DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Ducentésimo quinquagésimo terceiro dia: Lamentações e súplicas

Continuando a nossa meditação encerramos o breve livro das Lamentações, que nos traz uma série de poemas de lamentação que descrevem a ruína e desolação da cidade de Jerusalém. O autor expressa profunda tristeza e desespero diante da destruição da cidade e do sofrimento do povo. Ele clama a Deus por justiça e salvação, pedindo que os inimigos sejam punidos e que a paz e a esperança sejam restauradas. O autor reflete sobre os pecados do povo e acredita que a adversidade é um castigo divino. Ele também lamenta a perda da alegria e da prosperidade que a cidade costumava ter. No entanto, apesar da dor e da aflição, o autor mantém a esperança na misericórdia de Deus e pede que Ele restaure o povo e a cidade. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 3, 4 e 5 do livro das Lamentações (Lm).

Lamentações

TERCEIRA ELEGIA

3.   1.Álef: Eu sou o homem que conheceu a dor, sob a vara de seu furor.* 2.Conduziu-me e me fez caminhar nas trevas e não na claridade. 3.Ele não cessa de voltar a mão todos os dias contra mim. 4.Bet: Consumiu minha carne e minha pele, partiu meus ossos. 5.Em torno de mim acumulou veneno e dor. 6.Fez-me morar nas trevas como os mortos do tempo antigo. 7.Guímel: Cercou-me com muralhas sem saída, carregou-me de pesados grilhões. 8.Não obstante meus gritos e apelos sufocou a minha prece! 9.Fechou-me a vereda com pedras e obstruiu o meu caminho. 10.Dálet: Foi ele para mim qual urso de emboscada, qual leão traiçoeiro. 11.Desviou-me para me dilacerar, deixando-me no abandono. 12.Retesou o arco e me tomou para alvo de suas setas. 13.Hê: Cravou em meus rins as flechas de sua aljava. 14.Tornei-me escárnio do meu povo, objeto constante de suas canções. 15.Saturou-me de amarguras, saciou-me de absinto. 16.Vaw: Quebrou-me os dentes com cascalhos, mergulhou-me em cinzas.* 17.A paz foi roubada de minha alma, nem sei mais o que é felicidade. 18.E eu penso: perdi minha força e minha esperança no Senhor. 19.Záin: A lembrança de meus tormentos e minhas misérias é para mim absinto e veneno. 20.A pensar nisso sem cessar, minha alma desfalece dentro de mim. 21.Eis, porém, o que vou tomar a peito para recuperar a esperança.* 22.Het: É graças ao Senhor que não fomos aniquilados, porque não se esgotou sua piedade. 23.Cada manhã ele se manifesta e grande é sua fidelidade. 24.Disse-me a alma: o Senhor é minha partilha, e assim nele confio. 25.Tet: O Senhor é bom para quem nele confia, para a alma que o procura. 