DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Sexagésimo sétimo dia: Dedicação de Rute a Noemi

Iniciamos hoje a leitura do livro de Rute. Esta mulher tida como estrangeira é integrada na comunidade do povo israelita e se casa com um dos filhos de Elimelec e Noemi. Antes do casamento dos seus filhos Elimelec já havia morrido e por volta de uns dez anos ocorreu de seus filhos também morrerem deixando suas esposas viúvas, então Noemi volta para sua terra Belém e despede suas noras, no entanto Rute decide seguir junto com Noemi. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos  capítulos 1, 2, 3 e 4 do livro de Rute (Rt).

Livro de Rute

Dedicação de Rute a Noemi, sua sogra

1.   1.No tempo que governavam os juízes, sobreveio uma fome na terra. Um homem partiu de Belém de Judá, com sua mulher e seus dois filhos, indo morar nos campos de Moab. 2.Chamava-se Elimelec e sua mulher Noemi; seus dois filhos chamavam-se Maalon e Quelion; eram efra­teus de Belém de Judá. Chegados à terra de Moab, estabeleceram-se ali. 3.Elimelec, marido de Noemi, morreu, deixando-a com seus dois filhos. 4.Estes casaram com mulheres moabitas, chamadas uma Orfa e outra Rute. Viveram lá aproximadamente dez anos. 5.Maalon e Quelion morreram ficando Noemi só, sem seus dois filhos e sem seu marido. 6.Então, levantou-se Noemi e partiu da região de Moab com suas duas noras, porque ouviu dizer que o Senhor tinha visitado o seu povo e lhe tinha dado pão. 7.Deixou, pois, aquele lugar onde habitara com suas duas noras e pôs-se a caminho de volta para a terra de Judá. 8.“Ide, voltai para a casa de vossa mãe – disse ela às suas noras –. O Senhor use convosco de misericórdia, como vós usastes com os que morreram e comigo! 9.Que ele vos conceda paz em vossos lares, cada uma em casa de seu marido!” E beijou-as. Elas puseram-se a chorar: 10.“Nós iremos contigo para o teu povo – disseram elas. 11.“Ide, minhas filhas – replicou Noemi –. Por que haveis de vir comigo? Porventura, tenho eu ainda em meu seio filhos que possam tornar-se vossos maridos? 12.Voltai, minhas filhas, porque já estou demasiado velha para casar-me de novo. E ainda que eu tivesse alguma esperança e que esta noite mesmo me fosse dado ter marido e viesse a gerar filhos, 13.haveríeis de esperá-los crescer, sem vos casardes de novo, até que se tornassem grandes? Não, minhas filhas, minha dor é muito maior do que a vossa, porque a mão do Senhor pesou sobre mim”. 14.Então, elas desataram de novo a chorar. Orfa beijou a sua sogra, porém Rute não quis separar-se dela. 15.“Eis que tua cunhada voltou para o seu povo e para os seus deuses – disse-lhe Noemi –. “Vai com ela!” 16.“Não insistas comigo – respondeu Rute – para que eu te dei­xe e me vá longe de ti. Aonde fores, eu irei; onde habitares, eu habitarei. O teu povo é meu povo e o teu Deus, meu Deus. 17.Na terra em que morreres, quero também eu morrer e aí ser sepultada. O Senhor trate-me com todo o rigor, se outra coisa, a não ser a morte, me separar de ti!” 18.Ante tal resolução, Noemi não insistiu mais. 19.Seguiram juntas o seu caminho até Belém. Ali chegando, comoveu-se toda a cidade e as mulheres diziam: “Eis aí Noe­mi!”. 20.“Não me chameis mais Noemi – replicou ela –, mas chamai-me Mara, porque o Todo-poderoso me encheu de amargura. 21.Parti com as mãos cheias e o Senhor fez-me voltar com as mãos vazias. Por que me chamais Noemi, se o Senhor se declarou contra mim e o Onipotente me inundou de aflição?”. 22.Foi assim que voltaram dos campos de Moab, Noemi e sua nora Rute, a moabita. Chegaram a Belém, quando começava a colheita da cevada.

