DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Centésimo quinquagésimo segundo dia: Jó contradiz a suposta sabedoria dos seus amigos

Podemos observar que a experiência de Jó contradiz a pretensa sabedoria de seus amigos, principalmente porque ele contesta a afirmação de que o castigo é sempre devido aos ímpios no curso desta vida. Ou seja, os ímpios são merecedores de punição, por assim dizer, e Jó discorda dessa realidade. Por isso, ele usa argumentos para dizer que, por estar sofrendo, mostra que a pedagogia de Deus não é assim, que a verdade de Deus é diferente daquela dos seus amigos, pois, mesmo sendo justo, ele sofre. Por vezes, a vida dos ímpios parece fluir sem problemas, mas, no final, eles descem à região dos mortos. Além disso, muitas vezes eles se opõem a Deus, recusando-se a conhecer seus caminhos.  Todas essas meditações estão nos alertando para os perigos de praticarmos o mal e nos lembrando de que Deus é justo e nos julgará por nossos atos. Compreendo que devemos buscar a piedade e a justiça e evitar a injustiça e a malícia para termos a certeza de que seremos encontrados inocentes e puros diante de Deus. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 21, 22, 23, 24 e 25 do livro de Jó (Jó).

Livro de Jó

Resposta de Jó

21.   1.Jó tomou então a palavra nestes termos: 2.“Ouvi atentamente minhas palavras. Que eu tenha pelo menos esse consolo de vossa parte. 3.Permiti que eu fale; quando tiver falado, zombai à vontade. 4.É de um ser humano que me queixo? E como não hei de perder a paciência? 5.Olhai para mim e ficareis estupefatos e poreis a mão sobre a boca. 6.Quando penso nisso, fico estarrecido e todo o meu corpo treme. 7.Por que os ímpios sobrevivem e, ao envelhecer, crescem em poderio? 8.Sua posteridade prospera diante deles, e seus descendentes sob seus olhos. 9.Suas casas estão em paz, livres de perigo, e a vara de Deus não os atinge. 10.Seu touro é cada vez mais fecundo, sua vaca dá cria sem nunca abortar. 11.Deixam os filhos correr como carneiros, e os seus pequenos saltam e brincam alegremente. 12.Cantam ao som do pandeiro e da cítara, divertem-se ao som da flauta. 13.Passam seus dias na alegria e descem tranquilamente à região dos mortos. 14.Ora, dizem a Deus: ‘Afasta-te de nós! Não queremos conhecer os teus caminhos! 15.Quem é o Todo-poderoso, para que o sirvamos? Que vantagem tiramos em lhe fazer orações?’. 16.A felicidade não está em suas mãos? Contudo, longe de mim esteja o modo de pensar dos ímpios! 17.Quantas vezes vemos apagar-se a lâmpada dos ímpios e a ruína desabar sobre eles? 18.Serão eles como a palha ao vento, como a cinza tragada pelo turbilhão? 19.‘Deus reserva para os filhos o castigo do pai?’ Que ele mesmo o puna, para que o sinta! 20.Que veja com os próprios olhos a sua ruína e ele mesmo beba da cólera do Todo-poderoso! 21.Pois o que lhe importa a sua casa depois dele, se o número de seus meses já está contado? 22.É a Deus que se irá ensinar a sabedoria, a ele, que julga os seres superiores? 23.Um morre em pleno vigor, feliz e tranquilo, 24.os flancos cobertos de gordura e a medula dos ossos cheia de seiva. 25.Outro, porém, morre com a amargura na alma, sem ter gozado a felicidade. 26.Juntos se deitam na terra e os vermes recobrem a ambos. 27.Por certo conheço vossos pensamentos, os julgamentos iníquos que fazeis de mim! 28.Dizeis: ‘Onde está a casa do tirano, onde está a tenda em que habitavam os ímpios?’. 29.Não interrogastes os viajantes? Contestaríeis seus testemunhos? 30.No dia da infelicidade o ímpio é poupado, no dia da cólera ele escapa. 31.Quem reprova diante dele o seu proceder e lhe pede contas de seus atos? 32.Levam-no ao sepulcro, ficarão de vigília em sua câmara funerária. 33.Os torrões do vale são-lhe leves; todos os homens irão em sua companhia e foram inumeráveis seus predecessores. 34.Que significam, pois, essas vãs consolações? Todas as vossas respostas são apenas perfídia”.

