DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Tricentésimo trigésimo nono dia: Defesa e glória do apóstolo Paulo

Na continuação do nosso desafio, iremos finalizar a meditação da segunda carta de São Paulo aos Coríntios, e aqui o apóstolo Paulo faz uma defesa polêmica de si mesmo, exortando os coríntios a não subestimarem sua autoridade quando estiver presente. Ele afirma que não milita segundo a carne, mas sim com armas poderosas em Deus. Paulo também se compara a outros supostos apóstolos e rejeita qualquer glória humana, enfatizando seu sofrimento e fraquezas. Ele menciona visões e revelações que teve, bem como os desafios e perseguições que enfrentou em seu ministério. O apóstolo conclui pedindo que os coríntios se examinem e sejam fortes, vivendo em paz e em comunhão com Deus. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 10, 11, 12 e 13 da segunda carta aos Coríntios (2Cor).

2 Coríntios

II – APOLOGIA PESSOAL (10 – 13)

Defesa polêmica de Paulo

10.   1.Eu, Paulo, vos exorto pela mansidão e bondade de Cristo, eu que me mostro humilde quando estou entre vós, mas, quando longe, sou ousado convosco.* 2.Peço-vos que, quando eu estiver presente, não me veja obrigado a usar de minha autoridade de que pretendo realmente usar com certas pessoas que imaginam que nós procedemos com intenções humanas.* 3.Porque, ainda que vivamos na carne, não militamos segundo a carne. 4.Não são carnais as armas com que lutamos. São poderosas, em Deus, capazes de arrasar fortificações. 5.Nós aniquilamos todo raciocínio e todo orgulho que se levanta contra o conhecimento de Deus, e cativamos todo pensamento e o reduzimos à obediência a Cristo. 6.Estamos prontos também para castigar todos os desobedientes, assim que for perfeita a vossa obediência. 7.Julgais as coisas pela aparência!… Quem se gloria de pertencer a Cristo considere que, como ele é de Cristo, assim também nós o somos. 8.Ainda que eu me orgulhasse um pouco em demasia da autoridade que o Senhor nos deu, para vossa edificação e não para vossa ruína, não teria de que envergonhar-me. 9.Não quero, porém, dar a impressão de querer aterrar-vos com minhas cartas. 10.“Suas cartas” – dizem – “são imperativas e fortes, mas, quando está presente, a sua pessoa é fraca e a palavra desprezível.” 11.Quem assim pensa, fique sabendo que quais somos por escrito nas cartas, quando estamos ausentes, tais seremos também de fato, quando estivermos presentes.

A autoridade do apóstolo não é usurpada

12.Em verdade, não ousamos equiparar-nos nem comparar-nos com alguns que se preconizam a si próprios. Medindo-se eles con­forme a sua própria medida e comparando-se consigo mesmos, dão provas de pouco bom senso. 13.Nós outros não nos gloriaremos além da medida, mas permanecere­mos dentro do campo de ação que Deus nos determinou, levando-nos até vós. 14.Não passamos além dos limites. Estaríamos passando, caso não houvéssemos chegado até vós. Ora, realmente temos chegado até vós, pregando o Evangelho de Cristo. 15.Não nos ufanamos além da medida, cobrindo-nos de traba­lhos alheios. Esperamos que, com o progresso de vossa fé, nossa obra cresça entre vós dentro do quadro de ação que nos foi determinado. 16.Assim esperamos levar o Evangelho aos países que ficam além de vós, sem nos gloriarmos das obras realizadas por outros dentro do domínio reservado a eles. 17.Ora, quem se gloria, glorie-se no Senhor. 18.Pois merece a aprovação não aquele que se recomenda a si mesmo, mas aquele que o Senhor recomenda.