A ceifa dos campos de Booz

2.   1.Noemi tinha um parente, por parte de seu marido, homem poderoso e rico da família de Elimelec, chamado Booz. 2.Rute, a moabita, disse a Noemi: “Pe­ço-te que me deixes ir respigar nos campos de quem me quiser acolher favoravelmente”. “Vai, minha filha” – respondeu-lhe ela. 3.Rute partiu, pois, e entrou num campo, atrás dos segadores. Ora, aconteceu que aquele era justamente o campo de Booz, parente de Elimelec. 4.Booz acabava de voltar de Belém e saudou os segadores: “O Senhor esteja convosco!”. “Deus te abençoe” – responderam eles. 5.Booz dirigiu-se ao servo que tomava conta dos segadores: “Quem é esta moça?”. 6.“Esta é uma jovem moabita – res­pondeu ele – que veio com Noemi da terra de Moab. 7.Pediu-nos que a deixássemos respigar entre os feixes de trigo e apanhar as espigas atrás dos segadores. Está, aí, sempre de pé, desde a manhã até agora. Nesse momento, ela descansa um pouco sob a tenda.” 8.Booz disse a Rute: “Ouve, minha filha: não vás respigar em outro campo, nem te afastes daqui, mas junta-te com minhas servas. 9.Olha em que campo vão ceifar e segue-as. Proibi aos meus servos que te molestassem. Se tiveres sede, vai ao cântaro e bebe da água que elas tiverem buscado”. 10.Rute, caindo aos seus pés, prostrou-se por terra: “De onde me vem a dita – disse ela – de que te interesses por mim, uma estrangeira?”. 11.“Contaram-me – repli­cou Booz – tudo o que fizeste por tua sogra de­pois que morreu o teu marido, como deixaste teu pai, tua mãe e a tua pátria e vieste para um povo que antes não conhecias. 12.O Senhor te remunere pelo bem que fizeste e recebas uma plena recompensa do Senhor, Deus de Israel, sob cujas asas te acolheste!” 13.Ela respondeu: “Encontre eu graça diante dos teus olhos, meu senhor, pois me consolaste e encorajaste a tua serva, ainda que eu não seja como uma de tuas escravas”. 14.À hora de comer, Booz disse-lhe: “Vem, come tua parte do pão e molha o teu bocado no vinagre”. Ela assentou-se ao lado dos segadores e Booz ofereceu-lhe grão torrado. Ela comeu até ficar satisfeita e guardou o resto. Levantou-se em se­guida e recomeçou a respigar. 15.Booz disse aos seus servos: “Deixai-a respigar mesmo entre os feixes e não a molesteis. 16.Deixai cair de vossos feixes, como por descuido, algumas espigas e deixai-as para que ela as apanhe; sobretudo, não a censu­rais de forma alguma”. 17.Rute esteve, pois, respigando no cam­po até a tarde; tendo depois batido as espigas que tinha colhido, encontrou quase um efá de cevada. 18.Carregando a cevada, entrou na cidade e sua sogra viu o que ela tinha colhido. Rute tirou então o que lhe sobrou de seu almoço e ofereceu à sogra. 19.Noemi perguntou-lhe: “Onde respigaste hoje?”. “Onde trabalhaste? Bendito seja quem te acolheu!” Ela contou à sua sogra em que propriedade tinha trabalhado. “O homem – disse ela – em cuja terra trabalhei hoje chama-se Booz.” 20.“Bendito seja ele do Senhor – respondeu Noemi – porque mostrou-se misericordio­so tanto para com os vivos como para com os mortos.” E acrescentou: “Esse homem é nosso parente próximo, um dos que têm direito de resgate sobre nós”. 21.“Ele disse-me também – continuou Rute –, a moabita, que ficasse com os seus servos até que se acabasse toda a ceifa.” 22.Noemi respondeu-lhe: “É melhor, minha filha, que sigas as suas servas e que não te encontrem noutro campo”. 23.Ela ficou, pois, com as servas de Booz, respigando até o fim da ceifa da cevada e do trigo. E morava com a sua sogra.

Rute nos campos de Booz

3.   1.Noemi, sua sogra, disse-lhe: “Minha filha, é preciso que eu te assegure uma existência tranquila, para que sejas feliz. 2.Este Booz, nosso parente, cujas servas seguiste, deverá joeirar esta tarde a cevada de sua eira. 3.Lava-te, unge-te, põe tuas melhores vestes e desce à eira, mas não te deixes reconhecer por ele antes que ele tenha acabado de comer. 4.Quando for dormir, observa o lugar em que dorme. Entra, então, levanta a cobertura de seus pés e deita-te! Ele mesmo te dirá o que deves fazer”. 5.“Farei – disse ela – tudo o que me indicas.” 6.Ela desceu à eira e fez tudo o que sua sogra lhe tinha recomendado. 7.Booz comeu e bebeu e o seu coração tornou-se alegre. Depois disso, foi e deitou-se junto de um monte de feixes. Rute aproximou-se de mansinho, levantou o manto de seus pés e deitou-se também. 8.Pelo meio da noite, o homem despertou, de repente, voltou-se e viu uma mulher deitada a seus pés. 9.“Quem és tu?” – perguntou-lhe ele –. “Eu sou Rute, tua serva” – respondeu ela –. “Estende o teu manto sobre a tua serva, porque tens o direito de resgate.” 10.Ele disse: “Deus te abençoe, minha filha. Esta tua última bondade vale mais que a primeira, porque não buscaste jovens, pobres ou ricos. 11.Agora, minha filha, não temas. Tudo o que disseres eu te farei, porque todos em Belém sabem que és uma mulher virtuosa. 12.Tenho, realmente, o direito de resgate, mas há outro mais próximo parente do que eu. 13.Passa aqui esta noite. Amanhã, se ele quiser usar de seu direito de resgate sobre ti, está bem, que o faça. Do contrário, eu o farei; juro pelo Senhor! Dorme, pois até pela manhã”. 14.Ela ficou deitada aos seus pés até de madrugada. Levantou-se quando ainda não se podiam distinguir as pessoas. Booz tinha dito: “Não é bom que se saiba ter esta mulher entrado na eira”. 15.E acrescentou: “Estende o manto que tens sobre ti e segura-o”. Ela estendeu-o e Booz encheu-o com seis medidas de cevada, que lhe pôs às costas. Em seguida, ela voltou à cidade. 16.Rute voltou para junto de sua sogra, que lhe disse: “Como vais, minha filha?”. Rute contou-lhe então tudo o que aquele homem fizera por ela. E acrescentou: 17.“Ele deu-me estas seis medidas de cevada, dizendo-me: ‘Não voltarás com as mãos vazias para a tua sogra’.” 18.“Espera, minha filha – retomou Noemi –, até sabermos como vai terminar tudo isso. Esse homem não descansará enquanto não tiver resolvido esse assunto e o fará hoje mesmo.”

