DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Tricentésimo nono dia: Ensinamentos de Jesus sobre a fé e a justiça

Prosseguindo com o nosso desafio, iremos continuar refletindo sobre os ensinamentos e as parábolas de Jesus. Iremos meditar na parábola sobre um administrador infiel, a importância da fraternidade e do dinheiro, a necessidade de ser fiel nas pequenas coisas, a condenação dos fariseus, a parábola do rico e Lázaro, instruções sobre escândalo, perdão e fé, a vinda do Reino de Deus, a perseverança na oração, a parábola do fariseu e do publicano, a importância das crianças, a conversa com um homem rico sobre a vida eterna, o terceiro anúncio da paixão de Jesus e a cura de um cego em Jericó. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 16, 17 e 18 do evangelho segundo São Lucas (Lc).

Lucas

Parábola do administrador infiel

16.   1.Jesus disse também a seus discípulos: “Havia um homem rico que tinha um admi­nistrador. Este lhe foi denunciado de ter dissipado os seus bens. 2.Ele chamou o administrador e lhe disse: Que é que ouço dizer de ti? Presta contas da tua administração, pois já não poderás administrar meus bens. 3.O administrador refletiu então consigo: Que farei, visto que meu patrão me tira o emprego? Lavrar a terra? Não o posso. Mendigar? Tenho vergonha. 4.Já sei o que fazer, para que haja quem me receba em sua casa, quando eu for despedido do emprego. 5.Chamou, pois, separadamente a cada um dos devedores de seu patrão e perguntou ao primeiro: Quanto deves a meu patrão? 6.Ele respondeu: Cem medidas de azeite. Disse-lhe: Toma a tua conta, senta-te depressa e escreve: cinquenta. 7.Depois perguntou ao outro: Tu, quanto deves? Respondeu: Cem medidas de trigo. Disse-lhe o administrador: Toma os teus papéis e escreve: oitenta. 8.E o proprietário admirou a astúcia do administrador, porque os filhos deste mundo são mais prudentes do que os filhos da luz no trato com seus semelhantes.*

Dinheiro que auxilia a fraternidade

9.Eu vos digo: fazei-vos amigos com a riqueza injusta, para que, no dia em que ela vos faltar, eles vos recebam nos tabernáculos eternos.* 10.Aquele que é fiel nas coisas pequenas será também fiel nas coisas grandes. E quem é injusto nas coisas pequenas o será também nas grandes. 11.Se, pois, não tiverdes sido fiéis nas riquezas injustas, quem vos confiará as verdadeiras?* 12.E se não fostes fiéis no alheio, quem vos dará o que é vosso? 13.Nenhum servo pode servir a dois senhores: ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de aderir a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro”.*

Deus olha o coração

14.Ora, ouviam tudo isso os fariseus, que eram avarentos, e zombavam dele. 15.Jesus disse-lhes: “Vós procurais parecer justos aos olhos dos homens, mas Deus vos conhece os corações; pois o que é elevado aos olhos dos homens é abominável aos olhos de Deus. 16.A Lei e os Profetas duraram até João. Desde então é anunciado o Reino de Deus, e cada um faz violência para aí entrar.* 17.Mais facilmente, porém, passará o céu e a terra do que se perderá uma só letra da Lei. 18.Todo o que abandonar sua mulher e casar com outra comete adultério; e quem se casar com a mulher rejeitada, comete adultério também”.

Parábola do rico e Lázaro

19.“Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho finíssimo, e que todos os dias se banqueteava e se regalava. 20.Havia também um mendigo, por nome Lázaro, todo coberto de chagas, que estava deitado à porta do rico 21.Ele avidamente desejava matar a fome com as migalhas que caíam da mesa do rico… Até os cães iam lamber-lhe as chagas. 22.Ora, aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos ao seio de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado. 23.E, estando ele nos tormentos do inferno, levantou os olhos e viu, ao longe, Abraão e Lázaro no seu seio. 24.Gritou, então: Pai Abraão, compadece-te de mim e manda Lázaro que molhe em água a ponta de seu dedo, a fim de me refrescar a língua, pois sou cruelmente atormentado nestas chamas. 25.Abraão, porém, replicou: Filho, lembra-te de que recebeste teus bens em vida, mas Lázaro, males; por isso, ele agora aqui é consolado, mas tu estás em tormento. 26.Além de tudo, há entre nós e vós um grande abismo, de maneira que os que querem passar daqui para vós não o podem, nem os de lá passar para cá. 27.O rico disse: Rogo-te então, pai, que mandes Lázaro à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos, 28.para lhes testemunhar que não aconteça virem também eles parar neste lugar de tormentos. 29.Abraão respondeu: Eles lá têm Moisés e os profetas; ouçam-nos! 30.O rico replicou: Não, pai Abraão; mas, se for a eles algum dos mortos, se arrependerão. 31.Abraão respondeu-lhe: Se não ouvirem a Moisés e aos profetas, tampouco se deixarão convencer, ainda que ressuscite algum dos mortos.”

