DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Septuagésimo sexto dia: Davi, rei de Israel

Hoje iniciamos a leitura do segundo livro de Samuel que dá continuidade ao primeiro. Davi vai sendo aclamado rei nas cidades de Israel. Uma a uma, assim como podemos observar na região de Hebron, terra de Judá onde ele é aclamado rei.Porém surge um concorrente neste reinado de Davi, trata-se de Isbaal um outro filho de Saul depois de Jônatas. Isbaal foi entronizado em uma cerimônia militar pelo chefe da guarda de Saul que é Abner. Ele foi entronizado rei de outras tribos de Israel, enquanto Davi reina em Judá. Essa situação desencadeia uma guerra civil nas tribos de Israel, que ficou conhecida como a guerra de Gabaon. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos  capítulos 1, 2 e 3 do segundo livro de Samuel (2Sm).

Segundo Livro de Samuel

I – REINADO DE DAVI (1 – 20)

1.   1.Depois da morte de Saul, Davi voltou da derrota dos amalecitas e esteve dois dias em Siceleg. 2.Ao terceiro dia, apareceu um homem que vinha do acampamento de Saul. Trazia as vestes rasgadas e a cabeça coberta de pó. Chegando perto de Davi, jogou-se por terra, prostrando-se. 3.Davi disse-lhe: “De onde vens?”. “Salvei-me do acampamento de Israel – respondeu ele –. 4.“Que aconteceu?” – perguntou Davi –. “Conta-me!” Ele respondeu: “As tropas fugiram do campo de batalha e muitos homens do exército tombaram. Saul e seu filho Jônatas também morreram!”. 5.“Como sabes – perguntou Davi ao mensageiro – que Saul e seu filho Jôna­tas morreram?” 6.O mensageiro respondeu: “Achava-me no monte de Gelboé, quando vi Saul atirar-se sobre a própria lança, enquanto era perseguido pelos carros e cavaleiros. 7.Ora, voltando-se, viu-me e chamou-me. Eu disse: ‘Eis-me aqui’. 8.‘Quem és tu?’ – disse ele –. ‘Eu sou um ama­lecita’ – respondi –. 9.‘Aproxima-te – continuou ele – e mata-me, porque estou tomado de vertigem, se bem que ainda esteja cheio de vida’.* 10.Aproximei-me dele e o matei, pois via que ele não poderia sobreviver depois da derrota. Tomei o diadema que tinha na cabeça e o bracelete do braço e os trouxe ao meu senhor; ei-los”. 11.Então tomou Davi as suas vestes e rasgou-as, imitando-o nesse gesto todos os que estavam com ele. 12.Estiveram em pranto, choraram e jejuaram até a tarde por causa de Saul, de seu filho Jônatas, do exército do Senhor e da casa de Israel, que haviam caído sob a espada. 13.Davi perguntou ao mensageiro: “De onde és?”. “Eu sou filho de um estrangeiro – respondeu ele –, de um amalecita”. 14.Davi disse-lhe: “Como não receaste levantar a mão contra o ungido do Senhor para matá-lo?”. 15.E, chamando um dos seus homens, Davi disse-lhe: “Vem, mata-o!”. O homem o feriu e ele morreu. 16.Davi disse-lhe então: “Tu és culpado. Tua própria boca deu testemunho contra ti, quando disseste: ‘Matei o ungido do Senhor’.”* 17.Compôs então Davi o seguinte cântico fúnebre sobre Saul e seu filho Jônatas, 18.ordenando que fosse ensinado aos filhos de Judá. É o canto do Arco, que está escrito no Livro do Justo:* 19.“Tua flor, Israel, pereceu nas alturas! Como tombaram os heróis? 20.Não anuncieis em Gat nem o publiqueis nas ruas de Ascalon, para que não exultem as filhas dos filisteus, para que não se regozijem as filhas dos incircuncisos. 21.Montanhas de Gelboé, não haja sobre vós nem orvalho nem chuva! Campos assassinos, onde foi maculado o escudo dos heróis! O escudo de Saul estava ungido não com óleo,* 22.mas com o sangue de feridos, com a gordura de guerreiros, o arco de Jônatas jamais recuou, a espada de Saul jamais brandiu em vão! 23.Saul e Jônatas, amáveis e encantadores, nunca se separaram, nem na vida nem na morte, mais velozes do que as águias, mais fortes do que os leões! 24.Filhas de Israel, chorai por Saul, que vos vestia de púrpura suntuosa e ornava de ouro vossos vestidos. 25.Como caíram os heróis? Em pleno combate Jônatas tombou sobre as tuas colinas. 26.Jônatas, meu irmão, por tua causa meu coração me comprime! Tu me eras tão querido! Tua amizade me era mais preciosa que o amor das mulheres. 27.Como caíram os heróis? Como pereceram os artilheiros de guerra?”.

