DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Nonagésimo primeiro dia: O profeta Eliseu ressuscita o menino

Continuamos a observar os relatos sobre o profeta Eliseu e percebermos que Eliseu havia pedido ao profeta Elias que o Senhor lhe concedesse uma porção dobrada do Espírito que Ele tinha dado a Elias e o Senhor assim lhe concede. Com esta porção dobrada do Espírito, o Senhor lhe concedeu o dom de profecias, o dom de realizar milagres e de realizar curas. Importante lembrar que o dom não é de Elias, não é de Eliseu, não é meu, não é seu, o dom sempre é do Senhor, o Senhor usa os dons e dispensa para quem Ele quer. Podemos perceber que a fidelidade e a obediência ao Senhor é o que de fato é muito importante para que o sobrenatural aconteça em nossa vida. Observamos o episódio da sunamita, onde ela não tinha condições de engravidar, também seu marido era idoso, mas ainda assim ela concebe e dá à luz um filho, se cumprindo a profecia de Eliseu e logo em seguida veremos que Eliseu ressuscitou esse menino, porque o menino nasce e por alguma razão morre e Eliseu vai ao encontro desta mulher sunamita e ressuscita, observamos aí, que, quando Deus concede o dom, Ele dá também a graça de conservar este Dom. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos  capítulos 4, 5, 6 e 7 do segundo livro dos Reis (2Rs).

Segundo Livro dos Reis

Eliseu e a viúva

4.   1.A mulher de um dos filhos dos profetas clamou a Eliseu, dizendo: “Meu marido, teu servo, morreu e sabes que ele temia o Senhor. Ora, eis que veio o credor tomar os meus dois filhos para fazê-los seus escravos”. 2.Eliseu disse-lhe: “Que posso eu fazer por ti? Dize-me: ‘O que tens em tua casa?’.” Ela respondeu: “Tua serva só tem em sua casa uma garrafa de óleo”. 3.“Vai – replicou Eliseu –, pede emprestadas às tuas vizinhas ânforas vazias em grande quantidade. 4.Depois entra, fecha a porta atrás de ti e de teus filhos e enche com o óleo estas ânforas, pondo-as de lado à medida que estiverem cheias!” 5.Partiu a mulher e fechou a porta atrás de si e de seus filhos. Estes traziam-lhe as ânforas e ela as enchia. 6.Tendo enchido as ânforas, disse ela ao seu filho: “Dá-me mais uma ânfora”. “Não há mais” – respondeu ele. E o óleo cessou de correr. 7.A mulher foi e contou tudo ao homem de Deus. Este disse-lhe: “Vai e vende esse óleo para pagar a tua dívida. Depois disso, tu e teus filhos vivereis do resto”.

