DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Sexagésimo quinto dia: A força de Sansão

Continuamos a observar as realidades da história de Sansão. Após se enamorar por uma filisteia pagã, a contra gosto da sua própria família. Sansão se relaciona com ela, o que gera conflitos por parte da família desta mulher, então ele se enche de fúria e incendeia toda a plantação de trigo dos povos filisteus, por esse motivo o povo se ira e com a ajuda de Judá captura Sansão, mas ele já tinha um plano em mente. Sansão era um homem de muita força, força concedida pelo Senhor, usando-se desta força, ele acaba destruindo o templo dos filisteus. Ele foi o último dos juízes de Israel. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos  capítulos 15, 16, 17 e 18 do livro dos Juízes (Jz).

Livro de Juízes

15.   1.Passado algum tempo, estando próxima a colheita do trigo, Sansão foi ver a sua mulher, levando-lhe um cabrito. “Quero – dizia ele – entrar no quarto de mi­nha mulher.” O pai dela, porém, impediu-lhe a entrada: 2.“Eu pensei – disse ele a Sansão – que a aborrecias, e por isso dei-a a um teu amigo. Não é, porventura, mais formosa do que ela sua irmã mais nova? Toma-a por mulher em seu lugar”. 3.“Desta vez – respondeu Sansão – não se me poderá censurar o mal que farei aos filisteus.” 4.Ele se retirou, apanhou trezentas ra­po­sas e, tomando tochas, prendeu as raposas duas a duas pelas caudas e atou entre as duas caudas uma tocha. 5.Pôs-lhes fogo e soltou-as nas searas dos filisteus. Incendiou assim tanto o trigo que estava enfeixado como o que estava ainda em pé, queimando até mesmo as vinhas e os olivais. 6.“Quem fez isso?” – perguntaram os filisteus. Responderam: “Foi Sansão, genro do tamneu, porque este tomou sua mulher e a deu a um de seus amigos”. Então subiram os filisteus e queimaram a mulher juntamente com o seu pai. 7.Sansão disse-lhes: “Ah, é assim que fazeis? Pois bem, não descansarei enquanto não me tiver vingado de vós”. 8.E feriu-os vigorosamente, sem compaixão alguma. Depois disso, desceu e habitou na gruta da rocha de Etam.* 9.Então subiram os filisteus e acamparam em Judá, espalhando-se até Lequi. 10.Os homens de Judá disseram: “Por que subistes contra nós?”. Eles responderam: “Subimos para prender Sansão e pagar-lhe o que ele nos fez”. 11.Três mil homens de Judá desceram então à gruta do rochedo de Etam e disseram a Sansão: “Não sabes que os filisteus nos dominam? Que é isso que nos fizeste?”. “Eu os tratei como eles mesmos me trataram” – respondeu San­são. 12.Eles replicaram: “Viemos prender-te para entregar-te aos filisteus”. “Jurai-me – disse Sansão – que não me haveis de matar.” 13.“Não te mataremos, mas te entregaremos a eles amarrado.” Ligaram-no, pois, com duas cordas novas e tiraram-no da gruta. 14.Chegando a Lequi, os filisteus acolheram-no com gritos de alegria. Apoderou-se, porém, de Sansão o Espírito do Senhor. As duas cordas que ligavam seus braços tornaram-se como fios de linho queimado, caindo de suas mãos as amarras. 15.Apanhando uma queixada ainda fresca de jumento, feriu com ela mil homens. 16.Sansão dizia: “Com a queixada de um jumento, eu os destrocei! Com a queixada de um jumento mil homens feri!”. 17.Dito isso, lançou ao longe a queixada e deu àquele lugar o nome de Ramat-Lequi.* 18.Como estivesse com muito sede, sede intensa, clamou ao Senhor: “Vós destes – disse ele – ao vosso servo esta grande vitória. Morrerei eu agora de sede e cairei nas mãos dos incircuncisos?”. 19.Então Deus fendeu a rocha côncava que está em Lequi e dela jorrou água. Sansão, tendo bebido dessa água, recobrou ânimo e recuperou as forças. Daí o nome que traz essa fonte: En-Hacoré. Ainda hoje ela existe em Lequi.* 20.Sansão foi juiz em Israel durante vinte anos, no tempo dos filisteus.

