DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Ducentésimo segundo dia: A importância da sabedoria e da piedade na história

Na continuação de nossa meditação podemos observar que o texto vai falar sobre a idolatria dos egípcios em relação a animais irracionais, como crocodilos, serpentes e rãs, que eram adorados como deuses. O autor também destaca a universalidade da piedade de Deus pelos pecadores e o papel do amor na criação e manutenção dos seres. O livro da sabedoria traz a temática da felicidade e salvação para todos os povos, não apenas para o povo de Deus. Além disso, o texto menciona a presença da sabedoria ao lado de Deus e como ela conhece todas as coisas e guia os passos do autor. O autor também ressalta a dificuldade de compreender as coisas terrenas e a importância de buscar a sabedoria. No capítulo 9, somos convidados à meditar e rezar pela sabedoria, pois é um dom de extrema importância na história de Israel e do povo de Deus até os dias atuais. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 8, 9, 10 e 11 do livro da Sabedoria (Sb).

Livro da Sabedoria

8.   1.Ela estende seu vigor de uma extremidade do mundo à outra e governa todas as coisas com felicidade.

A sabedoria como esposa

2.Eu a amei e procurei desde minha juventude, esforcei-me por tê-la por esposa e me enamorei de seus encantos.* 3.Ela mostra a nobreza de sua origem em conviver com Deus, ela é amada pelo Senhor de todas as coisas. 4.Ela é iniciada na ciência de Deus e, por sua escolha, decide de suas obras.* 5.Se a riqueza é um bem desejável na vida, que há de mais rico que a sabedoria que tudo criou? 6.Se a inteligência do homem consegue operar, o que, então, mais que a sabedoria, é artífice dos seres? 7.E, se alguém ama a justiça, seus trabalhos são virtudes; ela ensina a temperança e a prudência, a justiça e a força: não há ninguém que seja mais útil aos homens na vida. 8.Se alguém deseja uma vasta ciência, ela sabe o passado e conjetura o futuro; conhece as sutilezas oratórias e revolve os enigmas; prevê os sinais e os prodígios, e o que tem que acontecer no decurso das idades e dos tempos. 9.Portanto, resolvi tomá-la por companheira de minha vida, cuidando que ela será para mim uma boa conselheira, e minha consolação nos cuidados e na tristeza.* 10.Graças a ela, receberei as honras das multidões, e, embora jovem como sou, o respeito dos anciãos. 11.Reconhecerão a penetração de meu julgamento, e excitarei a admiração dos reis.* 12.Se me calo, esperarão que eu fale; se falo, estarão atentos; e se prolongo meu discurso, levarão a mão à boca.* 13.Por meio dela obterei a imortalidade, e deixarei à posteridade uma lembrança eterna. 14.Governarei povos e as nações me serão submissas. 15.Príncipes temíveis estarão cheios de medo ao ouvirem falar de mim; eu me mostrarei bom para com o povo e valoroso no combate. 16.Recolhido em minha casa, repousarei junto dela, porque a sua convivência não tem nada de desagradável, e sua intimidade nada de fastidioso; ela traz consigo, pelo contrário, o contentamento e a alegria!* 17.Meditando comigo mesmo nesses pensamentos, e considerando em meu coração que a imortalidade se encontra na aliança com a sabedoria, 18.a alegria perfeita na sua amizade, contínua riqueza na sua atividade, inteligência nas lições de seus entretenimentos familiares, e glória na comunicação de suas sentenças, saí à sua procura, a fim de possuí-la em mim. 19.Eu era um menino vigoroso, dotado de uma alma excelente, 20.ou antes, como era bom, eu vim a um corpo intato;* 21.mas, consciente de não poder possuir a sabedoria, a não ser por dom de Deus, e já era inteligência o saber de onde vem o dom, eu me voltei para o Senhor, e invoquei-o, dizendo do fundo do coração:

