Continuando nossa meditação, contemplamos aqui um trecho de um pregação evangélica que fala sobre a importância da lealdade no ministério, o poder de Deus em contraste com a fraqueza humana, a confiança em Deus diante das dificuldades, a esperança na vida eterna, a reconciliação com Deus por meio de Cristo, a dedicação do apóstolo no serviço a Deus e a separação entre os crentes e os incrédulos. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 4, 5 e 6 da segunda carta aos Coríntios (2Cor).
2 Coríntios
Lealdade na pregação evangélica
4. 1.Por isso, não desanimamos deste ministério que nos foi conferido por misericórdia. 2.Afastamos de nós todo procedimento fingido e vergonhoso. Não andamos com astúcia, nem falsificamos a Palavra de Deus. Pela manifestação da verdade nós nos recomendamos à consciência de todos os homens, diante de Deus. 3.Se o nosso Evangelho ainda estiver encoberto, está encoberto para aqueles que se perdem,* 4.para os incrédulos, cujas inteligências o deus deste mundo obcecou a tal ponto que não percebem a luz do Evangelho, onde resplandece a glória de Cristo, que é a imagem de Deus. 5.De fato, não nos pregamos a nós mesmos, mas a Jesus Cristo, o Senhor. Quanto a nós, consideramo-nos servos vossos por amor de Jesus. 6.Porque Deus que disse: “Das trevas brilhe a luz”, é também aquele que fez brilhar a sua luz em nossos corações, para que irradiássemos o conhecimento do esplendor de Deus, que se reflete na face de Cristo.
Confiança em Deus
7.Porém, temos este tesouro em vasos de barro, para que transpareça claramente que este poder extraordinário provém de Deus e não de nós. 8.Em tudo somos oprimidos, mas não sucumbimos. Vivemos em completa penúria, mas não desesperamos. 9.Somos perseguidos, mas não ficamos desamparados. Somos abatidos, mas não somos destruídos. 10.Trazemos sempre em nosso corpo os traços da morte de Jesus para que também a vida de Jesus se manifeste em nosso corpo. 11.Estando embora vivos, somos a toda hora entregues à morte por causa de Jesus, para que também a vida de Jesus apareça em nossa carne mortal. 12.Assim em nós opera a morte, e em vós a vida.* 13.Animados deste espírito de fé, conforme está escrito: Eu cri, por isto falei (Sl 115,1), também nós cremos, e por isso falamos. 14.Pois sabemos que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará também a nós com Jesus e nos fará comparecer diante dele convosco. 15.E tudo isso se faz por vossa causa, para que a graça se torne copiosa entre muitos e redunde o sentimento de gratidão, para glória de Deus.
Esperança na vida eterna
16.É por isso que não desfalecemos. Ainda que exteriormente se desconjunte nosso homem exterior, nosso interior renova-se de dia para dia. 17.A nossa presente tribulação, momentânea e ligeira, nos proporciona um peso eterno de glória incomensurável. 18.Porque não miramos as coisas que se veem, mas sim as que não se veem. Pois as coisas que se veem são temporais e as que não se veem são eternas.
5. 1.Sabemos, com efeito, que ao se desfazer a tenda que habitamos neste mundo, recebemos uma casa preparada por Deus e não por mãos humanas, uma habitação eterna no céu.* 2.E por isso suspiramos e anelamos ser sobrevestidos da nossa habitação celeste,* 3.contanto que sejamos achados vestidos e não despidos.* 4.Pois, enquanto permanecemos nesta tenda, gememos oprimidos: desejamos ser não despojados, mas revestidos de uma veste nova por cima da outra, de modo que o que há de mortal em nós seja absorvido pela vida. 5.Aquele que nos formou para este destino é Deus mesmo, que nos deu por penhor o seu Espírito. 6.Por isso, estamos sempre cheios de confiança. Sabemos que todo o tempo que passamos no corpo é um exílio longe do Senhor. 7.Andamos na fé e não na visão. 8.Estamos, repito, cheios de confiança, preferindo ausentar-nos deste corpo para ir habitar junto do Senhor. 9.É também por isso que, vivos ou mortos, nos esforçamos por agradar-lhe.* 10.Porque teremos de comparecer diante do tribunal de Cristo. Ali cada um receberá o que mereceu, conforme o bem ou o mal que tiver feito enquanto estava no corpo.
