Na leitura de hoje podemos evidenciar quando então Jó dirige sua prece diretamente a Deus, ele diz assim meu Deus eu te invoco não fiques mudo pois não sou mais eu quem fala mas a minha doença me fez estremecer responde por mim pois estou enfraquecido e não sei mais o que falar nas minhas mãos são os meus erros eu me mantenho para ver a tua face como a face de quem busca a tua ajuda. E Jó em seu terceiro discurso lança mais uma vez um olhar de esperança para Deus quando ele diz assim eu sei que o meu redentor vive e naquele dia que ele se levantará sobre a terra e do meu pó eu verei a Deus eu mesmo e meus olhos e não outro verem a meu Redentor nesse trecho nós podemos perceber que Jó mesmo diante de toda a sua aflição e sofrimento ele se mantém firme na sua fé e esperança de que Deus mesmo que não lhe dê resposta naquele momento ainda assim ele confia que Deus está ao seu lado e que um dia Ele se levantará sobre a terra e em seu pó ele verá o seu Redentor. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 17, 18, 19 e 20 do livro de Jó (Jó).
Livro de Jó
17. 1.Meu espírito vai-se consumindo, os meus dias se apagam, só me resta o sepulcro! 2.Estou de fato cercado de zombadores e meus olhos velam por causa de seus ultrajes.* 3.Sê tu mesmo a minha caução, junto a ti, pois quem ousará bater em minha mão?* 4.Pois fechaste o seu coração à inteligência; por isso, não os deixarás triunfar. 5.Há quem convide seus amigos à partilha, enquanto desfalecem os olhos de seus filhos. 6.Ele me reduziu a zombaria do povo, como aquele em cujo rosto se cospe. 7.Meus olhos se escurecem de tristeza e todo o meu corpo não é mais que uma sombra. 8.As pessoas retas estão espantadas e o inocente se irrita contra o ímpio. 9.O justo, entretanto, persiste no seu caminho, e o homem de mãos puras redobra de coragem. 10.Mas vós todos voltai e vinde; pois não acharei entre vós nenhum sábio. 11.Meus dias se esgotam, meus projetos estão aniquilados, frustraram-se os projetos do meu coração. 12.Fazem da noite, dia. A luz da manhã é para mim como trevas. 13.Deverei esperar? A região dos mortos é a minha morada! Preparo meu leito no local tenebroso. 14.Disse ao sepulcro: ‘Tu és meu pai’, e aos vermes: ‘Vós sois minha mãe e minha irmã!’. 15.Onde está, pois, minha esperança? E a minha felicidade, quem a entrevê? 16.Descerão elas comigo à região dos mortos? Afundaremos juntos no pó?”.
Segundo discurso de Bildad
18. 1.Bildad de Suás disse então nestes termos: 2.“Quando acabarás de falar a esmo? Terás a sabedoria de nos dizer depois! 3.Por que nos consideras como animais, e por que passamos por estúpidos a teus olhos? 4.Tu, que te rasgas em teu furor, por tua causa a terra ficará abandonada e o rochedo mudará de lugar? 5.Sim, a luz do ímpio se apagará e a chama de seu fogo cessará de alumiar. 6.A luz obscurece na sua tenda e sua lâmpada sobre ele se apagará. 7.Seus passos, antes firmes, serão encurtados, e seus próprios desígnios os farão tropeçar. 8.Seus pés se prendem numa rede, e ele anda sobre malhas. 9.A armadilha agarra seu calcanhar e o alçapão o aperta. 10.Uma corda se esconde na terra para pegá-lo, e uma armadilha, ao longo da vereda. 11.De todas as partes temores o amedrontam e o perseguem passo a passo. 12.A calamidade vem faminta sobre ele e a infelicidade está alerta ao seu lado. 13.A pele de seu corpo é devorada, o filho mais velho da morte devora-lhe os membros.* 14.É arrancado da tenda, onde se sentia seguro, levam-no ao rei dos terrores.* 15.Podes estabelecer-te em sua tenda, que não mais existe; o enxofre é espalhado em seu domínio. 16.Por baixo suas raízes secam, e por cima seus ramos definham. 17.Sua memória apaga-se da terra, nada mais lembra o seu nome na região. 18.É arrojado da luz para as trevas e é desterrado do mundo. 19.Não tem descendente nem posteridade em sua tribo, nem sobrevivente algum em sua morada. 20.O Ocidente está estupefato com sua sorte e o Oriente treme diante dela. 21.Eis o que acontece com as tendas dos ímpios, os lugares habitados pelo homem que não conhece a Deus”.
