DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Ducentésimo décimo nono dia: Sabedoria, profecias e recompensa divina

Na meditação de hoje iremos finalizar o livro do Eclesiástico e já nos preparamos para iniciar a reflexão de mais um livro profético, o livro do profeta Isaías. O texto sagrado na leitura de hoje menciona alguns personagens importantes, como Elias e Ezequias, e destaca a importância da busca pela sabedoria. Além disso, há referências a milagres e eventos da antiga aliança. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 48, 49, 50 e 51 do livro do Eclesiástico (Eclo).

Livro do Eclesiástico

Profetas e reis

48.   1.Suas palavras queimavam como uma tocha ardente. Elias, o profeta, levantou-se em breve como um fogo. 2.Ele fez vir a fome sobre o povo de Israel: foram reduzidos a um punhado por tê-lo irritado com sua inveja, pois não podiam suportar os preceitos do Senhor. 3.Com a palavra do Senhor ele fechou o céu, e dele fez cair fogo por três vezes. 4.Quão glorioso te tornaste, Elias, por teus prodígios! Quem pode gloriar-se de ser como tu? 5.Tu que fizeste sair um morto do seio da morte, e o arrancaste da região dos mortos pela palavra do Senhor; 6.tu que lançaste os reis na ruína, que desfizeste sem dificuldade o seu poder, que fizeste cair de seu leito homens gloriosos. 7.Tu que ouviste no Sinai o julgamento do Senhor, e no monte Horeb os decretos de sua vingança. 8.Tu que sagraste reis para a penitência, e estabeleceste profetas para te sucederem. 9.Tu que foste arrebatado num turbilhão de fogo, num carro puxado por cavalos ardentes. 10.Tu que foste escolhido pelos decretos dos tempos para amenizar a cólera do Senhor, reconciliar os corações dos pais com os filhos, e restabelecer as tribos de Jacó. 11.Bem-aventurados os que te conheceram, e foram honrados com a tua amizade!* 12.Pois, quanto a nós, só vivemos durante esta vida, e depois da morte, nem mesmo nosso nome nos sobreviverá. 13.Elias foi então arrebatado em um turbilhão, mas seu espírito permaneceu em Eliseu. Nunca em sua vida teve Eliseu medo de um príncipe; ninguém o dominou pelo poder. 14.Nada houve que o pudesse vencer: seu corpo, mesmo depois da morte, fez profecias.* 15.Durante a vida fez prodígios, depois da morte fez milagres. 16.E, apesar de tudo isso, o povo não fez penitência, não se afastou dos seus pecados, até que foi expulso de sua terra, e espalhado por todo o mundo. 17.Só ficou um resto do povo, um príncipe da casa de Davi. 18.Alguns deles fizeram o que é do agrado de Deus; os outros, porém, multiplicaram os seus pecados. 19.Ezequias fortificou a sua cidade, trazendo água até o centro; abriu com ferro um rochedo, e construiu um poço para as águas. 20.Durante o seu reinado veio Senaquerib, que enviou Rabsaces, o qual levantou a sua mão contra eles; ele estendeu a sua mão contra Sião, ensoberbecendo-se com seu poder. 21.Foi então que os seus corações e as suas mãos desfaleceram: sentiram dores como a parturiente. 22.Invocaram o Senhor misereclodioso, levantando para o céu as suas mãos estendidas. E o Santo, o Senhor Deus, ouviu logo a sua voz: 23.não se recordou dos seus pecados, não os entregou aos seus inimigos, mas purificou-os pela mão de Isaías, seu santo profeta. 24.Derrubou o acampamento dos assírios, e o anjo do Senhor os desbaratou. 25.Pois Ezequias fez o que era agradável a Deus: caminhou corajosamente pelas pegadas de Davi, seu pai, assim como lhe havia recomendado Isaías, o grande profeta, fiel aos olhos do Senhor. 26.Um dia o sol retrocedeu, e o profeta prolongou a vida do rei.* 27.Por uma poderosa inspiração ele viu o fim dos tempos, e consolou aqueles que choravam em Sião; 28.ele anunciou o futuro até o fim dos tempos, assim como as coisas ocultas antes que se cumprissem.