O filho da sunamita e outros milagres

8.Certo dia em que Eliseu atravessava Sunão, veio uma mulher rica do lugar e insistiu com ele para comer em sua casa. Depois disso, cada vez que ele passava por aquele lugar, dirigia-se à casa daquela mulher para tomar ali a sua refeição. 9.Ela disse ao seu marido: “Escuta, eu sei que esse homem que passa sempre por nossa casa é um santo homem de Deus. 10.Preparemos-lhe em cima um quarto, obra de pedreiro, onde poremos uma cama, uma mesa, uma cadeira e uma lâmpada; assim poderá acomodar-se ali quando vier à nossa casa”. 11.Ora, aconteceu que um dia, passando Eliseu por Sunão, retirou-se ao quarto de cima para dormir. 12.E disse a Giezi, seu servo: “Chama essa sunamita”. Giezi chamou-a e ela apresentou-se diante dele. 13.“Pergunta-lhe – disse Eliseu – o que posso fazer por ela em reconhecimento do desvelo com que nos tem tratado. Talvez ela queira que se fale ao rei ou ao general do exército sobre algum negócio seu.” “Eu habito no meio de meu povo” – respondeu ela. 14.Eliseu então disse: “Que se pode fazer por ela?”. “Ela não tem filhos – respondeu Giezi – e seu marido é idoso.” 15.“Chama-a’’ – disse Eliseu. Giezi chamou-a e ela apareceu à porta. 16.Eliseu disse-lhe: “Por esse tempo, daqui a um ano, acariciarás um filho”. “Não, meu senhor – respondeu ela –, não zombes de tua escrava, ó homem de Deus!” 17.E a mulher, no ano seguinte, à mesma época, como tinha predito Eliseu, deu à luz um filho. 18.O menino cresceu. Um dia em que ele fora ter com seu pai junto dos ceifadores, 19.disse-lhe: “Ai, minha cabeça, minha cabeça!”. “Leva-o à sua mãe” – disse o pai a um escravo. 20.Este levou-o e entregou-o à sua mãe. O menino ficou nos joelhos da mãe até meio-dia e morreu. 21.Ela subiu, colocou o menino na cama do homem de Deus, fechou a porta e saiu. 22.Chamou o marido e disse-lhe: “Manda comigo um escravo e uma jumenta para que eu vá à casa do homem de Deus e volte”. 23.Ele disse-lhe: “Por que vais ter com ele hoje? Não é lua nova nem sábado”. “Fica tranquilo” – respondeu ela. 24.Mandou selar a jumenta e disse ao escravo: “Conduze-me, apressa-te, não me detenhas em caminho sem que eu te diga”. 25.Ela partiu e chegou aonde estava o homem de Deus, no monte Carmelo. O homem de Deus, vendo-a de longe, disse ao seu servo Giezi: “Aí vem a suna­mita; 26.corre-lhe ao encontro e pergunta-lhe se ela vai bem, como vai o seu marido e o seu filho”. Ela respondeu: “Tudo vai bem”. 27.Mas chegando junto do homem de Deus na montanha, pegou-lhe os pés. Giezi aproximou-se para afastá-la, mas o homem de Deus disse-lhe: “Deixa-a; sua alma está cheia de amargura e o Senhor me oculta o motivo, nada me revelou”.