26.Bom é esperar em silêncio o socorro do Senhor. 27.É bom para o homem carregar seu jugo na mocidade. 28.Yod: Permaneça só e em silêncio, quando Deus lhe determinar! 29.Leve sua boca ao pó; haverá, talvez, esperança? 30.Estenda a face a quem o fere, e se farte de opróbrios! 31.Kaf: Porque o Senhor não repele para sempre. 32.Após haver afligido, ele tem piedade, porque é grande sua misericórdia. 33.Não lhe alegra o coração humilhar e afligir os homens. 34.Lámed: Calcar aos pés todos os cativos da terra; 35.violar o direito de um homem à face do Altíssimo; 36.lesar os direitos de outros… Não vê tudo isso o Senhor? 37.Mem: De quem se executa a ordem, sem que Deus a ordene? 38.Não é da boca do Altíssimo que procedem males e bens? 39.De que pode o homem em vida queixar-se? Que cada um se queixe de seus pecados.* 40.Nun: Examinemos, escrutemos o nosso proceder, e voltemos para o Senhor. 41.Elevemos os corações, tanto quanto as mãos, para Deus lá nos céus. 42.Pecamos, recalcitramos, e não nos perdoastes. 43.Sámec: Cobristes-vos de cólera para nos perseguir. Matastes sem piedade. 44.em uma nuvem vos envolvestes para impedir que a prece a atravessasse. 45.E de nós fizestes raspas, refugo das nações. 46.Pê: Contra nós abrem a boca todos os nossos inimigos. 47.Fosso e terror – é o nosso quinhão, com ruínas e desolação. 48.Rios de lágrimas correm-me dos olhos, por causa da ruína da filha de meu povo. 49.Áin: Não cessam meus olhos de chorar, porque não cessa a desgraça, 50.até que do alto dos céus o Senhor desça seu olhar. 51.Minha alma se amargura, ao ver todas as filhas da minha cidade. 52.Tsade: Caçaram-me como a um pardal os que, sem razão, me odeiam. 53.Quiseram precipitar-me no fosso rolando uma pedra sobre mim. 54.Acima de mim subiam as águas: “Estou perdido!” – exclamei. 55.Qof: Invoquei, Senhor, o vosso nome do profundo fosso. 56.Ouvistes-me gritar: “Não aparteis do meu chamado o vosso ouvido”. 57.E vós viestes no dia em que vos invoquei e dissestes: “Não tenhas medo!”. 58.Resh: Defendestes, Senhor, a minha causa, e minha vida resgatastes. 59.Vistes, Senhor, o mal que me fizeram: fazei-me justiça. 60.Vós vedes seus projetos vingativos e suas tramas contra mim. 61.Shin: Senhor, ouvistes suas injúrias e todos os seus conluios contra mim; 62.As palavras de meus inimigos e o que sem cessar estão tramando contra mim. 63.Observai-os: sentados ou de pé, fazem de mim objeto de suas canções. 64.Taw: Dai-lhes, Senhor, a paga, o que merece o seu proceder. 65.Cegai-lhes o coração; feri-os com a vossa maldição; 66.persegui-os com vossa cólera, e exterminai-os do nosso universo, Senhor!

