DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Ducentésimo trigésimo dia: A esperança do Servo de Deus

Na continuação do nosso desafio, percebemos uma mudança na linguagem e no tema abordado. O autor sagrado, enfoca a esperança e a consolação para o povo de Judá, que estava cativo na Babilônia. A mensagem central é que Deus é o único Senhor e que ele fortalece e protege seu povo. Também é mencionado o chamado de Deus para o seu povo e a promessa de libertação. O autor enfatiza a importância de ouvir e enxergar a voz de Deus, bem como confiar em sua proteção. O capítulo 42 destaca o servo de Deus, que é tratado como um instrumento para levar a verdadeira religião às nações. Esses capítulos transmitem a mensagem de esperança, confiança e proteção divina para o povo de Judá. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 40, 41 e 42 do livro de Isaías (Is).

Isaías 

LIVRO DA CONSOLAÇÃO (40 – 55)

O aviso da libertação 

40.   1.“Consolai, consolai meu povo” – diz vosso Deus.* 2.Animai Jerusalém, dizei-lhe bem alto que suas lidas estão terminadas, que sua falta está expiada, que recebeu, da mão do Senhor, pena dupla por todos os seus pecados.* 3.Uma voz exclama: “Abri no deserto um caminho para o Senhor, traçai reta na estepe uma pista para nosso Deus.* 4.Que todo vale seja aterrado, que toda montanha e colina sejam abaixadas: que os cimos sejam aplainados, que as escarpas sejam niveladas!”. 5.Então, a glória do Senhor se manifestará; todas as criaturas juntas apreciarão o esplendor, porque a boca do Senhor o prometeu. 6.“Clama!” – disse uma voz, e eu respondi –: “Que clamarei?” “Toda criatura é como a erva e toda a sua glória como a flor dos campos!* 7.A erva seca e a flor fenece quando o sopro do Senhor passa sobre elas. (Verdadeiramente o povo é semelhante à erva.)* 8.A erva seca e a flor fenece, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente.” 9.Subi a uma alta montanha, para anunciar a boa-nova a Sião. Elevai com força a voz, para anunciar a boa-nova a Jerusalém. Elevai a voz sem receio, dizei às cidades de Judá: “Eis vosso Deus!* 10.Eis o Senhor Deus que vem com poder, estendendo os braços soberanamente. Eis com ele o preço de sua vitória; faz-se preceder pelos frutos de sua conquista; 11.como um pastor, vai apascentar seu rebanho, reunir os animais dispersos, carregar os cordeiros nas dobras de seu manto, conduzir lentamente as ovelhas que amamentam”.

Contra os ídolos

12.Quem, pois, mediu o mar no côncavo da mão, quem com seus dedos abertos mediu os céus? Quem com o alqueire mediu a matéria terrestre, pesou as montanhas no gancho, e as colinas na balança?* 13.Quem determinou o Espírito do Senhor, e que conselheiro lhe deu lições?* 14.De quem recebeu conselho para julgar bem, para que se lhe indique o caminho da justiça, se lhe ensine a ciência e se lhe mostre a via mais prudente? 15.As nações são para ele apenas uma gota de água num balde, um grão de areia na balança; as ilhas não pesam mais que o pó,* 16.o Líbano não bastaria para o braseiro de seu altar, nem seus animais para os holocaustos. 17.Todas as nações juntas nada são diante dele: a seus olhos são como que inexistentes. 18.A quem poderíeis comparar Deus, e que imagem dele poderíeis oferecer? 19.Um artesão funde uma estátua, o ourives, a placa de ouro, e faz derreter as correntinhas de prata. (4l,6) Prestam-se assistência mútua, dizem um ao outro: “Coragem!”. (4l,7) O fundidor estimula o ourives, e o malhador, o ferreiro: “A solda é boa” – diz. Ele a reforça com rebites para que não oscile.* 20.Aquele que deseja esculpir uma imagem escolhe madeira que não apodrece; põe-se à procura de um operário hábil, a fim de assentar uma estátua que não oscile.* 21.Não o sabíeis? Não o aprendestes? Não vos ensinaram desde a origem? Não compreendestes nada da fundação da terra? 22.Aquele que domina acima do disco terrestre, cujos habitantes vê como se fossem gafanhotos, aquele que estende os céus como um véu de gaze, e como tenda os desdobra para aí se abrigar,* 23.reduz os príncipes a nada, e faz desaparecer os governantes da terra; 24.apenas estejam plantados, apenas sejam semeados, apenas seu talo tenha lançado raízes no solo, sopra sobre eles e os resseca, e o turbilhão os varre como palha. 25.“A quem então poderíeis comparar-me, que possa ser a mim igualado?” – diz o Santo. 26.Levantai os olhos para o céu e olhai. Quem criou todos esses astros? Aquele que faz marchar o exército completo, e a todos chama pelo nome, o qual é tão rico de força e dotado de poder, que ninguém falta ao seu chamado.*

