DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Ducentésimo quinquagésimo quarto dia: Oração e confissão dos pecados

Hoje iniciamos a meditação do livro de Baruc, filho de Neerias, na Babilônia. Ele relata como os caldeus tomaram Jerusalém e incendiaram a cidade. Baruc leu este livro em presença de Jeconias, rei de Judá, e do povo. Ao ouvir o livro, todos choraram e jejuaram, fazendo uma coleta de dinheiro para enviar a Jerusalém. Baruc também recuperou os utensílios da casa do Senhor, que haviam sido levados durante a pilhagem, para devolvê-los à terra de Judá. O livro também fala sobre a confissão dos pecados e a oração dos exilados, reconhecendo que o povo pecou contra Deus. O texto menciona a necessidade de obedecer aos mandamentos de Deus e busca da sabedoria para encontrar a paz e a felicidade. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 1, 2 e 3 do livro de Baruc (Br).

Baruc

Introdução

1.   1.Eis o texto do livro escrito por Baruc, filho de Neerias, filho de Maasias, filho de Sedecias, filho de Asadias, filho de Helcias, na Babilônia, 2.no quinto ano, sétimo dia do quinto mês. Decorria o tempo em que os caldeus tomaram Jerusalém e a haviam incendiado.* 3.Leu Baruc este livro em presença de Jeconias, filho de Joaquin, rei de Judá, e de todo o povo, que para tal fim se reunira, 4.dos nobres, príncipes reais, anciãos e de quantos residiam na Babilônia, às margens do rio Sud, desde os mais simples até os mais elevados.* 5.Ao ouvi-lo, puseram-se todos a chorar e a jejuar, orando ao Senhor. 6.Fizeram, em seguida, uma coleta de di­nheiro, de acordo com as posses de cada um, 7.e o produto enviaram a Jerusalém, ao sacerdote Joaquin, filho de Helcias, filho de Salom, assim como aos outros sacerdotes e a quantos ainda com ele se encontravam na cidade. 8.No décimo dia do mês de Sivã, Baruc já havia recuperado os utensílios da casa do Senhor – que haviam sido levados por ocasião da pilhagem –, a fim de devolvê-los à terra de Judá. Eram objetos de prata feitos a mandado de Sedecias, filho se Josias, rei de Judá,* 9.depois que Nabucodonosor, rei da Babilônia, deportou de Jerusalém para a Babilônia Jeconias, juntamente com os príncipes, os artífices, os principais e o povo. 10.Eis o que escreveram: “Servi-vos do dinheiro que vos enviamos, a fim de comprar vítimas para os holocaustos, os sacrifícios expiatórios, e para o incenso. Preparai também oferendas que poreis sobre o altar do Senhor, nosso Deus. 11.Orai pela saúde de Nabucodonosor, rei da Babilônia, e pela vida de seu filho Baltazar, a fim de que elas sejam como uma vida celeste na terra.* 12.Que o Senhor nos dê força e ilumine os nossos olhos para que vivamos à sombra de Nabucodonosor, rei da Babilônia, e de seu filho Baltazar, e que a eles sirvamos por longos dias e gozemos de seus favores.* 13.Rogai também ao Se­­nhor, nosso Deus, por nós, porque pecamos contra ele, e a sua cólera ainda não se desviou de nós. 14.Tomai conhecimento deste livro que vos enviamos para que dele façais a leitura pública no templo, nos dias de festas e de assembleias religiosas.

Confissão dos pecados e oração dos exilados

15.Eis o que direis: O Senhor, nosso Deus, é justo. Nós, porém, devemos, hoje, corar de vergonha, nós, homens de Judá e habitantes de Jerusalém, 16.nossos reis e príncipes, sacerdotes, profetas e nossos pais, 17.porque pecamos contra o Senhor. 18.Nós lhe desobedecemos; recusamo-nos a ouvir a voz do Senhor, nosso Deus, e a seguir os mandamentos que nos deu. 19.Desde o dia em que o Senhor tirou nossos pais do Egito até agora, persistimos em nos mostrar recalcitrantes contra o Senhor, nosso Deus, e, em nossa leviandade, recusamos escutar-lhe a voz. 20.Por isso, como agora o vemos, persegue-nos a calamidade assim como a maldição que o Senhor pronunciara pela boca de Moisés, seu servo, quando este fez com que saíssem do Egito nossos pais, a fim de nos proporcionar uma terra que mana leite e mel. 21.Contudo, a despeito dos avisos dos profetas que nos enviou, não escutamos a voz do Senhor, nosso Deus. 22.Seguindo cada um de nós as inclinações perversas do coração, servimos a deuses estranhos e praticamos o mal ante os olhos do Senhor, nosso Deus.