A obra da reconciliação
11.Compenetrados do temor do Senhor, procuramos persuadir os homens. Estamos a descoberto aos olhos de Deus, e espero que o estejamos também ante as vossas consciências. 12.Não estamos a gabar-nos ante os vossos olhos, mas damo-vos ocasião de vos gloriardes por nossa causa. Tereis assim o que responder àqueles que se prevalecem das aparências e não do que há no coração. 13.De fato, se ficamos arrebatados fora dos sentidos, é por Deus; e, se raciocinamos sobriamente, é por vós.* 14.O amor de Cristo nos constrange, considerando que, se um só morreu por todos, logo todos morreram. 15.Sim, ele morreu por todos, a fim de que os que vivem já não vivam para si, mas para aquele que por eles morreu e ressurgiu. 16.Por isso, nós daqui em diante a ninguém conhecemos de um modo humano. Muito embora tenhamos considerado Cristo dessa maneira, agora já não o julgamos assim.*
Reconciliar-se com Deus
17.Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura. Passou o que era velho; eis que tudo se fez novo! 18.Tudo isso vem de Deus, que nos reconciliou consigo, por Cristo, e nos confiou o ministério dessa reconciliação. 19.Porque é Deus que, em Cristo, reconciliava consigo o mundo, não levando mais em conta os pecados dos homens, e pôs em nossos lábios a mensagem da reconciliação. 20.Portanto, desempenhamos o encargo de embaixadores em nome de Cristo, e é Deus mesmo que exorta por nosso intermédio. Em nome de Cristo vos rogamos: reconciliai-vos com Deus! 21.Aquele que não conheceu o pecado, Deus o fez pecado por nós, para que nele nós nos tornássemos justiça de Deus.
Dedicação do apóstolo
6. 1.Na qualidade de colaboradores seus, exortamo-vos a que não recebais a graça de Deus em vão. 2.Pois ele diz: Eu te ouvi no tempo favorável e te ajudei no dia da salvação (Is 49,8). Agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação. 3.A ninguém damos qualquer motivo de escândalo, para que o nosso ministério não seja criticado. 4.Mas em todas as coisas nos apresentamos como ministros de Deus, por uma grande constância nas tribulações, nas misérias, nas angústias, 5.nos açoites, nos cárceres, nos tumultos populares, nos trabalhos, nas vigílias, nas privações; 6.pela pureza, pela ciência, pela longanimidade, pela bondade, pelo Espírito Santo, por uma caridade sincera, 7.pela palavra da verdade, pelo poder de Deus; pelas armas da justiça ofensivas e defensivas,* 8.por meio da honra e da desonra, da boa e da má fama. 9.Tidos por impostores, somos, no entanto, sinceros; por desconhecidos, somos bem conhecidos; por agonizantes, estamos com vida; por condenados e, no entanto, estamos livres da morte. 10.Somos julgados tristes, nós que estamos sempre contentes; indigentes, porém enriquecendo a muitos; sem posses, nós que tudo possuímos! 11.Ó coríntios, acabamos de vos falar com toda a franqueza. O nosso coração está todo ele aberto. 12.Não é estreito o lugar que nele ocupais. Estreito, isso sim, é vosso íntimo. 13.Correspondei-me com igual ternura. Falo como a meus filhos: também vós outros abri largamente os vossos corações.
Templo de Deus
14.Não vos prendais ao mesmo jugo com os infiéis. Que união pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunidade entre a luz e as trevas? 15.Que compatibilidade pode haver entre Cristo e Belial? Ou que acordo entre o fiel e o infiel?* 16.Como conciliar o Templo de Deus e os ídolos? Porque somos o Templo de Deus vivo, como o próprio Deus disse: Eu habitarei e andarei entre eles, e serei o seu Deus e eles serão o meu povo (Lv 26,11s). 17.Portanto, saí do meio deles e separai-vos, diz o Senhor. Não toqueis no que é impuro, e vos receberei. 18.Serei para vós um Pai e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-poderoso (Is 52,11; Jr 31,9).