Continuamos hoje a meditação em que observamos a passagem na qual depois de terminadas todas as celebrações em vista da festa da Páscoa, os israelitas que lá se achava saiu pela cidade de Judá quebrando as estelas, despedaçando as asserás, demolindo os lugares altos. Contudo observaremos a reconstituição, a reorganização do culto levítico, Ezequias vai exortando o povo a conferir os dízimos aqueles que são levitas sacerdotes que estão trabalhando para o templo do Senhor. Essa realidade de devolver os dízimos para que houvesse a sustentação daqueles que usavam do seu templo e foram consagrados unicamente para o serviço do templo, o serviço do Senhor. Após a morte de Ezequias, assume seu filho Manassés, que lhe sucede no trono, mas vamos observar que ele fez o mal aos olhos do Senhor. Ele destrói as obras do seu pai, ele volta toda a realidade da idolatria mais uma vez, tal como até mesmo a configuração dos egípcios que adoravam o sol as estrelas os astros em geral, Manassés queria estabelecer esse tipo de culto dentro do próprio templo do Senhor. Por conta de tantos atos que ocorreram e da desobediência ao próprio Deus, o Senhor faz vir contra ele os generais do rei da Assíria que o prenderam e levaram para a Babilônia. Na sua angústia ele implorou ao Senhor seu Deus e se humilhou profundamente diante do Deus e de seus pais e ele dirigiu-lhe uma prece e o Senhor ouviu sua oração e lhe reconduziu a Jerusalém sobre seu trono e Manassés reconheceu desse modo que o Senhor é verdadeiramente Deus. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 31, 32 e 33 do segundo livro das Crônicas (2Cr).
Segundo Livro das Crônicas
Reorganização do culto levítico
31. 1.Acabadas essas festas, os israelitas presentes foram às cidades de Judá e despedaçaram as estelas, derrubaram as asserás, destruíram os lugares altos e demoliram os altares de todo o Judá, Benjamim, Efraim e Manassés. Foi uma destruição radical. Feito isso, os israelitas retornaram cada qual para sua cidade, cada qual para sua terra. 2.Ezequias restabeleceu as categorias dos sacerdotes e levitas segundo suas classes, tendo cada um deles sua função própria, seja para os holocaustos e os sacrifícios pacíficos, seja para o serviço do culto, seja para os cantos e louvores às portas da morada do Senhor. 3.O rei reservou também uma porção de seus bens para os holocaustos da manhã e da tarde, para os dos sábados, das neomênias e das solenidades, conforme a prescrição da Lei do Senhor. 4.Ordenou ao povo, que habitava em Jerusalém, provesse à manutenção dos sacerdotes e levitas, a fim de que estes pudessem consagrar-se à observância da Lei do Senhor. 5.Logo que essa ordem foi promulgada, os israelitas multiplicaram suas oferendas das primícias de trigo, do mosto, do azeite, do mel e de todos os produtos do campo, com uma abundância de dízimos de toda a sorte. 6.Os israelitas e os filhos de Judá que moravam em Judá deram também o dízimo do gado e dos rebanhos bem como o dízimo das coisas santas, consagradas ao Senhor, seu Deus, e fizeram dele montões. 7.Esse estoque começou no terceiro mês e só no sétimo mês acabou. 8.Vieram então Ezequias e seus chefes e, vendo esses montões, louvaram o Senhor e seu povo de Israel. 9.Ezequias interrogou a esse respeito os sacerdotes e os levitas. 10.O sumo sacerdote Azarias, da linhagem de Sadoc, respondeu-lhe: “Desde que começaram a trazer essas oferendas ao templo, temos comido à saciedade e delas nos restam muitas. O Senhor abençoou seu povo: eis tudo o que sobra”. 11.Ezequias deu ordem de preparar celeiros no Templo do Senhor, o que foi feito. 