Casamento de Booz com Rute

4.   1.Foi Booz à porta da cidade e sentou-se ali. Vendo passar o homem que tinha o direito de resgate, do qual falara, chamou-o e disse-lhe: “Vem cá um pouco; senta-te aqui”. O homem veio e sentou-se. 2.Escolhendo então Booz dez homens dentre os anciãos da cidade, disse-lhes: “Sentai-vos aqui”. 3.Estando eles sentados, Booz dirigiu-se ao parente próximo, falando-lhe nestes termos: “Noemi, que voltou da terra de Moab, está para vender a parte no campo que pertencia ao nosso parente Elimelec. 4.Eu quis informar-te disso e propor-te que a compres diante dos anciãos do meu povo aqui presentes. Se queres usar do teu direito de resgate, faze-o; do contrário, dize-me, para que eu saiba o que devo fazer, porque vens em primeiro lugar, mas depois de ti é a mim que cabe esse direito”. “Eu quero usar do meu direito – respondeu o homem –. 5.“Comprando essa terra da mão de Noemi – continuou Booz – adquires ao mesmo tempo Rute, a moabita, mulher do defunto para conservar o nome do defunto, em sua herança.” 6.“Nesse caso – respondeu aquele homem –, não a posso resgatar por minha própria conta, porque isso viria prejudicar o meu patrimônio. Usa tu do meu privilégio, porque não o posso fazer.” 7.Outrora, era costume em Israel, nos casos de resgate ou de sub-rogação, que o homem tirasse o calçado e o desse ao outro para validade da transação; isso servia de ratificação. 8.O parente próximo disse, pois, a Booz: “Compra-a para ti”, e tirou o calçado. 9.Booz disse aos anciãos e a todo o povo: “Vós sois hoje testemunhas de que comprei da mão de Noemi tudo o que pertencia a Elimelec, a Quelion e a Maalon. 10.Com isso, adquiro ao mesmo tempo Rute, a moabita, por mulher, viúva de Maalon, para conservar o nome do defunto em sua herança e para que esse nome não se apague de entre os seus parentes e no povo da cidade. Disso sois hoje testemunhas”. 11.Então, todo o povo que estava na porta e todos os anciãos responderam: “Somos testemunhas! O Senhor torne essa mulher que entra na tua casa semelhante a Raquel e a Lia, que fundaram a casa de Israel! Sê feliz em Éfrata, adquire um nome em Belém! 12.Que a tua casa se torne como a casa de Farés, que Tamar deu à luz a Judá, pela posteridade que te der o Senhor por esta jovem”. 13.Booz tomou, pois, Rute, que se tornou sua mulher. Aproximou-se dela e o Senhor concedeu-lhe a graça de conceber e dar à luz um filho. 14.As mulheres diziam a Noemi: “Bendito seja Deus, que não te recusou um libertador neste dia. Que o teu nome seja um dia célebre em Israel!. 15.Ele te dará a vida e será o sustentáculo de tua velhice, porque tua nora, aquela que o gerou é que te ama e é para ti mais preciosa que sete filhos!”. 16.Noemi, tomando o menino, colo­cou-o no seu regaço e fazia-lhe as vezes de ama. 17.Suas vizinhas deram-lhe nome, dizendo: “Nasceu um filho a Noemi”. E chamaram ao menino Obed. Este foi pai de Jessé, e pai de Davi. 18.Esta é a posteridade de Farés: Farés gerou Hesron; 19.Hesron gerou Ram; Ram gerou Abinadab; 20.Abinadab gerou Naasson; Naasson gerou Salmon; 21.Salmon gerou Booz; Booz gerou Obed; 22.Obed gerou Jessé; Jessé gerou Davi.

plugins premium WordPress

Seus dados foram enviados com sucesso!

É uma grande alegria em tê-lo(a) conosco nesta obra de evangelização.

Seja muito bem vindo(a) à Comunidade de São Pio X.

Duvidas, fale conosco pelo e-mail voluntarios@piox.org.br ou no tel.: (83) 3341-7017

Olá, irmã(o). Em que posso lhe ajudar?