DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Ducentésimo quinquagésimo segundo dia: A destruição de Jerusalém

Iniciamos aqui o livro das lamentações, e vamos observar uma série de elegias que retratam a lamentação pela destruição e miséria da cidade de Jerusalém. O autor descreve a cidade como abandonada, com seus habitantes sofrendo e seus amigos se tornando inimigos. O povo de Judá foi levado para o exílio e ninguém vem consolá-los. A cidade está em luto, suas portas desertas, sacerdotes aflitos e virgens angustiadas. Os inimigos se apoderaram dela e seus filhos foram levados cativos. A glória de Sião desapareceu e seus príncipes se tornaram como cervos que fogem dos perseguidores. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 1 e 2 do livro das Lamentações (Lm).

Lamentações

PRIMEIRA ELEGIA

1.   1.Álef: Como está abandonada a cidade tão povoada! Assemelha-se a uma viúva a grande entre as nações. Rainha entre as províncias, ficou sujeita ao tributo.* 2.Bet: Ela chora pela noite adentro, lágrimas lhe inundam as faces, ninguém mais a consola de quantos a amavam. Seus amigos todos a traíram, e se tornaram seus inimigos.* 3.Guímel: Judá partiu para o exílio em miséria e dura servidão. Habita entre as nações sem achar repouso. Atingiram-no seus perseguidores entre as suas fronteiras. 4.Dálet: Estão de luto os caminhos de Sião, e ninguém mais vem às suas festas. Suas portas todas estão desertas, gemem seus sacerdotes, afligem-se as virgens, e ela mesma vive na amargura. 5.Hê: Apossaram-se dela seus opressores, e tranquilos vivem seus inimigos, pois o Senhor a aflige por causa do número de seus crimes. Partiram cativos os seus filhos diante do opressor. 6.Vaw: Desapareceu da filha de Sião toda a sua glória. Seus príncipes se tornaram como cervos que não encontraram pastagens e que fogem, esgotados, diante dos que os perseguem. 7.Záin: Nestes dias de males e vida errante, recorda-se Jerusalém das delícias dos tempos idos. Agora que seu povo sucumbiu sob os golpes do inimigo e ninguém vem socorrê-la! Olham-na seus inimigos, e zombam de sua devastação. 8.Het: Graves foram os pecados de Jerusalém: ela ficou uma imundície. Quem a honrava, agora a despreza porque lhe viram a nudez. E ela geme e esconde o rosto. 9.Tet: Vê-se sua mancha sobre suas vestes. Ela não previra esse fim. É imensa a sua decadência, e ninguém vem consolá-la. “Olhai, Senhor, para a minha miséria, porque o inimigo se ensoberbece.” 10.Yod: O adversário lançou a mão sobre todos os seus tesouros. E ela viu os pagãos penetrarem em seu santuário, aqueles dos quais dissestes que não entrariam em vossa assembleia. 11.Kaf: Geme todo o seu povo à procura de pão. Por víveres troca suas joias, a fim de recuperar as forças. “Vede, Senhor, e considerai o aviltamento a que cheguei!” 12.Lámed: Ó vós todos, que passais pelo caminho: olhai e julgai se existe dor igual à dor que me atormenta, a mim que o Senhor feriu no dia de sua ardente cólera.* 13.Mem: Até aos meus ossos lançou ele do alto um fogo que os devora. Sob meus passos estendeu redes e me fez cair violentamente, enchendo-me de pavor. Eu ando amargurado o dia inteiro! 14.Nun: O jugo dos meus crimes está ligado pelas suas mãos. Pesa-me ao pescoço um feixe que faz vacilar minha força. O Senhor me entregou em mãos das quais não posso libertar-me.* 15.Sámec: Rejeitou o Senhor todos os bravos que viviam em meus muros. Enviou contra mim um exército, a fim de abater minha jovem elite. O Senhor esmagou no lagar a virgem, filha de Judá. 16.Áin: Eis o motivo por que choro; fundem-se em lágrimas os meus olhos, porque ninguém a meu lado me consola, nem me alenta. Vivem consternados os meus filhos, porque triunfa o inimigo. 17.Pê: Sião estende as suas mãos sem que ninguém a console. Mandou o Senhor contra Jacó inimigos sem conta. Jerusalém se tornou entre eles objeto de aversão. 18.Tsade: O Senhor é justo, porque fui rebelde à sua voz. Escutai todos vós, ó povos, e vede a minha dor. Minhas virgens e meus jovens foram conduzidos para o exílio.* 19.Qof: Implorei a meus amigos e eles me iludiram. Meus sacerdotes e os anciãos pereceram na cidade enquanto buscavam alimento para revigorar as forças. 20.Resh: Vede, Senhor, a minha angústia! Tremem minhas entranhas, e meu coração está perturbado por causa de minhas revoltas. De fora mata a espada, de dentro alastra a morte. 21.Shin: Meus suspiros são ouvidos sem que ninguém me console. Meus inimigos, vendo minha ruína, sentem-se felizes com a vossa intervenção. Fazei vir o dia por vós predito! Que a mesma sorte lhes advenha! 22.Taw: Que todos os seus crimes vos estejam presentes! Tratai-os como a mim me tratastes por todos os meus crimes! Porque não cessam meus gemidos, e está doente meu coração.