12.Neles amontoaram fielmente as oferendas, os dízimos e as coisas consagradas. Para essa tarefa foi encarregado o levita Conenias, ajudado por seu irmão Semei. 13.Sob a direção deles, Jaiel, Azarias, Naat, Asael, Jarmut, Jozabad, Eliel, Jesmaquias, Maat e Banaías exerciam o ofício de vigilantes, todos sob a ordem do rei Ezequias e de Azarias, governador do templo. 14.O levita Coré, guarda da porta oriental, estava encarregado dos dons voluntários feitos a Deus, da distribuição das oferendas feitas ao Senhor e das coisas consagradas. 15.Estavam à sua disposição, nas cidades sacerdotais, Eden, Miniamin, Jesué, Semeías, Amarias e Sequenias, com a missão de distribuir equitativamente sua parte a cada um, grandes e pequenos, segundo suas classes – 16.com exceção, contudo, dos varões inscritos da idade de três anos para cima. – Faziam a distribuição a todos os que vinham ao Templo do Senhor para o serviço cotidiano, conforme suas funções e classes. 17.A inscrição dos sacerdotes era feita segundo suas famílias e a dos levitas, desde a idade de vinte anos para cima, segundo suas funções e classes. 18.A inscrição de toda essa multidão mencionava toda a família: mulheres, filhos e filhas, porque a distribuição das oferendas devia-se fazer com equidade. 19.Quanto aos sacerdotes da linhagem de Aarão, que moravam no campo e nos arrabaldes de suas cidades, havia em cada localidade homens nominalmente designados para distribuir porções a todo varão dentre os sacerdotes e a todos os levitas inscritos. 20.Foram essas as medidas tomadas por Ezequias em toda a terra de Judá. Praticou o bem, leal e fielmente diante do Senhor, seu Deus. 21.Em tudo o que empreendeu para o serviço do templo, para a lei e as prescrições, só procurou a vontade de Deus, pondo na sua obra todo o seu coração. Em tudo foi bem-sucedido.
Invasão de Senaquerib
32. 1.Depois desses feitos, que eram provas de fidelidade, Senaquerib, rei da Assíria, invadiu Judá e assediou as cidades fortes com o desígnio de se apoderar delas. 2.Quando Ezequias viu que o objetivo de Senaquerib era Jerusalém, 3.resolveu, de acordo com os chefes e seus oficiais, obstruir as águas das nascentes que se encontravam fora da cidade. E todos o ajudaram a executar esse projeto. 4.Juntou muita gente que se pôs a obstruir todas as fontes como também o riacho que corria no meio da terra. “Por que – diziam eles – os reis da Assíria haveriam de encontrar, chegando aqui, água em abundância?” 5.Ezequias, cheio de energia, reparou a muralha em ruína, levantou torres, construiu um segundo muro exterior, restaurou Milo, na Cidade de Davi, e mandou fabricar lanças e escudos em grande abundância. 6.Colocou à frente do exército chefes militares, reuniu-os perto de si na praça da porta da cidade e exortou-os à coragem. 7.“Sede valentes – disse-lhes ele –, cobrai coragem, nenhum temor ou pavor diante do rei da Assíria e toda essa multidão que ele arrasta após si. Há mais conosco do que com ele. 8.Com ele está um braço de carne, conosco está o Senhor, nosso Deus, para nos auxiliar e combater conosco.” A estas palavras de Ezequias, rei de Judá, o povo recobrou confiança. 9.Senaquerib, que se encontrava diante de Laquis com todas as suas forças armadas, enviou uma delegação a Jerusalém para dizer a Ezequias e aos homens de Judá: 10.“Eis o que diz Senaquerib, rei da Assíria: Em que confiais vós para vos encerrardes dessa maneira em Jerusalém? 11.Não vedes que Ezequias vos engana para vos fazer perecer de fome e sede, quando vos diz: O Senhor, nosso Deus, nos salvará das mãos do rei da Assíria? 12.Não foi ele, Ezequias, quem suprimiu os lugares altos e os altares do Senhor, ordenando a Judá e a Jerusalém não se prostrar e não oferecer incenso, senão diante de um só altar? 