49.   1.A memória de Josias é como uma composição de aromas preparada pelo perfumista. 2.Em toda boca, sua lembrança é doce como o mel, como uma melodia em um festim regado de vinho. 3.Foi divinamente destinado a levar o povo à penitência, e robusteceu a piedade numa época de pecado. 4.Voltou o coração para o Senhor e fez desaparecer as abominações da impiedade. 5.Exceto Davi, Ezequias e Josias, todos pecaram: 6.os reis de Judá abandonaram a Lei do Altíssimo, e desprezaram o temor de Deus; 7.por isso, tiveram de entregar a outros o seu reino, e a sua glória a uma nação estrangeira. 8.Os inimigos queimaram a cidade eleita, a cidade santa, transformaram suas ruas em um deserto, conforme o que predissera Jeremias, 9.pois eles maltrataram aquele que havia sido consagrado profeta desde o ventre de sua mãe, para derrubar, para destruir, para arruinar, mas depois reedificar e renovar. 10.Foi Ezequiel quem teve essa visão gloriosa, que o Senhor lhe mostrou num carro de querubins. 11.Pois ele anunciou com uma chuva a sorte dos inimigos, assim como os bens reservados àquele que seguiam o caminho reto.* 12.Quanto aos doze profetas, refloresçam os seus ossos em seus túmulos, pois fortaleceram Jacó, e redimiram-se da servidão por uma fé corajosa.* 13.Como engrandecer a glória de Zorobabel? Foi ele como um anel na mão direita. 14.Do mesmo modo Josué, filho de Josedec; eles que, em seus dias, reconstruíram a casa de Deus, e tornaram a levantar o Templo Santo do Senhor, destinado a uma glória eterna. 15.Neemias viverá por longo tempo na recordação; ele reergueu nossas muralhas arruinadas, restabeleceu nossas portas e nossos trincos, e reedificou nossas casas.

Recapitulação

16.Ninguém nasceu no mundo comparável a Henoc, pois ele também foi arrebatado desta terra;* 17.nem comparável a José, nascido para ser o príncipe de seus irmãos e o sustentáculo de sua raça, o governador de seus irmãos, e o esteio de seu povo. 18.Seus ossos foram conservados com cuidado: depois de sua morte fizeram profecia. 19.Set e Sem foram glorificados entre os homens, porém, acima de qualquer ser vivo da Criação, acha-se Adão.

O sumo sacerdote Simão

50.   1.Simão, filho de Onias, sumo sacerdote, foi quem, durante a sua vida, sustentou a casa do Senhor; e durante os seus dias, fortificou o templo.* 2.Por ele foi fundado o alto edifício do templo, o edifício duplo e as altas muralhas. 3.Em seus dias, a água jorrou dos reservatórios, que se encheram extraordinariamente, como o mar de bronze, 4.ele cuidou do seu povo, libertou-o da perdição. 5.Foi bastante poderoso para aumentar a cidade, conquistou glória em suas relações com a nação, e alargou a entrada do templo e do átrio.* 6.Como a estrela-d’alva brilha no meio das nuvens, como brilha a lua nos dias de lua cheia, 7.como brilha o sol radioso, assim resplandeceu ele no Templo de Deus.* 8.Ele era como o arco-íris fulgurando nas nuvens luminosas, como a flor da roseira em dia de primavera, como os lírios à beira de uma corrente de água, e como o incenso que exala seu perfume nos dias de verão; 9.como um fogo que lança centelhas, como o incenso que se queima no fogo; 10.como um vaso de ouro maciço, adornado de pedrarias; 11.como uma oliveira cujos rebentos crescem, e como um cipreste que se ergue para o alto. Assim aparecia ele quando se cobria com o manto de aparato, e revestia os ornatos de sua dignidade. 12.Subindo ao altar santo, honrava os santos ornamentos. 13.Conservando-se de pé junto do altar, recebia as partes das vítimas da mão dos sacerdotes, e os seus irmãos o rodeavam como uma coroa, como uma plantação de cedros no monte Líbano. 14.Como as folhas de uma palmeira, todos os filhos de Aarão mantinham-se em volta dele em sua magnificência. 15.A oblação do Senhor era apresentada pelas suas mãos diante do povo de Israel. Quando terminava o sacrifício no altar, a fim de enaltecer a oblação do rei Altíssimo, 16.ele estendia a mão para a libação, e espargia o sangue da videira; 17.derramava ao pé do altar um perfume divino para o príncipe Altíssimo. 18.Então, os filhos de Aarão manifestavam-se com exclamações, e tocavam trombetas de metal batido; faziam ouvir grandes clamores para se fazerem lembrados diante de Deus. 19.E todo o povo se comprimia em multidão, e caía com a face por terra, para adorar o Senhor, seu Deus, e dirigir preces ao Deus Todo-poderoso, o Altíssimo. 20.Os cantores elevavam a voz, e do vasto edifício subia uma suave melodia. 21.O povo orava ao Senhor, o Altíssimo, até que terminasse o culto do Senhor, e que as cerimônias tivessem fim,* 22.Então, descendo do altar, o sumo sacerdote elevava as mãos sobre todo o povo israelita, para render glória a Deus em alta voz, e para glorificá-lo em seu nome. 23.E o povo repetia sua oração, querendo demonstrar o poder de Deus.* 24.E, agora, orai ao Deus de todas as coisas, que fez grandes coisas pela terra toda, que multiplicou nossos dias desde o seio materno, e usou de misericórdia para conosco. 25.Que ele nos conceda a alegria do coração, e que a paz esteja com Israel agora e para sempre; 26.para que Israel creia que a misericórdia de Deus está conosco, e que nos liberte quando chegar o dia.*

