DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Ducentésimo trigésimo sexto dia: O julgamento e a redenção de Deus

Continuando a nossa meditação podemos observar vários temas abordados, como, a relação do povo de Israel com Deus, a vingança divina, a redenção dos pecados, a promessa de um novo céu e uma nova terra, a importância da pureza de coração e a separação entre bons e maus. O profeta Isaías mostra a pedagogia de Deus, que vai além do lamento e utiliza outros meios e mistérios para se relacionar com seu povo. O texto sagrado também destaca a idolatria e a adoração falsa, que afastam o povo de Deus. Por fim, evidenciamos uma mensagem de esperança, com a promessa de um futuro glorioso e a renovação do povo. A mensagem principal é que Deus está presente na história e continua a agir para trazer salvação e redenção. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 63, 64, 65 e 66 do livro de Isaías (Is).

Isaías 

63.   1.Quem é aquele que vem de Edom, de Bosra, as vestes tintas, envolvido em um traje magnífico, altaneiro na plenitude de sua força? Sou eu, que luto pela justiça e sou poderoso para salvar.* 2.Por que, pois, tuas roupas estão vermelhas como as vestimentas daquele que pisa num lagar? 3.Eu pisei sozinho o lagar, e ninguém dentre os povos me auxiliou. Então, eu os calquei com cólera, esmaguei-os com fúria; o sangue deles espirrou sobre meu vestuário, manchei todas as minhas roupas.* 4.É que eu desejava um dia de vingança, e o ano da redenção dos meus havia chegado. 5.Olhei, então, e não houve pessoa alguma para me ajudar; estranhei que ninguém me viesse amparar; então, apelei para meu braço e achei forças na minha indignação. 6.Por isso, na minha cólera, arrasei os povos, na minha fúria triturei-os, fazendo correr seu sangue pela terra.

Oração em um tempo de angústia 

7.Quero celebrar os benefícios do Senhor e seus gloriosos feitos, por tudo o que fez em nosso favor, e por sua grande bondade, com a qual nos cumulou na sua ternura e na riqueza de seu amor. 8.“Verdadeiramente” – dizia de si para si –, “aqueles são meu povo, filhos que não me renegarão.” E tornou-se seu salvador 9.em todas as suas aflições. Não era um mensageiro nem um anjo, mas sua própria face que os salvava. No seu amor e na sua ternura ele mesmo os livrava do perigo. Durante o passado sustentou-os e amparou-os constantemente.* 10.Mas revoltaram-se, ofenderam seu santo espírito, desde então tornou-se inimigo deles, e lhes fez guerra. Então, se lembraram dos dias de outrora, de Moisés, seu servo.* 11.Onde está aquele que tirou dos céus o pastor de seu rebanho? Onde está aquele que pôs nele seu santo Espírito?* 12.Aquele que à direita de Moisés atuou com o seu braço glorioso, e dividiu as águas diante dos seus para assegurar-se um renome eterno; 13.e os conduziu através dos abismos, sem tropeçarem, como o cavalo em descampado. 14.Como ao animal que desce ao vale, o Espírito do Senhor os levava ao repouso. Foi assim que conduzistes vosso povo, para afirmar vosso glorioso renome.*

Expansão à ternura

15.Olhai do alto do céu e vede de vossa santa e gloriosa morada: Que foi feito de vosso amor ciumento e de vosso poder, e da emoção de vosso coração? Dai livre expansão à vossa ternura,* 16.porque sois nosso pai. Abraão, de fato, nos ignora, e Israel não nos conhece; sois vós, Senhor, o nosso pai, nosso Redentor desde os tempos passados.* 17.Por que, Senhor, desviar-nos para longe de vossos caminhos, por que tornar nossos corações insensíveis ao vosso temor? Voltai, por amor de vossos servos e das tribos de vossa herança! 18.Por que pagãos invadiram vosso templo, e nossos inimigos pisaram vosso santuário? Há muito tempo estamos como gente que já não governais, e que não traz vosso nome.