Instrução sobre o escândalo, o perdão e a fé

17.   1.Jesus disse também a seus discípulos: “É impossível que não haja escândalos, mas ai daquele por quem eles vêm! 2.Melhor lhe seria que se lhe atasse em volta do pescoço uma pedra de moinho e que fosse lançado ao mar, do que levar para o mal a um só destes pequeninos. Tomai cuidado de vós mesmos. 3.Se teu irmão pecar, repreende-o; se se arrepender, perdoa-lhe. 4.Se pecar sete vezes no dia contra ti e sete vezes no dia vier procurar-te, dizendo: ‘Estou arrependido’, lhe perdoarás.” 5.Os apóstolos disseram ao Senhor: “Aumenta-nos a fé!”. 6.Disse o Senhor: “Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te no mar, e ela vos obedecerá”.

Lição de humildade

7.“Qual de vós, tendo um servo ocupado em lavrar ou em guardar o gado, quando voltar do campo lhe dirá: Vem depressa sentar-te à mesa? 8.E não lhe dirá ao contrário: Prepara-me a ceia, cinge-te e serve-me, enquanto como e bebo, e depois disso comerás e beberás tu? 9.E, se o servo tiver feito tudo o que lhe ordenara, porventura fica-lhe o senhor devendo alguma obrigação? 10.Assim também vós, depois de terdes feito tudo o que vos foi ordenado, dizei: Somos servos como quaisquer outros; fizemos o que devíamos fazer.”*

O leproso agradecido

11.Sempre em caminho para Jerusalém, Jesus passava pelos confins da Samaria e da Galileia. 12.Ao entrar numa aldeia, vieram-lhe ao encontro dez leprosos, que pararam ao longe e elevaram a voz, clamando:* 13.“Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!”. 14.Jesus viu-os e disse-lhes: “Ide, mostrai-vos ao sacerdote”. E, quando eles iam andando, ficaram curados. 15.Um deles, vendo-se curado, voltou, glorificando a Deus em alta voz. 16.Prostrou-se aos pés de Jesus e lhe agradecia. E era um samaritano. 17.Jesus lhe disse: “Não ficaram curados todos os dez? Onde estão os outros nove? 18.Não se achou senão este estrangeiro que voltasse para agradecer a Deus?!”. 19.E acrescentou: “Levanta-te e vai, tua fé te salvou”.

Vinda do reino de Deus

20.Os fariseus perguntaram um dia a Jesus quando viria o Reino de Deus. Respondeu-lhes: “O Reino de Deus não virá de um modo ostensivo. 21.Nem se dirá: Ei-lo aqui; ou: Ei-lo ali. Pois o Reino de Deus já está no meio de vós”.* 22.Mais tarde, ele explicou aos discípulos: “Virão dias em que desejareis ver um só dia o Filho do Homem, e não o vereis. 23.Então, vos dirão: Ei-lo aqui; e: Ei-lo ali. Não deveis sair nem os seguir 24.Pois como o relâmpago, reluzindo numa extremidade do céu, brilha até a outra, assim será com o Filho do Homem no seu dia. 25.É necessário, porém, que primeiro ele sofra muito e seja rejeitado por esta geração. 26.Como ocorreu nos dias de Noé, acontecerá do mesmo modo nos dias do Filho do Homem. 27.Comiam e bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. Veio o dilúvio e matou a todos. 28.Também do mesmo modo como aconteceu nos dias de Ló. Os homens festejavam, compravam e vendiam, plantavam e edificavam. 29.No dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu fogo e enxofre do céu, que exterminou todos eles. 30.Assim será no dia em que se manifestar o Filho do Homem. 31.Naquele dia, quem estiver no terraço e tiver os seus bens em casa não desça para os tirar; da mesma forma, quem estiver no campo não torne atrás. 32.Lembrai-vos da mulher de Ló.* 33.Todo o que procurar salvar a sua vida irá perdê-la; mas todo o que a perder irá encontrá-la. 34.Digo-vos que naquela noite dois estarão em uma cama: um será tomado e o outro será deixado; 35.duas mulheres estarão moendo juntas: uma será tomada e a outra será deixada. 36.Dois homens estarão no campo: um será tomado e o outro será deixado”. 37.Perguntaram-lhe os discípulos: “Onde será isto, Senhor?. Respondeu-lhes: “Onde estiver o cadáver, ali se reunirão também as águias”.*

