DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Ducentésimo vigésimo primeiro dia: A Sabedoria Divina na Criação e na Conduta Humana

Na continuação do nosso desafio iremos meditar nestes capítulos sobre a criação do homem, a presença de Deus na criação e a manifestação de sua glória. Também fala sobre a recapitulação da história e da trajetória do povo de Israel, a importância da oração e da conduta moral, e a incompreensibilidade das obras de Deus. Além disso, discute a misericórdia divina, a fragilidade humana e a importância das palavras doces e da mansidão. Finalizando, o texto sagrado vai mencionar sobre a sabedoria, a união entre os irmãos e a importância de encontrar amigos verdadeiros e viver de acordo com a justiça. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 5, 6, 7 e 8 do livro de Isaías (Is).

Isaías 

Alegoria da vinha

5.   1.Eu quero cantar para o meu amigo seu canto de amor a respeito de sua vinha: meu amigo possuía uma vinha em um outeiro fértil.* 2.Ele a cavou e tirou dela as pedras; plantou-a de cepas escolhidas. Edificou-lhe uma torre no meio, e construiu aí um lagar. E contava com uma colheita de uvas, mas ela só produziu agraço.* 3.“E agora, habitantes de Jerusalém, e vós, homens de Judá, sede juízes entre mim e minha vinha. 4.Que se poderia fazer por minha vinha, que eu não tenha feito? Por que, quando eu esperava vê-la produzir uvas, só deu agraço? 5.Pois bem, eu vos mostrarei agora o que hei de fazer à minha vinha: eu lhe arrancarei a sebe para que ela sirva de pasto, derrubarei o muro para que seja pisada. 6.Eu a farei devastada; não será podada nem cavada, e nela crescerão apenas sarças e espinhos; vedarei às nuvens derramar chuva sobre ela.” 7.A vinha do Senhor dos exércitos é a casa de Israel, e os homens de Judá são a planta de sua predileção. Esperei deles a prática da justiça, e eis o sangue derramado; esperei a retidão, e eis os gritos de socorro.

Maldição contra a aristocracia

8.Ai de vós, que ajuntais casa a casa, e que acrescentais campo a campo, até que não haja mais lugar, e que sejais os únicos proprietários da terra.* 9.Os meus ouvidos ouviram ainda este juramento do Senhor dos exércitos: “Grande número de casas, eu o juro, será devastado, grandes e magníficas herdades ficarão desabitadas”.* 10.Dez jeiras de vinha não produzirão mais que um bato, e um homer de semente não dará mais que um efá.* 11.Ai daqueles que desde a manhã procuram a bebida, e que se retardam à noite nas excitações do vinho! 12.Amantes da cítara e da harpa, do tamborim e da flauta, e do vinho em seus banquetes, mas para as obras do Senhor não têm um olhar sequer, e não enxergam a obra de suas mãos.* 13.Por causa disso meu povo será desterrado sem nada pressentir. Sua nobreza será atenazada pela fome, e a multidão, mirrada pela sede.* 14.Por isso, a morada dos mortos se alargará, e abrirá desmesuradamente a boca. O esplendor de Sião e sua multidão barulhenta, seu alvoroço e sua alegria desaparecerão dela. 15.O homem será curvado, os grandes serão humilhados, os olhares altivos serão abatidos,* 16.e o Senhor dos exércitos triunfará no juízo; o Deus santo se mostrará como tal, fazendo justiça. 17.Os cordeiros serão apascentados nesses lugares como em suas pastagens, e sobre as ruínas pastarão os cabritos.* 18.Ai daqueles que arrastam a correção com as cordas da indisciplina, e a pena do pecado como com os tirantes de um carro! 19.(Ai) daqueles que dizem: “Que ele se avie, que faça já sua obra, a fim de que a vejamos. Que o plano do Santo de Israel se execute para que o conheçamos!”.* 20.Ai daqueles que ao mal chamam bem, e ao bem, mal, que mudam as trevas em luz e a luz em trevas, que tornam doce o que é amargo, e amargo o que é doce! 21.Ai daqueles que são sábios aos próprios olhos, e prudentes em seu próprio juízo! 22.Ai daqueles que põem sua bravura em beber vinho, e sua coragem em misturar licores; 23.(Ai) daqueles que, por uma dádiva, absolvem o culpado, e negam justiça àquele que tem o direito a seu lado! 24.Por isso, assim como a palhoça é devorada por uma língua de fogo, e como a palha é consumida pela chama, assim a raiz deles sucumbirá na podridão e sua flor voará como a poeira, porque repudiaram a Lei do Senhor dos exércitos, e desprezaram a palavra do Santo de Israel.

