DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Ducentésimo sexagésimo quinto dia: A restauração dos ossos secos

Na nossa reflexão de hoje observamos que o profeta Ezequiel recebe uma mensagem do Senhor para profetizar contra a montanha de Seir, ameaçando destruí-la e transformá-la em um deserto como punição pelo ódio eterno que os edomitas nutriam pelos israelitas. O Senhor promete restaurar Israel, trazendo de volta o povo disperso para sua terra, purificando-os de suas iniquidades e abominações, e dando-lhes um novo coração e um novo espírito. Ezequiel tem uma visão do vale de ossos secos, onde o Senhor o instrui a profetizar para que os ossos voltem à vida. Essa visão representa a restauração do povo de Israel. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 35, 36 e 37 do livro de Ezequiel (Ez).

Ezequiel 

Oráculo contra Edom

35.   1.A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 2.“Filho do homem, volta-te para o lado da montanha de Seir, e profetiza contra ela;* 3.Dize-lhe: eis o que diz o Senhor Javé: é contra ti que venho, monte de Seir; eu vou levantar a mão contra ti. Farei de ti um deserto e uma solidão; 4.reduzirei as tuas cidades a ruínas, a fim de que saibas que sou eu o Senhor. 5.Já que tens nutrido ódio eterno pelos israelitas, e os entregaste a fio de espada no dia de sua aflição, e ao termo da sua iniquidade, 6.pois bem: por minha vida – oráculo do Senhor Javé –, eu te entregarei ao sangue, e o sangue há de perseguir-te; porquanto não te horrori­zes em derramar sangue, o sangue há de perseguir-te. 7.Farei da montanha de Seir um deserto e uma solidão, e suprimirei da terra todos os transeuntes. 8.Cobrirei tuas montanhas de cadáveres: sobre teus outeiros, teus vales e tuas torrentes tombarão aqueles a quem corta o gládio. 9.Eu te reduzirei a solidões eternas; tuas cidades serão despovoadas. Assim saberás tu que eu é que sou o Senhor. 10.Já que disseste: as duas nações, os dois países serão meus, e tomarei posse deles, ainda que o Senhor aí resida,* 11.pois bem: por minha vida – oráculo do Se­nhor Javé –, eu te tratarei com a mesma furiosa cólera com que os trataste, e me farei conhecer no modo por que hei de exercer o meu julgamento contra ti. 12.Saberás que eu, o Senhor, ouvi todas as blasfêmias que proferiste contra as montanhas de Israel quando dizias: ei-las devastadas! Elas nos são dadas como pasto. 13.Haveis-me afrontado com uma multidão de palavras insolentes contra mim. Eu as ouvi. 14.Eis o que diz o Senhor Javé: 15.enquanto toda a terra estiver em alegria, farei de ti uma solidão. Porque te tens alegrado com a devastação da herança da casa de Israel, eu te tratarei do mesmo modo: serás devas­tada, montanha de Seir, assim como todo o território de Edom. Assim reco­nhecerás que sou eu o Senhor”.

Restauração de Israel

36.   1.“E tu, filho do homem, profere o seguinte oráculo acerca das montanhas de Israel: montes de Israel, ouvi a palavra do Senhor. 2.Eis o que diz o Senhor Javé: o inimigo gritou a respeito de vós. Ah! Ah! As colinas eternas nos hão de ser dadas em propriedade! 3.Profere, pois, o seguinte oráculo: eis o que diz o Senhor Javé: já que de todos os lados tendes sido devastados e tendes vos tornado propriedade de outras nações, pois tendes sido objeto de maledicências e de calúnias dos povos, 4.pois bem, montes de Israel, escutai o que diz o Senhor Javé às montanhas, às colinas, às torrentes, aos vales, às ruínas desoladas e às cidades abandonadas, que foram entregues à pilhagem e às zombarias das nações vizi­nhas; 5.pois bem, eis o que diz o Senhor Javé: juro que é no ardor do meu zelo que vou falar contra os demais povos e contra Edom todo que, com uma alegria cheia de desprezo, se estão atribuindo a posse de minha terra para saqueá-la. 6.Por isso, pronuncia o teu oráculo sobre a terra de Israel, e dize às montanhas, aos outeiros, às torrentes e aos vales: eis o que diz o Senhor Javé: é no furor do meu zelo que falo. Tendes carregado o desprezo injurioso das nações. 7.Por isso, eis o que diz o Senhor Javé: eu o juro. As nações que vos rodeiam terão também elas que sofrer ignomínia, 8.enquanto vós, montes de Israel, vós lançareis os vossos ramos e trareis vosso fruto para o meu povo de Israel, porque sua volta está próxima. 9.Porque eis que venho até vós, eu me volto para vós, a fim de que sejais novamente cultivados e semeados. 10.Multiplicarei sobre o vosso solo os homens de toda a casa de Israel: as cidades serão repovoadas e as ruínas, reconstruídas. 11.Multiplicarei sobre vosso solo homens e animais, que serão numerosos e fecundos; eu vos repovoarei como outrora e vos tornarei mais prósperos do que nunca. Vós reconhecereis assim que eu é que sou o Senhor. 12.É meu povo de Israel, esses homens que farei nascer sobre o vosso solo; serás a sua posse e herança, e não os privarás mais dos seus filhos. 13.Eis o que diz o Senhor Javé: como se diz de ti que és uma devoradora e que privas a tua nação de seus filhos,* 14.pois bem, por isso não devorarás mais homens e não mais privarás tua nação de seus filhos – oráculo do Senhor Javé. 15.Farei de maneira a não mais ouvires as injúrias das nações pagãs, e que não sofras mais os ultrajes dos povos, e não mais farás tropeçar tua nação – oráculo do Senhor Javé.”*