Deus conhece o seu povo

27.Por que dizer-te então, ó Jacó, por que repetir, ó Israel: “Escapa meu destino ao Senhor, passa meu direito despercebido a meu Deus?”. 28.Não o sabes? Não o aprendeste? O Senhor é um Deus eterno. Ele cria os confins da terra, sem jamais fatigar-se nem aborrecer-se; ninguém pode sondar sua sabedoria.* 29.Dá forças ao homem acabrunhado, redobra o vigor do fraco. 30.Até os adolescentes podem esgotar-se, e jovens robustos podem cambalear, 31.mas aqueles que contam com o Senhor renovam suas forças; ele dá-lhes asas de águia. Correm sem se cansar, vão para a frente sem se fatigar.

Deus promete a salvação de Israel

41.   1.Ilhas, silenciai para me ouvir, e que os povos renovem suas forças. Que venham tomar a palavra, e pleitear comigo sua causa!* 2.Quem suscitou do Oriente aquele cujos passos são acompanhados de vitórias? Quem pôs então as nações à sua mercê, e fez cair diante dele os reis? Sua espada os reduz a pó, seu arco os dispersa como se fossem palha.* 3.Persegue-os e passa invulnerável, sem mesmo tocar com seus pés o caminho.* 4.Quem, pois, realizou essas coisas? Aquele que desde a origem chama as gerações à vida: eu, o Senhor, que sou o primeiro e que estarei ainda com os últimos. 5.À sua vista as ilhas são presas de temor, e os confins da terra tremem. Que se apresentem e venham.* 8.Mas tu, Israel, meu servo, Jacó que escolhi, raça de Abraão, meu amigo,* 9.tu, que eu trouxe dos confins da terra, e que fiz vir do fim do mundo, e a quem eu disse: “Tu és meu servo, eu te escolhi, e não te rejeitei”;* 10.nada temas, porque estou contigo, não lances olhares desesperados, pois eu sou teu Deus; eu te fortaleço e venho em teu socorro, eu te amparo com minha destra vitoriosa. 11.Vão ficar envergonhados e confusos todos aqueles que se revoltaram contra ti; serão aniquilados e destruídos aqueles que te contradizem; 12.em vão os procurarás, não mais encontrarás aqueles que lutam contra ti; serão destruídos e reduzidos a nada aqueles que te combatem. 13.Pois eu, o Senhor, teu Deus, eu te seguro pela mão e te digo: “Nada temas, eu venho em teu auxílio. 14.Portanto, nada de medo, Jacó, pobre vermezinho, Israel, mísero inseto. Sou eu quem venho em teu auxílio” – diz o Senhor, teu Redentor é o Santo de Israel.* 15.Vou fazer de ti um trenó triturador, novinho, eriçado de pontas: calcarás e esmagarás as montanhas, picarás miúdo as colinas como a palha do trigo.* 16.Tu as joeirarás e o vento as carregará; o turbilhão as espalhará; entretanto, graças ao Senhor, te alegrarás, te gloriarás no Santo de Israel. 17.Os infelizes que buscam água e não a encontram e cuja língua está ressequida pela sede, eu, o Senhor, os atenderei, eu, o Deus de Israel, não os abandonarei. 18.Sobre os planaltos desnudos, farei correr água, e brotar fontes no fundo dos vales. Transformarei o deserto em lagos, e a terra árida em fontes. 19.Plantarei no deserto cedros e acácias, murtas e oliveiras; farei crescer nas estepes o cipreste, ao lado do olmo e do buxo, 20.a fim de que saibam à evidência, e pela observação compreendam, que foi a mão do Senhor que fez essas coisas, e o Santo de Israel quem as realizou.

