DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Ducentésimo octogésimo primeiro dia: Futuro esplendoroso de Jerusalém

Hoje iniciamos a nossa meditação no livro do profeta Miqueias, nele vamos evidenciar uma série de profecias e julgamentos do Senhor contra Samaria e Judá. No texto, é mencionado que o Senhor testemunhará contra os povos e descerá para pisar nas altas montanhas da terra. Também é mencionada a infidelidade de Jacó e a destruição que virá sobre Samaria e Jerusalém. Além disso, são mencionados julgamentos contra os líderes e profetas que enganam o povo. No final, há esperança de um futuro esplendor para Jerusalém, com a promessa de que o Senhor reunirá os dispersos e será o rei sobre o monte Sião. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 1, 2, 3 e 4 do livro de Miquéias (Mq).

Miquéias 

1.   1.Oráculos do Senhor dirigidos a Miqueias de Morasti, no tempo de Joatão, de Acaz e de Ezequias, reis de Judá.

Julgamento da Samaria e de Judá

2.Povos, ouvi todos! Terra, e tudo o que conténs, estai atenta! O Senhor Javé vai testemunhar contra vós, o Senhor, do alto de sua santa morada. 3.O Senhor vai sair de sua morada, vai descer e pisar os mais altos cumes da terra. 4.Sob seus pés os montes se fundirão, os vales se dissolverão como a cera perto do fogo, como a água que rola pela encosta. 5.Tudo isso por causa da infidelidade de Jacó, por causa dos pecados da casa de Israel. Qual é a infidelidade de Jacó? Não é a Samaria? Quais os lugares altos de Judá? Não é Jerusalém? 6.Farei da Samaria um montão de pedras no campo, um terreno onde plantarão vinhas. Farei rolar as suas pedras no fundo do vale, e porei a descoberto seus alicerces. 7.Todos os seus ídolos serão quebrados, todos os seus ganhos de prostituição serão queimados no fogo; destruirei todos os seus ídolos, porque foram pagos com salário de prostituição, e em salário de prostituição serão convertidos.* 8.Por isso, prantearei, gritarei, andarei descalço e nu, soltarei gemidos como o chacal, e lamentações como o avestruz. 9.Porque o golpe na Samaria é incurável, e atinge também Judá; feriu até a porta de meu povo, até Jerusalém.* 10.Não o anuncieis em Gat, não choreis em Soco! Revolve-te no pó em Bet-Leafra;* 11.passa numa vergonhosa nudez, habitante de Safir. Os habitantes de Saanã não saem mais, o luto de Bet-Esel tira-vos o seu refúgio. 12.O habitante de Marot treme por seus bens, porque a desgraça mandada pelo Senhor chegou às portas de Jerusalém. 13.Atrela o cavalo ao carro, habitante de Laquis! Foste a causa dos pecados da filha de Sião, pois em ti se acharam as maldades de Israel. 14.Por isso, será preciso renunciar a Morasti de Gat; as casas de Aczib decepcionarão os reis de Israel. 15.Habitante de Maresa, eu te mandarei um novo senhor, o escol de Israel irá até Odolam. 16.Corta os teus cabelos; rapa a tua cabeça por causa de teus filhos queridos; torna-te calva, como o abutre, porque foram levados cativos para longe de ti.

Pecados dos grandes

2.   1.Ai dos maquinadores de iniquidade, dos que tramam o mal nos seus leitos, e o executam logo ao amanhecer do dia, porque têm o poder na mão! 2.Cobiçam as terras e apoderam-se delas, cobiçam as casas e roubam-nas; fazem violência ao homem e à sua família, ao dono e à sua herança. 3.Por isso, eis o que diz o Senhor: medito um mal contra essa raça, do qual não livrareis o vosso pescoço. Não andareis mais com a cabeça erguida, porque será um tempo de calamidades;* 4.naquele dia irão compor canções a vosso respeito, e será cantada uma elegia: Estamos perdidos, se dirá; fizeram passar a outros parte de meu povo. Como a arrebataram de mim? Nossas terras foram divididas entre os rebeldes.* 5.Por isso, não haverá ninguém que estenda o cordel para ti sobre uma parte na assembleia do Senhor.*

Profecias

6.“Não profetizeis” – dizem eles –, “não se profetize mais assim; isso não afastará o opróbrio.* 7.Ó tu, a quem chamam casa de Jacó, acaso está o Senhor pronto a irritar-se? Será essa sua maneira de agir?” Não são minhas palavras cheias de bondade para com quem anda na retidão? 8.Mas vós assistis contra o meu povo o inimigo, arrancais o manto de sobre a veste. Aqueles que seguem o seu caminho, vós os tratais como inimigos.* 9.Expulsais as mulheres de meu povo dos seus estimados lares; tirais para sempre de seus filhos a honra que lhes dei.* 10.De pé! Parti! Porque esta terra não é um lugar de descanso. Por causa de vossa imundície, um cruel tormento vos será infligido.* 11.Se houvesse um homem que atirasse palavras ao vento e espalhasse mentiras: “Vou falar-vos de vinho e de cerveja!”. Tal é o profeta que convém ao meu povo.*

