DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Tricentésimo quinquagésimo segundo dia: A eficácia definitiva do sacrifício de Cristo

Continuando o nosso desafio, meditando a carta aos hebreus, o texto vai falar sobre a importância de se buscar a plenitude dos ensinamentos de Cristo. São mencionados elementos fundamentais da doutrina, como conversão, renúncia ao pecado, fé em Deus, batismos, imposição das mãos, ressurreição dos mortos e julgamento eterno. Também é destacada a apostasia, ou seja, a queda daqueles que já experimentaram os dons do Espírito Santo. O autor ressalta a importância de se manter a esperança até o fim e de seguir o exemplo daqueles que, pela fé e paciência, se tornaram herdeiros das promessas. A figura de Melquisedec é mencionada como um sacerdote superior e é destacada a superioridade do sacerdócio de Cristo. É enfatizado o papel de Jesus como Sumo Sacerdote, que vive para sempre e ofereceu a si mesmo como sacrifício para a salvação da humanidade. O texto também aborda a nova aliança estabelecida por Deus e a abolição da antiga legislação. A eficácia do sacrifício de Cristo é ressaltada, assim como a sua posição como mediador do novo testamento. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 6, 7, 8 e 9 da carta aos Hebreus (Hb).

Hebreus

6.   1.Pelo que, transpondo os ensina­mentos elementares da doutrina de Cristo, procuremos alcançar-lhe a plenitude. Não quere­mos agora insistir nas noções fundamentais da conversão, da renúncia ao pecado, da fé em Deus,* 2.a doutrina dos vários batismos, da imposição das mãos, da ressurreição dos mortos e do julgamento eterno.* 3.Isto faremos, se Deus o permitir. 4.Porque aqueles que foram uma vez iluminados saborearam o dom celestial, participaram dos dons do Espírito Santo,* 5.experimentaram a doçura da Palavra de Deus e as maravilhas do mundo vindouro e, apesar disso, caíram na apostasia, 6.é impossível que se renovem outra vez para a penitência, visto que, da sua parte, crucificaram de novo o Filho de Deus e publicamente o escarneceram. 7.O terreno que recebe chuvas frequentes e fornece ao agricultor boas searas, é abençoado por Deus. 8.O que produz só espinhos e abro­lhos, é abandonado, não demora que será amaldiçoado e acabará sendo incendiado. 9.Embora vos falemos desse modo, caríssimos, temos a melhor ideia a vosso respeito e de vossa salvação. 10.Deus não é injusto e não esquecerá vossas obras e a caridade que mostrastes por amor de seu nome, vós que servistes e continuais a servir os santos. 11.Desejamos, apenas, que ponhais todo o empenho em guardar intata a vossa esperança até o fim, 12.e que, longe de vos tornardes negligentes, sejais imitadores daqueles que pela fé e paciência se tornam herdeiros das promessas. 13.Quando Deus fez a promessa a Abraão, como não houvesse ninguém maior por quem jurar, jurou por si mesmo, 14.dizendo: Em verdade eu te abençoa­rei, e multiplicarei a tua posteridade (Gn 22,16s). 15.E Abraão, esperando com paciên­cia, alcançou a realização da promessa. 16.Os homens, com efeito, juram por quem é maior do que eles, e o juramento serve de garantia e põe fim a toda controvérsia. 17.Por isso, querendo Deus mostrar mais seguramente aos herdeiros da promessa a imutabilidade da sua resolução, interpôs o juramento. 18.Por este ato duplamente irrevogável, pelo qual o próprio Deus se proibia de desdizer-se, encontramos motivo de profunda consolação, nós que pusemos nossa perspectiva em alcançar a esperança proposta. 19.Esperança esta que seguramos qual âncora de nossa alma, firme e sólida, e que penetra até além do véu, no santuário 20.onde Jesus entrou por nós como precursor, Pontífice eterno, segundo a ordem de Melquisedec.*

