Na leitura de hoje evidenciamos a elevação de Mardoqueu, qaundo a história vai ser reverter, uma verdadeira reviravolta mesmo na história em que os perseguidos na verdade serão agora os perseguidores,com a elevação de Mardoqueu, justamente porque a casa de Amã será entregue a Ester e é quando de fato será revelado a relação de Ester com Mardoqueu ao qual o rei Assuero, rei da Pérsia faz justamente conferir o anel à ele, dando-lhe plenos poderes sobre o reino, toda a casa de Amã que Ester vai dar a ele para que ele possa administrar a casa de Amã o seu inimigo que foi superado. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 8, 9 e 10 do livro de Ester (Est).
Livro de Ester
Elevação de Mardoqueu
8. 1.Naquele mesmo dia, o rei Assuero fez presente à rainha Ester a casa de Amã, o opressor dos judeus. Mardoqueu se apresentou diante do rei, porque Ester tinha manifestado o que ele era dela. 2.Tirando seu anel, que tinha retomado de Amã, o rei o presenteou a Mardoqueu, que foi colocado por Ester à frente da casa de Amã.
Edito real em favor dos judeus
3.Ester retornou de novo à presença do rei e falou. Prostrada a seus pés, desfeita em lágrimas, suplicava-lhe que destruísse as maquinações que Amã, o agagita, tinha perversamente urdido contra os judeus. 4.O rei estendeu o cetro de ouro a Ester, a qual se pôs em pé diante dele. 5.“Se parecer bem ao rei – disse ela –, e se achei graça diante dele e se isso lhe parecer justo e se sou agradável a seus olhos, que revogue por escrito as cartas, que Amã, filho de Amadates, o agagita, tinha concebido e redigido para perder os judeus de todas as províncias do rei. 6.Como poderia eu ver a desgraça que aguarda meu povo e como poderia assistir ao extermínio de minha raça?” 7.O rei Assuero respondeu à rainha Ester e ao judeu Mardoqueu: “Fiz presente a Ester da casa de Amã e fiz perecer esse homem por ter levantado a mão contra os judeus. 8.Escrevei, portanto, vós mesmos em nome do rei em favor dos judeus, como bem vos parecer e selai com o selo real, porque toda ordem escrita em nome do rei e firmada com seu selo é irrevogável”. 9.Foram então chamados os escribas do rei, no vigésimo terceiro dia do terceiro mês, chamado Sivã; e conforme as instruções de Mardoqueu escreveram aos judeus, aos sátrapas, aos governadores e aos senhores das cento e vinte e sete províncias situadas entre a Índia e a Etiópia, a cada província em sua escritura, a cada nação em sua língua e aos judeus na sua própria escritura e língua. 10.Redigiram-se, pois, em nome do rei Assuero e marcaram-se com o selo real as cartas, que foram expedidas por correios a cavalo, tendo como montarias cavalos procedentes das cavalariças reais. 11.Essas comunicações diziam que o rei outorgava aos judeus em qualquer cidade em que residissem, o direito de se reunir para defender sua vida, de destruir, matar e fazer perecer em cada província do reino, todos os que se armassem para atacá-los, com suas mulheres e filhos; igualmente o direito de se apoderarem de seus despojos. 12.(Tudo isso se faria) num só dia em todas as províncias do rei Assuero, no dia treze do duodécimo mês, chamado Adar.
[O texto desse edito se lê no cap. 16, 1-24]
13.Uma cópia do edito, que devia ser promulgado como lei em cada província, foi enviada a todos os povos, a fim de que os judeus estivessem preparados, naquele dia, para se vingarem de seus inimigos. 14.Os correios, montando cavalos das cavalariças reais, partiram apressadamente e cumpriram diligentemente a ordem do rei. O edito foi publicado primeiramente em Susa, a capital. 15.Saiu então Mardoqueu da casa do rei, com uma veste real, azul e branca, com uma grande coroa de ouro e um manto de linho e púrpura. A cidade de Susa alegrou-se com os gritos de júbilo. 16.Não havia para os judeus senão felicidade, alegria e cantos de triunfo. 17.Em cada província e em cada cidade, aonde quer que chegasse o edito real, havia entre os judeus transportes de gozo, banquetes e regozijo. Muitos no país se fizeram judeus, tanto era o temor que lhes inspiravam.