O sofrimento e o perdão

16.A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 17.“Filho do homem, quando os israelitas habitavam sobre o seu território, eles mancharam-no por seu comportamento e seus atos: seu proceder era, a meus olhos, como a menstruação de uma mulher. 18.Por isso, desencadeei sobre eles o meu furor, devido ao sangue que ti­nham derramado sobre a terra e aos ídolos com que a profanaram; 19.eu os dispersei no meio das nações e os disseminei entre as nações estrangeiras: foi esse um julgamento apropriado a seu comportamento e aos seus atos. 20.Entre todos os povos aonde foram, aviltaram o meu santo nome, porque se dizia deles: eis o povo do Senhor, eles deixaram a sua terra. 21.Eu, pois, quis salvar a honra do meu santo nome, que os israelitas profanaram entre as nações, às quais tinham ido. 22.Por isso, declara à casa de Israel o que segue: eis o que diz o Senhor Javé: não é por vós que faço isto, ó israelitas, mas por honra do meu santo nome que profanastes entre pagãos, aonde tínheis ido.* 23.Quero manifestar a santidade do meu augusto nome que aviltastes, profanando-o entre as nações pagãs, a fim de que conheçam que eu sou o Senhor – oráculo do Senhor Javé –, quando sob seus olhares eu houver manifestado a minha santidade por meu proceder em relação a vós. 24.Eu vos retirarei do meio das nações, eu vos reunirei de todos os lugares, e vos conduzirei ao vosso solo. 25.Derramarei sobre vós águas puras, que vos purificarão de todas as vossas imundícies e de todas as vossas abominações. 26.Eu vos darei um coração novo e em vós porei um espírito novo; tirarei do vosso peito o coração de pedra e vos darei um coração de carne. 27.Dentro de vós colocarei meu espírito, fazendo com que obedeçais às minhas leis e sigais e observeis os meus preceitos. 28.Habitareis a terra de que fiz presente a vossos pais; sereis meu povo, e serei vosso Deus. 29.Eu vos purificarei de todas as vossas imundícies. Farei vir o trigo, farei com que seja produzido em abundância e vos isentarei da fome. 30.Farei abundar os frutos das árvores e a colheita dos campos, a fim de que não tenhais mais de sofrer entre as nações a vergonha da fome. 31.Então, lembrando-vos de vosso perverso proceder e de vossas ignóbeis ações, vos desgostareis de vós mesmos, por causa das vossas iniquidades e de vossas abominações. 32.Não é por vós que faço isso – oráculo do Senhor Javé –, sabei-o bem. Tende vergonha, enrubescei-vos por causa de vosso comportamento, ó israelitas! 33.Eis o que diz o Senhor Javé: no dia em que eu vos purificar de todas as vossas iniquidades, repovoarei as cidades; as ruínas serão reerguidas, 34.e a terra inculta de novo cultivada, ao invés desse espetáculo de desolação oferecido aos olhares de todos os passantes. 35.Será dito: esta terra que se achava devastada tornou-se um jardim do Éden! Essas cidades em ruínas, desertas e desoladas, estão agora restauradas e repovoadas. 36.Então, as nações que restaram em torno de vós saberão que sou eu o Senhor, que reconstruí o que estava em ruínas e replantei o que estava baldio. Sou eu, o Senhor, que o digo e o farei. 37.Eis o que diz o Senhor Javé: nisto ainda me deixarei abrandar pela casa de Israel e o farei por eles: eu os multiplicarei como um rebanho. 38.Tais como os rebanhos dos animais consagrados, tais como as manadas que se conduzem a Jerusalém, por ocasião das festas solenes, tais serão os rebanhos de homens que povoarão vossas cidades em ruínas. Então se saberá que sou eu o Senhor”.