Excelência do sacerdócio de Cristo

7.   1.Este Melquisedec, rei de Sa­lém, sacerdote do Deus Altís­simo, que saiu ao encontro de Abra­ão quando este regressava da derrota dos reis e o abençoou, 2.ao qual Abraão ofereceu o dízimo de todos os seus despojos, é, conforme seu nome indica, primeiramente “rei de justiça” e, depois, rei de Salém, isto é, “rei de paz”. 3.Sem pai, sem mãe, sem genealogia, a sua vida não tem começo nem fim; comparável sob todos os pontos ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre.* 4.Considerai, pois, quão grande é aquele a quem até o patriarca Abraão deu o dízimo dos seus mais ricos espólios. 5.Os filhos de Levi, revestidos do sacerdócio, na qualidade de filhos de Abraão, têm por missão receber o dízimo legal do povo, isto é, de seus irmãos. 6.Naquele caso, porém, foi um estrangeiro que recebeu os dízimos de Abraão e abençoou o detentor das promessas. 7.Ora, é indiscutível: é o inferior que recebe a bênção do que é superior. 8.De mais, aqui, os levitas que recebem os dízimos são homens mortais; lá, porém, se trata de alguém do qual é atestado que vive.* 9.Por fim, por assim dizer, também Levi, que recebe os dízimos, pagou-os na pessoa de Abraão, 10.pois ele já estava em germe no íntimo deste, quando aconteceu o encontro com Melquisedec. 11.Se a perfeição tivesse sido reali­zada pelo sacerdócio levítico (porque é sobre este que se funda a legislação dada ao povo), que ne­cessidade havia ainda de que surgisse outro sacerdote segundo a ordem de Melquisedec, e não segundo a ordem de Aarão? 12.Pois, transferido o sacerdócio, forçoso é que se faça também a mudança da Lei. 13.De fato, aquele ao qual se aplicam estas palavras é de outra tribo, da qual ninguém foi encarregado do serviço do altar. 14.E é notório que nosso Senhor nasceu da tribo de Judá, tribo à qual Moisés de nada encarregou ao falar do sacerdócio. 15.Isto se torna ainda mais evidente se se tem em conta que este outro sacerdote, que surge à semelhança de Melquisedec, 16.foi constituído não por prescrição de uma Lei humana, mas pela sua imortalidade.* 17.Porque está escrito: Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedec. 18.Com isso, está abolida a antiga legislação, por causa de sua ineficácia e inutilidade. 19.Pois a Lei nada levou à perfeição. Apenas foi portadora de uma esperança melhor que nos leva a Deus. 20.E isso não foi feito sem juramento. Os outros sacerdotes foram instituídos sem juramento. 21.Para ele, ao contrário, interveio o juramento daquele que disse: Jurou o Senhor e não se arrependerá: tu és sacerdote eternamente. 22.E esta aliança da qual Jesus é o Senhor, é-lhe muito superior. 23.Além disso, os primeiros sacerdotes deviam suceder-se em grande número, porquanto a morte não permitia que permanecessem sempre. 24.Este, porque vive para sempre, possui um sacerdócio eterno. 25.É por isso que lhe é possível levar a termo a salvação daqueles que por ele vão a Deus, porque vive sempre para interceder em seu favor.* 26.Tal é, com efeito, o Pontífice que nos convinha: santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e elevado além dos céus, 27.que não tem necessidade, como os outros sumos sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro pelos pecados próprios, depois pelos do povo; pois isso o fez de uma só vez para sempre, oferecendo-se a si mesmo. 28.Enquanto a Lei elevava ao sacerdócio homens sujeitos às fraquezas, o juramento, que sucedeu à Lei, constitui o Filho, que é eternamente perfeito.

Superioridade da nova aliança

8.   1.O ponto essencial do que acabamos de dizer é este: temos um Sumo Sacerdote, que está sentado à direita do trono da Majestade divina nos céus, 2.Ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo, erigido pelo Senhor, e não por homens. 3.Todo pontífice é constituído para oferecer dons e sacrifícios. Portanto, é necessário que ele tenha algo para oferecer. 4.Por conseguinte, se ele estivesse na terra, nem mesmo sacerdote seria, porque já existem aqui sacerdotes que têm a missão de oferecer os dons prescritos pela Lei. 5.O culto que estes celebram é, aliás, apenas a imagem, sombra das realidades celestiais, como foi revelado a Moisés quando estava para construir o tabernáculo: Olha, foi-lhe dito, faze todas as coisas conforme o modelo que te foi mostrado no monte (Ex 25,40). 6.Ao nosso Sumo Sacerdote, entretanto, compete ministério tanto mais excelente quanto ele é mediador de uma aliança mais perfeita, selada por melhores promessas. 7.Porque, se a primeira tivesse sido sem defeito, certamente não haveria lugar para outra. 8.Ora, sem dúvida, há uma censura nestas palavras: Eis que virão dias – oráculo do Senhor – em que estabelecerei com a casa de Israel e com a casa de Judá uma aliança nova. 9.Não como a aliança que fiz com os seus pais no dia em que os tomei pela mão para tirá-los da terra do Egito. Como eles não permaneceram fiéis ao pacto, eu me desinteressei deles – oráculo do Se­nhor. 10.Mas esta é a aliança que estabelecerei com a casa de Israel depois daqueles dias: imprimirei as minhas leis no seu espírito e as gravarei no seu coração. Eu serei seu Deus, e eles serão meu povo. 11.Ninguém mais terá que ensinar a seu concidadão, ninguém a seu irmão, dizendo: “Conhece o Se­nhor”, porque todos me conhecerão, desde o menor até o maior. 12.Eu lhes perdoarei as suas iniquidades, e já não me lembrarei dos seus pecados (Jr 31,31-34). 13.Se Deus fala de uma aliança nova é que ele declara antiquada a precedente. Ora, o que é antiquado e envelhecido está certamente fadado a desaparecer.

