DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Vigésimo quinto dia: O grande pecado de Israel e o bezerro de ouro

O povo de Deus o trai, pondo em seu lugar um bezerro de ouro. Moisés se encontra com o Senhor no monte Sinai, e Deus suscita no coração de Moisés a necessidade de interceder pelo seu povo e assim acontece. Deus escuta a oração de Moisés e concede o perdão ao seu povo. Faça a leitura de preferência em sua Bíblia dos capítulos 32, 33 e 34 do livro do Êxodo (Ex).

Êxodo

VII – RUPTURA E RENOVAÇÃO DA ALIANÇA (32, 1 – 35, 3)

O bezerro de ouro

32.   1.Vendo que Moisés tardava a descer da montanha, o povo agru­pou-se em volta de Aarão e disse-lhe: “Vamos: faze-nos um deus que marche à nossa frente, porque esse Moisés, que nos tirou do Egito, não sabemos o que é feito dele”.* 2.Aarão respondeu-lhes: “Tirai os brincos de ouro que estão nas orelhas de vossas mulheres, vossos filhos e vossas filhas e trazei-me”. 3.Tiraram todos os brincos de ouro que tinham nas orelhas e os trouxeram a Aarão, 4.o qual, tomando-os em suas mãos, pôs o ouro em um molde e fez dele um bezerro de metal fundido. Então exclamaram: “Eis, ó Israel, o teu Deus que te tirou do Egito”.* 5.Aarão, vendo isso, cons­truiu um altar diante dele e exclamou: “Amanhã haverá uma festa em honra do Senhor”. 6.No dia seguinte, pela manhã, ofereceram holocaustos e sacrifícios pacíficos. O povo assentou-se para comer e beber, e depois levantaram-se para se divertir.* 7.O Senhor disse a Moisés: “Vai, desce, porque se corrompeu o povo que tiraste do Egito. 8.Desviaram-se depressa do cami­nho que lhes prescrevi; fizeram para si um bezerro de metal fundido, prostraram-se diante dele e ofereceram-lhe sa­crifícios, dizendo: Eis, ó Israel, o teu Deus que te tirou do Egito. 9.Vejo – continuou o Senhor – que esse povo tem a cabeça dura. 10.Deixa, pois, que se acenda minha cólera contra eles e os reduzirei a nada; mas de ti farei uma grande nação”. 11.Moisés tentou aplacar o Senhor, seu Deus, dizendo-lhe: “Por que, Senhor, se inflama a vossa ira contra o vosso povo que tirastes do Egito com o vosso poder e à força de vossa mão? 12.Não é bom que digam os egípcios: Com um mau desígnio os levou, para matá-los nas montanhas e suprimi-los da face da terra! Aplaque-se vosso furor, e abandonai vossa decisão de fazer mal ao vosso povo. 13.Lembrai-vos de Abraão, de Isaac e de Israel, vossos servos, aos quais jurastes por vós mesmo de tornar sua posteridade tão numerosa como as estrelas do céu e de dar aos seus descendentes essa terra de que falastes, como uma herança eterna”. 14.E o Se­nhor se arrependeu das ameaças que tinha proferido contra o seu povo.