QUARTA ELEGIA

4.   1.Álef: Como escureceu o ouro, como se alterou o ouro fino! Foram dispersadas as pedras sagradas por todos os cantos da rua? 2.Bet: Os nobres filhos de Sião, tão estimados quanto o ouro fino, ei-los contados como vasos, obra de um oleiro! 3.Guímel: Mesmo chacais dão a mama, a fim de aleitar suas crias; mas a filha do meu povo é cruel, qual avestruz do deserto.* 4.Dálet: A língua dos bebês, de tanta sede, se lhes prega ao palato! As crianças reclamam pão. E ninguém lhe dá. 5.Hê: Aqueles que em comidas finas se compraziam definham pelas ruas. E os que foram educados no fausto têm por leito o esterco. 6.Vaw: O castigo da filha do meu povo é maior que o pecado de Sodoma, em um momento destruída sem que ninguém lhe lançasse a mão. 7.Záin: Os príncipes brilhavam mais que a neve, mais brancos do que o leite. Seus corpos eram mais vermelhos que o coral, e era de safira o seu aspecto. 8.Het: Agora, seus rostos ficaram mais sombrios do que a fuligem; pelas ruas, são irreconhecíveis. A pele se lhes colou aos ossos, e qual madeira ressecou-se. 9.Tet: As vítimas do gládio são mais felizes do que as da fome, que lentamente se esgotam pela falta dos produtos da terra.* 10.Yod: Mãos de mulheres, cheias de ternura, cozinharam os filhos, a fim de servirem de alimento, quando da ruína da filha de meu povo. 11.Kaf: O Senhor saciou o seu furor, e derramou o ardor de sua cólera, acendendo um fogo em Sião que a devorou até os alicerces. 12.Lámed: Não podiam acreditar os reis da terra, e todos os habitantes do mundo, que o inimigo opressor transporia as portas de Jerusalém. 13.Mem: Foi por causa dos pecados de seus profetas e das iniquidades dos sacerdotes, que derramavam em seus muros o sangue dos justos. 14.Nun: Quais cegos erravam pelas ruas, vertendo sangue a tal ponto que ninguém ousava tocar em suas vestes.* 15.Sámec: “Para trás! É um impuro!” – lhes gritavam. “Para trás! Para trás! Não toqueis!” E quando fugiam, errantes entre os pagãos, todos diziam: “Aqui não ficarão”.* 16.Pê: A face do Senhor dispersou-os e para eles não olha mais: nenhuma deferência aos sacerdotes, nem piedade com os anciãos. 17.Áin: Nossos olhos se consumiam, na esperança de um vão socorro. Espreitávamos do alto das torres a vinda de um povo incapaz de nos livrar.* 18.Tsade: Espreitavam os nossos passos; nem mais podíamos andar pela rua. Nosso fim se aproxima. Terminam nossos dias. Sim! Chegou o nosso termo. 19.Qof: Os que nos perseguiam eram mais velozes que as águias do céu. Seguiram-nos pelos montes e nos armaram ciladas no deserto. 20.Resh: O sopro de nossa vida o ungido do Senhor, caiu em suas ciladas. De quem dizíamos: “À sua sombra viveremos entre as nações”.* 21.Shin: Exulta, alegra-te, filha de Edom, habitante da terra de Us! A ti também será passado o cálice, e embriagada descobrirás tua nudez.* 22.Taw: Findou teu castigo, filha de Sião (Deus) não mais te exilará. É a teus crimes que ele vai castigar, filha de Edom, e descobrir os teus pecados.*

QUINTA ELEGIA

5.   1.Lembrai-vos, Senhor, do que nos aconteceu. Olhai, considerai nossa humilhação.* 2.Nossa herança passou a mãos estranhas, e nossas casas foram entregues a desconhecidos. 3.Órfãos, fomos privados de nossos pais, e nossas mães são como viúvas. 4.Somente a preço de dinheiro nos é dado beber; a nossa lenha, devemos pagá-la. 5.Carregando o jugo ao pescoço, somos perseguidos, extenuamo-nos, não há trégua para nós! 6.Estendemos a mão ao Egito e à Assíria para obtermos o pão para comer. 7.Pecaram nossos pais, e já não existem, e sobre nós caíram os castigos de suas iniquidades. 8.Um povo de escravos domina sobre nós. Ninguém nos arrebata de suas mãos. 9.Se comemos o pão, é com perigo de nossa vida, por causa da espada que ataca no deserto.* 10.Nossa pele esbraseou-se como ao forno, sob os ardores da fome. 11.Foram violadas as mulheres de Sião e as jovens nas cidades de Judá; 12.chefes foram executados pelas mãos dos inimigos que nenhum respeito tiveram pelos anciãos. 13.Jovens tiveram que girar a mó, e adolescentes vergaram sob o peso dos fardos de lenha. 14.Não se assentam mais às portas os anciãos, deixaram os jovens de dedilhar as cordas da lira.* 15.Fugiu-nos a alegria dos corações; nossas danças se converteram em luto. 16.Caiu-nos da cabeça a coroa; desgraçados de nós, porque pecamos. 17.Nosso coração ficou amargurado, e nossos olhos toldaram-se de lágrimas, 18.porque o monte Sião foi assolado, e nele andam à solta os chacais. 19.Vós, porém, Senhor, sois eterno, e vosso trono subsistirá através dos tempos. 20.Por que persistir em esquecer-nos? Por que abandonar-nos para sempre? 21.Reconduzi-nos a vós, Senhor, e voltaremos. Fazei-nos reviver os dias de outrora.* 22.A menos que nos tenhais abandonado, e que contra nós demasiadamente vos tenhais irritado.

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