Oração de Salomão, para obter a sabedoria

9.   1.“Deus de nossos pais, e Senhor de misericórdia, que todas as coisas criastes pela vossa palavra, 2.e que, por vossa sabedoria, formastes o homem para ser o senhor de todas as vossas criaturas, 3.governar o mundo na santidade e na justiça, e proferir seu julgamento na retidão de sua alma, 4.dai-me a sabedoria que partilha do vosso trono, e não me rejeiteis como indigno de ser um de vossos filhos. 5.Sou, com efeito, vosso servo e filho de vossa serva, um homem fraco, cuja existência é breve, incapaz de compreender vosso julgamento e vossas leis;* 6.porque qualquer homem, mesmo perfeito, entre os homens, não será nada, se lhe falta a sabedoria que vem de vós. 7.Ora, vós me escolhestes para ser rei de vosso povo e juiz de vossos filhos e vossas filhas. 8.Vós me ordenastes construir um templo na vossa montanha santa e um altar na cidade em que habitais: imagem da sagrada habitação que preparastes desde o princípio.* 9.Mas ao vosso lado está a sabedoria que conhece vossas obras; ela estava presente quando fizestes o mundo, ela sabe o que vos é agradável, e o que se conforma às vossas ordens. 10.Fazei-a, pois, descer de vosso santo céu, e enviai-a do trono de vossa glória, para que, junto de mim, tome parte em meus trabalhos, e para que eu saiba o que vos agrada. 11.Com efeito, ela sabe e conhece todas as coisas; prudentemente guiará meus passos e me protegerá no brilho de sua glória. 12.Assim, minhas obras vos serão agradáveis; governarei vosso povo com justiça, e serei digno do trono de meu pai. 13.Que homem, pois, pode conhecer os desígnios de Deus, e penetrar nas determinações do Senhor? 14.Tímidos são os pensamentos dos mortais, e incertas as nossas concepções; 15.porque o corpo corruptível torna pesada a alma, e a morada terrestre oprime o espírito carregado de cuidados. 16.Mal podemos compreender o que está sobre a terra, dificilmente encontramos o que temos ao alcance da mão. Quem, portanto, pode descobrir o que se passa no céu? 17.E quem conhece vossas intenções, se vós não lhe dais a sabedoria, e se do mais alto dos céus vós não lhe enviais vosso Espírito Santo? 18.Assim se tornaram direitas as veredas dos que estão na terra; os homens aprenderam as coisas que vos agradam e pela sabedoria foram salvos.”*

Sabedoria na criação e na libertação

10.   1.O primeiro homem, o pai do mundo, que foi criado sozinho, foi a sabedoria que cuidou dele, tirou-o de seu próprio pecado,* 2.e deu-lhe o poder de reinar sobre todas as coisas. 3.E porque o perverso, na sua ira, dela se afastou, pereceu depois de seu furor fratricida.* 4.E estando a terra submersa por causa dele pelo dilúvio, a sabedoria de novo o salvou, conduzindo o justo num lenho sem valor.* 5.E quando as nações unânimes caíram no mal, foi ela que distinguiu o justo, o manteve irrepreensível diante de Deus, e lhe deu a força para vencer sua ternura pelo seu filho.* 6.Foi ela que, quando do aniquilamento dos ímpios, salvou o justo, subtraindo-o ao fogo que descera sobre a Pentápole,* 7.cuja perversidade ainda no presente é testemunhada por uma terra fumegante e deserta, onde as árvores carregam frutos incapazes de amadurecer, e onde está erigida uma coluna de sal, memorial de uma alma incrédula. 8.Porque aqueles que desprezaram a sabedoria, não somente se prejudicaram em ignorar o bem, mas ainda deixaram aos homens um testemunho de sua loucura, para que seus pecados não fossem esquecidos. 9.Quanto aos que a honram, a sabedoria os liberta de sofrimentos; 10.foi ela que guiou por caminhos retos o justo que fugia à ira de seu irmão; mostrou-lhe o Reino de Deus, e deu-lhe o conhecimento das coisas santas; ajudou-o nos seus trabalhos, e fez frutificar seus esforços;* 11.cuidou dele contra ávidos opressores e o fez conquistar riquezas; 12.ela o protegeu contra seus inimigos e o defendeu dos que lhe armavam ciladas; e, no duro combate, deu-lhe vitória, a fim de que ele soubesse quanto a piedade é mais forte que tudo. 13.Ela não abandonou o justo vendido, mas preservou-o do pecado.* 14.Desceu com ele à prisão, e não o abandonou nas suas cadeias, até que lhe trouxe o cetro do reino e o poder sobre os que o tinham oprimido; revelou-lhe a mentira de seus acusadores, e conferiu-lhe uma glória eterna. 15.Foi ela que livrou das nações que tiranizavam o povo santo e a raça irrepreensível; 16.entrou na alma do servo de Deus, e se opôs, com sinais e prodígios, a reis temíveis.* 17.Deu aos santos o galardão de seus trabalhos, conduziu-os por um caminho miraculoso; durante o dia serviu-lhes de proteção, e deu-lhes a luz dos astros durante a noite.* 18.Fê-los atravessar o mar Vermelho, e deu-lhes passagem através da massa das águas, 19.ao passo que engoliu seus inimigos, e depois os tirou das profundezas do abismo. 20.Também os justos, depois de despojados os ímpios, celebraram, Senhor, vosso santo nome, e louvaram, unidos num só coração, vossa mão protetora, 21.porque a sabedoria abriu a boca aos mudos, e tornou eloquente a língua das crianças.