* 28.A mulher disse: “Pedi eu, porventura, um filho ao meu senhor? Não te disse que não zombasses de mim?”. 29.Eliseu disse a Giezi: “Põe o teu cinto, toma na mão o meu bastão e parte. Se encontrares alguém, não o saúdes; e se alguém te saudar, não lhe respondas. Porás o meu bastão no rosto do menino”.* 30.A mãe do menino exclamou: “Por Deus e pela tua vida, não te deixarei!”. Então, Eliseu seguiu-a. 31.Entretanto, Giezi, que os tinha precedido, pôs o bastão no rosto do menino; mas não houve voz, nem sinal de vida. Ele voltou a Eliseu e disse-lhe: “O menino não despertou”. 32.Eliseu entrou na casa, onde estava o menino morto em cima da cama. 33.Entrou, fechou a porta atrás de si e do morto e orou ao Senhor. 34.Depois, subiu à cama, deitou-se em cima do menino, colocou seus olhos sobre os olhos dele, suas mãos sobre as mãos dele e enquanto estava assim estendido, o corpo do menino aqueceu-se. 35.Eliseu levantou-se, deu algumas voltas pelo quarto, tornou a subir e estendeu-se sobre o menino. Este espirrou sete vezes e abriu os olhos. 36.Eliseu chamou Giezi e disse-lhe: “Chama a sunamita”. Ele a chamou. Ela entrou e Eliseu disse-lhe: “Toma o teu filho”. 37.Então, ela veio e lançou-se aos pés de Eliseu, prostrando-se por terra. Em seguida, tomou o filho e saiu. 38.Quando Eliseu voltou a Gálgala, a fome devastava a terra. Estando os filhos dos profetas sentados diante dele, disse ao seu servo: “Toma uma panela grande e prepara uma sopa para os filhos dos profetas”. 39.Foi um deles ao campo para colher legumes e encontrou uma planta silvestre. Colheu dela coloquíntidas selvagens, encheu o manto, voltou para casa e cortou-as em pedaços dentro da panela da sopa, sem saber o que era. 40.Serviu-se a refeição aos homens. Logo, porém, que provaram da sopa, puseram-se a gritar: “Homem de Deus, a morte está na panela!”. E não puderam comer. 41.Eliseu disse-lhes: “Trazei-me farinha”. Jogou farinha na panela e disse: “Serve agora, para que todos comam”. E não havia mais nada ruim na panela. 42.Veio um homem de Baal-Salisa, que trazia ao homem de Deus, à guisa de primícias, vinte pães de cevada e trigo novo no seu saco. “Dá-os a esses homens – disse Eliseu –, para que comam.” 43.Seu servo respondeu: “Como poderei servir com isso a cem pessoas?”. “Dá-os a esses homens – repetiu Eliseu –, para que comam. Eis o que diz o Senhor: ‘Comerão e ainda sobrará’.” 44.E deu-os ao povo. Comeram e ainda sobrou, como o Senhor tinha dito.