Davi, rei em Hebron

2.   1.Depois disso, Davi consultou o Senhor: “Devo subir a alguma das cidades de Judá? – perguntou ele –. “Vai – respondeu o Senhor. Davi retomou: “Aonde irei?”. “A Hebron.” 2.Davi subiu a Hebron com suas duas mulheres, Aquinoam de Jezrael e Abigail, viúva de Nabal, de Carmelo. 3.Levou também Davi os homens de sua tropa com suas famílias e fixaram-se nas cidades de Hebron. 4.Os homens de Judá foram ali e ungiram Davi como rei da casa de Judá. Foi anunciado ao rei que os homens de Jabes em Galaad haviam sepultado Saul. 5.Davi mandou-lhes mensageiros, dizendo: “Benditos sejais pelo Senhor, por terdes feito esta obra de misericórdia para com o vosso senhor Saul, sepultando-o! 6.Que o Senhor, por sua vez, se mostre bom e fiel para convosco. E eu também vos beneficiarei por essa ação que fizestes. 7.Coragem! Sede homens valentes! Vosso senhor Saul morreu e a casa de Judá me ungiu por seu rei”.

Abner e Joab

8.Entretanto, Abner, filho de Ner, chefe do exército de Saul, tomou Isbaal, filho de Saul e levou-o a Maanaim, 9.onde o declarou rei sobre Galaad, sobre os assuritas, sobre Jezrael, Efraim, Benjamim e sobre todo o Israel. 10.Isbaal, filho de Saul, tinha quarenta anos quando se tornou rei de Israel e reinou durante dois anos. Só a casa de Judá seguiu Davi. 11.Sete anos e meio reinou Davi sobre a casa de Judá em Hebron. 12.Abner, filho de Ner e os homens de Isbaal, filho de Saul, saíram de Maanaim para Gabaon. 13.Joab, filho de Sárvia, e a gente de Davi, puseram-se também em marcha e encontraram-nos perto da piscina de Gabaon, acampando uns de um lado da piscina e outros de outro. 14.Abner disse a Joab: “Aproximem-se os jovens para lutar em nossa presença”. “Vamos!” – respondeu Joab. 15.Apresentaram-se, pois, doze homens de Benja­mim, da parte de Isbaal, filho de Saul, e doze da gente de Davi. 16.Tomando cada um a cabeça do seu adversário, mergulhou-lhe a espada no flanco, de tal modo que caíram ambos ao mesmo tempo. Deu-se a esse lugar o nome Helcat Hassurim, em Gabaon.* 17.Travou-se uma violenta batalha naquele dia, tendo Abner e os homens de Israel cedido diante dos homens de Davi. 18.Estavam ali os três filhos de Sárvia: Joab, AbJessé e Asael. Este tinha os pés ligeiros como uma gazela selvagem. 19.Pôs-se a perseguir Abner, sem se desviar nem para a direita, nem para a esquerda. 20.“És tu, Asael?” – disse-lhe Abner, voltando-se –. “Sim” –. 21.“Volta-te à direita ou à esquerda, ataca um desses homens e leva-lhe os despojos” –. Mas Asael não quis deixá-lo. 22.Abner disse-lhe novamente: “Deixa-me. Queres que eu te fira e te deite por terra? Como poderia eu depois aparecer diante do teu irmão Joab?”. 23.Mas como ele se recusasse a abandoná-lo, Abner feriu-o no ventre com a ponta de sua lança. A lança saiu-lhe pelas costas e Asael caiu, morrendo ali mesmo. Todos os que chegavam ao lugar onde ele jazia morto se detinham. 24.Joab e AbJessé continuaram a perseguir Abner. O sol se punha quando chegaram à colina de Ama, ao oriente de Gaia, no caminho para o deserto de Gabaon. 25.Então os benjaminitas, que se tinham ajuntado atrás de Abner, formaram-se numa tropa e fizeram alto no cimo de uma colina. 26.Abner chamou Joab e disse-lhe: “Não cessará a espada de devorar? Não sabes porventura que isso acabará mal? Que esperas para ordenar a esses homens que cessem de perseguir seus irmãos?”. 27.Joab respondeu: “Pela vida de Deus! Se nada tivesses dito, esses homens não teriam cessado de perseguir seus irmãos antes de amanhã”. 28.Joab tocou a trombeta. Toda a tropa parou de perseguir os israelitas e o combate terminou. 29.Abner e sua gente caminharam toda a noite na planície. Passaram o Jordão, seguiram todo o desfiladeiro e atingiram Maa­naim. 30.Joab, tendo parado de perseguir Abner, juntou todo o seu povo: faltavam deze­nove homens da gente de Davi, sem contar Asael. 31.Mas os homens de Davi tinham matado trezentos e sessenta homens entre os benjaminitas e os de Abner. 32.Levaram Asael e sepultaram-no no tú­mulo de seu pai, em Belém. Joab e seus homens caminharam durante toda a noite. Chegaram a Hebron, ao despontar da aurora.