Cólera do Senhor

25.Por isso, o furor do Senhor se inflama contra seu povo, apodera-se dele e o castiga; os montes tremem, seus cadáveres, como carniça, jazem nas ruas. Entretanto, sua cólera não se aplacou, e sua mão está prestes a precipitar-se. 26.Ele arvora uma bandeira para chamar uma nação longínqua, assobia para fazê-la vir dos confins da terra, e ei-la que, ágil, acorre às pressas.* 27.Ninguém dentre eles se arrasta ou tropeça, ninguém dorme nem cochila; ninguém desata a cinta de seus rins, nem desaperta a correia dos sapatos. 28.Agudas são as suas flechas e todos os seus arcos, entesados. Os cascos de seus cavalos são duros como a pederneira, e as rodas de seus carros assemelham-se à tempestade. 29.É como o rugido da leoa, e o rosnar do leãozinho. Ele brame e agarra a sua presa, e a carrega sem que ninguém lha arrebate. 30.Naquele tempo, um estrondo, semelhante ao bramido do mar, retumbará contra ele. Quando olhar a terra, só verá trevas e angústia, e no céu se estenderão nuvens tenebrosas.*

Vocação de Isaías

6.   1.No ano da morte do rei Ozias, eu vi o Senhor sentado num trono muito ele-vado; as franjas de seu manto enchiam o templo.* 2.Os serafins se mantinham junto dele. Cada um deles tinha seis asas; com um par de asas velavam a face; com outro cobriam os pés; e, com o terceiro, voavam.* 3.Suas vozes se revezavam e diziam: “Santo, santo, santo é o Senhor Deus do universo! A terra inteira proclama a sua glória!”. 4.A este brado as portas estremeceram em seus gonzos e a casa encheu-se de fumo. 5.“Ai de mim” – gritava eu –. “Estou perdido porque sou um homem de lábios impuros, e habito com um povo (também) de lábios impuros e, entretanto, meus olhos viram o rei, o Senhor dos exércitos!” 6.Porém, um dos serafins voou em minha direção; trazia na mão uma brasa viva, que tinha tomado do altar com uma tenaz. 7.Aplicou-a na minha boca e disse: “Tendo esta brasa tocado teus lábios, teu pecado foi tirado, e tua falta, apagada”. 8.Ouvi então a voz do Senhor que dizia: “Quem enviarei eu? E quem irá por nós?”. “Eis-me aqui” – disse eu –, “enviai-me.’’ 9.“Vai, pois, dizer a esse povo” – disse ele: “Escutai, sem chegar a compreender, olhai, sem chegar a ver. 10.Obceca o coração desse povo, ensurdece-lhe os ouvidos, fecha-lhe os olhos, de modo que não veja nada com seus olhos, não ouça com seus ouvidos, não compreenda nada com seu espírito. E não se cure de novo”.* 11.“Até quando, Senhor?” – disse eu. E ele respondeu: “Até que as cidades fiquem devastadas e sem habitantes, as casas, sem gente, e a terra, deserta; 12.até que o Senhor tenha banido os homens, e seja grande a solidão na terra. 13.Se restar um décimo da população, ele será lançado ao fogo, como o terebinto e o carvalho, cuja linhagem permanece quando são abatidos.” Sua linhagem é um germe santo.*

Isaías exorta Acaz a confiar no Senhor

7.   1.No tempo de Acaz, filho de Joatão, filho de Ozias, rei de Judá, Rason, rei de Aram, foi com Faceia, filho de Romelias, rei de Israel, contra Jerusalém para lhe dar combate; mas não pôde apoderar-se dela.* 2.Quando se soube, na casa de Davi, que (o exército da) Aram estava acampado em Efraim, o coração do rei e o de seu povo ficaram perturbados como as árvores das florestas agitadas pelos ventos. 3.Então, disse o Senhor a Isaías: “Vai ter com Acaz, com Sear-Jasub, teu filho, na extremidade do aqueduto do reservatório superior, no caminho do campo do pisoeiro.* 4.E dize-lhe: ‘Tem ânimo, não temas, não vacile o teu coração diante desses dois pedaços de tições fumegantes’. (Diante do furor de Rason, da Aram, e do filho de Romelias),* 5.Visto que a Aram decidiu tua perdição, com Efraim e o filho de Romelias, dizendo: 6.‘Vamos contra Judá, nós o bateremos, e nos apoderaremos dele, e proclamaremos rei o filho de Tabeel’.” 7.Eis o que disse o Senhor Deus: “Isso não acontecerá, essas coisas não se realizarão, 8.porque a capital da Aram é Damasco, e a cabeça de Damasco é Rason. (Dentro de sessenta e cinco anos Efraim desaparecerá do rol dos povos.) 9.E a capital de Efraim é Samaria, e a cabeça de Samaria é o filho de Romelias. Se não o crerdes, não subsistireis”.

