Na nossa meditação de hoje observamos que São João descreve um anjo descendo do céu com um pequeno livro aberto em sua mão. O anjo coloca um pé no mar e outro na terra, e começa a clamar em alta voz. Sete trovões ressoam após o seu clamor, mas ele é instruído a não escrever o que os trovões falaram. O anjo levanta a mão direita para o céu e jura que não haverá mais tempo, mas nos dias em que a trombeta do sétimo anjo soar, o mistério de Deus será cumprido. Em seguida, uma voz do céu instrui o autor a tomar o pequeno livro aberto da mão do anjo. O autor come o livro, que é doce na boca mas amargo nas entranhas. Ele é então instruído a profetizar novamente para várias nações, povos, línguas e reis. Além disso, é mencionado o triunfo das testemunhas de Cristo, a guerra que a Besta fará contra as testemunhas, a ascensão das testemunhas ao céu, um terremoto e a chegada do Reino de Deus. Também é mencionada uma mulher revestida de sol e um grande dragão vermelho. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 10, 11 e 12 do livro do Apocalipse (Ap).
Apocalipse
O anjo com o pequeno livro aberto
10. 1.Vi então outro anjo vigoroso descer do céu, revestido de uma nuvem e com o arco-íris em torno da cabeça. Seu rosto era como sol, e as suas pernas como colunas de fogo. 2.Segurava na mão um pequeno livro aberto. Pôs o pé direito sobre o mar, o esquerdo sobre a terra 3.e começou a clamar em alta voz, como um leão que ruge. Quando clamou, os sete trovões ressoaram.* 4.Quando cessaram de falar, dispunha-me a escrever, mas ouvi uma voz do céu que dizia: “Sela o que falaram os sete trovões e não o escrevas”. 5.Então o anjo, que eu vira de pé sobre o mar e a terra, levantou a mão direita para o céu 6.e jurou por aquele que vive pelos séculos dos séculos, que criou o céu e tudo o que há nele, a terra e tudo o que ela contém, o mar e tudo o que encerra, que não haveria mais tempo; 7.mas, nos dias em que soasse a trombeta do sétimo anjo, se cumpriria o mistério de Deus, de acordo com a Boa-Nova que confiou a seus servos, os profetas. 8.Então, a voz que ouvi do céu falou-me de novo, e disse: “Vai e toma o pequeno livro aberto da mão do anjo que está em pé sobre o mar e a terra”. 9.Fui eu, pois, ter com o anjo, dizendo-lhe que me desse o pequeno livro. E ele me disse: “Toma e devora-o! Ele te será amargo nas entranhas, mas, na boca, doce como o mel”.* 10.Tomei então o pequeno livro da mão do anjo e o comi. De fato, em minha boca tinha a doçura do mel, mas depois de o ter comido, amargou-me nas entranhas. 11.Então, foi-me explicado: “Urge que ainda profetizes de novo a numerosas nações, povos, línguas e reis”.*
Triunfo das testemunhas de Cristo
11. 1.Foi-me dada uma vara semelhante a uma vara de agrimensor, e disseram-me: “Levanta-te! Mede o templo de Deus e o altar com seus adoradores.* 2.O átrio fora do templo, porém, deixa-o de lado e não o meças: foi dado aos gentios, que hão de calcar aos pés a Cidade Santa por quarenta e dois meses. 3.Mas incumbirei as minhas duas testemunhas, vestidas de saco, de profetizarem por mil duzentos e sessenta dias”.* 4.São elas as duas oliveiras e os dois candelabros que se mantêm diante do Senhor da terra. 5.Se alguém lhes quiser causar dano, sairá fogo de suas bocas e devorará os inimigos. Com efeito, se alguém os quiser ferir, cumpre que assim seja morto. 6.Esses homens têm o poder de fechar o céu para que não caia chuva durante os dias de sua profecia; têm poder sobre as águas, para transformá-las em sangue, e de ferir a terra, sempre que quiserem, com toda sorte de flagelos. 7.Mas, depois de terem terminado integralmente o seu testemunho, a Fera que sobe do abismo lhes fará guerra, os vencerá e os matará. 8.Seus cadáveres (jazerão) na rua da grande cidade que se chama espiritualmente Sodoma e Egito (onde o seu Senhor foi crucificado). 9.Muitos dentre os povos, tribos, línguas e nações virão para vê-los por três dias e meio, e não permitirão que sejam sepultados. 