Terceira seção de discursos

22.   1.Elifaz de Temã tomou a palavra nestes termos: 2.“Pode o homem ser útil a Deus? O sábio só é útil a si mesmo. 3.De que serve ao Todo-poderoso que sejas justo? Tem ele interesse que teu proceder seja íntegro? 4.É por causa de tua piedade que ele te pune e entra contigo em juízo? 5.Não é enorme a tua malícia e não são inumeráveis as tuas iniquidades? 6.Sem razão penhoraste os teus irmãos e despojaste de suas vestes os miseráveis.* 7.Não davas água ao sedento, recusavas pão ao esfomeado. 8.A terra era do mais forte, e o protegido é que nela se estabelecia. 9.Despedias as viúvas de mãos vazias e quebravas os braços dos órfãos. 10.Eis por que estás cercado de laços e os terrores súbitos te amedrontam. 11.Tua luz tornou-se trevas, já não vês nada e o dilúvio das águas te engole. 12.Não está Deus nas alturas do céu? Vê a abóbada estrelada, como está alta! 13.E dizes: ‘Que sabe Deus? Pode ele julgar através de nuvens escuras? 14.As nuvens formam um véu que o impede de ver ele passeia apenas pela abóbada do céu’. 15.Queres seguir, pois, rotas antigas por onde andaram os homens iníquos? 16.Que foram arrebatados antes do tempo e cujos fundamentos foram arrastados com as águas!* 17.Exclamam a Deus: ‘Retira-te de nós! Que poderia fazer-nos o Todo-poderoso?’. 18.Foi ele, entretanto, que lhes cumulou de bens as casas. Contudo, longe de mim os conselhos dos ímpios! 19.Vendo-os, os justos se alegram e o inocente zomba deles: 20.‘Nossos inimigos estão aniquilados e o fogo devorou-lhes as riquezas!’. 21.Reconcilia-te, pois, com Deus e faze as pazes com ele: é assim que te será de novo dada a felicidade. 22.Aceita a instrução de sua boca e põe suas palavras em teu coração. 23.Se te voltares humildemente para o Todo-poderoso, se afastares a iniquidade de tua tenda, 24.se atirares as barras de ouro ao pó e o ouro de Ofir aos pedregulhos da torrente,* 25.o Todo-poderoso será teu ouro e um monte de prata para ti. 26.Então farás do Todo-poderoso as tuas delícias e levantarás teu rosto a Deus. 27.Tu lhe suplicarás, ele te ouvirá e cumprirás os teus votos. 28.Formarás os teus projetos, que terão feliz êxito e a luz brilhará em tuas veredas. 29.Pois Deus abaixa o altivo e o orgulhoso, mas socorre aquele que abaixa os olhos. 30.Ele salva o inocente, o qual é libertado pela pureza de suas mãos”.