Consequências do pecado

15.Moisés desceu da montanha segurando nas mãos as duas tábuas da lei, que estavam escritas dos dois lados, sobre uma e outra face. 16.Eram obra de Deus, e a escritura nelas gravada era a escritura de Deus. 17.Ouvindo o barulho que o povo fazia com suas aclamações, Josué disse a Moisés: “Há gritos de guerra no acampamento!”. 18.“Não – respondeu Moisés – não são gritos de vitória, nem gritos de derrota: o que ouço são cantos.” 19.Aproximando-se do acampamento, viu o bezerro e as danças. Sua cólera se inflamou, arrojou de suas mãos as tábuas e quebrou-as ao pé da montanha. 20.Em seguida, tomando o bezerro que tinham feito, queimou-o e esmagou-o até reduzi-lo a pó, que lançou na água e a deu de beber aos israelitas. 21.Moisés disse a Aarão: “Que te fez este povo para que tenhas atraído sobre ele um tão grande pecado?”. 22.Aarão respondeu: “Não se irrite o meu senhor. Tu mesmo sabes quanto este povo é inclinado ao mal. 23.Eles disseram-me: ‘Faze-nos um deus que marche à nossa frente, porque este Moisés, que nos tirou do Egito, não sabemos o que é feito dele’. 24.Eu lhes disse: Todos aqueles que têm ouro, despojem-se dele! E mo entregaram: joguei-o ao fogo e saiu esse bezerro”. 25.Moisés viu que o povo estava desenfreado, porque Aarão tinha-lhe soltado as rédeas, expondo-o assim à zombaria de seus adver­sários. 26.Pôs-se de pé à entrada do acampamento e exclamou: “Venham a mim todos aqueles que são pelo Senhor!”. Todos os filhos de Levi se ajuntaram em torno dele. 27.Ele disse-lhes: “Eis o que diz o Senhor, o Deus de Israel: Cada um de vós coloque a espada sobre sua coxa. Passai e repassai através do acampamento, de uma porta à outra, e cada um de vós mate o seu irmão, seu amigo, seu parente!”. 28.Os filhos de Levi fizeram o que ordenou Moisés, e cerca de três mil homens morreram naquele dia entre o povo. 29.Moisés disse: “Consagrai-vos desde hoje ao Senhor, porque cada um de vós, ao preço de seu filho e de seu irmão, tendes atraído sobre vós hoje uma bênção”.

Moisés pede perdão pelo povo

30.No dia seguinte, Moisés disse ao povo: “Cometestes um grande pecado. Mas vou subir hoje ao Senhor; talvez obtenha o perdão de vossa culpa”. 31.Moisés voltou junto do Senhor e disse: “Oh, esse povo cometeu um grande pecado: fizeram para si um deus de ouro. 32.Rogo-vos que lhes perdoeis agora esse pecado! Senão, apagai-me do livro que escrevestes”. 33.O Senhor disse a Moisés: “Aquele que pecou contra mim, este apagarei do meu livro. 34.Vai agora e conduze o povo aonde eu te disse: meu anjo marchará diante de ti. Mas, no dia de minha visita, eu punirei seu pecado”. 35.Feriu o Senhor o povo, por ter arrastado Aarão a fabricar o bezerro.

O perdão de Deus

33.   1.O Senhor disse a Moisés: “Vai, parte daqui com o povo que tiraste do Egito; ide para a terra que prometi a Abraão, a Isaac e a Jacó, com o juramento de dá-la à sua posteridade. 2.Enviarei um anjo adiante de ti, e expulsarei os cana­neus, os amorreus, os hiteus, os ferezeus, os heveus e os jebuseus. 3.Ide para essa terra que mana leite e mel. Mas não subirei convosco, porque sois um povo de cabeça dura; eu vos aniquilaria em caminho”. 4.Ouvindo o povo essas duras palavras, pôs-se a chorar e cada um tirou os seus enfeites. 5.Então o Senhor disse a Moisés: “Dize aos israelitas: Vós sois um povo de cabeça dura; se eu viesse um só instante no meio de vós, eu vos ani­quilaria. Arrancai, pois, todos os vossos enfeites e verei o que posso fazer por vós”. 6.Os israelitas despojaram-se de seus enfeites ao partir do monte Horeb.

Moisés na tenda do encontro

7.Moisés foi levantar a tenda a alguma distância fora do acampamento. (E cha­mou-a de tenda de reunião.) Quem queria consultar o Senhor, dirigia-se à tenda de reunião, fora do acampamento. 8.Quando Moisés se dirigia para a tenda, todo mundo se levantava, cada um diante da entrada de sua tenda, para segui-lo com os olhos até que entrasse na tenda. 9.E logo que ele acabava de entrar, a coluna de nuvem descia e se punha à entrada da tenda, e o Senhor se entretinha com Moisés. 10.À vista da coluna de nuvem, todo o povo, em pé à entrada de suas tendas, se pros­trava no mesmo lugar. 11.O Senhor se entretinha com Moisés face a face, como um homem fala com seu amigo. Voltava depois Moisés ao acampamento, mas seu ajudante, o jovem Josué, filho de Nun, não se apartava do interior da tenda.