SEGUNDA ELEGIA

2.   1.Álef: Como cobriu irritado o Senhor com uma nuvem a filha de Sião? Precipitou do céu à terra a glória de Israel, e na sua cólera desinteressou-se do escabelo dos seus pés.* 2.Bet: O Senhor destruiu sem piedade todas as moradias de Jacó. E em seu furor arruinou as fortificações da filha de Judá. Lançou por terra e conspurcou o reino e seus príncipes. 3.Guímel: Na violência do seu furor, quebrou todo o poder de Israel. Ao aproximar-se o inimigo, retirou o apoio de sua mão, e provocou um incêndio em Jacó que devora tudo que o cerca. 4.Dálet: Retesou o arco, qual inimigo; firmou o braço, qual adversário; e tudo quanto encantava os olhos ele degolou. Na tenda da filha de Sião lançou o fogo do seu furor. 5.Hê: Semelhante a um inimigo o Senhor destruiu Israel. Demoliu seus edifícios, abateu suas fortalezas; sobre a filha de Sião acumulou dores sobre dores. 6.Vaw: Arrombou-lhe a tenda, como um jardim, e devastou seu santuário. O Senhor aboliu em Sião festas e sábados. E no ardor de sua cólera repeliu rei e sacerdote. 7.Záin: Desgostou-se do altar e rejeitou seu santuário. Entregou nas mãos dos inimigos as muralhas de seus fortes; elevaram-se gritos no templo, como nos dias de festas.* 8.Het: Resolveu o Senhor demolir os muros da filha de Sião. Estendeu o cordel, sem deter-se antes que tudo destruísse, e derrubou o muro e o antemuro que, juntos, desabaram.* 9.Tet: Jazem sob escombros as suas portas que ele quebrou, partindo as traves. Acham-se no estrangeiro seu rei e príncipes. Não há mais oráculos. Mesmo os profetas não mais recebem as visões do Senhor.* 10.Yod Sentados no chão, taciturnos, jazem os anciãos da filha de Sião. Jogaram poeira sobre os cabelos; vestiram-se com sacos; e as virgens de Jerusalém pendem a fronte para a terra. 11.Kaf: Ardiam-me os olhos, de tantas lágrimas; fremiam minhas entranhas. Minha bílis se espalhou por terra, ante a ruína da filha de meu povo, quando nas ruas da cidade desfaleciam os meninos e as crianças de peito. 12.Lámed: “Onde há pão e onde há vinho?!” – diziam eles às mães, desfalecendo, quais feridos, nas ruas da cidade, e entregando a alma no regaço materno. 13.Mem: Que dizer? A quem te comparar, filha de Jerusalém? Quem irá salvar-te e consolar-te, ó virgem, filha de Sião? É imensa como o mar tua ruína: quem poderá curar-te?* 14.Nun: Os teus profetas tinham visões apenas extravagantes e balofas. Não manifestaram tua malícia, o que teria poupado teu exílio. Os oráculos que te davam eram apenas mentiras e enganos. 15.Sámec: Todos os transeuntes, ao te verem, batem palmas, e assobiando meneiam a cabeça sobre a filha de Jerusalém. “Eis a cidade da qual diziam ser a beleza perfeita, a alegria do universo.” 16.Pê: Abrem a boca contra ti todos os teus inimigos. Escarnecem e rangem os dentes. “Nós destruímos” – dizem eles – “eis o dia esperado, estamos nele, estamos vendo!” 17.Áin: Realizou o Senhor o seu desígnio, executando as ameaças que outrora proferira. E destruiu sem piedade. À tua custa contentou o inimigo, exaltando o poder de teus adversários. 18.Tsade: Seu coração clama ao Senhor. Ó muralha da filha de Sião, transborda dia e noite a torrente de tuas lágrimas! Não te dês descanso, e teus olhos não cessem de chorar! 19.Qof: Levanta-te à noite; grita ao início de cada vigília; que se derrame teu coração ante a face do Senhor. Ergue para ele as mãos, pela vida de teus filhos que caem de inanição, em todos os cantos das ruas. 20.Resh: “Olhai, Senhor, e considerai! A quem jamais tratastes assim? Como! Mães a devorar os seus frutos, suas criancinhas de colo! Foram massacrados sacerdotes e profetas no santuário do Senhor!* 21.Shin: Jazem pelo chão nas ruas o menino e o velho. Virgens e jovens pereceram pelo gládio. Matastes, no dia de vossa cólera, imolastes sem piedade. 22.Taw: Convocastes como para uma festa a multidão de terrores. No dia do furor divino ninguém fugiu, nenhum escapou. E aqueles que criei e eduquei meu inimigo os exterminou!’’

plugins premium WordPress

Seus dados foram enviados com sucesso!

É uma grande alegria em tê-lo(a) conosco nesta obra de evangelização.

Seja muito bem vindo(a) à Comunidade de São Pio X.

Duvidas, fale conosco pelo e-mail voluntarios@piox.org.br ou no tel.: (83) 3341-7017

Olá, irmã(o). Em que posso lhe ajudar?