Cura de Naamã

5.   1.Naamã, general do exército do rei da Síria, gozava de grande prestígio diante de seu amo e era muito considerado, porque, por meio dele, o Senhor salvou a Síria. Era um homem valente, mas leproso. 2.Ora, tendo os sírios feito uma incursão no território de Israel, levaram consigo uma jovem, a qual ficou a serviço da mulher de Naamã. 3.Ela disse à sua senhora: “Ah, se meu amo fosse ter com o profeta que reside em Samaria, ele o curaria da lepra!”. 4.Ouvindo isso, Naamã foi e contou ao seu soberano o que dissera a jovem israelita. 5.O rei da Síria respondeu-lhe: “Vai, que eu enviarei uma carta ao rei de Israel”. Naamã partiu com dez talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez vestes de festa. 6.Levou ao rei de Israel uma carta concebida nestes termos: “Ao receberes esta carta, saberás que te mando Naamã, meu servo, para que o cures da lepra”. 7.Tendo lido a missiva, o rei de Israel rasgou as vestes e exclamou: “Sou eu, porventura, um deus, que possa dar a morte ou a vida, para que esse me mande dizer que cure um homem da lepra? Vede bem que ele anda buscando pretextos contra mim”. 8.Quando Eliseu, o homem de Deus, soube que o rei tinha rasgado as vestes, mandou-lhe dizer: “Por que rasgaste as tuas vestes? Que ele venha a mim e saberá que há um profeta em Israel”. 9.Naamã veio com seu carro e seus cavalos e parou à porta de Eliseu. 10.Este mandou-lhe dizer por um mensageiro: “Vai, lava-te sete vezes no Jordão e tua carne ficará limpa”. 11.Naamã se foi, despeitado, dizendo: “Eu pensava que ele viria em pessoa e, diante de mim, invocaria o Senhor, seu Deus, poria a mão no lugar afetado e me curaria da lepra. 12.Porventura, os rios de Damasco, o Abana e o Farfar, não são melhores do que todas as águas de Israel? Não me poderia eu lavar neles e ficar limpo?”. E, voltando-se, retirou-se encolerizado. 13.Mas seus servos, aproximando-se dele, disseram-lhe: “Meu pai, mesmo que o profeta te tivesse ordenado algo difícil, não o deverias fazer? Quanto mais agora que ele te disse: ‘Lava-te e serás curado’.” 14.Naamã desceu ao Jordão e banhou-se ali sete vezes, como lhe ordenara o homem de Deus e sua carne tornou-se tenra como a de uma criança. 15.Voltando então para o homem de Deus, com toda a sua comitiva, entrou, apresentou-se diante dele e disse: “Reconheço que não há outro Deus em toda a terra, senão o de Israel. Aceita este presente do teu servo”. 16.“Pela vida do Senhor a quem sirvo – replicou Eliseu –, não aceitarei nada.” E, apesar da instância de Naamã, ele recusou. 17.Então Naamã disse: “Se não o aceitas, permite ao menos que se dê ao teu servo da terra deste país, tanto quanto possam carregar duas mulas, porque doravante este teu servo não oferecerá mais holocausto nem sacrifício a outros deuses, mas só ao Senhor. 18.Entretanto, que o Senhor perdoe ao teu servo o seguinte: Quando o meu soberano entrar no templo de Remon para adorar, apoiando-se no meu braço seja-me permitido também me prostrar no templo de Remon. E que o Senhor perdoe esse gesto ao teu servo”. 19.Eliseu respondeu: “Faze-o tranquilamente”. E Naamã o deixou.* 20.Naamã estava já a certa distância, quando Giezi, servo de Eliseu, disse consigo: “Eis que meu amo poupou a esse sírio, Naamã, recusando aceitar de sua mão o que ele tinha trazido. Pela vida de Deus! Vou correr atrás dele e obterei dele alguma coisa”. 21.E Giezi foi ao alcance de Naamã, o qual, vendo-o correr, desceu do carro e veio-lhe ao encontro. E disse-lhe: “Tudo vai bem?”. 22.“Sim – respondeu Giezi –, meu senhor manda-me dizer-te: ‘Acabam de chegar à minha casa, da montanha de Efraim, dois jovens, filhos de profetas. Rogo-te que me dês para eles um talento de prata e dois hábitos de festa’.” 23.Naamã respondeu: “É melhor que leves dois talentos”. Naamã insistiu e, atando dois talentos e dois hábitos de festa em dois sacos, entregou-os a dois de seus escravos para que os levassem a Giezi. 24.Quando atingiram a colina, Giezi tomou os objetos de suas mãos e guardou-os na sua casa. Depois disso, despediu os dois homens e estes se retiraram. 25.E, tendo entrado, apresentou-se ao seu amo. Eliseu disse-lhe: “De onde vens, Giezi?”. “Teu servo não foi a parte alguma” – respondeu ele. 26.Mas Eliseu replicou: “Não estava, porventura, presente o meu espírito, quando um homem saltou de seu carro ao teu encontro? É este o momento de aceitar dinheiro, adquirir vestes, oliveiras e vinhas, ovelhas e bois, servos e servas? 27.A lepra de Naamã se pegará a ti e a toda a tua descendência para sempre”. E Giezi saiu da presença de Eliseu coberto de uma lepra branca como a neve.