O desejo de ver Deus

12.Moisés disse ao Senhor: “Vós dizeis-me que faça subir o povo, mas não me fazeis saber quem haveis designado para acompa­nhar-me. E, entretanto, dissestes-me: ‘Conheço-te pelo teu nome’ e: ‘Tens todo o meu favor’. 13.Se é verdade que te­nho todo o vosso favor, dai-me a conhecer os vossos desígnios, para que eu saiba que tenho todo o vosso favor; e considerai que esta nação é o vosso povo”.* 14.O Senhor respondeu: “Minha face irá contigo e serei o teu guia”.* 15.“Se vossa face não vier conosco – disse Moisés – não nos façais partir deste lugar. 16.Por onde se saberá que temos todo o vosso favor, eu e o vosso povo? Porventura, não é necessário para isso justamente que marcheis conosco? É o que nos distinguirá, eu e o vosso povo, de todas as outras nações da terra.” 17.“O que pedes – replicou o Senhor – o farei, porque tens todo o meu favor, e te conheço pelo teu nome.”

A Glória de Deus

18.Moisés disse: “Mostrai-me vossa glória”. 19.E Deus respondeu: “Vou fazer passar diante de ti todo o meu esplendor, e pronunciarei diante de ti o nome de Javé. Dou a minha graça a quem quero, e uso de misericórdia com quem me apraz.* 20.Mas – ajuntou o Senhor – não poderás ver a minha face, pois o homem não me poderia ver e continuar a viver. 21.Eis um lugar perto de mim – disse o Senhor –; tu estarás sobre a rocha. 22.Quando minha glória passar, te porei na fenda da rocha e te cobrirei com a mão, até que eu tenha passado. 23.Retirarei depois a mão, e me verás por detrás. Quanto à minha face, ela não pode ser vista”.

Renovação da Aliança

34.   1.O Senhor disse a Moisés: “Talha duas tábuas de pedra semelhantes às primeiras: escreve­rei nelas as palavras que se encontravam nas primeiras tábuas que quebraste. 2.Estejas pronto pela manhã para subir ao monte Sinai. Tu te apresentarás diante de mim no cume do monte. 3.Ninguém subirá contigo, nem apareça em parte alguma do monte: Não haja nem mesmo ovelhas ou bois pastando em seus flancos”. 4.Moisés talhou, pois, duas tábuas de pedra semelhantes às primeiras e, no dia seguinte, pela manhã, subiu ao monte Sinai, como o Senhor lhe havia ordenado, segurando nas mãos as duas tábuas de pedra. 5.O Senhor desceu na nuvem e esteve perto dele, pronunciando o nome de Javé. 6.O Senhor passou diante dele, exclamando: “Senhor, Senhor, Deus compassivo e misericordioso, lento para a cólera, rico em bondade e em fidelidade, 7.que conserva sua graça até mil gerações, que perdoa a iniquidade, a rebeldia e o pecado, mas não tem por inocente o culpado, porque castiga o pecado dos pais nos filhos e nos filhos de seus filhos, até a terceira e a quarta geração”. 8.Moisés inclinou-se incontinenti até a terra e prostrou-se, 9.dizendo: “Se tenho o vosso favor, Senhor, dignai-vos marchar no meio de nós: somos um povo de cabeça dura, mas perdoai nossas iniquidades e nossos pecados, e aceitai-nos como propriedade vossa”. 10.O Senhor disse: “Vou fazer uma aliança contigo. Diante de todo o teu povo farei prodígios como nunca se viu em nenhum outro país, em nenhuma outra nação, a fim de que todo o povo que te cerca veja quão terríveis são as obras do Senhor, que faço por meio de ti. 11.Sê atento ao que te vou ordenar hoje. Vou expulsar diante de ti os amorreus, os cananeus, os hiteus, os ferezeus, os heveus e os jebuseus. 12.Guarda-te de fazer algum pacto com os habitantes da terra em que vais entrar, para que sua presença no meio de vós não se vos torne um laço. 13.Derrubareis os seus altares, quebrareis suas estelas e cortareis suas asserás.*

