DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Centésimo quadragésimo sétimo dia: Queda e provações de Jó

Iniciamos hoje a leitura do livro de Jó e já observamos neste inicio que ele sofreu uma série de provações e adversidades, tudo a partir de um acordo feito entre Deus e Satanás. Satanás argumentou que Jó não servia a Deus por amor, mas por causa dos bens que possuía. Assim, Deus permitiu que Satanás afligisse Jó com a perda de sua família, sua saúde e seus bens. Aconteceu que um de seus empregados veio falar-lhe: Teus filhos e filhas estavam comendo e bebendo vinho na casa do irmão mais velho,  quando um furacão se levantou de repente do deserto, abalou os quatro cantos da casa e esta desabou sobre os jovens. Só eu escapei para trazer-te a notícia. Jó então se levantou. Rasgou seu manto e rapou a cabeça. Depois, caindo prostrado por terra, disse: nu saí do ventre de minha mãe, nu voltarei. E acrescentou: O Senhor deu, o Senhor tirou: bendito seja o nome do Senhor! Através de todas essas dificuldades, Jó manteve a sua fé em Deus, o que serve como um exemplo de perseverança e fé, mesmo diante de dificuldades extremas. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 1, 2, 3 e 4 do livro de Jó (Jó).

Livro de Jó

Piedade de Jó

1.   1.Havia, na terra de Hus, um homem chamado Jó. Era homem íntegro e reto, que temia a Deus e mantinha-se afastado do mal. 2.Nasceram-lhe sete filhos e três filhas. 3.Possuía sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois, quinhentas jumentas e uma grande quantidade de escravos. Este homem era o mais rico dentre todos os habitantes do Oriente. 4.Seus filhos tinham o costume de ir à casa uns dos outros, alternadamente, para se banquetearem, e convidavam suas três irmãs para comer e beber com eles. 5.Quando acabava a série dos dias de banquetes, Jó mandava chamar seus filhos para purificá-los e, na manhã do dia seguinte, oferecia holocaustos por intenção de cada um deles: “porque – dizia ele –, talvez meus filhos tenham pecado e amaldiçoado a Deus em seu coração”. Assim fazia Jó sempre.*

Trama de Satã

6.Um dia em que os filhos de Deus se apresentaram diante do Senhor, veio também Satanás entre eles.* 7.O Senhor disse-lhe: “De onde vens tu?”. “Andei dando volta pelo mundo – disse Satanás – e passeando por ele”. 8.O Senhor disse-lhe: “Notaste o meu servo Jó? Não há outro igual a ele na terra. É um homem íntegro e reto, temente a Deus e se mantém longe do mal”. 9.Mas o Satanás respondeu ao Senhor: “É a troco de nada que Jó teme a Deus? 10.Não cercaste, qual uma muralha, a sua pessoa, a sua casa e todos os seus bens? Abençoaste tudo quanto ele fez e seus rebanhos cobriram toda a região. 11.Mas estende a tua mão e toca em tudo o que ele possui. Juro-te que te amaldiçoará na tua face”. 12.“Pois bem!” – respondeu o Senhor. “Tudo o que ele possui está em teu poder. Mas não estendas a tua mão contra a sua pessoa.” E o Satanás saiu da presença do Senhor.

Provações de Jó

13.Ora, um dia em que os filhos e filhas de Jó estavam à mesa e bebiam vinho em casa do irmão mais velho, 14.um mensageiro veio dizer a Jó: “Os bois lavravam e as jumentas pastavam perto deles. 15.De repente, apareceram os sabeus e roubaram tudo, passando a fio de espada seus escravos. Só eu escapei para trazer-te a notícia”. 16.Estando ele ainda a falar, veio outro e disse: “O fogo de Deus caiu do céu; queimou, consumiu as ovelhas e também os escravos. Só eu escapei para trazer-te a notícia”. 17.Ainda este falava, e eis que chegou outro e disse: “Os caldeus, divididos em três bandos, lançaram-se sobre os camelos e os levaram embora, depois de passarem a fio de espada os escravos. Só eu escapei para trazer-te a notícia!”. 18.Ainda este estava falando, e eis que entrou outro e disse: “Teus filhos e filhas estavam comendo e bebendo vinho na casa do irmão mais velho, 19.quando um furacão se levantou de repente do deserto, abalou os quatro cantos da casa e esta desabou sobre os jovens. Morreram todos. Só eu escapei para trazer-te a notícia”. 20.Jó então se levantou. Rasgou seu manto e rapou a cabeça. Depois, caindo prostrado por terra, 21.disse: “Nu saí do ventre de minha mãe, nu voltarei. O Senhor deu, o Senhor tirou: bendito seja o nome do Senhor!”.* 22.Em tudo isso, Jó não cometeu pecado algum, nem proferiu contra Deus blasfêmia alguma.

2.   1.Ora, um dia em que os filhos de Deus se apresentaram diante do Senhor, Satanás apareceu também no meio deles na presença do Senhor. 2.O Senhor disse-lhe: “De onde vens tu?”. “Andei dando volta pelo mundo – respondeu Satanás – e passeando por ele”. 3.O Senhor disse-lhe: “Notaste o meu servo Jó? Não há ninguém igual a ele na terra! É um homem íntegro e reto, temente a Deus e se mantém longe do mal. Ele persevera sempre em sua integridade e foi em vão que me incitaste a perdê-lo”. 4.“Pele por pele!” – respondeu Satanás –. “O homem dá tudo o que possui para salvar a própria vida. 5.Mas estende a tua mão e toca-lhe nos ossos e na carne. Juro que te renegará em tua face.” 6.O Senhor disse a Satanás: “Pois bem! Ele está em teu poder, poupa-lhe apenas a vida”.

