DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Centésimo trigésimo quinto dia: A oração de Mardoqueu

Na leitura de hoje, já caminhando para a conclusão do livro de Ester, vamos observar uma sequência de complementos, principalmente do capitulo 11 ao 16,  inseridos pelo próprio São Jerônimo em algumas notas de rodapé em algumas traduções bíblicas, ele mesmo relata que não conseguiu encontrar a tradução Hebraica destas passagens e fez do que ele encontrou do grego para o latim. Nestes complementos veremos o relato de um sonho de Mardoqueu, uma visão mais ou menos assim, apocalíptica, um anuncio dos conflitos que iriam se suceder entre o povo Judeu e a constituição persa liderada por Amã, pela ambição dele, tentava lhe conspirar contra o povo Judeu para Assuero o rei da Pérsia. Neste sonho ele vai relatar que houve uma visão e clamores repentinos, tumultos, trovões de terra, o terror por toda terra, em seguida, de repente avançaram dois grandes dragões dispostos para cometer um ao outro, gritos que lançaram as nações. Veremos ainda a belíssima oração de Mardoqueu que vale a pena rezarmos juntos porque é uma oração sincera, ele diz e agora Senhor, que sois meu Deus e meu Rei, Deus de Abraão, poupai vosso povo, pois nossos inimigos nos querem arruinar e destruir vossa antiga herança. Não desprezeis a vossa porção, que vós resgatastes do Egito! Ouvir minha oração! Sede propício para com a partilha de vossa herança e mudai em gozo nossa dor, a fim de vivermos para celebrar o vosso nome, Senhor, e não fechei a boca daqueles que vos louvam, ó Senhor! Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 11, 12 e 13 do livro de Ester (Est).

Livro de Ester

Anotação referente à tradução grega

11.   1.No quarto ano do reino de Ptolomeu e de Cleópatra, Dositeu que se dizia sacerdote e levita e igualmente seu filho, Ptolomeu, trouxeram a presente carta concernente aos Purim, dizendo que ela tinha sido traduzida por Lisímaco, filho de Ptolomeu, em Jerusalém.*

Nota de São Jerônimo 

Figurava na “vulgata” (grega) também o seguinte prólogo, que não se encontra nem em hebraico nem nos tradutores.

Prólogo. Sonho de Mardoqueu

2.No segundo ano do reino de Assuero, o grande rei, no primeiro dia do mês de Nisã, Mardoqueu, filho de Jair, filho de Semei, filho de Cis, da tribo de Benjamim, teve um sonho. 3.Havia um judeu estabelecido em Susa, grande personagem, adido à corte do rei. 4.Era do número dos cativos que Nabucodonosor, rei da Babi­lônia, tinha deportado de Jerusalém com o rei Jeconias, de Judá. 5.Esta foi sua visão: clamores repentinos, tumultos, trovões, um tremor de terra, o terror por toda a terra. 6.Em seguida, repentinamente, avançaram dois grandes dragões, dispostos para acometer um ao outro. 7.Ao grito que lançaram, as nações se comoveram para combater contra a nação dos justos. 8.Foi um dia de escuridão e trevas: tribulação, angústia, perigo e terror sobre toda a terra. 9.O povo inteiro dos justos, cheio de terror, temendo todos os males, julgou-se a ponto de perecer 10.e clamou a Deus. Enquanto levantavam clamores eis que uma peque­nina fonte toma proporções de um grande rio, uma massa de água. 11.A luz apareceu com o sol; os que estavam na humilhação foram exaltados e devoraram os nobres. 12.Depois de ter visto esse sonho e o que Deus queria fazer, Mardoqueu se levantou. Até a noite conservou esse sonho gravado no seu espírito, procuran­do conhecer o seu sentido.

Denúncia da conspiração

12.   1.Morava então Mardoqueu na corte com Gabata e Tares, dois eunucos do rei, porteiros do palácio. 2.Teve conhecimento de seus projetos e penetrou em seus desígnios; descobriu que eles se propunham a levantar a mão contra o rei Assuero e os denunciou. 3.O rei fez o inquérito. Eles confessaram e foram conduzidos ao suplício. 4.O rei mandou registrar esses acontecimentos na Crônica e Mardoqueu tomou também nota disso. 5.O rei lhe assinou uma função no seu palácio e em prêmio de seus serviços lhe fez presentes. 6.Mas Amã, filho de Amadates, o agagita, que gozava da consideração do rei, odiava Mardoqueu e seu povo por causa dos dois eunucos reais que tinham sido condenados à morte.