13.Não sabeis o que fizemos, meus pais e eu, a todos os povos das outras terras? Puderam os deuses dessas nações salvar seus países de minha mão? 14.Entre todos os deuses dessas nações que meus pais exterminaram, qual deles subtraiu sua nação de meu poder, para que vosso Deus vos possa livrar do meu braço? 15.Não vos deixeis, portanto, iludir por Ezequias, nem seduzir. Não confieis nele. Nenhum deus de nenhuma nação nem de algum reino pôde livrar seu povo de minha mão, nem da mão de meus pais. Quanto menos vossos deuses poderiam livrar-vos da minha!”. 16.Os homens de Senaquerib ajuntaram ainda muitas outras palavras contra o Senhor Deus e seu servo Ezequias, seu servo. 17.Ele escreveu também uma carta cheia de ultrajes contra o Senhor, Deus de Israel, na qual o atacava dizendo: “Assim como os deuses das nações não puderam subtraí-las de minha mão, assim também o Deus de Ezequias não poderá livrar seu povo da minha”. 18.E tudo isso gritaram em alta voz, em hebraico, para intimidar e assustar o povo de Jerusalém, que se encontrava na muralha, a fim de apoderar-se da cidade. 19.Falavam do Deus de Jerusalém como dos deuses das nações pagãs que não passam de obras feitas pela mão do homem. 20.Nessa altura, o rei Ezequias e o profeta Isaías, filho de Amós, puseram-se em oração para implorar ao céu. 21.E o Senhor enviou um anjo que exterminou todo o exército do rei da Assíria, no próprio acampamento, com os chefes e os generais. E o rei voltou para a sua terra inteiramente confuso. Quando ele entrava no templo de seu deus, seus filhos, saídos de sua própria carne, assassinaram-no com um golpe de espada. 22.Desse modo, o Senhor livrou Ezequias e os habitantes de Jerusalém da mão de Senaquerib e de todos os seus inimigos, protegendo-os contra todos os seus vizinhos. 23.Muitos foram os que levaram a Jerusalém oferendas para o Senhor e ricos presentes para Ezequias, rei de Judá, que conquistou desde então um grande prestígio aos olhos das nações pagãs. 24.Por aqueles dias, Ezequias caiu numa doença mortal. Orou ao Senhor e este lhe respondeu por um prodígio. 25.Mas Ezequias não se mostrou reconhecido pelo benefício recebido, pois seu coração se ensoberbeceu e a ira do Senhor se inflamou contra ele, como também contra Judá e Jerusalém. 26.Todavia, como ele se humilhou com os habitantes de Jerusalém, do orgulho de seu coração, não se desencadeou sobre ele a ira do Senhor durante sua vida. 27.Ezequias possuía muita riqueza e glória. Mandou fazer depósitos para a prata, o ouro, as pedras preciosas, os aromas, os escudos e os outros objetos de valor. Também construiu 28.armazéns para o trigo, o mosto e o azeite, bem como estábulos para toda a espécie de gado e apriscos para os rebanhos. 29.Construiu para si cidades. Adquiriu um grande número de rebanhos, de gado grande e miúdo, pois o Senhor lhe tinha dado imensas riquezas. 30.Foi ele, Ezequias, quem fechou a saída superior das águas do Gion e as dirigiu para o ocidente da Cidade de Davi. Teve bom êxito em tudo o que empreendeu.* 31.Todavia, quando os chefes da Babilônia lhe enviaram mensageiros para se informar do prodígio que tinha acontecido na terra, Deus o abandonou para provar e conhecer o âmago de seu coração. 32.Os outros atos de Ezequias, suas obras piedosas, tudo isso se acha relatado na visão do profeta Isaías, filho de Amós, e no Livro dos Reis de Judá e de Israel. 33.Ezequias adormeceu entre seus pais e foi sepultado na parte superior dos sepulcros dos filhos de Davi. Todo o Judá e os habitantes de Jerusalém lhe prestaram as honras fúnebres. Seu filho Manassés sucedeu-lhe no trono.
