DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Tricentésimo quadragésimo terceiro dia: A vida do cristão em comunhão com a Igreja

Aqui, finalizamos a meditação da carta de São Paulo aos Efésios, e contemplamos trechos onde Paulo exorta os cristãos a viverem de acordo com a sua vocação. O texto enfatiza a importância da unidade, da humildade, da caridade e do crescimento espiritual. Também aborda a conduta cristã, destacando a importância de abandonar os comportamentos pecaminosos e viver de acordo com os ensinamentos de Cristo. A carta também fala sobre os deveres recíprocos dos esposos, a importância da obediência aos pais e aos senhores, e encoraja os cristãos a se fortalecerem no Senhor e a se revestirem da armadura de Deus para resistir às ciladas do maligno. A passagem termina com uma saudação final e um desejo de paz, amor e graça para todos os que amam o Senhor Jesus Cristo. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 4, 5 e 6 da carta aos Efésios (Ef).

Efésios

Unidade da Igreja

4.   1.Exorto-vos, pois, – prisioneiro que sou pela causa do Senhor –, que leveis uma vida digna da vocação à qual fostes chamados, 2.com toda a humildade e ama­bilidade, com grandeza de alma, suportando-vos mutuamente com caridade. 3.Sede solícitos em conservar a unidade do Espírito no vínculo da paz. 4.Sede um só corpo e um só espírito, assim como fostes chamados pela vossa vocação a uma só esperança. 5.Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo. 6.Há um só Deus e Pai de todos, que atua acima de todos, por todos e em todos. 7.Mas a cada um de nós foi dada a graça, segundo a medida do dom de Cristo,* 8.pelo que diz: Quando subiu ao alto, levou muitos cativos, cumulou de dons os homens (Sl 67,19). 9.Ora, que quer dizer ele subiu, senão que antes havia descido a esta terra? 10.Aquele que desceu é também o que subiu aci­ma de todos os céus, para encher todas as coisas. 11.A uns ele constituiu apóstolos; a outros, profetas; a outros, evangelistas, pastores, doutores,  12.para o aperfeiçoamento dos cristãos, para o desempenho da tarefa que visa à construção do corpo de Cristo, 13.até que todos tenhamos chegado à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, até atingirmos o estado de homem feito, a estatura da maturidade de Cristo.* 14.Para que não continuemos crianças ao sabor das ondas, agitados por qualquer sopro de doutrina, ao capricho da malignidade dos homens e de seus artifícios enganadores. 15.Mas, pela prática sincera da caridade, cresçamos em todos os sentidos, naquele que é a Cabeça, Cristo. 16.É por ele que todo o corpo – coordenado e unido por conexões que estão ao seu dispor, trabalhando cada um conforme a atividade que lhe é própria – efetua esse crescimento, visando à sua plena edificação na caridade.

Conduta cristã

17.Portanto, eis o que digo e conjuro no Senhor: não persistais em viver como os pagãos, que andam à mercê de suas ideias frívolas. 18.Têm o entendimento obscurecido. Sua ignorância e o endurecimento de seu coração mantêm-nos afastados da vida de Deus. 19.Indolentes, entregaram-se à dissolução, à prática apaixonada de toda espécie de impureza. 20.Vós, porém, não foi para isto que vos tornastes discípulos de Cristo, 21.se é que o ouvistes e dele aprendestes, como convém à verdade em Jesus. 22.Renunciai à vida passada, despojai-vos do homem velho, corrompido pelas concupiscências enganadoras. 23.Renovai sem cessar o sentimento da vossa alma, 24.e revesti-vos do homem novo, criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade. 25.Por isso, renunciai à mentira. Fale cada um a seu próximo a verdade, pois somos membros uns dos outros. 26.Mesmo em cólera, não pequeis. Não se ponha o sol sobre o vosso ressentimento. 27.Não deis lugar ao demônio. 28.Quem era ladrão não torne a roubar, antes, trabalhe seriamente por realizar o bem com as suas próprias mãos, para ter com que socorrer os necessitados. 29.Nenhuma palavra má saia da vossa boca, mas só a que for útil para a edificação, sempre que for possível, e benfazeja aos que ouvem. 30.Não contristeis o Espírito Santo de Deus, com o qual estais selados para o dia da Redenção.* 31.Toda amargura, ira, indigna­ção, gritaria e calúnia sejam desterradas do meio de vós, bem como toda malícia. 32.Antes, sede uns com os outros bondosos e compassivos. Perdoai-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou, em Cristo.

5.   1.Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos muito amados. 2.Progredi na caridade, segundo o exemplo de Cristo, que nos amou e por nós se entregou a Deus como oferenda e sacrifício de agradável odor. 3.Quanto à fornicação, à impureza, sob qualquer forma, ou à avareza, que disto nem se faça menção entre vós, como convém a santos.* 4.Nada de obscenidades, de conversas tolas ou levianas, porque tais coisas não convêm; em vez disso, ações de graças. 5.Porque sabei-o bem: nenhum dissoluto, ou impuro, ou avarento – verdadeiros idólatras! – terá herança no Reino de Cristo e de Deus.