Promessa de restauração

12.Reunirei Jacó todo, recolherei o resto de Israel. Porei tudo junto como ovelhas no aprisco, como um rebanho no seu redil: será uma ruidosa multidão de homens. 13.Irá à sua frente aquele que fez a brecha, eles se lançarão para passar pela porta e sairão. Seu rei passará diante deles, e o Senhor irá à sua frente.*

Pecado dos chefes

3.   1.Eu disse: Ouvi, chefes de Jacó, e vós, príncipes de Israel; não devíeis vós saber o que é justo? 2.E, entretanto, odiais o bem e amais o mal, arrancais a pele da carne e a carne dos ossos. 3.Devoram a carne do meu povo, arrancam-lhe a pele, quebram-lhe os ossos; partem-no como os pedaços postos na panela, como a carne para a caçarola. 4.Um dia clamarão ao Senhor, mas ele não lhes responderá; ele lhes ocultará a sua face naquele dia por causa da malícia de seus atos.

Pecado dos profetas

5.Oráculo do Senhor contra os profetas que desencaminham o meu povo, que anunciam a paz quando têm algo para mastigar e declaram guerra a quem não lhes põe nada na boca.* 6.Por isso, em lugar de visões, tereis a noite, e trevas em lugar de revelações. O sol se porá para esses profetas, o dia vai tornar-se obscuro; 7.serão confundidos os videntes, envergonhados os adivinhos. Todos esconderão a barba, porque Deus cessará de lhes falar.* 8.Eu, porém, estou cheio de força do Espírito do Senhor, de justiça e de coragem, para denunciar a Jacó sua maldade, e a Israel seu pecado.*

Castigo

9.Ouvi isto, chefes da casa de Jacó, príncipes da casa de Israel, que tendes horror à justiça, e torceis tudo o que é reto, 10.que edificais Sião com sangue e Jerusalém com o preço da iniquidade. 11.Seus chefes exercem o juízo por gratificação, seus sacerdotes só ensinam mediante salário, seus profetas vaticinam a preço de dinheiro. E ainda ousam apoiar-se no Senhor, dizendo: “Não é verdade que o Senhor está no meio de nós? A desgraça não nos atingirá!”. 12.Pois bem! Por vossa causa Sião será como um campo lavrado, e Jerusalém será um montão de escombros, e a colina do templo, um morro cheio de mato.

ESPERANÇAS E PROMESSAS (4 – 5)

Futuro esplendor de Jerusalém

4.   1.Acontecerá, no fim dos tempos, que a montanha da casa do Senhor será estabelecida no ápice das montanhas, e será mais elevada que todos os outeiros. Os povos afluirão para ela, 2.numerosas nações ali virão, dizendo: “Vinde, subamos à montanha do Senhor, à casa do Deus de Jacó. Ele nos ensinará os seus caminhos, e andaremos por suas veredas”. Porque de Sião sairá a doutrina, e de Jerusalém a palavra do Senhor.* 3.Ele será árbitro de numerosas nações e juiz de povos longínquos e poderosos. De suas espadas forjarão arados, e de suas lanças, foices; uma nação não levantará mais a espada contra outra, e não se exercitará mais para a guerra.* 4.Mas cada um habitará debaixo de sua vinha e debaixo de sua figueira, sem que ninguém o moleste; porque assim o prometeu, por sua boca, o Senhor dos exércitos. 5.Com efeito, todos os povos andam, cada um em nome de seu deus; nós, porém, andaremos para sempre em nome do Senhor, nosso Deus.

Volta dos deportados de Israel

6.Naquele dia – oráculo do Senhor –, recolherei os coxos, reunirei os dispersos e os que eu tinha afligido. 7.Dos estropiados farei um resto, dos afastados, uma nação robusta; e o Senhor será o seu rei sobre o monte Sião, desde agora e para sempre. 8.E tu, torre do Rebanho, colina da filha de Sião: voltará a ti tua soberania de outrora, a realeza sobre a casa de Israel.* 9.E agora, por que gritas? Acaso não há rei em ti? Ou pereceu o teu conselheiro, para que se apoderem de ti dores como as de uma parturiente? 10.Convulsiona-te e geme, filha de Sião, como uma mulher que dá à luz. Vais ter que deixar a cidade e morar no campo; irás até a Babilônia e ali serás salva; ali te resgatará o Senhor da mão de teus inimigos. 11.Agora se juntam contra ti numerosas nações que dizem: “Seja profanada Sião! Possam nossos olhos ver esta ruína!”. 12.Todavia, elas desconhecem os planos do Senhor, não entendem o seu desígnio, que é de ajuntá-los como grãos na eira.* 13.Eia, filha de Sião! Tritura aos pés o grão! Pois te darei uma testa de ferro e te darei cascos de bronze, para que esmagues numerosos povos; votarás seus despojos ao Senhor e suas riquezas ao Senhor da terra. 14.Agora, reúne tuas tropas, filha de guerreiros! Vieram e nos cercaram, ferem com uma vara a face do juiz de Israel.

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