Novos mandamentos

14.Não adorarás nenhum outro deus, porque o Senhor, que se chama o Zeloso, é um Deus zeloso. 15.Guarda-te de fazer algum pacto com os habitantes do país, pois, quando se prostituírem a seus deuses e lhes oferecerem sacrifícios, poderiam convidar-te e tu comerias de seus sacrifícios;* 16.poderia acontecer também que tomasses entre suas filhas esposas para teus filhos, e essas mulheres que se prostituem a seus deuses, poderiam arras­tar a isso também os teus filhos. 17.Não farás deuses de metal fundido. 18.Guardarás a festa dos Ázimos: como te prescrevi, no tempo fixado do mês das espigas (porque foi nesse mês que saíste do Egito) só comerás, durante sete dias, pães sem fermento. 19.Todo primogênito me pertence, assim como todo macho primogênito de teus reba­nhos, tanto do gado maior como do menor. 20.Resgatarás com um cordeiro o primogênito do jumento; do contrário, tu lhe quebrarás a nuca. Resgatarás sempre o primogênito de teus filhos; e não te apresentarás diante de minha face com as mãos vazias. 21.Trabalharás durante seis dias, mas descansarás no sétimo, mesmo quando for tempo de arar e de ceifar. 22.Celebrarás a festa das Semanas, no tempo das primícias da ceifa do trigo, e a festa da Colheita, no fim do ano. 23.Três vezes por ano, todos vossos varões se apresentarão dian­te do Senhor, Deus de Israel. 24.Porque expulsarei as nações diante de ti, e alargarei tuas fronteiras, e ninguém cobiçará tua terra, enquanto subires três vezes por ano para te apresentares diante do Senhor, teu Deus. 25.Quando sacrificares uma vítima, não oferecerás o seu sangue com pão fermentado. O animal sacri­ficado para a festa da Páscoa não será conservado até o dia seguinte. 26.Trarás à casa do Senhor, teu Deus, as primícias dos frutos do teu solo. 27.O Senhor disse a Moisés: “Escreve estas palavras, pois são elas a base da aliança que faço contigo e com Israel”. 28.Moisés ficou junto do Senhor­ quarenta dias e quarenta noites, sem comer pão nem beber água. E o Senhor escreveu nas tábuas o texto da aliança, as dez palavras.

Efeitos da teofania

29.Moisés desceu do monte Sinai, tendo nas mãos as duas tábuas da lei. Descendo do monte, Moisés não sabia que a pele de seu rosto se tornara brilhante, durante a sua conversa com o Senhor. 30.E, tendo-o visto Aarão e todos os israelitas, notaram que a pele de seu rosto se tornara brilhante e não ousaram aproximar-se dele. 31.Mas ele os chamou, e Aarão com todos os chefes da assembleia voltaram para junto dele, e ele se entreteve com eles. 32.Aproximaram-se, em seguida, todos os is­rae­litas, a quem ele transmitiu as ordens que tinha recebido do Senhor, no monte Sinai. 33.Tendo Moisés acabado de falar, pôs um véu no seu rosto.* 34.Mas, entrando Moisés diante do Senhor para falar com ele, tirava o véu até sair. E, saindo, transmitia aos israelitas as ordens recebidas. 35.Estes viam irradiar a pele de seu rosto; em seguida, Moisés recolocava o véu no seu rosto até a próxima entrevista com o Senhor.

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