16.   1.Sansão foi a Gaza, onde viu uma mulher meretriz e foi procurá-la. 2.E a notícia correu pela cidade: “Sansão está aqui”. Puseram-se de emboscada nos arredores durante toda a noite, junto às portas da cidade, e ficaram quietos toda a noite, dizendo: “Ao romper do dia, vamos matá-lo”. 3.Sansão dormiu até a meia-noite. E, levantando-se pela meia-noite, tomou os batentes da porta de Gaza, com os seus postes, arrancou-os juntamente com o ferrolho, pô-los sobre os ombros e levou-os até o alto da montanha, que está defronte de Hebron. 4.Depois disso, enamorou-se de uma mulher que habitava no vale de Sorec, chamada Dalila. 5.Os príncipes dos filisteus foram ter com ela e disseram-lhe: “Procura seduzi-lo e vê se descobres de onde lhe vem sua força e como o poderemos vencer, a fim de o amarrarmos para dominá-lo. Se fizeres isso, te daremos cada um de nós mil e cem moedas de prata”. 6.Dalila disse a Sansão: “Dize-me, de onde vem tua força? E de que modo se precisaria ligar-te para que fosses dominado?”. 7.Sansão respondeu-lhe: “Se me amarrassem com sete cordas de nervos ainda frescas e úmidas, eu me tornaria tão fraco como qualquer homem”. 8.Os príncipes dos filisteus trouxeram a Dalila sete cordas de nervos bem frescas e úmidas, com as quais ela o ligou. 9.Ora, estando eles de emboscada no quarto, ela gritou: “Sansão, os filisteus vêm contra ti!”. E ele rompeu as cordas como se rompe um cordão de estopa, chamuscada pelo fogo. Assim, permaneceu oculto o segredo de sua força. 10.Dalila disse-lhe: “Tu zombaste de mim, contando-me mentiras. Dize-me agora com que se precisaria ligar-te”. 11.“Se me amarrassem com cordas novas – disse ele – que ainda não tenham servido, eu me tornaria tão fraco como qualquer homem”. 12.Dalila tomou, pois, cordas novas, amarrou-o com elas e gritou: “Sansão, os filisteus vêm contra ti!”. Ora, estavam eles de emboscada no quarto, mas Sansão rompeu como se fossem um fio as cordas que lhe amarravam os braços. 13.“Até o presente – disse-lhe Dalila – só tens zombado de mim e só me tens dito mentiras. Dize-me com que será preciso amarrar-te.” “Bastará – respondeu Sansão – que teças as sete tranças de minha cabeça com a urdidura do teu tear.” 14.Ela fixou-as com o torno do tear e gritou: “Sansão, os filisteus vêm contra ti!” Ele, despertando do sono, arrancou o torno do tear com os liços. 15.Dalila disse-lhe: “Como podes dizer que me amas, se o teu coração não está comigo? Eis já três vezes que me enganas e não me queres dizer onde reside a tua força”. 16.Ela o importunava cada dia com suas perguntas, instando com ele e molestando-o de tal sorte, que ele sentiu com isso uma impaciência mortal. 17.E Sansão acabou por confiar-lhe o seu segredo: “Sobre minha cabeça – disse ele – nunca passou a navalha, porque sou nazareno de Deus desde o seio de minha mãe. Se me for rapada a cabeça, a minha força me abandonará e serei então fraco como qualquer homem”. 18.Dalila sentiu que ele lhe tinha aberto todo o seu coração e mandou dizer aos príncipes dos filisteus: “Subi agora, porque ele me abriu todo o seu coração”. E os príncipes dos filisteus foram ter com ela, levando o dinheiro em suas mãos. 19.Dalila fez que seu marido adormecesse nos seus joelhos, e chamando um homem, mandou-lhe que rapasse as sete tranças de sua cabeça. Ela começou a dominá-lo, pois sua força o deixou. 20.E disse: “Sansão, os filisteus vêm contra ti!”. Despertando ele do sono, disse consigo mesmo: “Sairei deles como das outras vezes e me livrarei”. Ignorava Sansão que o Senhor se tinha retirado dele. 21.E os filisteus, tomando-o, furaram-lhe os olhos e levaram-no a Gaza ligado com uma dupla cadeia de bronze e ali o colocaram na prisão, fazendo-o girar a mó. 22.Entretanto, os seus cabelos recomeçavam a crescer. 23.Ora, os príncipes dos filisteus reuniram-se para oferecer um grande sacrifício a Dagon, seu deus, e celebrar uma festa. “Nosso deus – diziam eles – entregou-nos Sansão nosso inimigo.” 24.Também o povo, vendo isso, louvava o seu deus, dizendo: “O nosso deus entregou-nos o nosso inimigo, aquele que devastava nossa terra e matava tantos dos nossos”. 25.E estando eles de coração alegre, exclamaram: “Mandai vir Sansão para nos divertir!”. Tiraram-no da prisão e Sansão teve que dançar diante deles. Tendo sido colocado entre as colunas, 26.Sansão disse ao jovem que o conduzia pela mão: “Deixa que eu toque as colunas que sustêm o templo e que me apóie nelas”. 27.Ora, o templo estava repleto de homens e mulheres. Estavam ali todos os príncipes dos filisteus. Havia cerca de três mil pessoas, homens e mulheres, que do teto olhavam o prisioneiro dançar. 28.Sansão, porém, invocando o Senhor, disse: “Senhor Javé, rogo-vos que vos lembreis de mim. Dai-me, ó Deus, ainda esta vez, força para vingar-me dos filisteus pela perda de meus olhos”. 29.Abraçando então as duas colunas centrais sobre as quais repousava todo o edifício, pegou numa com a mão direita e noutra com a mão esquerda e gritou: 30.“Morra eu com os filisteus!”. Dizendo isso, sacudiu com todas as suas forças o edifício, que ruiu sobre os príncipes e sobre todo o povo reunido. Desse modo, matou pela sua própria morte muito mais homens do que os que matara em toda a sua vida. 31.Então, desceram a Gaza os seus irmãos e toda a sua família paterna, tomaram-no e tendo voltado, sepultaram-no no túmulo de seu pai, entre Saraá e Estaol. Sansão foi juiz em Israel durante vinte anos.