Provérbios sobre povos vizinhos

27.Há dois povos que minha alma abomina, e o terceiro, que aborreço, nem sequer é um povo: 28.aqueles que vivem no monte Seir, os filisteus, e o povo insensato que habita em Siquém.*

Conclusão

29.Jesus, filho de Sirac de Jerusalém, escreveu neste livro uma doutrina de sabedoria e ciência, e derramou nele a sabedoria de seu coração. 30.Feliz aquele que se entregar a essas boas palavras; aquele que as guardar no coração será sempre sábio; 31.pois, se ele as cumprir, será capaz de todas as coisas, porque a luz de Deus guiará os seus passos.

Oração de Jesus, filho de Sirac

51.   1.Eu vos glorificarei, ó Senhor e rei, eu vos louvarei, ó Deus, meu salvador. 2.Glorificarei o vosso nome, porque fostes meu auxílio e meu protetor. 3.Livrastes meu corpo da perdição, das ciladas da língua injusta, e dos lábios dos forjadores de mentira. Fostes meu apoio contra aqueles que me acusavam. 4.Libertastes-me conforme a extensão da misericórdia de vosso nome, dos rugidos dos animais ferozes, prestes a me devorar; 5.da mão daqueles que atacavam a minha vida, do assalto das tribulações que me aturdiam, 6.e da violência das chamas que me rodeavam. Em meio ao fogo não me queimei.* 7.Libertastes-me das profundas entranhas da morada dos mortos, da língua maculada, das palavras mentirosas, do rei iníquo e da língua injusta.* 8.Minha alma louvará o Senhor até a morte,* 9.porque a minha vida estava prestes a cair nas profundezas da região dos mortos. 10.Eles me rodearam de todos os lados, e ninguém lá estava para ajudar-me. Esperava algum auxílio dos homens e nada veio. 11.Lembrei-me, Senhor, da vossa misericórdia, e de vossas obras que datam do princípio do mundo, 12.pois libertais, Senhor, aqueles que esperam em vós, e os salvais das mãos das nações. 13.Exaltastes a minha habitação sobre a terra, e eu vos roguei quando a morte se aproximou de mim;* 14.invoquei o Senhor, pai do meu Senhor, para que não me abandonasse no dia de minha aflição, sem socorro, durante o reinado dos soberbos. 15.Louvarei sem cessar o vosso nome; eu o glorificarei em meus louvores, porque foi ouvida a minha prece, 16.porque me livrastes da perdição, e salvastes-me do perigo num tempo de iniquidade. 17.Eis por que eu vos glorificarei e cantarei vossos louvores e bendirei o nome do Senhor.*

Exortação à busca da sabedoria

18.Quando eu era ainda jovem, antes de ter viajado, busquei abertamente a sabedoria na oração: 19.pedi-a a Deus no templo, e a buscarei até o fim de minha vida. Ela floresceu como uma videira precoce 20.e meu coração alegrou-se nela. Meus pés andaram por caminho reto: desde a minha juventude tenho procurado encontrá-la. 21.Apliquei um pouco o meu ouvido e logo a recolhi. 22.Encontrei em mim mesmo muita sabedoria, e nela fiz grande progresso. 23.Tributarei glória àquele que a deu a mim, 24.pois resolvi pô-la em prática; fui zeloso no bem e não serei confundido. 25.Lutou minha alma para atingi-la, robusteci-me, pondo-a em prática. 26.Levantei minhas mãos para o alto, e deplorei o erro do meu espírito. 27.Conduzi minha alma para ela, e encontrei-a, ao procurar conhecê-la.* 28.Desde o início, graças a ela, possuí o meu coração; eis por que não serei abandonado. 29.Minhas entranhas comoveram-se em procurá-la, e assim adquiri um bem precioso. 30.O Senhor deu-me como recompensa uma língua, e dela me servirei para louvá-lo. 31.Aproximai-vos de mim, ignorantes, reuni-vos na casa do ensino. 32.Por que tardais? Que direis a isto? Vossas almas estão violentamente perturbadas pela sede.* 33.Abri a boca e falei: Buscai a sabedoria sem dinheiro! 34.Dobrai a cabeça sob o jugo, receba vossa alma a instrução, porque perto se pode encontrá-la. 35.Vede com os vossos olhos o pouco que trabalhei, e como adquiri grande paz. 36.Recebei a instrução como uma grande soma de prata, e possuireis nela grande quantidade de ouro. 37.Que vossa alma se regozije na misericórdia (de Deus)! E não sereis humilhados quando o louvardes. 38.Cumpri vossa tarefa antes que o tempo (passe) e, no devido tempo, ele vos dará a recompensa.

 

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