O milagre do machado

6.   1.Os filhos dos profetas disseram a Eliseu: “Vê, o lugar em que moramos contigo tornou-se estreito demais para nós. 2.Vamos até o Jordão, tomemos dali cada um de nós uma viga e construamos ali uma sala em que possamos habitar”. “Ide” – respondeu-lhes ele –. 3.“Mas vem também tu com os teus servos” – ajuntou um deles –. “Eu irei” – disse ele. 4.E partiu com eles. Chegados ao Jordão, puseram-se a cortar madeira. 5.Ora, estando um deles a cortar uma árvore, eis que o seu machado caiu na água. “Ah, meu senhor!” – exclamou ele. Porque o machado era emprestado. 6.“Onde caiu ele?” – perguntou o homem de Deus. Ele mostrou-lhe o lugar. Eliseu cortou um pedaço de madeira, jogou-o na água e o machado veio à tona. 7.“Tira-o” – disse ele. O homem estendeu a mão e tomou-o.

Eliseu, profeta da paz

8.O rei da Síria, que estava em guerra contra Israel, teve conselho com os seus servos e disse-lhes: “Em tal e tal lugar estará o meu acampamento”. 9.Mandou então o homem de Deus dizer ao rei de Israel: “Guarda-te de passar por tal lugar, porque os sírios estão ali”. 10.O rei de Israel mandou homens ao lugar indicado pelo homem de Deus em sua mensagem. E o rei acautelou-se não apenas uma ou duas vezes. 11.O rei da Síria, alvoroçado por causa disso, chamou seus servos e disse-lhes: “Não me descobrireis quem dos nossos nos traiu junto do rei de Israel?”. 12.“Não foi ninguém, ó rei, meu senhor – respondeu um deles –, é o profeta Eliseu quem conta ao rei de Israel os planos que fazes em teu quarto de dormir.” 13.“Ide – disse o rei –, e vede onde ele está, para que eu o mande prender.” Disseram ao rei: “Ele está agora em Dotain”. 14.O rei enviou ali cavalos, carros e uma companhia importante; chegaram de noite e cercaram o lugar. 15.Na manhã seguinte, o homem de Deus, saindo fora, viu o exército que cercava a cidade com cavalos e carros. Seu servo disse-lhe: “Ai, meu senhor! Que vamos fazer agora?”. 16.“Não temas – respondeu Eliseu –, os que estão conosco são mais numerosos do que os que estão com eles.” 17.Orou Eliseu e disse: “Senhor, abri-lhe os olhos, para que veja”. O Senhor abriu os olhos do servo e este viu o monte cheio de cavalos e carros de fogo ao redor de Eliseu. 18.Entretanto, os sírios desciam para ele e Eliseu orou ao Senhor, dizendo: “Feri de cegueira estes homens”. E o Senhor, ouvindo a prece de Eliseu, feriu-os de cegueira. 19.Eliseu disse-lhes: “Não é por aqui o caminho nem é esta a cidade. Segui-me! Vou conduzir-vos ao homem que buscais”. E levou-os a Samaria. 20.Tendo eles entrado em Samaria, Eliseu disse: “Senhor, abri os olhos desses homens para que vejam”. O Senhor abriu-lhes os olhos e eles viram que estavam em Samaria. 21.O rei de Israel, tendo-os visto, disse a Eliseu: “Devo matá-los, meu pai?”. 22.“Não” – respondeu ele –. “Fere aos que capturares com tua espada e teu arco. A estes, porém, dá-lhes pão e água, para que restaurem as forças e voltem em seguida para junto de seu senhor.” 23.O rei mandou que se lhes servisse um grande banquete e depois que acabaram de comer e beber, deixou-os em liberdade e eles voltaram para o seu soberano. A partir de então, os guerrilheiros sírios cessaram as suas incursões nas terras de Israel.

Samaria novamente bloqueada pelos sírios

24.Depois disso, Ben-Adad, rei da Síria, mobilizou todo o seu exército e subiu para pôr cerco diante de Samaria.* 25.A fome alastrou-se pela cidade e o cerco foi tão rude que uma cabeça de jumento valia oitenta siclos de prata e a quarta parte de um cab de grãos, cinco siclos de prata.* 26.Um dia em que o rei circulava pela muralha, uma mulher gritou-lhe: “Socorre-me, ó rei, meu senhor!”. 27.O rei respondeu-lhe: “Se o Senhor não te salva, com que te poderei eu socorrer? Porven­tura, com a eira ou com o lagar?”.* 28.E ajuntou: “Que te aconteceu?”. Ela respondeu: “Esta mulher, que aqui vês, disse-me: ‘Dá-me o teu filho para o comermos hoje; amanhã comeremos o meu’. 29.Cozemos então o meu filho e o comemos. No dia seguinte, quando eu lhe disse: ‘Dá-me o teu filho para que o comamos’, ela o escondeu”. 30.Ouvindo o que lhe dizia a mulher, o rei rasgou as vestes, e como ia passando pela muralha, o povo viu que ele trazia um cilício sobre o corpo. 31.“Que Deus me trate com todo o rigor, se a cabeça de Eliseu, filho de Safat, lhe ficar ainda hoje sobre os ombros!”* 32.Ora, Eliseu achava-se em sua casa e os anciãos sentados com ele. O rei se fizera preceder por um emissário; mas, antes que este chegasse, Eliseu disse aos anciãos: “Vede como este filho de bandido manda alguém para cortar-me a cabeça? Atenção! Quando chegar o emissário, fechai-lhe a porta e repeli-o. Mas não se ouve já o ruído dos passos de seu amo, que o segue?”. 33.Não tinha ainda acabado de falar, quando o mensageiro se apresentou diante dele e disse-lhe: “Quando um tão grande mal nos vem do Senhor, que poderei eu esperar ainda?”.