3.   1.Prolongou-se por muito tempo a guerra entre a casa de Saul e a de Davi. Mas, à medida que o poder de Davi ia-se fortificando, a casa de Saul ia-se enfraquecendo. 2.Nasceram filhos a Davi em Hebron. Seu primogênito foi Amnon, de Aquinoam de Jezrael; 3.Queleab, o segundo, de Abi­gail, viúva de Nabal, o carmelita; Absalão, o terceiro, filho de Maaca, filha de Tolmai, rei de Gessur; 4.o quarto, Adonias, filho de Hagit; Safatias, o quinto, filho de Abital, 5.e o sexto Jetraam, filho de Egla, mulher de Davi. Esses foram os filhos que nasceram a Davi em Hebron.

Abner negocia com Davi

6.Enquanto durou a guerra entre a casa de Saul e a de Davi, Abner teve autoridade na casa de Saul. 7.Ora, Saul tinha uma concubina chamada Resfa, filha de Aias. Isbaal disse a Abner: “Por que te aproximaste da concubina de meu pai?”. 8.Abner indignou-se com estas palavras de Isbaal e disse: “Sou porventura uma cabeça de cão a serviço de Judá? Enquanto neste momento trabalho pela casa de Saul, teu pai, pelos seus irmãos e seus amigos, não os deixando cair nas mãos de Davi, vens tu acusar-me de pecado com esta mulher? 9.Deus me trate com o maior rigor se eu não procurar para Davi tudo o que o Senhor lhe prometeu, 10.a saber: tirar a realeza da casa de Saul e firmar o trono de Davi sobre Israel e sobre Judá, desde Dã até Bersabeia!”. 11.Isbaal não soube o que responder a Abner, porque o temia. 12.Abner enviou então mensageiros a Davi, para perguntar-lhe: “De quem é a terra? Faze aliança comigo e eu te darei mão forte para reunir em torno de ti todo o Is­rael”.* 13.Davi respondeu: “Está bem! Farei aliança contigo, mas com uma condição: Não te apresentarás diante de mim sem trazer contigo Micol, filha de Saul, quando vieres ver-me”. 14.Davi enviou mensageiros a Isbaal, filho de Saul, para dizer-lhe: “Devolve a minha mulher Micol, que desposei a preço de cem prepúcios de filisteus”. 15.Isbaal ordenou que a tirassem de seu marido, Faltiel, filho de Lais, 16.que a acompanhou chorando até Bau­rim. Ali, Abner disse-lhe: “Volta para a tua casa!”. E ele voltou. 17.Abner pôs-se em contato com os anciãos de Israel e disse-lhes: “Já há tem­po que desejais ter Davi como vosso rei. 18.Fazei-o, pois, agora, porque o Senhor disse de Davi: ‘Por meio de Davi, meu servo, livrarei o meu povo de Israel da mão dos filisteus e de todos os seus inimigos’.” 19.Abner, que havia dito a mesma coisa aos benjaminitas, foi a Hebron para informar Davi de tudo o que fora aceito por Israel e por toda a casa de Benjamim. 20.E apresentou-se a Davi, em Hebron, acom­panhado de vinte homens. Davi deu um banquete a Abner e seus companheiros. 