Parábola da viúva perseverante

18.   1.Propôs-lhes Jesus uma parábola para mostrar que é necessário orar sempre sem jamais deixar de fazê-lo. 2.“Havia em certa cidade um juiz que não temia a Deus, nem respeitava pessoa alguma. 3.Na mesma cidade vivia também uma viúva que vinha com frequência à sua presença para dizer-lhe: Faze-me justiça contra o meu adversário. 4.Ele, porém, por muito tempo não o quis. Por fim, refletiu consigo: Eu não temo a Deus nem respeito os homens; 5.todavia, porque esta viúva me importuna, lhe farei justiça, senão ela não cessará de me mo­lestar.” 6.Prosseguiu o Senhor: “Ouvis o que diz este juiz injusto? 7.Por acaso não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que estão clamando por ele dia e noite? Porventura tardará em socorrê-los?* 8.Digo-vos que em breve lhes fará justiça. Mas, quando vier o Filho do Homem, acaso achará fé sobre a terra?”.

Parábola do fariseu e do publicano

9.Jesus lhes disse ainda esta parábola a respeito de alguns que se vangloriavam como se fossem justos, e desprezavam os outros: 10.“Subiram dois homens ao templo para orar. Um era fariseu; o outro, publicano. 11.O fariseu, em pé, orava no seu interior desta forma: Graças te dou, ó Deus, que não sou como os demais homens: ladrões, injustos e adúlteros; nem como o publicano que está ali. 12.Jejuo duas vezes na semana e pago o dízimo de todos os meus lucros. 13.O publicano, porém, mantendo-se à distância, não ousava sequer levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador! 14.Digo-vos: este voltou para casa justificado, e não o outro. Pois todo o que se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado”.

As crianças

15.Trouxeram-lhe também crian­cinhas, para que ele as tocasse. Vendo isso, os discípulos as repreendiam. 16.Jesus, porém, chamou-as e disse: “Deixai vir a mim as crian­cinhas e não as impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se parecem com elas. 17.Em verdade vos declaro: quem não receber o Reino de Deus como uma crianci­nha, nele não entrará”.

Um homem rico

18.Um homem de posição perguntou então a Jesus: “Bom Mestre, que devo fazer para possuir a vida eterna?”. 19.Jesus respondeu-lhe: “Por que me chamas bom? Ninguém é bom senão só Deus. 20.Conheces os mandamentos: não cometerás adultério; não matarás; não furtarás; não dirás falso testemunho; honrarás pai e mãe”. 21.Disse ele: “Tudo isso tenho guardado desde a minha mocidade”. 22.A essas palavras, Jesus lhe falou: “Ainda te falta uma coisa: vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-me”. 23.Ouvindo isso, ele se entristeceu, pois era muito rico. 24.Vendo-o entristecer-se, disse Jesus: “Como é difícil aos ricos entrar no Reino de Deus! 25.É mais fácil passar o camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus.”* 26.Perguntaram os ouvintes: “Quem então poderá salvar-se?” 27.Respondeu Jesus: “O que é impossível aos homens é possível a Deus.” 28.Pedro então disse: “Vê, nós abandonamos tudo e te seguimos.” 29.Jesus respondeu: “Em verdade vos declaro: ninguém há que tenha abandonado, por amor do Reino de Deus, sua casa, sua mulher, seus irmãos, seus pais ou seus filhos, 30.que não receba muito mais neste mundo e no mundo vindouro a vida eterna”.

Terceiro anúncio da Paixão

31.Em seguida, Jesus tomou à parte os Doze e disse-lhes: “Eis que subimos a Jerusalém. Tudo o que foi escrito pelos profetas a respeito do Filho do Homem será cumprido. 32.Ele será entregue aos pagãos. Hão de escarnecer dele, ultrajá-lo, des­prezá-lo; 33.baterão nele com varas e o farão morrer; e ao terceiro dia ressurgirá”. 34.Mas eles nada disso compreendiam, e essas palavras eram-lhes um enigma cujo sentido não podiam entender.

Cura de um cego em Jericó

35.Ao aproximar-se Jesus de Jeri­có, estava um cego sentado à beira do caminho, pedindo esmolas.* 36.Ouvindo o ruído da multidão que passava, perguntou o que havia. 37.Responderam-lhe: “É Jesus de Nazaré que passa”. 38.Ele então exclamou: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!”. 39.Os que vinham na frente repreendiam-no rudemente para que se calasse. Mas ele gritava ainda mais forte: “Filho de Davi, tem piedade de mim!”. 40.Jesus parou e mandou que lho trouxessem. Chegando ele perto, perguntou-lhe: 41.“Que queres que te faça?”. Respondeu ele: “Senhor, que eu veja”. 42.Jesus lhe disse: “Vê! Tua fé te salvou”. 43.E imediatamente ficou vendo e seguia a Jesus, glorificando a Deus. Presenciando isto, todo o povo deu glória a Deus.

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