Reinado de Manassés (698-643) Sua idolatria
33. 1.Manassés tinha a idade de doze anos quando começou a reinar e reinou cinquenta e cinco anos em Jerusalém. 2.Fez o mal aos olhos do Senhor, imitando as práticas abomináveis das nações que o Senhor tinha expulsado de diante dos israelitas. 3.Reconstruiu os lugares altos que seu pai Ezequias tinha destruído, erigiu altares ao deus Baal. Mandou fazer ídolos de madeira, asserás e prostrou-se diante do exército do céu ao qual prestou culto. 4.Chegou até a edificar altares no Templo do Senhor, esse templo do qual tinha dito: “Meu nome residirá em Jerusalém para sempre”. 5.Construiu altares para todo o exército do céu nos dois átrios do templo. 6.Fez passar pelo fogo seus próprios filhos no vale de Beninom. Entregou-se à astrologia, à adivinhação e à magia, praticou a necromancia e a bruxaria e multiplicou os atos que desagradavam ao Senhor, provocando-lhe assim a ira. 7.Erigiu no templo o ídolo que mandou fazer, do qual Deus tinha dito a Davi e a seu filho Salomão: “Neste templo e na cidade de Jerusalém, que escolhi dentre todas as tribos de Israel, farei residir meu nome para sempre. 8.Jamais removerei o pé de Israel do solo que dei a seus pais, contanto que ponham todo o cuidado em praticar meus mandamentos e a lei que lhes prescreveu Moisés, meu servo”. 9.Manassés arrastou Judá e os habitantes de Jerusalém a exceder em malícia todas as nações que o Senhor tinha aniquilado diante dos israelitas. 10.Falou, então, o Senhor a Manassés e a seu povo, mas eles não lhe deram atenção. 11.O Senhor fez, então, vir contra ele os generais do rei da Assíria, os quais puseram Manassés em ferros, prenderam-no com uma dupla cadeia de bronze e levaram-no para Babilônia. 12.Na sua angústia, ele implorou ao Senhor, seu Deus, e se humilhou profundamente diante do Deus de seus pais. 13.Ele dirigiu-lhe uma prece e o Senhor ouviu sua oração, reconduzindo-o a Jerusalém sobre seu trono. Manassés reconheceu desse modo que o Senhor era verdadeiramente Deus. 14.Depois disso, construiu um muro exterior na Cidade de Davi, a oeste, voltado para o Gion no vale, até a entrada da Porta dos Peixes. Essa muralha, muito elevada, cercava Ofel. Colocou também oficiais em todas as cidades fortes de Judá. 15.Fez desaparecer do Templo do Senhor os deuses falsos e o ídolo, assim como todos os altares que tinha há pouco tempo construído na montanha do templo e em Jerusalém e atirou-os para fora da cidade. 16.Reconstruiu o altar do Senhor, e ofereceu sacrifícios de ação de graças e louvor. Ordenou a Judá servir ao Senhor, Deus de Israel. 17.O povo continuava, todavia, a sacrificar nos lugares altos, mas somente ao Senhor, seu Deus. 18.Os outros atos de Manassés, a prece que dirigiu a seu Deus e as palavras dos videntes que lhe falaram em nome do Senhor, Deus de Israel, tudo isso está consignado nos atos dos reis de Israel. 19.Sua prece, a maneira como foi atendido, todas as suas faltas, suas revoltas, os sítios em que edificou lugares altos e erigiu asserás e outros ídolos, antes de se humilhar, tudo isso está consignado nas Atas de Hozai. 20.Manassés adormeceu entre seus pais e foi sepultado na sua casa. Seu filho Amon sucedeu-lhe no trono.
Reinado de Amon (643-640)
21.Amon tinha a idade de vinte e dois anos quando começou a reinar e reinou dois anos em Jerusalém. 22.Fez o mal aos olhos do Senhor, como seu pai Manassés, sacrificando e rendendo culto a todos os ídolos levantados por seu pai. 23.Mas não se humilhou diante do Senhor como ele; pelo contrário, sempre multiplicou seus delitos. 24.Seus servos se conjuraram contra ele e o mataram na sua própria casa. 25.Mas o povo da terra feriu os conjurados e proclamou rei, em seu lugar, seu filho Josias.