IV – APÊNDICES 

Micas e a migração dos danitas

17.   1.Havia na montanha de Efraim um homem chamado Micas. 2.Ele disse um dia à sua mãe: “Os mil e cem siclos de prata que te roubaram e pelos quais lançaste uma maldição aos meus ouvidos, esse dinheiro está em meu poder; fui eu que os roubei”. Sua mãe respondeu: “Aben­çoado seja o meu filho pelo Senhor!”. 3.Devolveu, pois, os mil e cem siclos de prata à sua mãe, que lhe disse: “Da minha mão eu os consagro ao Senhor a favor de meu filho, para que se faça deles um ídolo fundido. Toma: ei-los aqui”. 4.Micas entregou o dinheiro à sua mãe e ela tomou duzentos siclos de prata que mandou entregar ao fundidor. Fez o ourives com essa prata um ídolo fundido, que foi colocado na casa de Micas. 5.E Micas teve, assim, uma capela. Mandou fazer um efod e um terafim e consagrou um de seus filhos para servir-lhe de sacerdote. 6.Naquele tempo não havia rei em Israel, e cada um fazia o que lhe parecia melhor. 7.Ora, aconteceu que um adolescente de Belém de Judá, da tribo de Judá o qual era levita e morava ali, 8.partiu da cidade de Belém de Judá para procurar uma morada. Seguindo o seu caminho, chegou à montanha de Efraim, à casa de Micas. 9.“De onde vens?” – perguntou-lhe este –. “De Belém de Judá – respondeu o levita – e via­jo em busca de um lugar onde me fixar.” 10.Micas disse-lhe: “Fica comigo. Serás para mim um pai e um sacerdote; te darei dez siclos de prata por ano, vestes suficientes e alimento”. 11.O jovem levita condescendeu em habitar na casa daquele homem, que o tratou como um de seus filhos. 12.Micas pô-lo em suas funções e o jovem serviu-lhe de sacerdote, residindo em sua própria casa. 13.“Agora – disse Micas – estou seguro de que o Senhor me abençoará, tendo eu esse levita por sacerdote.”