Resposta de Jó

23.   1.Então, Jó tomou a palavra nestes termos: 2.“Sim, hoje minha queixa é uma revolta, ainda que sua mão reprima meus suspiros.* 3.Oxalá pudesse eu encontrá-lo e chegar até seu trono! 4.xporia diante de Deus a minha causa, encheria minha boca de argumentos. 5.Saberia o que ele iria responder-me e veria o que ele teria para me dizer. 6.Oporia ele contra mim com prepotência? Não! Bastaria que lançasse os olhos em mim. 7.Seria então um justo a discutir com ele, e eu iria embora definitivamente absolvido pelo meu juiz. 8.Mas se eu for ao Oriente, lá ele não está; ao Ocidente, não o encontrarei; 9.se o procuro ao Norte, não o vejo; se me volto para o Sul, não o descubro. 10.Contudo, ele conhece o meu caminho; se me põe à prova, dela sairei puro como o ouro. 11.Meus pés seguiram os seus traços, guardei o seu caminho sem me desviar. 12.Não me afastei dos preceitos de seus lábios, guardei no meu íntimo as palavras de sua boca. 13.Ele decidiu alguma coisa, quem o fará voltar atrás? Ele faz o que bem lhe agrada. 14.Realizará seu desígnio a meu respeito e tem muitos projetos iguais a este. 15.Eis por que sua presença me atemoriza. Basta o seu pensamento para me fazer tremer. 16.Foi Deus que me fundiu o coração, o Todo-poderoso me enche de terror. 17.Sucumbo diante das trevas. Elas cobriram-me o rosto.

24.   1.Por que não reserva tempos para si o Todo-poderoso? E por que ignoram seus dias os que lhe são fiéis? 2.Os maus mudam as divisas das terras e fazem pastar o rebanho que roubaram. 3.Empurram diante de si o jumento dos órfãos, e tomam em penhor o boi da viúva. 4.Enxotam os pobres do caminho, todos os miseráveis da região precisam esconder-se. 5.Como asnos selvagens no deserto, saem para o trabalho, à procura do que comer, à procura do pão para seus filhos. 6.Ceifam a forragem num campo, vindimam a vinha do ímpio. 7.Passam a noite nus, sem roupa e sem cobertor contra o frio. 8.São banhados pelas chuvas das montanhas e, sem abrigo, achegam-se às rochas. 9.Arrancam o órfão do seio materno e tomam em penhor as crianças do pobre.* 10.Andam nus, por falta de roupa e esfomeados carregam feixes. 11.Espremem óleo nos celeiros, e sedentos pisam os lagares. 12.Sobe da cidade os gemidos dos moribundos. A alma dos feridos grita, mas Deus não ouve suas súplicas. 13.Outros são rebeldes à luz, não conhecem seus caminhos nem habitam em suas veredas. 14.O homicida levanta-se antes do alvorecer para matar o pobre e o indigente. O ladrão vagueia durante a noite. 15.O adúltero espreita o crepúsculo: ‘Ninguém me verá’, diz ele, e põe um véu no rosto. 16.Nas trevas, arrombam as casas. Escondem-se durante o dia, sem conhecer a luz. 17.Para eles, com efeito, a manhã é uma sombra espessa, pois estão acostumados aos terrores da noite. 18.Correm rapidamente na superfície da água, sua herança é maldita sobre a terra; já não tomarão o caminho das vinhas.* 19.Como a seca e o calor absorvem as águas da neve, assim a região dos mortos engole os pecadores. 20.O ventre que o gerou esquece-o, os vermes fazem dele as suas delícias; ninguém mais se lembrará dele. 21.A iniquidade é quebrada como uma árvore. Maltratava a mulher estéril, sem filhos e não fazia o bem à viúva. 22.Punha sua força a serviço dos poderosos. Levanta-se e já não pode mais contar com a vida. 23.Ele lhes dá segurança e apoio, mas seus olhos vigiam seus caminhos. 24.Levantam-se, subitamente já não existem; caem; como os outros, são arrebatados, são ceifados como cabeças de espigas. 25.Se assim não é, quem me desmentirá, quem reduzirá a nada as minhas palavras?”.

Terceiro discurso de Bildad

25.   1.Bildad de Suás tomou então a palavra nestes termos: 2.“A ele, o poder e a majestade. Em sua alta morada faz reinar a paz. 3.Pode ser contado o número de suas legiões? Sobre quem não se levanta a sua luz? 4.Seria justo o homem diante de Deus? Seria puro aquele que nasce da mulher? 5.Se até mesmo a lua não brilha e as estrelas não são puras a seus olhos 6.quanto menos o homem, esse verme, e o filho do homem, esse vermezinho!”.*

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