Os ossos secos

37.   1.A mão do Senhor desceu sobre mim. Ele me arrebatou em espírito e me colocou no meio de uma planície, que estava coberta de ossos. 2.Ele fez-me circular em todos os sentidos no meio desses ossos numerosos que jaziam na superfície. Vi que estavam inteiramente secos. 3.Disse-me o Senhor: “Filho do homem, poderiam esses ossos retornar à vida?”. “Senhor Javé” – respondi –, “só vós o sabeis.” 4.Ele disse-me então: “Profere um oráculo sobre esses ossos. Ossos dessecados, lhes dirás, escutai a palavra do Senhor: 5.eis o que vos declara o Senhor Javé: vou fazer reentrar em vós o sopro da vida para vos fazer reviver. 6.Porei em vós músculos, farei vir carne sobre vós, vos cobrirei de pele; depois farei entrar em vós o sopro da vida, a fim de que revivais. E sabereis assim que eu sou o Senhor. 7.Profetizei, pois, assim como tinha recebido ordem. No momento em que comecei, um barulho se fez ouvir, em seguida um ruído ensurde­cedor, enquanto os ossos se vinham unir aos outros. 8.Prestando atenção, vi que se formavam sobre eles músculos, que nascia neles carne e que uma pele os recobria. Todavia, não tinham espírito.* 9.Profetiza ao espírito, disse-me o Senhor, profetiza, filho do homem, e dirige-te ao espírito: eis o que diz o Senhor Javé: vem, espírito, dos quatro cantos do céu, sopra sobre esses mortos para que reviva”. 10.Proferi o oráculo que ele me havia ditado, e daí a pouco o espírito penetrou neles. Retornando à vida, eles se levantaram sobre seus pés: um grande, um imenso exército. 11.Então, o Senhor me disse: “Filho do homem, esses ossos são toda a raça dos israelitas. Eles dizem: nossos ossos estão secos, nossa esperança está morta; estamos perdidos! 12.Por isso, dirige-lhes o seguinte oráculo: eis o que diz o Senhor Javé: Ó meu povo, vou abrir os vossos túmulos; eu vos farei sair deles para vos transportar à terra de Israel. 13.Sabereis, então, que eu é que sou o Senhor, ó meu povo, quando eu abrir os vossos túmulos e vos fizer sair deles, 14.quando eu colocar em vós o meu espírito para vos fazer voltar à vida e quando vos hei de restabelecer em vossa terra. Sabereis então que sou eu o Senhor, que o disse e o executei – oráculo do Senhor”.

Promessa de unificação

15.A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 16.“Filho do homem, toma um pedaço de madeira e escreve nele: Judá e os israelitas que estão com ele. Em seguida, tomarás outro no qual escreverás: José, madeira de Efraim, e todos os israe­litas que estão com ele. 17.Em seguida, os ajuntarás um ao outro, de modo que só formem um pedaço em tua mão. 18.Quando teus compatriotas te perguntarem o que queres dizer com isso, 19.responderás: eis o que diz o Senhor Javé: vou tomar o lenho de José, que está na mão de Efraim, assim como as tribos de Israel que estão com ele, para juntá-lo ao lenho de Judá, de modo que, unidos na mão, não sejam senão um.* 20.Guardarás ostensivamente na mão os pedaços de madeira em que houveres feito essas inscrições, 21.e tu dirás: eis o que diz o Senhor Javé: vou recolher os israelitas de entre as nações onde se acham dispersos; vou congregá-los de toda parte e trazê-los para a sua terra. 22.Farei com que, em sua terra, sobre as montanhas de Israel, não formem mais do que uma só nação, que não possuam mais do que um rei. Não mais existirá a divisão em dois povos e em dois reinos. 23.Não mais se mancharão com seus ídolos nem cometerão infames abominações: eu os libertarei de todas as transgressões de que se tornaram culpados e os purificarei. Eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus. 24.Meu servo Davi será o seu rei; não terão todos senão um só pastor; obedecerão aos meus mandamentos, observarão as minhas leis e as porão em prática.* 25.Habitarão a terra que concedi a meu servidor Jacó, aquela em que vossos pais residiram; eles aí permanecerão; eles, seus filhos e os filhos de seus filhos para sempre. Davi, meu servo, será para sempre o seu rei. 26.Concluirei com eles uma aliança de paz, um tratado eterno. Eu os plantarei e os multiplicarei. Estabelecerei para sempre o meu santuário entre eles. 27.Minha residência será no meio deles. Eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. 28.E as nações saberão que sou eu, o Senhor, quem santifica Israel, quando o meu santuário se achar constituído para sempre no meio do meu povo”.

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