Eficácia definitiva do sacrifício de Cristo

9.   1.A primeira aliança, na verdade, teve regulamentos ri­tuais e seu santuário terrestre. 2.Consistia numa tenda: a parte anterior encerrava o candelabro e a mesa com os pães da proposição; chamava-se Santo. 3.Atrás do se­gundo véu achava-se a parte chamada Santo dos Santos. 4.Aí estava o altar de ouro para os perfumes, e a arca da aliança coberta de ouro por todos os lados; dentro dela, a urna de ouro contendo o maná, a vara de Aarão que floresceu e as tábuas da aliança; 5.em cima da arca, os querubins da glória estendendo a sombra de suas asas sobre o propiciatório. Mas não é aqui o lugar de falarmos destas coisas pormenorizadamen­te.* 6.Assim sendo, enquanto na primeira parte do tabernáculo entram continuamente os sacerdotes para desempenhar as funções, 7.no segundo entra apenas o sumo sacer­dote, somente uma vez ao ano, e ainda levando consigo o sangue para oferecer pelos seus próprios pecados e pelos do povo. 8.Com o que significava o Espírito Santo que o caminho do Santo dos Santos ainda não estava livre, enquanto subsistisse o primeiro tabernáculo.* 9.Isto é também uma figura que se refere ao tempo presente, sinal de que os dons e sacrifícios que se ofereciam eram incapazes de justificar a consciência daquele que praticava o culto. 10.Culto que consistia unicamente em comidas, bebidas e abluções diversas, ritos materiais que só podiam ter valor enquanto não fossem instituídos outros mais perfeitos.* 11.Porém, já veio Cristo, Sumo Sa­cer­dote dos bens vindouros. E através de um tabernáculo mais excelente e mais perfeito, não cons­truído por mãos humanas (não deste mundo), 12.sem levar consigo o sangue de carneiros ou novilhos, mas com seu próprio sangue, entrou de uma vez por todas no santuário, adquirindo-nos uma redenção eterna. 13.Pois se o sangue de carneiros e de touros e a cinza de uma vaca, com que se aspergem os impuros, santificam e purificam pelo menos os corpos, 14.quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofere­ceu como vítima sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência das obras mortas para o serviço do Deus vivo? 15.Por isso, ele é mediador do novo testamento. Pela sua morte expiou os pecados cometidos no decorrer do primeiro testamento, para que os eleitos recebam a heran­ça eterna que lhes foi prometida.* 16.Porque, onde há testamento, é necessário que intervenha a morte do testador. 17.Um testamento só entra em vigor depois da morte do testador. Permanece sem efeito enquanto ele vive. 18.Por essa razão, nem mesmo o primeiro testamento foi inaugurado sem uma efusão de sangue. 19.Moisés, ao concluir a proclamação de todos os mandamentos da Lei, em presença de todo o povo reunido, tomou o sangue dos touros e dos cabritos imolados, bem como água, lã escarlate e hissopo, aspergiu com sangue não só o próprio livro, como também todo o povo, 20.dizendo: Este é o sangue da aliança que Deus contraiu convosco (Ex 24,8). 21.E da mesma maneira aspergiu o taber­náculo e todos os objetos do culto. 22.Aliás, conforme a Lei, o sangue é utilizado para quase todas as purificações, e sem efusão de sangue não há perdão.

Verdadeiro santuário

23.Se os meros símbolos das rea­lidades celestes exigiam uma tal purificação, necessário se tornava que as realidades mesmo fossem purificadas por sacrifícios ainda superiores. 24.Eis por que Cristo entrou, não em santuário feito por mãos de homens, que fosse apenas figura do santuário verdadeiro, mas no próprio céu, para agora se apresentar intercessor nosso ante a face de Deus. 25.E não entrou para se oferecer muitas vezes a si mesmo, como o pontífice que entrava todos os anos no santuário para oferecer sangue alheio. 26.Do contrário, lhe seria necessário padecer muitas vezes desde o princípio do mundo; quando é certo que apareceu uma só vez ao final dos tempos para destruição do pecado pelo sacrifício de si mesmo. 27.Como está determinado que os homens morram uma só vez, e logo em seguida vem o juízo, 28.assim Cristo se ofereceu uma só vez para tomar sobre si os pecados da multidão, e aparecerá uma segunda vez, não porém em razão do pecado, mas para trazer a salvação àqueles que o esperam.

plugins premium WordPress

Seus dados foram enviados com sucesso!

É uma grande alegria em tê-lo(a) conosco nesta obra de evangelização.

Seja muito bem vindo(a) à Comunidade de São Pio X.

Duvidas, fale conosco pelo e-mail voluntarios@piox.org.br ou no tel.: (83) 3341-7017

Olá, irmã(o). Em que posso lhe ajudar?