18.   1.Naquele tempo, não havia rei em Israel. Por essa mesma época, a tribo de Dã buscava uma possessão para habitar nela, porque até então nada tinha recebido entre as tribos de Israel.* 2.Os danitas enviaram cinco dos seus, cinco homens valorosos escolhidos dentre as suas famílias de Saraá e de Estaol, para explorarem cuidadosamente a terra: “Ide – disseram-lhes – e examinai bem a terra”. Foram e chegaram à montanha de Efraim e entraram na casa de Micas, onde passaram a noite. 3.Perto da casa de Micas, ouviram a voz do jovem levita e, aproximando-se dele, disseram-lhe: “Quem te trouxe aqui? Que fazes aqui? Por que te encontras neste lugar?”. 4.Respondeu-lhes o jovem: “Micas fez-me isso e isso; deu-me um salário e eu sirvo-lhe de sacerdote”. 5.“Consulta então – replicaram-lhe – o teu deus, a fim de saber se nossa viagem será bem sucedida.” 6.O sacerdote respondeu: “Ide em paz. A vossa viagem está sob o olhar de Deus”. 7.Os cinco homens puseram-se a caminho e foram até Lais. Viram ali um povo que habitava seguro, pacífico e tranquilo, segundo o costume dos sidônios. Não havia naquela terra nenhum rei que dominasse sobre os seus habitantes ou que os molestasse em coisa alguma. Viviam longe dos sidônios e não tinham relações com ninguém. 8.Voltando para seus irmãos em Saraá e Estaol, estes disseram: “Que pudestes fazer?”. 9.Eles responderam: “Vamos, subamos contra eles. Vimos a sua terra que é excelente. Por que ficais aí sem nada dizer? Não demoreis a pôr-vos em marcha para tomar posse dessa terra. 10.Quando ali entrardes, encon­trareis um povo que vive em segurança e uma terra espaçosa que Deus vos entregará nas mãos, uma região onde nada falta daquilo que a terra produz”. 11.Seiscentos homens da família de Dã partiram, pois, de Saraá e de Estaol, munidos com armas de guerra 12.e acamparam em Cariatarim, em Judá. Por isso, deu-se àquele lugar o nome de Maané-Dã, o qual assim se chama ainda hoje e está situado ao ocidente de Cariatarim.* 13.Dali passaram às montanhas de Efraim e chegaram à casa de Micas. 14.E os cinco homens que tinham sido enviados a explorar a terra de Lais disseram aos seus irmãos: “Sabeis que há nessa casa um efod, um terafim e um ídolo fundido? Considerai agora o que tendes a fazer”. 15.Dirigiram-se para lá e entraram na casa do jovem levita, em casa de Micas, para saudá-lo e informar-se de como ia passando. 16.Entretanto, os seiscentos danitas, armados como estavam, ficaram à porta. 17.Os cinco exploradores penetraram (sozinhos) na capela e tomaram o ídolo com o efod e o terafim, enquanto o sacerdote se achava com os seiscentos homens armados à entrada da porta. 18.Tiraram, pois, da casa de Micas, o ídolo, o efod e os terafim. O sacerdote disse-lhes: “Que fazeis vós?”. 19.“Cala-te – responderam-lhe –: “Põe a mão na boca, vem conos­co e tu nos servirás de pai e de sacerdote. O que é melhor para ti: ser sacerdote na casa de um particular, ou numa tribo e numa família de Israel?”. 20.Alegrou-se o coração do sacerdote, e ele, tomando o efod, o terafim e o ídolo, foi com a tropa. 21.Puseram-se de novo a caminho, precedidos das crianças, do gado e das bagagens. 22.Estando eles já longe da casa de Micas, os vizinhos deste ajuntaram-se e perseguiram os danitas. 23.Interrogados, os filhos de Dã voltaram-se e disseram a Micas: “Que queres tu e por que trazes toda essa gente?”. 24.Ele respondeu: “Tirastes os meus deuses que fiz para mim, tomastes o sacerdote e partis­tes. Que me resta agora? E como podeis perguntar o que quero?”. 25.Os danitas replicaram: “Nem mais uma palavra diante de nós! Não suceda que alguns se impacientem contra vós e percais a vida, tu e tua família!”. 26.E os danitas continuaram o seu caminho. Micas, vendo que aqueles homens eram mais fortes que ele, voltou para a sua casa. 27.Desse modo, tomaram os danitas a obra que Micas tinha feito, juntamente com o seu sacerdote. Atacaram então Lais, um povo pacífico e seguro, passaram-no a fio de espada e queimaram a cidade. 28.Não houve quem a salvasse, porque estava longe de Sidon e não tinham relações com ninguém. Essa cidade estava situada no vale pertencente a Bet-Roob. Os danitas reedificaram a cidade e habitaram nele, 29.chamando-a de Dã, nome de seu pai, filho de Israel. Anteriormente, a cidade chamava-se Lais. 30.E erigiram em seguida o ídolo. Jônatas, filho de Gérson, filho de Moisés, e seus descendentes foram sacerdotes na tribo de Dã até o dia de sua deportação. 31.O ídolo de Micas foi conservado entre eles durante todo o tempo que o santuário de Deus ficou em Silo.

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