O sinal do Emanuel

10.O Senhor disse ainda a Acaz: 11.“Pede ao Senhor, teu Deus, um sinal, seja do fundo da habitação dos mortos, seja lá do alto”. 12.Acaz respondeu: “De maneira alguma! Não quero pôr o Senhor à prova”.* 13.Isaías respondeu: “Ouvi, casa de Davi: Não vos basta fatigar a paciência dos homens? Pretendeis cansar também o meu Deus? 14.Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará ‘Deus Conos­co’.* 15.Ele será nutrido com manteiga e mel até que saiba rejeitar o mal e escolher o bem.* 16.Porque antes que o menino saiba rejeitar o mal e escolher o bem, a terra, cujos dois reis tu temes, será devastada. 17.O Senhor fará vir sobre ti, sobre teu povo e sobre a casa de teu pai, dias tais como não houve desde que Efraim se separou de Judá o rei dos assírios”. 18.Naquele dia, o Senhor assobiará às moscas que estão nas margens dos rios do Egito e às abelhas da terra da Assíria. 19.Elas virão pousar em massa nos vales escarpados, nas cavernas dos rochedos, sobre todas as moitas e todas as pastagens. 20.Naquele tempo, com uma navalha emprestada do outro lado do rio Eufrates com o rei dos assírios, o Senhor vos raspará a cabeça e os pelos das pernas, assim como a barba.* 21.Naquele tempo, cada homem manterá uma vaca e duas ovelhas; 22.se comerá a manteiga de todo o leite que elas derem, porque é de manteiga e mel que viverão aqueles que subsistirem na terra. 23.Naquele tempo, todo terreno que contiver mil vides valendo mil siclos de prata será abandonado às sarças e aos espinhos. 24.Ali só se entrará com setas e arcos, porque toda aquela terra estará coberta de sarças e espinhos. Não se voltará mais aos montes que eram cultivados à enxada, por causa das sarças e dos espi­nhos; será permitido aos bois pastá-los e serão pisados pelos carneiros.

O Filho de Isaías

8.   1.E o Senhor disse-me: “Toma uma grande placa e escreve nela em carac­teres legíveis: Maer-Chalal-hach-baz. Toma depressa os despojos, faze velozmente a presa.* 2.Tomai por testemunhas fidedignas o sacerdote Urias e Zacarias, filho de Baraquias”. 3.Eu me aproximei da profetisa, que concebeu e deu à luz um filho. (Então) o Senhor me disse: “Chama-o Maer-Chalal-hach-baz,  4.porque antes que o menino saiba dizer: ‘papai’, ‘mamãe’, as riquezas de Damasco e os despojos de Samaria serão carregados diante do rei da Assíria”.

Invasão assíria

5.O Senhor disse-me ainda: 6.“Porque este povo rejeitou as águas tranquilas de Siloé, e perdeu o domínio diante de Rason e do filho de Romelias, 7.o Senhor fará cair sobre ele as águas do rio, abundantes e impetuosas (o rei dos assírios com todo o seu poder); subirá por toda parte pelas suas ribanceiras, transbordará por todas as suas margens, 8.invadirá Judá, o inundará e o submergirá, e subirá até o pescoço. Com suas asas desdobradas cobrirá toda a terra, ó Emanuel!*

Libertação

9.Aprendei-o, povos, e ficareis consternados. Ouvi com atenção, terras longínquas. Podeis pegar em armas e sereis destruídos; 10.preparai um plano, e ele malogrará; dai ordens e elas não serão executadas, porque Deus está conosco”.

Temor a Deus

11.Porque eis o que o Senhor me disse quando me agarrou e me preveniu contra essa política:* 12.“Não chameis conspiração tudo aquilo que o povo chama conspiração; não vos assusteis. 13.É o Senhor que vós deveis ter por conspirador; é a ele que é preciso respeitar, a ele que se deve temer. 14.Ele será a pedra de escândalo e a pedra de tropeço para as duas casas de Israel, o laço e a cilada para os habitantes de Jerusalém. 15.Muitos dentre eles vacilarão, cairão e serão despedaçados; serão presos ao laço e apanhados na armadilha”.

Consequências da obstinação

16.Eu vou recolher esta declaração e selar esta revelação para os meus discípulos. 17.Terei confiança no Senhor que se esconde da casa de Jacó, e esperarei nele. 18.Eu e os filhos que o Senhor me deu somos, em Israel, sinais e presságios da parte do Senhor dos exércitos, que habita no monte de Sião. 19.Se vos disserem: “Consultai os espíritos dos mortos, os adivinhos, os que conhecem segredos e dizem em voz baixa: ‘Porventura um povo não deve consultar os seus deuses? Consultar os mortos em favor dos vivos?’.”* 20.Para aceitar uma lei e um testemunho. É o que se dirá. Porque não haverá aurora para eles.*

Dias de angústia 

21.Andarão errantes pela terra, fatigados e esfomeados; atormentados pela fome, se agastarão e amaldiçoarão o seu rei e o seu Deus. Levantarão os olhos, depois olharão para a terra, 22.e só verão misérias, escuridão e trevas angustiantes. Eles se repelirão dentro da noite 23.pois não há trevas onde há angústia?.*

Reino do Messias

No passado ele humilhou a terra de Zabulon e de Neftali, mas no futuro cobrirá de honras o caminho do mar, a Além-Jordão e o distrito das nações.

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