2.   1.Assim sendo, pôs o Senhor em exe­cução a ameaça que, contra nós, havia pronunciado, e contra os nossos chefes que governavam Israel, os nossos reis e príncipes e todo Israel e Judá; 2.a ameaça de lançar sobre nós calamidades tais como nunca, sob o céu, ocorreram semelhantes ao que se passou em Jerusalém. Foi visto realizar-se o que na Lei de Moisés se encontra:* 3.chegar cada um de nós a comer a carne do filho ou da filha. 4.Entregou-os ao domínio de todos os reinos que nos cercavam, e os tornou objeto de opróbrio e maldição para todos os povos, em cujo meio o Senhor os havia dispersado. 5.Assim passaram a ser súditos em lugar de senhores, porque cometemos o pecado contra o Senhor, nosso Deus, e lhe desatendemos à voz. 6.O Senhor, nosso Deus, é justo. Nós é que hoje devemos corar de pejo, assim como nossos pais. 7.Aconteceram todas as calamidades de que nos ameaçara o Senhor. 8.E nós não tentamos abrandar a cólera do Senhor contra nós, renuncian­do aos pensamentos perversos de nosso co­ração. 9.E assim, o Senhor que velava sobre a calamidade, desencadeou-a sobre nós. Todavia, o Senhor é justo em todos os acontecimentos que nos impôs 10.porque nenhuma atenção prestamos ao seu aviso que consistia em seguir os mandamentos que o Senhor nos havia imposto.

Segunda parte

11.E agora, Senhor, Deus de Israel, que fizestes sair o vosso povo do Egito pela força de vossa mão, com milagres e prodígios por um efeito do poder de vosso braço, que criastes um nome até hoje: 12.pecamos, é verdade, e procedemos como ímpios, Senhor, nosso Deus, praticando o mal contra todos os vossos preceitos. 13.Dignai-vos desviar de nós a vossa cólera, porque não passamos de uns poucos restantes entre as nações pelas quais nos dispersastes!* 14.Atendei, Senhor, à nossa prece suplicante e, por vosso amor, salvai-nos. Fazei-nos encontrar perdão ante os olhos daqueles que nos deportaram, 15.a fim de que o mundo saiba que vós sois o Senhor, nosso Deus. Porventura, não é de vosso nome que provém o de Israel e de sua li­nhagem? 16.Lançai, Senhor, o vosso olhar sobre nós lá do alto de vossa morada santa e atendei à nossa voz. Inclinai vossos ouvidos, Senhor, a fim de nos ouvir. 17.Abri os vossos olhos, e volvei-os sobre nós! Não são os mortos das moradas subterrâneas, cujo sopro se lhes desprendeu das entranhas, que rendem glória ao Senhor, e louvam sua justiça, 18.e sim a alma viva, por mais acabrunhada que esteja de tristeza, aquele que caminha curvado e esfalfado, o olhar desfalecido, e a alma a penar de fome – estes vos rendem glória e louvam a vossa justiça, ó Senhor.*

Terceira parte

19.Não é em nome dos méritos de nossos pais e reis que vos apresentamos nossa súplica, Senhor, nosso Deus. 20.Pois (é com razão) que desencadeastes sobre nós a vossa cólera e furor, como o predissestes por intermédio dos profetas, vossos servos. 21.‘Eis o que diz o Senhor: dobrai a cerviz e servi ao rei da Babilônia; assim ficareis na terra que dei a vossos pais.* 22.Se não atenderdes ao aviso que vos deu o Senhor, vosso Deus, de submeter-vos ao rei da Babilônia, 23.farei calar nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém os gritos de alegria e júbilo, o cântico do noivo e da noiva, e a terra inteira se transformará em deserto inabitável.’ 24.Não escutamos, entretanto, vosso apelo para que nos submetêssemos ao rei da Babilônia. E executastes a ameaça que havíeis ordenado proferissem os profetas, vossos servos, de que os ossos de nossos reis e pais fossem arrebatados de suas sepulturas. 25.E lá estão eles, expostos ao calor dos dias e ao frio das noites, após a morte de nossos pais, no sofrimento cruel da fome, da espada e da peste.* 26.Assim, foi por causa da malícia da casa de Israel e de Judá, que reduzistes o povo, que de vós recebeu o nome, ao estado em que hoje se encontra. 27.E ainda, foi pela vossa bondade e misericórdia, Senhor, nosso Deus, que agistes conosco, 28.como o declarastes por intermédio de vosso servo Moisés, no dia em que o impelistes a gravar por escrito a vossa Lei na presença dos israe­litas:* 29.“Se não escutardes a minha v­oz, esta grande e vasta multidão será reduzida a um punhado de homens entre as nações, pelas quais os dispersarei. 30.Bem sei que não me escutam. É um povo recalcitrante. Contudo, na terra do exílio, tomarão a peito esse caso,* 31.reconhecendo que sou eu o Senhor e Deus. Eu lhes darei então um coração apto a compreender e dóceis ouvidos. 32.E lá na terra do exílio, eles me renderão louvores e se hão de recordar de meu nome. 33.Ante a lembrança do destino de seus pais que pecaram contra o Senhor, renunciarão às suas obstinações e ao seu perverso proceder. 34.Eu os trarei então para a terra que, sob juramento, havia prometido a seus pais, Abraão, Isaac e Jacó. Dela retomarão posse, e eu lá os multiplicarei, e seu número não mais diminuirá. 35.Com eles estabelecerei eterna aliança; e serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. E jamais expulsarei Israel, meu povo, da terra que lhe outorguei”.

