águas profundas; a fonte da sabedoria é uma torrente transbordante. 5.Não fica bem favorecer um perverso para prejudicar o direito do justo. 6.Os lábios do insensato promovem contendas: sua boca atrai açoites. 7.A boca do tolo é a sua ruína; seus lábios são uma armadilha para a sua própria vida. 8.As palavras do delator são como gulodices: penetram até as entranhas. 9.O frouxo no trabalho é um irmão do dissipador. 10.O nome do Senhor é uma torre: para lá corre o justo, a fim de procurar segurança. 11.A fortuna do rico é sua cidade forte: em seu pensar, ela é como uma muralha elevada. 12.Antes da ruína, o coração do homem se eleva, mas a humildade precede a glória. 13.Quem responde antes de ouvir, passa por tolo e se cobre de confusão. 14.O espírito do homem suporta a doença, mas quem erguerá um espírito abatido? 15.O coração inteligente adquire o saber; o ouvido dos sábios procura a ciência. 16.O presente de um homem lhe abre tudo, e lhe dá acesso junto aos grandes. 17.Quem advoga sua causa, por primeiro, parece ter razão; sobrevém a parte adversa, que examina a fundo. 18.A sorte apazigua as contendas e decide entre os poderosos. 19.Um irmão ofendido é pior que uma cidade forte; as questões entre irmãos são como os ferrolhos de uma cidadela.* 20.É do fruto de sua boca que um homem se nutre; com o produto de seus lábios ele se farta. 21.Morte e vida estão à mercê da língua: os que a amam comerão dos seus frutos. 22.Aquele que acha uma mulher, acha a felicidade: é um dom recebido do Senhor. 23.O pobre fala suplicando; a resposta do rico é ríspida. 24.O homem cercado de muitos amigos tem neles sua desgraça, mas existe um amigo mais unido que um irmão.

19.   1.Mais vale um pobre que caminha na integridade que um insensato com lábios mentirosos. 2.Sem a ciência, nem mesmo o zelo é bom: quem precipita seus passos, desvia-se. 3.A loucura de um homem o leva a um mau caminho; é contra o Senhor que seu coração se irrita. 4.A riqueza aumenta o número de amigos, o pobre é abandonado pelo seu único companheiro. 5.O falso testemunho não fica sem castigo; o que profere mentira não escapará. 6.O homem generoso possui muitos lisonjeiros: todos se tornam amigos de quem dá. 7.Todos os irmãos do pobre o odeiam, quanto mais seus amigos não hão de se afastar dele? Está em busca de palavras, mas não terá nada.* 8.Quem adquire bom senso ama sua alma; o que observa a prudência encontra a felicidade. 9.O falso testemunho não fica impune; o que profere mentira perecerá. 10.Não convém ao insensato viver entre delícias, muito menos ainda a um escravo dominar os chefes. 11.Um homem sábio sabe conter a sua cólera, e tem por honra passar por cima de uma ofensa. 12.Cólera de rei, rugido de leão; favor de rei, orvalho sobre a erva. 13.Um filho insensato é a desgraça de seu pai; a mulher intrigante é uma goteira inesgotável. 14.Casas e bens são a herança dos pais, mas uma mulher sensata é um dom do Senhor. 15.A preguiça cai no torpor: a alma indolente terá fome. 16.O que observa o preceito guarda sua vida; quem descuida de seu proceder morrerá. 17.Quem se apieda do pobre empresta ao Senhor, que lhe restituirá o benefício. 18.Corrige teu filho enquanto há esperança, mas não te enfureças até fazê-lo perecer. 19.O homem iracundo sofrerá um castigo; se o libertares, aumentarás a sua pena. 20.Ouve os conselhos, aceita a instrução: tu serás sábio para o futuro. 21.Há muitos planos no coração do homem, mas é a vontade do Senhor que se realiza. 22.O encanto de um homem é a sua caridade: mais vale o pobre que o mentiroso. 23.O temor do Senhor conduz à vida; o que o possui é saciado: passará a noite sem a visita da desgraça. 24.O preguiçoso põe sua mão no prato e nem sequer a leva à boca. 25.Castiga o zombador e o simples se tornará sábio; repreende o homem sensato e ele compreenderá por quê. 26.Quem maltrata seu pai, quem expulsa sua mãe é um filho infame do qual todos se envergonham. 27.Cessa, meu filho, de ouvir as advertências e isto servirá para te afastares da sabedoria! 28.O testemunho falso zomba da justiça; a boca dos ímpios devora a iniquidade. 29.As varas estão preparadas para os insolentes e os golpes para o dorso dos insensatos.

20.   1.Zombeteiro é o vinho e amotinador o licor: quem quer que se apegue a isto não será sábio.* 2.O furor do rei é como um rugido de leão: aquele que o provoca, prejudica-se a si mesmo. 3.É uma glória para o homem abster-se de contendas; o tolo, porém, é o único que as procura. 4.Desde o outono o preguiçoso não trabalha: mendigará no tempo da colheita, mas não terá nada. 5.Água profunda é o conselho no íntimo do homem; o homem inteligente sabe haurir dela. 6.Muitos homens apregoam a sua bondade, mas quem achará um homem verdadeiramente fiel? 7.O justo caminha na integridade; ditosos os filhos que o seguirem! 8.O rei, que está sentado no trono da justiça, só com seu olhar dissipa todo o mal. 9.Quem pode dizer: “Meu coração está puro, estou limpo de pecado?”. 10.Ter dois pesos e duas medidas é objeto de abominação para o Senhor.* 11.O menino manifesta logo por seus atos se seu proceder será puro e reto. 12.O ouvido que ouve, o olho que vê, ambas estas coisas fez o Senhor.* 13.Não sejas amigo do sono, para que não te tornes pobre: abre os olhos e terás pão à vontade. 14.“Mau, mau!”, diz o comprador. Mas se gloria ao se retirar.* 15.Há ouro, há pérola em abundância; joia rara é a boca sábia. 16.Toma-lhe a roupa, porque ele respondeu por outrem; exige dele um penhor em proveito dos estranhos.* 17.Saboroso é para o homem o pão defraudado, mas depois terá a boca cheia de cascalhos. 18.Os projetos triunfam pelo conselho; é com prudência que deve ser dirigida a guerra. 19.O mexeriqueiro trai os segredos: não te familiarizes com um falador. 20.Quem amaldiçoa seu pai ou sua mãe verá apagar-se sua luz no meio de densas trevas. 21.Herança muito depressa adquirida no princípio não será abençoada no fim. 22.Não digas: “Eu me vingarei!”. Coloca tua esperança no Senhor, ele te salvará. 23.Ter dois pesos é abominação para o Senhor; uma balança falsa não é coisa boa. 24.O Senhor é quem dirige os passos do homem: como poderá o homem compreender seu caminho? 25.É um laço dizer inconsideradamente: “Consagrado!”, e não refletir antes de ter emitido um voto.* 26.O rei sábio joeira os ímpios, faz passar sobre eles a roda.* 27.O espírito do homem é uma lâmpada do Senhor: ela penetra os mais íntimos recantos das entranhas.* 28.Bondade e fidelidade montam guarda ao rei; pela justiça firma-se seu trono. 29.A força é o ornato dos jovens; o ornamento dos anciãos são os cabelos brancos. 30.A ferida sangrenta cura o mal; também os golpes, no mais íntimo do corpo.

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