Novas provações de Jó

7.O Satanás retirou-se da presença do Senhor e feriu Jó com uma úlcera maligna, desde a planta dos pés até o alto da cabeça. 8.E Jó pegou um caco de telha para se coçar, e assentou-se sobre um monte de cinzas. 9.Sua mulher disse-lhe: “Persistes ainda em tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre!”. 10.“Falas – respondeu-lhe ele – como uma insensata. Se aceitamos de Deus a felicidade, não deveríamos também aceitar a infelicidade?” Em tudo isso, Jó não pecou por palavras. 11.Três amigos de Jó – Elifaz de Temã, Baldad de Suás e Sofar de Naamat – souberam de todo o mal que lhe tinha sucedido, vieram cada um de sua terra e combinaram ir juntos exprimir sua simpatia e suas consolações. 12.Quando o avistaram de longe, não o reconheceram. Puseram-se então a chorar, rasgaram as vestes e lançaram para o céu poeira, que recaía sobre suas cabeças. 13.Ficaram sentados no chão ao lado dele durante sete dias e sete noites, sem que nenhum lhe dirigisse uma palavra, tão grande era a dor em que o viam mergulhado.

Monólogo de Jó

3.   1.Enfim, Jó abriu a boca e amaldiçoou o dia de seu nascimento. 2.Jó falou nestes termos: 3.“Pereça o dia em que nasci e a noite em que foi dito: ‘Nasceu um menino!’. 4.Que esse dia se torne em trevas! Que Deus, lá do alto, não se incomode com ele, que a luz não brilhe sobre ele! 5.Que trevas e obscuridade se apoderem dele, que nuvens o envolvam, que eclipses o apavorem, 6.que a sombra o domine. Esse dia, que não seja contado entre os dias do ano, nem seja computado entre os meses!* 7.Que seja estéril essa noite, que nenhum grito de alegria se faça ouvir nela. 8.Que a amaldiçoem os que amaldiçoam o dia, aqueles que são hábeis para evocar Leviatã!* 9.Que as estrelas de sua madrugada se obscureçam, em vão espere a luz e não veja abrirem-se as pálpebras da aurora. 10.Pois não me fechou as portas do ventre que me carregou para me poupar a vista do mal! 11.Por que não morri ainda no seio materno, ou pereci ao sair das entranhas? 12.Por que dois joelhos me acolheram, e dois seios me amamentaram? 13.Estaria agora deitado e em paz, dormiria e teria o repouso 14.com os reis, árbitros da terra, que constroem para si mausoléus; 15.ou estaria entre os príncipes que possuíam o ouro, e enchiam de dinheiro as suas casas. 16.Ou, então, como o aborto escondido, eu não teria existido, como as crianças que não viram a luz.* 17.Ali, os ímpios cessam os seus furores, ali, repousam os exaustos de forças.* 18.Ali, os prisioneiros estão tranquilos, já não mais ouvem a voz do capataz. 19.Ali, juntos, os pequenos e os grandes se encontram, o escravo ali está livre do jugo do seu senhor. 20.Por que concede ele a luz aos infelizes e a vida àqueles cuja alma está desconsolada, 21.que esperam pela morte sem que ela venha, e a procuram mais ardentemente do que um tesouro, 22.que se alegrariam intensamente diante do sepulcro? 23.Ao homem, cujo caminho está oculto, a quem Deus cerca de todos os lados? 24.Em lugar do pão tenho o soluço, e os meus gemidos se espalham como a água. 25.Todos os meus temores se realizam, e aquilo que me dá medo vem atingir-me. 26.Não tenho paz, nem descanso, nem repouso; o que vem é agitação”.

Primeira seção de discursos

4.   1.Elifaz de Temã tomou a palavra nestes termos: 2.“Se arriscarmos uma palavra, talvez ficarás aflito, mas quem poderá impedir-me de falar? 3.A muitos ensinaste, deste força a mãos frágeis. 4.Tuas palavras levantavam aqueles que caíam, fortificaste os joelhos vacilantes. 5.Agora que é a tua vez, enfraqueces; quando és atingido, te perturbas. 6.Não estava a tua confiança na tua piedade, e a tua esperança na integridade de tua conduta? 7.Lembra-te: Qual o inocente que pereceu? Ou quando foram destruídos os justos? 8.Tanto quanto eu saiba, os que praticam a iniquidade e os que semeiam sofrimento também os colhem. 9.Ao sopro de Deus eles perecem e são aniquilados pelo vento de seu furor. 10.Urra o leão e seu rugido é abafado, os dentes dos leõezinhos são quebrados.* 11.A fera morre porque não tinha presa e os filhotes da leoa se dispersam. 12.Uma palavra chegou a mim furtivamente, e meu ouvido percebeu o murmúrio. 13.Na confusão das visões da noite e na hora em que o sono se apodera das pessoas. 14.Surpreenderam-me o medo e o terror e sacudiram todos os meus ossos. 15.Um sopro perpassou meu rosto e fez arrepiar o pêlo do meu corpo. 16.Lá estava um ser – não lhe vi o rosto – como um espectro sob meus olhos. 17.Ouvi uma frágil voz: ‘Pode o homem ser justo na presença de Deus, pode o mortal ser puro diante do seu Criador?* 18.Ele não confia nem nos seus próprios servos; até mesmo nos seus anjos encontra defeito, 19.quanto mais nos seus hóspedes em casas de barro, que têm o pó por fundamento! São esmagados como a traça.* 20.Entre a manhã e a tarde são aniquilados; sem que neles se preste atenção, morrem para sempre. 21.Não foi arrancada a estaca da tenda deles? Morrem sem terem conhecido a sabedoria’.”

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