Um céu aberto

64.   1.Oh! Se rasgásseis os céus, se descêsseis para fazer desabar diante de vós as montanhas, 2.como o fogo faz fundir a cera, como a chama faz evaporar a água, assim faríeis conhecer a vossos adversários quem sois, e as nações tremeriam diante de vós,* 3.vendo-vos executar prodígios inesperados dos quais nunca se tinha ouvido falar. Ah! Se descêsseis, e as montanhas fossem sacudidas diante de vós! 4.Nenhum ouvido ouviu, olho algum viu outro deus salvar assim aqueles que contam com ele.*

Deus pai

5.Vós vindes à frente daqueles que procedem bem, e se recordam de vossas vias. Eis que vos irritastes, e nós éramos culpados; isso perdura há muito tempo: como seríamos salvos? 6.Todos nós nos tornamos como homens impuros, nossas boas ações são como roupa manchada; como folhas todos nós murchamos, levados por nossos pecados como folhas pelo vento. 7.Não há ninguém para invocar vosso nome, para recuperar-se e a vós se afeiçoar, porque nos escondeis a vossa face, e nos deixais ir a nossos pecados. 8.E, no entanto, Senhor, vós sois nosso pai; nós somos a argila da qual sois o oleiro: todos nós fomos modelados por vossas mãos. 9.Oh! Senhor, não vos irriteis excessivamente! Não guardeis a lembrança da culpa indefinidamente. Olhai, pois! Somos vosso povo: 10.apesar disso, vossas cidades santas tornaram-se um deserto, Sião tornou-se um ermo, Jerusalém, uma solidão.* 11.Nosso santo e glorioso templo, onde nossos antepassados celebravam vossos louvores, tornou-se presa das chamas: tudo o que tínhamos de precioso foi saqueado. 12.A esse espetáculo, Senhor, podereis ficar insensível? Guardar silêncio e humilhar-nos mais ainda?

Ameaças e promessas

65.   1.Mantive-me à disposição das pessoas que não me consultavam, ofereci-me àqueles que não me procuravam. “Eis-me aqui, eis-me aqui” – dizia eu a um povo que não invocava meu nome. 2.Estendia constantemente as mãos a uma nação indócil e rebelde, que seguia o mau caminho de acordo com suas inclinações;* 3.há pessoas que não cessam de provocar-me diretamente, que sacrificam nos jardins, e queimam perfumes em cima de tijolos, 4.que se instalam nos túmulos, e passam a noite em antros, que comem carne de porco, e guarnecem seus pratos de alimentos imundos. 5.“Mantém-te à distância” – dizem eles –, “não me toques, porque eu te santificaria.” Tudo isso me enche as narinas da fumaça, de um fogo que queima sempre.* 6.Pois bem, eis a decisão que tomei: não me calarei enquanto não os fizer expiar* 7.suas iniquidades e as de seus pais, que queimavam o incenso nas montanhas, e me ultrajavam nas colinas. Vou calcular o salário deles, e lançá-lo em seu próprio seio.

Bons e maus

8.Eis o que diz o Senhor: “Quando se encontra sumo num cacho de uvas, diz-se: ‘Não o destruam, há aí uma bênção’. Assim, por amor a meus servos, em lugar de destruir tudo,* 9.tirarei de Jacó uma raça, e de Judá um herdeiro de minhas montanhas; meus eleitos as possuirão, e meus servos aí viverão. 10.Saron servirá de pastagem ao rebanho miúdo, e no vale de Acor os bois se espojarão (para o povo que me tiver procurado). 11.Quanto a vós, desertores do Senhor, que haveis esquecido meu monte santo, que preparais a mesa para Gad, e encheis a taça de vinho aromatizado para Meni,* 12.à espada eu vos destino; todos vós vos curvareis para serdes degolados, porque quando eu chamava, não respondíeis; quando falava, vos fazíeis de surdos; praticáveis o que eu acho ruim, e escolhíeis o que me desagrada.”* 13.Portanto, eis o que diz o Senhor Deus: “Meus servos comerão e vós tereis fome, meus servos beberão e vós tereis sede, meus servos se rejubilarão e vós ficareis envergonhados, 14.meus servos cantarão na alegria de seu coração, e vós vos lamentareis com o coração angustiado, rugireis com a alma em desespero. 15.Vosso nome ficará como um termo de maldição entre meus eleitos: (“Que o Senhor Deus te faça morrer!”), enquanto meus servos receberão um novo nome.* 16.Aquele que desejar ser abençoado na terra, desejará sê-lo pelo Deus fiel, e aquele que jurar na terra, jurará pelo Deus fiel, porque as desgraças de outrora serão esquecidas, já não lhes volverão ao espírito.*

