DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Centésimo quinquagésimo quinto dia: O homem humilde vive na retidão

Jó faz duras repreensões, onde ele argumenta que Deus sempre está no controle e não deve ser questionado por nada que nos aconteça. Ele destaca a grandeza de Deus, que excede a compreensão humana, e seu poder pode ser visto na tempestade. Jó também mostra que Deus é justo e permite sua cólera contra o homem injusto. Por fim, Jó exalta a sabedoria, justiça e poder de Deus. O Senhor revela a ignorância e fraqueza de Jó, usando uma série de perguntas retóricas para induzilo à virtude da humildade. Ao invés de se justificar a si mesmo, Jó precisa defender a Deus antes de se defender. Ao longo do discurso, o Senhor mostra sua sabedoria e poder, dando uma perspectiva correta sobre o assunto. Somente depois que Jó reconhece suas acusações como falsas é que ele é declarado como reto. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 35, 36, 37 e 38 do livro de Jó (Jó).

Livro de Jó

Terceiro discurso de Eliú

35.   1.Eliú retomou ainda a palavra nestes termos: 2.“Imaginas ter razão em pretender justificar-te contra Deus? 3.Quando dizes: ‘Para que me serve isto, qual é minha vantagem em não pecar?’. 4.Pois vou responder-te, a ti e a teus amigos. 5.Contempla os céus e observa as nuvens: vê como são mais altas do que tu. 6.Se pecas, que danos lhe causas? Se multiplicas tuas faltas, que mal lhe fazes? 7.Se és justo, que vantagem lhe dás? Ou que recebe ele de tua mão? 8.Tua maldade só prejudica o homem, teu semelhante; tua justiça só diz respeito a um ser humano. 9.Sob o peso da opressão, geme-se, e clama-se sob a mão dos poderosos. 10.Mas ninguém diz: ‘Onde está Deus, meu Criador, que inspira cantos de louvor em plena noite, 11.que nos instrui mais do que aos animais selvagens e nos torna mais sábios do que as aves do céu?’.* 12.Clamam, mas não são ouvidos, por causa do orgulho dos maus. 13.Por certo, Deus não ouve palavras frívolas, e o Todo-poderoso não lhes presta atenção. 14.Quando dizes que ele não se ocupa de ti, que tua causa está diante dele e que esperas sua decisão, 15.que sua cólera não castiga e que ele ignora o pecado, 16.Jó abre a boca para palavras ociosas e derrama-se em discursos impertinentes”.

Quarto discurso de Eliú

36.   1.Depois Eliú prosseguiu nestes termos: 2.“Espera um pouco e te instruirei. Tenho ainda palavras em defesa de Deus. 3.Vou buscar longe a minha ciência, para justificar aquele que me criou. 4.Pois minhas palavras não são certamente mentirosas e estás tratando com um homem de ciência sólida. 5.Deus é poderoso, mas não é arrogante, é poderoso por sua ciência. 6.Não deixa o ímpio viver, mas faz justiça aos oprimidos. 7.Não tira seus olhos do justo e os faz assentar no trono com os reis, numa glória eterna. 8.Se forem presos em grilhões e atados com os laços da pobreza, 9.ele lhes fará conhecer as suas obras e as faltas que cometeram por orgulho. 10.Abre-lhes os ouvidos para corrigi-los e diz-lhes que renunciem à iniquidade. 11.Se escutarem e obedecerem, terminarão seus dias na felicidade e seus anos em delícias. 12.Mas se não o escutarem, morrerão de um golpe e expirarão por falta de sabedoria. 13.Os ímpios de coração são entregues à cólera e não clamam a Deus quando ele os aprisiona. 14.Por isso morrem em plena mocidade e sua vida passa como a dos efeminados.* 15.Mas Deus salvará o pobre pela sua miséria e o instrui pelo sofrimento. 16.A ti também ele retirará das fauces a angústia, numa larga liberdade e no repouso de uma mesa bem guarnecida.* 17.Mas tu te comportas como um malvado, com o risco de incorrer em sentença e penalidade. 18.Toma cuidado para que a cólera não te inflija um castigo e que o tamanho do resgate não te perca. 19.Acaso levará ele em conta teu grito na aflição e todos os esforços do vigor? 20.Não suspires pela noite da morte, que arrebata os povos de seu lugar! 21.Guarda-te de declinar para a iniquidade, e de preferir a injustiça ao sofrimento. 22.Vê, Deus é sublime em seu poder! Que senhor lhe é comparável? 23.Quem lhe fixou seus caminhos? Quem pode dizer-lhe: ‘Fizeste mal?’. 24.Antes lembra-te de glorificar sua obra, que a humanidade celebra em seus cânticos. 25.Todos os homens a contemplam, mas cada um a considera de longe. 26.Deus é grande demais para que o possamos conhecer; o número de seus anos é incalculável. 27.Atrai as gotinhas de água para transformá-las em chuva no nevoeiro. 28.As nuvens espalham essas águas e as destilam sobre a multidão humana. 29.Quem pode compreender como se expandem as nuvens e o estrépito que sai de sua tenda?* 30.Espalha à sua volta sua luz e encobre as profundezas do mar. 31.É por esse meio que governa os povos e fornece-lhes abundante alimento. 32.Nas suas mãos esconde o raio e fixa-lhe o alvo a atingir. 33.O seu estrondo o anuncia e o rebanho também pressente aquele que se aproxima.