Desafio aos deuses dos pagãos

21.“Pleiteai vossa causa” – diz o Senhor –; “fazei valer vossos argumentos” – diz o rei de Jacó. 22.Que se apresentem e nos predigam o que vai acontecer. Do passado ou do que souberam predizer, a que tenhamos dado atenção? Ou, então, anunciai-nos o futuro, para nos fazer conhecer o final.* 23.Revelai o que acontecerá mais tarde, e admitiremos que vós sois deuses. Fazei qualquer coisa, a fim de que nos possamos medir!* 24.Mas nada sois, vossa obra é nula, afeiçoar-se a vós é abominável. 25.Eu o fiz surgir do norte e ele vem, do oriente, chamei-o pelo nome; ele calca aos pés os príncipes como lama, qual o oleiro quando amassa o barro.* 26.Quem o havia predito para nos prevenir, quem o havia anunciado, para que se diga: “É exato?”. Ninguém o declarou, ninguém o avisou, ninguém ouviu vossos oráculos. 27.Eu sou o primeiro que disse a Sião: “Ei-los” –, e enviei a Jerusalém a boa-nova. 28.Entre eles não encontrei ninguém, ninguém que soubesse dar um aviso. Pergunto-lhes: “De onde vem ele?” Não respondem.* 29.Pois bem, todos eles nada são, suas obras são nulas. Suas estátuas, vazias como o vento.

O Servo

42.   1.Eis meu Servo que eu amparo, meu eleito ao qual dou toda a minha afeição, faço repousar sobre ele meu espírito, para que leve às nações a verdadeira religião.* 2.Ele não grita, nunca eleva a voz, não clama nas ruas. 3.Não quebrará o caniço rachado, não extinguirá a mecha que ainda fumega. Anunciará com toda a franqueza a verdadeira religião; não desanimará, nem desfalecerá, 4.até que tenha estabelecido a verdadeira religião sobre a terra, e até que as ilhas desejem seus ensinamentos.* 5.Eis o que diz o Senhor Deus que criou os céus e os desdobrou, que firmou a terra e toda a sua vegetação, que dá respiração a seus habitantes, e o sopro vital àqueles que pisam o solo: 6.“Eu, o Senhor, chamei-te realmente, eu te segurei pela mão, eu te formei e designei para ser a aliança com os povos, a luz das nações;* 7.para abrir os olhos aos cegos, para tirar do cárcere os prisioneiros e da prisão aqueles que vivem nas trevas. 8.Eu sou o Senhor, esse é meu nome, a ninguém cederei minha glória, nem a ídolos minha honra. 9.Realizaram-se os primeiros acontecimentos anunciados, eu predigo outros; antes que aconteçam, eu vo-los faço conhecer”.*

Cântico novo de libertação

10.Cantai ao Senhor um cântico novo, do fim do mundo entoai seus louvores; que o mar o celebre com tudo o que contém, assim como as ilhas com seus habitantes! 11.Que o deserto e suas vilas elevem a voz, assim como os acampamentos onde habita Cedar! Que os povos de Petra clamem alegremente, que do alto das montanhas lancem suas aclamações! 12.Que deem glória ao Senhor e espalhem seu louvor pelas ilhas! 13.Tal como um herói, o Senhor avança; como um guerreiro, ele desperta seu ardor; lança seu grito de guerra, como um herói que afronta seus inimigos.*

Nova salvação

14.Muito tempo guardei o silêncio, permaneci mudo e me contive. Mas agora grito, como mulher nas dores do parto; minha respiração se precipita. 15.Vou devastar montanhas e colinas, secar toda a vegetação, transformar os cursos de água em terras áridas, e fazer secar os tanques.* 16.Aos cegos farei seguir um caminho desconhecido, por atalhos desconhecidos eu os encaminharei; mudarei diante deles a escuridão em luz, e as veredas pedregosas em estradas planas. Todas essas maravilhas, eu as realizarei, não deixarei de executá-las.* 17.Retrocederão, cheios de vergonha, aqueles que se fiam nos ídolos, e que dizem às estátuas fundidas: “Sois nosso Deus”.

Israel não havia compreendido seu castigo

18.Surdos, ouvi, cegos, olhai e vede! 19.Quem é cego, senão meu servo, e surdo como o mensageiro que envio? Quem é cego como o meu mensageiro e surdo como o servo do Senhor? 20.Vistes muitas coisas sem lhes dar atenção, tivestes os ouvidos abertos sem escutar.* 21.O Senhor quer, por causa de sua justiça, publicar uma lei grande e magnífica. 22.Todavia, é um povo saqueado e despojado, todos foram acorrentados nos cárceres, fizeram-nos desaparecer nas prisões; são expostos à pilhagem sem que ninguém os livre, despojam-nos, e ninguém lhes faz restituir.* 23.Quem dentre vós prestará atenção a essas coisas? Quem as ouvirá pensando no futuro? 24.Quem então entregou Jacó aos saqueadores, Israel aos depredadores? Não é o Senhor contra quem pecamos, cujas vias não quiseram seguir, nem respeitar suas ordens. 25.Então, despejou sobre eles sua cólera, e as violências da guerra; esta os envolveu de chamas sem que se apercebessem, e os consumiu sem que dessem atenção.

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