Juízos históricos

11.   1.Pela mão de um santo profeta aplanou suas dificuldades;* 2.eles atravessaram um deserto inabitado, e levantaram suas tendas em lugares ermos; 3.resistiram aos que os atacavam, e repeliram seus inimigos. 4.Tiveram sede e clamaram a vós: do rochedo abrupto a água lhes foi dada, e da pedra seca estancaram sua sede. 5.Porque os elementos que tinham servido para punir seus inimigos, foram-lhes dados, na sua necessidade, como benefício: 6.em lugar das ondas de um rio perene turvadas por uma lama de sangue,* 7.pela punição do decreto que consagrava crianças à morte, vós lhes destes, de maneira inesperada, água em abundância, 8.mostrando-lhes, pela sede que então sofreram, como punistes seus inimigos. 9.Por isso, tratados com piedade na sua provação, reconheceram quanto deviam ter sofrido os ímpios, julgados com ira. 10.A estes provastes como um pai que corrige, mas a outros provastes como um rei severo que condena. 11.Tanto estando longe como perto, a dor os consumiu da mesma forma,* 12.porque tiveram um segundo para se entristecer e gemer à lembrança dos males passados. 13.Compreendendo, com efeito, que o que era para eles castigo, era para outros ocasião de benefício, sentiram a mão do Senhor; 14.e aquele que, outrora exposto e abandonado, tinham repelido com zombaria, admiraram-no finalmente, porque sofreram uma sede diferente da sede do justo.

Punidos pelo próprio ídolo 

15.Por outro lado, para os punir dos loucos pensamentos de sua perversidade, que os faziam extraviar-se na adoração de répteis irracionais e de vis animais, enviastes contra eles uma multidão de animais estúpidos, 16.a fim de que compreendessem que, por onde cada um peca, será punido. 17.Não era difícil à vossa mão todo-poderosa, que formou o mundo de matéria informe, mandar contra eles bandos de ursos e de leões ferozes, 18.ou animais desconhecidos e de uma nova espécie, cheios de furor, exalando um hálito inflamado, ou espalhando um fumo infeto, ou lançando de seus olhos faíscas terríveis, 19.capazes não só de os exterminar com seus golpes, mas ainda de os matar de terror só pelo seu aspecto. 20.E, mesmo sem isso, eles poderiam perecer por um sopro, perseguidos pela justiça e arrebatados pelo vento de vosso poder; mas, dispusestes tudo com medida, quantidade e peso, 21.porque sempre vos é possível mostrar vosso poder imenso, e quem poderá resistir à força de vosso braço? 22.Diante de vós o mundo inteiro é como um nada, que faz pender a balança, ou como uma gota de orvalho, que desce de madrugada sobre a terra.* 23.Tendes compaixão de todos, porque vós podeis tudo; e para que se arrependam, fechais os olhos aos pecados dos homens. 24.Porque amais tudo que existe, e não odiais nada do que fizestes, porquanto, se o odiásseis, não o teríeis feito de modo algum. 25.Como poderia subsistir qualquer coisa, se não o tivésseis querido, e conservar a existência, se por vós não tivesse sido chamada? 26.Mas poupais todos os seres, porque todos são vossos, ó Senhor, que amais a vida.

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