21.Disse então Abner a Davi: “Irei para reunir ao redor de meu senhor, o rei, todos os israelitas, para que façam aliança contigo e reinarás sobre toda a terra que quiseres”. Davi despediu-se de Abner, e ele partiu tranquilamente. 22.Entretanto, os homens de Davi voltavam com Joab de uma expedição, trazendo uma grande presa. (Abner não estava mais com Davi em Hebron, porque Davi o tinha despedido e ele partira em paz.) 23.E, voltando Joab com toda a sua tropa, disseram-lhe que Abner, filho de Ner, viera ter com o rei e este o deixara ir em paz. 24.Joab foi ter com o rei e disse-lhe: “Que fizeste? Abner, filho de Ner, veio a ti; por que o deixaste partir? 25.Tu o conheces; (bem sabes que) é para enganar-te, para espiar tuas idas e vindas e sondar tudo o que fazes”. 26.Deixando Davi, Joab mandou emissários atrás de Abner, que o fizeram voltar do poço de Sira, sem que Davi o soubesse. 27.Quando Abner chegou a Hebron, Joab tomou-o à parte, para dentro da porta, como para falar-lhe em particular e lá feriu-o mortalmente no ventre, vingando o sangue de seu irmão Asael. 28.Quando Davi soube do acontecido, exclamou: “Sou inocente, eu e o meu reino, diante do Senhor, do sangue de Abner, filho de Ner! 29.Que ele caia sobre a cabeça de Joab e de toda a sua família! Não faltem jamais em sua casa homens atacados de sarna ou lepra, que trabalhem no fuso, caiam pela espada, definhem de fome!”.* 30.Joab e seu irmão AbJessé tinham assassinado Abner por ter este ma­tado seu irmão Asael depois da batalha de Gabaon. 31.Davi disse a Joab e a toda a sua tropa: “Rasgai vossas vestes, cobri-vos de sacos e pranteai Abner!”. E o rei seguiu atrás do féretro. 32.Sepultaram Abner em Hebron. O rei pôs-se a chorar em alta voz sobre seu túmulo e todo o povo chorou. 33.E Davi cantou a seguinte lamen­tação, chorando Abner: “Devia Abner morrer como morrem os insensatos?! 34.Tuas mãos não estavam algemadas, nem acorrentados os teus pés. Caíste como se cai diante de celerados”. 35.E o povo chorou sobre ele. Depois, como todo mundo viesse a Davi insistindo em que ele tomasse algum alimento antes de acabar o dia, ele fez este juramento: “Que o Senhor me trate com todo o seu rigor, se eu comer pão ou qualquer outra coisa, antes do pôr do sol”.* 36.Todo o povo o soube e o aprovou, como aliás lhe parecia sempre bom tudo o que o rei fazia. 37.Todo o exército e todo o Israel reconheceu naquele dia que o rei não tivera parte alguma na morte de Abner, filho de Ner. 38.O rei disse aos seus servos: “Não sabeis que um chefe, um grande chefe caiu hoje em Israel? 39.Quanto a mim, sou ainda fraco, embora tenha recebido a unção real. Esses homens, filhos de Sárvia, são mais fortes do que eu. Que o Senhor retribua àqueles que fizeram o mal segundo os seus próprios atos!”.

 

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