Vingança dos judeus
9. 1.No duodécimo mês, que é o de Adar, no dia treze do mês, data em que entrava em vigor a ordem e o edito do rei, no mesmo dia em que os inimigos dos judeus contavam fazer-lhes mal, aconteceu tudo ao contrário e os judeus dominaram seus inimigos. 2.Estavam reunidos em suas respectivas cidades em todas as províncias do rei Assuero para levantarem a mão contra aqueles que desejavam sua perda. Ninguém pôde resistir-lhes, porque o terror se tinha apoderado de todos os povos. 3.Todos os senhores das províncias, os sátrapas, os governadores, os funcionários do rei tomaram o partido dos judeus, por temor de Mardoqueu. 4.Porque este ocupava um alto lugar no palácio real e sua fama se espalhava em todas as províncias, onde sua influência não cessava de crescer. 5.Os judeus, pois, feriram todos os seus inimigos a golpes de espada: massacre e extermínio de seus opressores, aos quais trataram como quiseram.* 6.Em Susa, na capital, mataram quinhentos homens. 7.Fizeram igualmente perecer Farsandata, Delfon esfata, 8.Forata, Adalia, Aridata, 9.Fermesta, Arisai, Aridai e Jezata, 10.os dez filhos de Amã, filho de Amadates, o opressor dos judeus. Mas se abstiveram de toda pilhagem. 11.Nesse mesmo dia, fizeram conhecer ao rei o número das vítimas na fortaleza de Susa. 12.E o rei disse a Ester: “Na fortaleza de Susa, na capital, os judeus mataram quinhentos homens, bem como os dez filhos de Amã. Que não terão feito nas outras províncias do rei? (Entretanto), pede-me o que quiseres e te será concedido! Tens algum desejo? Será satisfeito”. 13.“Se parecer bem ao rei – respondeu Ester –, seja permitido ainda amanhã, aos judeus de Susa, agir conforme ao decreto de hoje e que se suspendam numa forca os dez filhos de Amã.” 14.O rei deu ordem para que assim se fizesse. O edito foi publicado em Susa e suspenderam na forca os dez filhos de Amã. 15.Os judeus de Susa se reuniram de novo no dia catorze do mês de Adar e mataram na cidade trezentos homens, sem entretanto dar-se à pilhagem. 16.Os outros judeus que estavam disseminados pelas províncias do rei se juntaram para defender suas vidas e se pôr a salvo dos ataques de seus inimigos. Massacraram setenta e cinco mil, sem entretanto entregar-se à pilhagem.