Aqui termina o Prólogo.

Nota de São Jerônimo a Est 3, 13

O que se segue, também achamos somente na “vulgata” e precisamente depois daquelas palavras: “E entregaram ao saque os seus despojos”.

Texto do edito de proscrição

13.   1.“Assuero, o grande rei, a seus vassalos, os sátrapas e os governadores das cento e vinte e sete províncias, da Índia até a Etiópia, manda o que se segue: 2.Embora eu seja o chefe de numerosas nações e tenha submetido o mundo inteiro, não quero de modo algum abusar da grandeza de meu poder. Quero, por um governo de clemência e de doçura, oferecer a meus súditos uma existência de tran­quilidade perpétua; e, procurando para meu reino, até seus confins, a calma e a segurança, garantir a paz, objeto de desejo universal. 3.Tenho, pois, perguntado a meus conselheiros como isso se podia realizar e um deles, chamado Amã, superior a todos por sua sabedoria e fidelidade, que ocupa o primeiro lugar depois do rei, 4.me fez conhecer que há um povo mal-intencio­nado, disperso entre os outros povos do mundo, de costumes contrários aos dos outros, que despreza constantemente as ordens dos reis, a ponto de ameaçar a concórdia que reina em nosso império. 5.Tendo, portanto, sabido que essa única nação em oposição perpétua com o restante do gênero humano, destruindo os costumes por leis estranhas, malévola para com tudo o que nos diz respeito, comete as piores desordens e compromete assim a ordem pública do reino; 6.por essas razões, ordenamos que todos aqueles que vos são indicados pela carta de Amã (o homem que está à frente de nossos interesses e que nos é um segundo pai), sejam todos radicalmente exterminados, mesmo mulheres e crianças, pela espada de seus inimigos, sem nenhuma compaixão, nem clemência, no dia catorze do duodécimo mês, chamado de Adar, do presente ano. 7.Desse modo esse povo, nosso inimigo de outrora e de agora, lançado violentamente, num mesmo dia, na região dos mortos, deixará para o futuro prosperarem em paz nossos negócios.”

Aqui termina a cópia da carta

Nota de São Jerônimo a Est 4, 17

O que segue encontrei (no texto grego) depois da passagem em que se lê: “Mardo­queu se retirou e fez o que Ester pedia” e não existe no texto hebraico nem em tradutor algum:

Oração de Mardoqueu

8.Então, Mardoqueu orou ao Senhor, recordando tudo o que tinha feito: 9.“Senhor – disse –, Senhor, Rei Todo-Poderoso, tudo está realmente no vosso poder e ninguém pode resistir à vossa vontade, se tendes resolvido salvar Israel. 10.Fizestes o céu e a terra e todas as maravilhas que estão sob a abóbada celeste. 11.Sois o Senhor universal e ninguém poderia opor-se a vós, Senhor. 12.Conheceis tudo e sabeis que não foi nem por espírito de soberba, nem por presunção, nem por vanglória que recusei prostrar-me diante do orgulhoso Amã. 13.Voluntariamente para salvar Israel eu beijaria os vestígios de seus pés. 14.Mas procedi assim por temor de colocar a honra de um homem acima da glória de Deus; não adorarei jamais a ninguém senão vós. E, contudo, não farei isso por orgulho. 15.E agora, Senhor, que sois meu Deus e meu Rei, Deus de Abraão, poupai vosso povo, pois nossos inimigos nos querem arruinar e destruir vossa antiga herança. 16.Não desprezeis a vossa porção, que vós resgatastes do Egito! 17.Ouvi minha oração! Sede propício para com a partilha de vossa herança e mudai em gozo nossa dor, a fim de vivermos para celebrar vosso nome, Senhor, e não fecheis a boca daqueles que vos louvam, ó Senhor!”. 18.Todo o Israel clamava também ao Senhor, com todas as forças, porque tinham a morte diante dos olhos.

plugins premium WordPress

Seus dados foram enviados com sucesso!

É uma grande alegria em tê-lo(a) conosco nesta obra de evangelização.

Seja muito bem vindo(a) à Comunidade de São Pio X.

Duvidas, fale conosco pelo e-mail voluntarios@piox.org.br ou no tel.: (83) 3341-7017

Olá, irmã(o). Em que posso lhe ajudar?