Quarta parte

3.   1.Senhor, Todo-poderoso, Deus de Israel, é uma alma angustiada e um coração atormentado que clama a vós: 2.Escutai, Senhor! Tende piedade! Porque pecamos contra vós. 3.Estais sentado sobre um trono eterno, e nós caminhamos para um definitivo aniquilamento. 4.Se­nhor, Todo-poderoso, Deus de Israel, escutai a prece dos mortos de Israel, dos filhos daqueles que pecaram contra vós, que não atenderam à voz do Senhor, seu Deus, e por isso foram levados à desgraça. 5.Não mais tomeis em conta os crimes de nossos pais; lembrai-vos, apenas, nesta hora, do poder de vosso nome. 6.Sois o Senhor, nosso Deus, e nós queremos louvar-vos, Senhor. 7.Por esse motivo é que nos inspirastes o temor a vós e a necessidade de vos invocar. Agora, em nosso exílio, vos louvamos, já que o nosso coração renunciou às iniquidades de nossos pais, que contra vós pecaram. 8.Olhai! Aqui vivemos em um exílio, para onde nos dispersastes, a fim de sermos objeto de opróbrio, de insultos e maldições, e para carregarmos o peso das culpas de nossos pais, que haviam abandonado o Senhor, nosso Deus.

A sabedoria, único caminho que conduz a salvação

9.Escuta, Israel, os mandamentos de vida; medita, a fim de que aprendas a prudência. 10.Donde vem, Israel, donde vem, que te encontras em terra inimiga, que definhas em solo estranho, passas por imundo, qual cadáver, 11.e és contado entre os ocupantes dos túmulos? 12.Negligenciaste a fonte da sabedoria.* 13.Se houvesses caminhado pelas sendas de Deus, poderias habitar para sempre na paz. 14.Aprende onde se acha a prudência, a força e a inteligência, a fim de que saibas, ao mesmo tempo, onde se encontram a vida longa e a felicidade, o fulgor dos olhos e a paz. 15.Quem jamais encontrou sua morada, e penetrou em seus domínios?* 16.Onde estão os chefes das nações que domavam os animais da terra,* 17.e brincavam com as aves do céu, que entesouravam prata e ouro, em quem os homens confiavam, e cujos bens são inesgotáveis? 18.Onde estão aqueles que trabalham a prata com dificuldade? Nada resta de suas obras. 19.Desapareceram, desceram à habitação dos mortos, e outros subiram ao lugar deles; 20.os mais jovens viram o dia e habitaram a terra; não descobriram, porém, o caminho da sabedoria, 21.nem conheceram a senda que a ela conduz. Também seus filhos não a alcançaram e longe permaneceram de seu caminho. 22.Dela não se ouviu falar em Canaã nem foi vista em Temã. 23.Mesmo os filhos de Agar, à procura de prudência terrestre, e os negociantes de Mercã e Temã, os amigos de provérbios e os desejosos de prudência, não puderam conhecer o caminho da sabedoria, nem dela obter informações sobre sua pista. 24.Ó Israel, quão imensa é a casa de Deus; como é vasta a extensão de seus domínios! 25.Sim, é vasta, imensa, ampla, ilimitada. 26.Lá nasceram os famosos gigantes antigos, de estatura imensa e alma de guerreiros.* 27.Não os escolheu Deus, nem lhes mostrou o caminho da sabedoria. 28.E por falta de sagacidade pereceram, vítimas da própria estultícia. 29.Quem escalou o céu a fim de procurar a sabedoria, e a trouxe para baixo das nuvens? 30.Quem atravessou o mar para encontrá-la, e a adquiriu, a preço de ouro mais puro? 31.Ninguém conhece o caminho que a ela conduz, nem sabe a pista que lá o possa levar. 32.Somente aquele que tudo sabe a conhece, e por efeito de sua prudência a descobre; aquele que criou a terra para tempos que não findam; aquele que de animais a povoou;* 33.aquele que lança o relâmpago e o faz brilhar, que o chama e ele, bramindo, obedece. 34.Brilham em seus postos as estrelas e se alegram; 35.e as chama, e respondem: “Aqui estamos”. E jubilosas refulgem para o seu Criador. 36.É ele o nosso Deus, com ele nenhum outro se compara. 37.Conhece a fundo os caminhos que conduzem à sabedoria, galardoando com ela Jacó, seu servo, e Israel, seu favorecido. 38.Foi então que ela apareceu sobre a terra, onde permanece entre os homens.*

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