10.Os habitantes da terra se alegrarão por causa deles, se felicitarão mutuamente e mandarão presentes uns aos outros, porque esses dois profetas tinham sido seu tormento. 11.Mas, depois de três dias e meio, um sopro de vida, vindo de Deus, os penetrou. Puseram-se de pé e grande terror caiu sobre aqueles que os viam.* 12.Ouviram uma forte voz do céu que dizia: “Subi aqui!”. Subiram então para o céu em uma nuvem, enquanto os seus inimigos os olhavam. 13.Naquela mesma hora produziu-se grande terremoto, caiu uma décima parte da cidade e pereceram no terremoto sete mil pessoas. As demais, aterrorizadas, deram glória ao Deus do céu. 14.Terminou assim a segunda desgraça. E eis que depressa sobrevém a terceira.*
Última trombeta: chegada do Reino de Deus
15.O sétimo anjo tocou a trombeta. Ressoaram então no céu altas vozes que diziam: “O império de nosso Senhor e de seu Cristo estabeleceu-se sobre o mundo, e ele reinará pelos séculos dos séculos”. 16.Os vinte e quatro Anciãos, que se assentam nos seus tronos diante de Deus, prostraram-se de rosto em terra e adoraram a Deus, 17.dizendo: “Graças te damos, Senhor, Deus Dominador, que és e que eras, porque assumiste a plenitude de teu poder real. 18.Irritaram-se os pagãos, mas eis que sobreveio a tua ira e o tempo de julgar os mortos, de dar a recompensa aos teus servos, aos profetas, aos santos, aos que temem o teu nome, pequenos e grandes, e de exterminar os que corromperam a terra”. 19.Abriu-se o Templo de Deus no céu e apareceu, no seu templo, a arca do seu testamento. Houve relâmpagos, vozes, trovões, terremotos e forte saraiva.
A Mulher e o Dragão
12. 1.Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas.* 2.Estava grávida e gritava de dores, sentindo as angústias de dar à luz. 3.Depois apareceu outro sinal no céu: um grande Dragão vermelho, com sete cabeças e dez chifres, e nas cabeças sete coroas.* 4.Varria com sua cauda uma terça parte das estrelas do céu, e as atirou à terra. Esse Dragão deteve-se diante da Mulher que estava para dar à luz, a fim de que, quando ela desse à luz, lhe devorasse o filho. 5.Ela deu à luz um Filho, um menino, aquele que deve reger todas as nações pagãs com cetro de ferro. Mas seu Filho foi arrebatado para junto de Deus e do seu trono. 6.A Mulher fugiu então para o deserto, onde Deus lhe tinha preparado um retiro para aí ser sustentada por mil duzentos e sessenta dias.* 7.Houve uma batalha no céu. Miguel e seus anjos tiveram de combater o Dragão. O Dragão e seus anjos travaram combate,* 8.mas não prevaleceram. E já não houve lugar no céu para eles. 9.Foi então precipitado o grande Dragão, a primitiva Serpente, chamado Demônio e Satanás, o sedutor do mundo inteiro. Foi precipitado na terra, e com ele os seus anjos.* 10.Eu ouvi no céu uma voz forte que dizia: “Agora chegou a salvação, o poder e a realeza de nosso Deus, assim como a autoridade de seu Cristo, porque foi precipitado o acusador de nossos irmãos, que os acusava, dia e noite, diante do nosso Deus. 11.Mas estes venceram-no por causa do sangue do Cordeiro e de seu eloquente testemunho. Desprezaram a vida até aceitar a morte. 12.Por isso alegrai-vos, ó céus, e todos que aí habitais. Mas, ó terra e mar, cuidado! Porque o Demônio desceu para vós, cheio de grande ira, sabendo que pouco tempo lhe resta”. 13.O Dragão, vendo que fora precipitado na terra, perseguiu a Mulher que dera à luz o Menino. 14.Mas à Mulher foram dadas duas asas de grande águia, a fim de voar para o deserto, para o lugar de seu retiro, onde é alimentada por um tempo, dois tempos e a metade de um tempo, fora do alcance da cabeça da Serpente.* 15.A Serpente vomitou contra a Mulher um rio de água, para fazê-la submergir. 16.A terra, porém, acudiu à Mulher, abrindo a boca para engolir o rio que o Dragão vomitara. 17.Este, então, se irritou contra a Mulher e foi fazer guerra ao resto de sua descendência, aos que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus.* 18.E ele se estabeleceu na praia.*