Respostas de Jó
19. 1.Jó respondeu, então, nestes termos: 2.“Até quando afligireis a minha alma e me atormentareis com vossos discursos? 3.Eis que já por dez vezes me ultrajastes. Não vos envergonhais de me insultar? 4.Mesmo que eu tivesse verdadeiramente pecado, minha culpa só diria respeito a mim mesmo. 5.Se vos quiserdes levantar contra mim, convencendo-me de ignomínia, 6.sabei que foi Deus quem me afligiu e me cercou com sua rede. 7.Se clamo: ‘Violência!’, ninguém me responde; levanto minha voz, e não há quem me faça justiça. 8.Ele fechou meu caminho para que eu não possa passar. E espalhou trevas pelas minhas veredas. 9.Despojou-me da minha glória, tirou-me a coroa da cabeça. 10.Demoliu-me por inteiro e pereço. Ele desenraizou minha esperança como uma árvore. 11.Acendeu a sua cólera contra mim, tratando-me como um inimigo. 12.Suas milícias se concentraram, construíram aterros para me assaltarem e acamparam em volta de minha tenda. 13.Meus irmãos foram para longe de mim, e meus amigos de mim se afastaram. 14.Meus parentes e meus íntimos desapareceram, os hóspedes de minha casa esqueceram-se de mim. 15.Minhas servas olham-me como um estranho, sou um desconhecido para elas. 16.Chamo meu escravo e ele não responde, apesar de suplicá-lo com minha própria boca! 17.Minha mulher tem horror de meu hálito, sou repugnante aos meus próprios filhos. 18.Até as crianças caçoam de mim. Quando me levanto, troçam de mim. 19.Meus íntimos me abominam e até aqueles que eu amava voltam-se contra mim. 20.Meus ossos estão colados à minha pele e à minha carne. E fujo com a pele de meus dentes.* 21.Compadecei-vos de mim, compadecei-vos de mim, ao menos vós, que sois meus amigos, pois a mão de Deus me feriu. 22.Por que me perseguis como Deus e vos mostrais insaciáveis de minha carne? 23.Quem dera se minhas palavras pudessem ser escritas! Quem dera fossem elas consignadas num livro, 24.gravadas por estilete de ferro em chumbo, esculpidas para sempre numa rocha! 25.Eu sei que meu vingador está vivo e que aparecerá, finalmente, sobre a terra. 26.Por detrás de minha pele, que envolverá isso, na minha própria carne, verei Deus.* 27.Eu mesmo o contemplarei, meus olhos o verão, e não os olhos de outro. Meus rins se consomem dentro de mim. 28.Pois, se dizes: ‘Por que o perseguimos e como encontraremos nele uma razão para condená-lo?’. 29.Temei o gume da espada, pois a cólera de Deus persegue os maus e sabereis que há uma justiça!”.
Segundo discurso de Sofar
20. 1.Sofar de Naamat falou nestes termos: 2.“É por isso que meus pensamentos me sugerem uma resposta, e estou impaciente por falar. 3.Ouvi queixas injuriosas, foram palavras vãs que responderam a meu espírito. 4.Não sabes bem que, em todos os tempos, desde que o homem foi posto na terra, 5.o triunfo dos ímpios é breve e a alegria do perverso só dura um instante? 6.Ainda mesmo que sua estatura chegasse até o céu e sua cabeça tocasse as nuvens, 7.como o seu próprio esterco, ele perecerá para sempre. Aqueles que tinham visto indagarão: ‘Onde ele está?’. 8.Como um sonho, ele voará e ninguém mais o encontrará. Ele desaparecerá como uma visão noturna. 9.O olho que o viu já não mais o verá e não o verá mais a sua morada. 10.Seus filhos deverão indenizar os pobres e suas mãos restituir suas riquezas.* 11.Seus ossos que estavam cheios de vigor juvenil deitam-se com ele no pó. 12.Se o mal lhe foi doce na boca, ele a escondeu debaixo da língua. 13.Se o saboreou e não o abandonou, mas o conservou na sua garganta, 14.esse alimento se transformará em suas entranhas e se converterá interiormente em fel de áspides. 15.Ele vomitará as riquezas que engoliu; Deus as fará sair-lhe do seu ventre. 16.Sugava veneno de áspides e a língua da víbora o matará. 17.Não mais verá correr os riachos de óleo, nem as torrentes de mel e de manteiga. 18.Vomitará seu ganho sem poder engoli-lo e não gozará o lucro de seu comércio. 19.Porque maltratou, desamparou os pobres e roubou uma casa que não tinha construído. 20.Porque sua avidez é insaciável, não salvará o que lhe era mais caro. 21.Nada escapava à sua voracidade, por isso que sua felicidade não há de durar. 22.Em plena abundância sentirá escassez e todos os golpes da infelicidade caem sobre ele. 23.Para encher-lhe o ventre Deus desencadeia o fogo de sua cólera, fazendo chover a dor sobre ele. 24.Se escapa diante da arma de ferro, o arco de bronze o traspassa. 25.Um dardo sai-lhe das costas, um aço fulgurante sai-lhe do fígado. O terror desaba sobre ele.26.Todas as trevas ocultas lhe serão reservadas. Um fogo, que o homem não acendeu, o devora* e consome o que sobra em sua tenda. 27.Os céus revelarão sua culpa e a terra se levantará contra ele. 28.Uma torrente arrastará sua casa, será levada no dia da cólera divina. 29.Tal é a sorte que Deus reserva ao ímpio, tal é a herança que Deus lhe destina”.