Filhos da luz

6.E ninguém vos seduza com vãos discursos. Estes são os pecados que atraem a ira de Deus sobre os rebeldes. 7.Não vos comprometais com eles. 8.Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor: comportai-vos como verdadeiras luzes.* 9.Ora, o fruto da luz é bondade, justiça e verdade. 10.Procurai o que é agradável ao Se­nhor, 11.e não tenhais cumplicidade nas obras infrutíferas das trevas; pelo contrário, condenai-as abertamente. 12.Porque as coisas que tais homens fazem ocultamente é vergonhoso até falar delas. 13.Mas tudo isto, ao ser reprovado, torna-se manifesto pela luz. 14.E tudo o que se manifesta deste modo torna-se luz. Por isto (a Escritura) diz: Desperta, tu que dormes! Levanta-te dentre os mortos e Cristo te iluminará (Is 26,19; 60,1)! 15.Vigiai, pois, com cuidado sobre a vossa conduta: que ela não seja conduta de insensatos, mas de sábios 16.que aproveitam ciosamente o tempo, pois os dias são maus.* 17.Não sejais imprudentes, mas procurai compreender qual seja a vontade de Deus. 18.Não vos embriagueis com vinho, que é uma fonte de devassidão, mas enchei-vos do Espírito. 19.Recitai entre vós salmos, hinos e cânticos espirituais. Cantai e cele­brai de todo o coração os louvores do Senhor. 20.Rendei graças, sem cessar e por todas as coisas, a Deus Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo! 21.Sujeitai-vos uns aos outros no temor de Cristo.

Deveres recíprocos dos esposos

22.As mulheres sejam submissas a seus maridos, como ao Senhor, 23.pois o marido é o chefe da mulher, como Cristo é o chefe da Igreja, seu corpo, da qual ele é o Salvador. 24.Ora, assim como a Igreja é submissa a Cristo, assim também o sejam em tudo as mulheres a seus maridos. 25.Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, 26.para santificá-la, purificando-a pela água do batismo com a palavra,* 27.para apresentá-la a si mesmo toda gloriosa, sem mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito seme­lhante, mas santa e irrepreensível. 28.Assim os maridos devem amar as suas mulheres, como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo. 29.Certamente, ninguém jamais aborreceu a sua própria carne; ao contrário, cada qual a alimenta e a trata, como Cristo faz à sua Igreja – 30.porque somos membros de seu corpo. 31.Por isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois constituirão uma só carne (Gn 2,24). 32.Esse mistério é grande, quero dizer, com referên­cia a Cristo e à Igreja.* 33.Em resumo, o que importa é que cada um de vós ame a sua mulher como a si mesmo, e a mulher respeite o seu marido.

Amor mútuo

6.   1.Filhos, obedecei a vossos pais segundo o Senhor; porque isto é justo. 2.O primeiro mandamento acompanhado de uma promessa é: Honra teu pai e tua mãe, 3.para que sejas feliz e tenhas longa vida sobre a terra (Dt 5,16). 4.Pais, não exaspereis vossos filhos. Pelo contrário, criai-os na educação e doutrina do Senhor. 5.Servos, obedecei aos vossos se­nhores temporais, com temor e solicitude, de coração sincero, como a Cristo, 6.não por mera ostentação, só para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, que fazem de bom grado a vontade de Deus. 7.Servi com dedicação, como servos do Senhor e não dos homens. 8.E estai certos de que cada um receberá do Senhor a recompensa do bem que tiver feito, quer seja escravo, quer livre. 9.Senhores, procedei também assim com os servos. Deixai as ameaças. E tende em conta que o Senhor está no céu, Senhor tanto deles como vosso, que não faz distinção de pessoas.

Armadura do cristão

10.Finalmente, irmãos, fortale­cei-vos no Senhor, pelo seu soberano poder. 11.Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio. 12.Pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares.* 13.Tomai, portanto, a armadura de Deus, para que possais resistir nos dias maus e manter-vos inabaláveis no cumprimento do vosso dever. 14.Ficai alerta, à cintura cingidos com a verdade, o corpo vestido com a couraça da justiça, 15.e os pés calçados de prontidão para anunciar o Evangelho da paz. 16.Sobretudo, embraçai o escudo da fé, com que possais apagar todos os dardos inflamados do Maligno. 17.Tomai, enfim, o capacete da salvação e a espada do Espírito, isto é, a Palavra de Deus. 18.Intensificai as vossas invocações e súplicas. Orai em toda circunstância, pelo Espírito, no qual perseverai em intensa vigília de súplica por todos os cristãos. 19.E orai também por mim, para que me seja dado anunciar corajosamente o mistério do Evangelho, 20.do qual eu sou embaixador, prisioneiro. E que eu saiba apregoá-lo publicamente, e com desassombro, como é meu dever!

Saudação final

21.E para que também vós estejais a par da minha situação e do que faço aqui, Tíquico, o irmão muito amado e fiel ministro no Senhor, vos informará de tudo.* 22.Eu vo-lo envio precisamente para isto: para que sejais informados do que se passa conosco e para que ele conforte os vossos corações. 23.Paz aos irmãos, amor e fé, da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo. 24.A graça esteja com todos os que amam nosso Senhor Jesus Cristo com amor inalterável e eterno.

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