O apóstolo se compara a seus adversários

11.   1.Oxalá suportásseis um pouco de loucura de minha parte! Oh, sim! Tolerai-me. 2.Eu vos consagro um carinho e amor santo, porque vos desposei com um esposo único e vos apresentei a Cristo como virgem pura. 3.Mas temo que, como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim se corrompam os vossos pensamentos e se apartem da sinceridade para com Cristo. 4.Porque quando aparece alguém pregando-vos outro Jesus, diferente daquele que vos temos pregado, ou se trata de receber outro espírito, diferente do que haveis recebido, ou outro evangelho, diverso do que haveis abraçado, de boa mente o aceitais. 5.Mas penso que em nada tenho sido inferior a esses “eminentes” apóstolos! 6.Pois, embora eu seja de pouca eloquên­cia, não acontece o mesmo quanto à ciência: é o que em tudo e a cada passo vos temos manifestado. 7.Porventura cometi alguma falta, em vos ter pregado o Evangelho de Deus gratuitamente, humilhando-me para vos exaltar? 8.Para vos servir, despojei outras igrejas, recebendo delas o meu sustento.* 9.Estando convosco e passando alguma necessidade, não fui pesado a ninguém, porque os irmãos que vieram da Macedônia supriram o que me faltava. Em tudo me guardei e me guardarei de vos ser pesado. 10.Tão certo como a verdade de Cristo está em mim, não me será tirada essa glória nas regiões de Acaia. 11.E por quê?… Será por que não vos amo? Deus o sabe! 12.Mas o que faço, continuarei a fazer, para cortar pela raiz todo pretexto àqueles que procuram algum pretexto para se envaidecerem e se afirmarem iguais a nós. 13.Esses tais são falsos apóstolos, operários desonestos, que se disfarçam em apóstolos de Cristo, 14.o que não é de espantar. Pois, se o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz, 15.parece bem normal que seus ministros se disfarcem em ministros de justiça, cujo fim, no entanto, será segundo as suas obras.

Trabalhos e provações do apóstolo

16.Repito: não me queiram tomar por um louco. No mínimo, aceitai-me como tal, para que também eu possa me gloriar! 17.O que vou dizer, na certeza de poder gloriar-me, não o digo sob a inspiração do Senhor, mas como num acesso de delírio. 18.Porque muitos se gloriam segundo a carne, também eu me gloriarei. 19.Vós, sendo homens sensatos, suportais de boa mente os loucos… 20.Sim, tolerais a quem vos escraviza, a quem vos devora, a quem vos faz violência, a quem vos trata com orgulho, a quem vos dá no rosto.* 21.Sinto vergonha de o dizer; temos mostrado demasiada fraqueza… Entretanto, de tudo aquilo de que outrem se ufana (falo como um insensato), disso também eu me ufano. 22.São hebreus? Também eu. São israelitas? Também eu. 23.São minis­tros de Cristo? Falo como menos sábio: eu, ainda mais. Muito mais pelos trabalhos, muito mais pelos cárceres, pelos açoites sem medida. Muitas vezes, vi a morte de perto. 24.Cinco vezes recebi dos judeus os quarenta açoites menos um.* 25.Três vezes fui flagelado com varas. Uma vez apedrejado. Três vezes naufraguei, uma noite e um dia passei no abismo.* 26.Viagens sem conta, exposto a perigos nos rios, perigos de salteado­res, perigos da parte de meus concidadãos, perigos da parte dos pagãos, perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, perigos entre falsos irmãos! 27.Trabalhos e fadigas, repetidas vigílias, com fome e sede, frequentes jejuns, frio e nudez! 28.Além de outras coisas, a minha preocupação cotidiana, a solicitude por todas as igrejas! 29.Quem é fraco, que eu não seja fraco? Quem sofre escândalo, que eu não me consuma de dor? 30.Se for preciso que a gente se glorie, eu me gloriarei na minha fraqueza. 31.Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que é bendito pelos séculos, sabe que não minto. 32.Em Damasco, o governador do rei Aretas mandou guardar a cidade dos damascenos para me prender. 33.Mas, dentro de um cesto, desceram-me por uma janela ao longo da muralha, e assim escapei das suas mãos.

Visões e revelações

12.   1.Importa que me glorie? Na verdade, não convém! Passarei, entretanto, às visões e revelações do Senhor. 2.Conheço um homem em Cristo que há catorze anos foi arrebatado até o terceiro céu. Se foi no corpo, não sei. Se fora do corpo, também não sei; Deus o sabe. 3.E sei que esse homem – se no corpo ou se fora do corpo, não sei; Deus o sabe – 4.foi arrebatado ao paraíso e lá ouviu palavras inefáveis, que não é permitido a um homem repetir. 5.Desse homem eu me gloriarei, mas de mim mesmo não me gloriarei, a não ser das minhas fraquezas. 6.Pois, ainda que me quisesse gloriar, não seria insensato, porque diria a verdade. Mas abstenho-me, para que ninguém me tenha em conta de mais do que vê em mim ou ouve dizer de mim. 7.Demais, para que a grandeza das revelações não me levasse ao orgulho, foi-me dado um espinho na carne, um anjo de Satanás para me esbofetear e me livrar do perigo da vaidade.* 8.Três vezes roguei ao Senhor que o apartasse de mim. 9.Mas ele me disse: “Basta-te minha graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente a minha força”. Portanto, prefiro gloriar-me das minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo. 10.Eis por que sinto alegria nas fraquezas, nas afrontas, nas necessidades, nas perseguições, no profundo desgosto sofrido por amor de Cristo. Porque, quando me sinto fraco, então é que sou forte.