37.   1.Por isso, tremeu o meu coração e saltou fora de seu lugar. 2.Escutai, escutai o brado de sua voz e o estrondo que sai da sua boca! 3.Enche dele toda a extensão do céu e seus relâmpagos atingem os confins da terra! 4.Por detrás dele ruge uma voz e troveja com sua voz majestosa. Não retém mais seus raios quando se ouve sua voz. 5.Deus troveja com sua voz maravilhosa, faz prodígios que não compreendemos. 6.Diz à neve: ‘Cai sobre a terra!’. E às pancadas de chuva: ‘Sede fortes!’. 7.Ele põe selos sobre as mãos dos homens, a fim de que todos os mortais reconheçam seu criador.* 8.A fera também entra em seu covil e encolhe-se em sua toca. 9.O furacão sai da câmara do sul e do norte chega o frio. 10.Ao sopro de Deus forma-se o gelo e a superfície das águas se congela. 11.Carrega as nuvens de vapor. As nuvens lançam por toda parte seus relâmpagos, 12.que vão em todos os sentidos sob sua direção, para realizar tudo quanto ele ordena na face da terra. 13.Ora é o castigo que eles trazem, ora seus benefícios. 14.Escuta isto, Jó! Para e considera as maravilhas de Deus! 15.Sabes como Deus as opera e faz brilhar o relâmpago de sua nuvem? 16.Conheces a lei do equilíbrio das nuvens e o milagre daquele cuja ciência é infinita? 17.Por que são quentes as tuas vestes, quando repousa a terra ao sopro do meio-dia? 18.Saberás, como ele, estender as nuvens e torná-las sólidas como um espelho de metal fundido? 19.Dá-me a conhecer o que lhe diremos. Mergulhados em nossas trevas, só sabemos objetar. 20.Quem lhe repetirá o que digo? Acaso pedirá um homem a sua própria perdição? 21.Agora já não se vê a luz, o sol brilha através das nuvens. Passa, porém, um vento e as varre. 22.A luz vem do norte. Deus está envolto numa majestade temível.* 23.Não podemos alcançar o Todo-poderoso. Ele é eminente em força e em equidade; grande na justiça, ele não tem a dar contas a ninguém. 24.Que os homens, pois, o reverenciem! Ele não olha aqueles que se julgam sábios!”.*

DISCURSOS DO SENHOR

Primeiro discurso de Deus

38.   1.Então, do seio da tempestade, o Senhor deu a Jó esta resposta:* 2.“Quem é este que obscurece a Providência com discursos sem sentido? 3.Cinge os teus rins como um valente! Vou interrogar-te e tu me responderás. 4.Onde estavas, quando lancei os fundamentos da terra? Fala, se estiveres informado disso. 5.Quem lhe deu as medidas, já que o sabes? Ou quem sobre ela estendeu o cordel?* 6.Onde se assentam suas bases? Ou quem colocou nela a pedra angular, 7.sob os alegres concertos dos astros da manhã e sob as aclamações de todos os filhos de Deus? 8.Quem fechou com portas o mar, quando brotou do seio materno, 9.quando lhe dei as nuvens por vestimenta e o enfaixava com névoas tenebrosas? 10.Eu lhe tracei limites e lhe pus portas e ferrolhos, 11.dizendo: ‘Chegarás até aqui e não irás mais longe; aqui se deterá o orgulho de tuas ondas?’. 12.Algum dia na vida deste ordens à manhã, ou indicaste à aurora o seu lugar, 13.para que ela alcançasse as extremidades da terra e dela sacudisse os ímpios?* 14.A terra se molda como a argila sob o sinete e toma cor como um vestido. 15.Aos ímpios, contudo, é recusada sua luz e se rompe o braço ameaçador.* 16.Acaso chegaste até as fontes do mar ou passaste até o fundo do abismo? 17.Apareceram-te, porventura, as portas da morte, ou viste a entrada da morada tenebrosa? 18.Tens ideia da extensão da terra? Fala, se sabes tudo! 19.Onde está o caminho para a morada da luz? Quanto às trevas, onde é o seu lugar? 20.Poderias alcançá-las em seu domínio e reconhecer as veredas de sua morada? 21.Deverias sabê-lo, pois já tinhas nascido e são numerosos os teus dias!* 22.Entraste nos depósitos da neve ou visitaste os armazéns dos granizos 23.que reservo para os tempos de tormento, para os dias de luta e de batalha? 24.Por que caminho se espalha o nevoeiro e se expande o vento do oriente sobre a terra? 25.Quem abre um canal para o aguaceiro e uma rota para os relâmpagos dos trovões, 26.para fazer chover sobre uma terra desabitada e sobre um deserto sem seres humanos, 27.para regar regiões vastas e desoladas, para nelas fazer germinar a erva verdejante? 28.Terá a chuva um pai? Quem gera as gotas do orvalho? 29.De que seio sai o gelo e quem engendra a geada do céu? 30.As águas se endurecem como pedra e a superfície do abismo se congela! 31.És tu que atas os laços das Plêiades ou desatas as correntes do Órion?* 32.És tu que fazes sair a seu tempo as constelações ou conduzes a Ursa com seus filhos? 33.Conheces as leis do céu e regulas sua influência sobre a terra? 34.Levantarás a tua voz até as nuvens e o dilúvio te obedecerá? 35.Tua ordem fará os relâmpagos surgirem e te dirão: ‘Aqui estamos?’. 36.Quem pôs sabedoria nas nuvens e inteligência no meteoro?* 37.Quem pode enumerar com sabedoria as nuvens e inclinar as odres do céu, 38.para que a poeira se transforme em massa compacta e os seus torrões se aglomerem? 39.És tu que caças a presa para a leoa ou satisfazes a fome dos leõezinhos, 40.quando estão deitados em seus covis ou quando se emboscam nas covas? 41.Quem prepara ao corvo o seu alimento, quando seus filhotes gritam a Deus, quando andam de um lado para outro por não terem o que comer?

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