7.   1.Eliseu disse-lhe: “Ouvi o que diz o Senhor: ‘Amanhã, a esta mesma hora, uma medida de flor de farinha valerá um siclo à porta de Samaria e duas medidas de cevada, também um siclo”.* 2.O oficial, em cujo braço se apoiava o rei, respondeu ao homem de Deus: “Ainda que o Senhor fizesse janelas no céu, seria possível semelhante coisa?”. “Tu o verás com os teus olhos – respondeu Eliseu –, mas não comerás.”* 3.Ora, estavam quatro leprosos à porta da cidade, os quais disseram entre si: “Por que ficarmos nós aqui até morrermos? 4.Se formos para a cidade, morreremos, porque reina a fome ali; se ficarmos aqui, morreremos da mesma sorte. Vinde! Passemos ao acampamento dos sírios; quem sabe se eles nos pouparão a vida e viveremos? Se nos quiserem matar, pois bem, morreremos”. 5.Ao anoitecer, partiram para o acampamento dos sírios mas, ao chegarem aos limites do acampamento, viram que não havia mais ninguém. 6.O Senhor tinha feito ouvir no acampamento dos sírios um estrondo de carros, de cavalaria e de um grande exército e disseram uns aos outros: “Isso é certamente o rei de Israel que assalariou contra nós os reis dos hiteus e dos egípcios”. 7.Levantaram-se, pois, ao anoitecer e fugiram, deixando ali suas tendas, cavalos, jumentos, abandonando o acampamento tal como estava e só cuidando de salvar a própria vida. 8.Os leprosos, pois, chegando à extremidade do acampamento, entraram numa tenda e, depois de terem comido e bebido, tomaram consigo ouro, prata e vestes, que foram esconder para si. Voltaram em seguida e entraram noutra tenda e esconderam também o que puderam carregar dali. 9.Então, disseram um para o outro: “Não está bem o que fazemos. Hoje é um dia de boas novas. Se calarmos e esperarmos até o romper da aurora, seremos castigados. Vamos e informemos a casa do rei”. 10.Foram e contaram o sucedido aos guardas da porta da cidade, dizendo-lhes: “Entramos no acampamento dos sírios. Não há ali ninguém, nem uma voz humana sequer, só há cavalos, jumentos amarrados e as tendas tais como foram levantadas”. 11.Os guardas da porta deram sinais e a boa-nova foi levada ao interior do palácio real. 12.Era noite. O rei levantou-se e disse aos seus servos: “Vou dizer-vos o que tramam os sírios: eles sabem que estamos famintos; por isso, deixaram o acampamento e foram armar emboscadas no campo, pensando prender-nos vivos e penetrar em seguida na cidade, uma vez que tenhamos saído dela”. 13.Mas um dos servos do rei tomou a palavra: “Tomemos cinco dos cavalos que nos restam e mandemo-los para ver o que há – sua sorte será a de todo o povo de Israel que ficou e que vai perecer”. 14.Escolheram dois carros com os cavalos e o rei os enviou para seguirem as pisadas do exército sírio, dizendo-lhes: “Ide ver”. 15.Eles seguiram os rastos dos sírios até o Jordão. Todo o caminho estava repleto de vestes e outros objetos que os sírios tinham abandonado em sua precipitação. Os mensageiros voltaram e contaram-no ao rei. 16.Saiu então o povo e pilhou o acampamento dos sírios. E vendeu-se uma medida de flor de farinha por um siclo e igualmente por um siclo duas medidas de cevada, como o Senhor o dissera. 17.O rei confiara a guarda da porta ao oficial em cujo braço se apoiava. Mas a porta, com os empurrões do povo, caiu e o povo o esmagou; e ele morreu, como havia predito o homem de Deus, quando o rei descera à sua casa. 18.O homem de Deus tinha dito ao rei: “Amanhã, a esta mesma hora, duas medidas de cevada valerão um siclo, na porta de Samaria e uma medida de flor de farinha, um siclo igualmente”. 19.E o oficial tinha respondido ao homem de Deus: “Ainda que o Senhor fizesse janelas no céu, seria possível tal coisa?”. Ao que Eliseu replicara: “Tu o verás com os teus olhos, mas não comerás”. 20.Foi o que lhe aconteceu, pois o povo o atropelou à porta e ele morreu.

plugins premium WordPress

Seus dados foram enviados com sucesso!

É uma grande alegria em tê-lo(a) conosco nesta obra de evangelização.

Seja muito bem vindo(a) à Comunidade de São Pio X.

Duvidas, fale conosco pelo e-mail voluntarios@piox.org.br ou no tel.: (83) 3341-7017

Olá, irmã(o). Em que posso lhe ajudar?