O ministério de Cristo

11.Tenho-me tornado insensato! Vós a isso me obrigastes. Vós é que deveríeis fazer o meu elogio, visto que em nada fui inferior a esses eminentes apóstolos, se bem que nada sou. 12.Os sinais distintivos do verdadeiro apóstolo se realizaram em vosso meio com uma paciência a toda prova, de sinais, prodígios e milagres. 13.Em que fostes inferio­res às outras igrejas, senão no fato de que a vós não vos fui pesado? Relevai-me esta injúria!… 14.Eis que estou pronto a ir ter convosco pela terceira vez. Não vos serei oneroso, porque não busco os vossos bens, mas sim a vós mesmos. Com efeito, não são os filhos que devem entesourar para os pais, mas os pais para os filhos. 15.De muito boa vontade darei o que é meu, e me darei a mim mesmo pelas vossas almas, ainda que, amando-vos mais, seja menos amado por vós. 16.Mas seja! Não vos fui pesado. Como, porém, sou esperto, apa­nhei-vos pela astúcia… 17.Acaso tirei proveito de vós por meio de algum daqueles que vos enviei? 18.Roguei a Tito, e com ele enviei um irmão que conheceis. Por acaso tirou Tito de vós alguma coisa? Não andamos nós com o mesmo espírito, sobre as mesmas pegadas? 19.Já há muito pensais que nos justificamos diante de vós. Perante Deus, em Cristo, é que nós falamos; mas tudo isso, meus caríssimos, para vossa edificação. 20.Temo que, quando for, não vos ache quais eu quisera, e que vós me acheis qual não quereríeis. Receio encontrar entre vós contendas, invejas, rixas, dissensões, calúnias, murmurações, arrogâncias e desordens. 21.Receio que à minha chegada entre vós Deus me humilhe ainda a vosso respeito; e tenha de chorar por muitos daqueles que pecaram e não fizeram penitência da impureza, fornicação e dissolução que cometeram.

Último aviso

13.   1.É esta a terceira vez que vou vi­si­tar-vos. Pelo depoimento de duas ou três testemunhas se resolve toda a questão.* 2.Quando de minha segunda visita, já adverti àqueles que pecaram, e hoje, que estou ausente, torno a repeti-lo a eles e aos demais: se eu for outra vez, não usarei de perdão! 3.Simplesmente porque exigis a prova de que é Cristo que fala em mim. Ora, para convosco ele não é fraco, mas exerce o seu poder entre vós. 4.É verdade que ele foi crucificado por fraqueza, mas está vivo pelo poder de Deus. Também nós somos fracos nele, mas com ele viveremos, pelo poder de Deus para atuar entre vós. 5.Examinai-vos a vós mesmos, se estais na fé. Provai-vos a vós mesmos. Acaso não reco­nheceis que Cristo Jesus está em vós? A menos que a prova vos seja, talvez, desfavorável. 6.Mas espero que reconhecereis que ela não é contra nós. 7.Entretanto, rogamos a Deus que não façais mal algum, não para que pareçamos aprovados, mas para que vós façais o bem, embora nós sejamos tidos como reprovados. 8.Contra a verdade não temos poder algum; temo-lo apenas em prol da verdade. 9.Alegramo-nos de ver-vos fortes, enquanto nós somos fracos. E até oramos por vossa perfeição. 10.Eis por que eu vos escrevo de longe para que, estando presente, não tenha de usar de rigor, em vista do poder que o Senhor me conferiu para edificar, e não para destruir.

Saudações

11.Por fim, irmãos, vivei com alegria. Tendei à perfeição, animai-vos, tende um só coração, vivei em paz, e o Deus de amor e paz estará convosco. 12.Saudai-vos uns aos outros no ósculo santo. Todos os santos vos saúdam. 13.A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comu­nhão do Espírito Santo estejam com todos vós!

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