Instituição da festa dos Purim
17.Era o dia treze do mês de Adar. No dia catorze repousaram e fizeram um dia de banquete de alegria. 18.Quanto aos judeus de Susa, que se juntaram no dia treze e catorze do mesmo mês, repousaram no dia quinze, fazendo-o um dia de alegre banquete. 19.Eis por que os judeus do campo, que habitam nas cidades não-fortificadas, fazem no dia catorze do mês de Adar um dia de festa com banquetes de alegria, dia em que mandam presentes uns aos outros. 20.Mardoqueu consignou por escrito todos esses acontecimentos. Enviou cartas a todos os judeus das províncias do rei Assuero, próximas ou longínquas, 21.para lhes ordenar que celebrassem cada ano o dia catorze e o dia quinze do mês de Adar, 22.como sendo dias em que tinham sido postos a salvo dos ataques de seus inimigos e mês em que sua angústia tinha sido trocada em alegria e sua dor em felicidade. Deviam, pois, nesses dias, oferecer alegres banquetes, dar-se presentes e praticar generosidade com os pobres. 23.Os judeus erigiram em costume o que tinham feito na primeira vez e o que Mardoqueu lhes tinha mandado. 24.Porque Amã, filho de Amadates, o agagita, o opressor dos judeus, tinha resolvido perdê-los e lançado (contra eles) o “pur”, isto é, a sorte, para exterminá-los e destruí-los. 25.Mas quando Ester se apresentou diante do rei este ordenou por escrito que a perversa maquinação, tramada contra os judeus, recaísse sobre a cabeça de seu autor e que este e seus filhos fossem suspensos à forca. 26.É por isso que se chamam esses dias “Purim”, da palavra “pur”. Assim, conforme o conteúdo dessa carta, conforme o que eles mesmos tinham visto e o que lhes tinha acontecido, 27.os judeus instituíram e estabeleceram para si, para sua posteridade e para seus adeptos, o costume irrevogável de celebrar anualmente esses dois dias, segundo a forma prescrita e no tempo marcado.* 28.Esses dias deviam ser recordados e celebrados de geração em geração em cada família, em cada província e em cada cidade. Jamais poderiam ser abolidos esses dias dos Purim entre os judeus, nem sua recordação se apagar entre seus descendentes.* 29.A rainha Ester, filha de Abigail, e o judeu Mardoqueu escreveram uma segunda vez com insistência para confirmar a carta sobre os Purim. 30.Depois enviaram a todos os judeus das cento e vinte e sete províncias do rei Assuero cartas com palavras de paz 31.e a recomendação de celebrarem fielmente esses dias dos Purim no tempo marcado, como o judeu Mardoqueu e a rainha Ester os tinham instituído e como eles tinham estabelecido, tanto para si mesmos, como para seus descendentes, com os jejuns e as lamentações.* 32.Desse modo, a ordem de Ester confirmou a instituição dos Purim e tudo isso foi consignado num livro.
Elogio de Mardoqueu
10. 1.O rei Assuero impôs um tributo sobre o continente e sobre as ilhas do mar. 2.Tudo o que concerne a seu poder e suas façanhas e os detalhes sobre a elevação de Mardoqueu pelo rei estão escritos no Livro das Crônicas dos reis dos medos e dos persas. 3.Porque o judeu Mardoqueu era o primeiro depois do rei Assuero. Ele gozava de grande consideração entre os judeus e era amado pela multidão de seus irmãos. Procurava o bem de seu povo e falava a favor da felicidade de toda a sua nação.
COMPLEMENTOS AO LIVRO DE ESTER
NOTA DE SÃO JERÔNIMO
Traduzi com toda a fidelidade o que se acha no texto hebraico. As passagens que seguem encontrei-as apenas na edição “vulgata” (isto é, “divulgada”) em língua e caracteres gregos e as coloquei aqui no fim do livro, marcadas – como é nosso costume – com o óbelo, quero dizer, o sinal distintivo à margem: 4.E Mardoqueu disse: “De Deus veio tudo isso. 5.Lembro-me de um sonho que tive a esse respeito. Nada foi omitido:* 6.a pequena fonte tornada um rio, a luz, o sol, a massa de água. O rio é Ester que o rei tomou por esposa e a quem tornou rainha. 7.Amã e eu – eis as duas serpentes. 8.Os povos são aqueles que se reuniram para destruir o nome dos judeus. 9.Minha nação é Israel que invocou o Senhor e que foi salva; porque o Senhor salvou seu povo e nos livrou de todos esses males. Deus fez prodígios e maravilhas, como não fez semelhantes entre todas as nações. 10.Porque Deus preparou dois destinos: um para seu povo e outro para todas as nações. 11.E esses dois destinos se cumpriram na hora, no tempo e no dia marcados por Deus para todas as nações. 12.Então, o Senhor lembrou-se dos seus e fez justiça à sua herança. 13.E esses dias do mês de Adar, o catorze e o quinze, serão celebrados em comum, pelo povo de Israel, com gozo e alegria diante de Deus em todas as gerações, para sempre.