Nova criação

17.Pois eu vou criar novos céus, e uma nova terra; o passado já não será lembrado, já não volverá ao espírito,* 18.mas será experimentada a alegria e a felicidade eterna daquilo que vou criar. Pois vou criar uma Jerusalém destinada à alegria, e seu povo ao júbilo; 19.Jerusalém me alegrará, e meu povo me rejubilará; doravante já não se ouvirá aí o ruído de soluços nem de gritos. 20.Já não morrerá aí nenhum menino, nem ancião que não haja completado seus dias; será ainda jovem o que morrer aos cem anos: não atingir cem anos será uma maldição. 21.Serão construídas casas onde habitarão, serão plantadas vinhas cujos frutos comerão. 22.Não mais se construirá para que outro se instale; não mais se plantará para que outro se alimente. Os filhos de meu povo durarão tanto quanto as árvores, e meus eleitos gozarão do trabalho de suas mãos. 23.Não trabalharão mais em vão, não darão mais à luz filhos votados a uma morte repentina, porque serão a raça abençoada pelo Senhor, eles e seus descendentes. 24.Antes mesmo que me chamem, eu lhes responderei; estarão ainda falando e já serão atendidos. 25.O lobo e o cordeiro pastarão juntos, o leão, como um boi, se alimentará de palha, e a serpente comerá terra. Nenhum mal nem desordem alguma será cometida, em todo o meu monte santo”, diz o Senhor.*

O culto espiritual

66.   1.Eis o que diz o Senhor: “O céu é meu trono, e a terra meu escabelo. Que casa poderíeis construir-me, que lugar poderíeis indicar-me para moradia?* 2.Fui eu quem fez o universo, e tudo me pertence, declara o Senhor. É o angustiado que atrai meus olhares, o coração contrito que teme minha palavra. 3.Imola-se um boi e mata-se um homem, sacrifica-se uma ovelha e parte-se a nuca de um cão, apresenta-se uma oblação e derrama-se sangue de porco, queima-se incenso e veneram-se ídolos; tal como essa gente adere a suas práticas, e aprecia seus atos abomináveis,* 4.também eu terei prazer em maltratá-los. E farei vir sobre eles os males que temem, porque chamei, sem que ninguém me respondesse, falei, sem que me escutassem, porque fizeram aquilo que considero um mal, e escolheram o que me desagrada”.

O Senhor achará sua glória na renovação de seu povo

5.Ouvi a palavra do Senhor, vós que a temeis! Eis o que dizem vossos irmãos que vos odeiam, que vos renegam por causa de meu nome: “Que o Senhor manifeste sua glória para que vejamos vossa alegria!”. Mas eles serão confundidos.* 6.Escutai esse tumulto que se levanta da cidade, esse barulho que vem do templo. Escutai, é o Senhor que trata seus inimigos como o merecem.

Nascimento da Nova Sião

7.Antes da hora, ela deu à luz, antes de sentir as dores, deu à luz um filho.* 8.Quem jamais ouviu tal coisa, quem jamais viu coisa semelhante? É possível um país nascer num dia? Pode uma nação ser criada repentinamente? Desde as primeiras dores, Sião deu à luz seus filhos. 9.Para que não desse à luz abriria eu o seio materno? – diz o Senhor. Eu que dou a fecundidade, o fecharia? – diz teu Deus. 10.Regozijai-vos com Jerusalém e encontrai aí a vossa alegria, vós todos que a amais; com ela ficai cheios de alegria, vós todos que estais de luto, 11.a fim de vos amamentar à saciedade em seu seio que consola, a fim de que sugueis com delícias seus peitos generosos. 12.Pois eis o que diz o Senhor: “Vou fazer a paz correr para ela como um rio, e como uma torrente transbordante a opulência das nações. Seus filhinhos serão carregados ao colo, e acariciados no regaço. 13.Como uma criança que a mãe consola, sereis consolados em Jerusalém.* 14.Com essa visão vossos corações pulsarão de alegria, e vossos membros se fortalecerão como plantas. O Senhor manifestará a seus servos seu poder, e aos seus inimigos sua cólera.*

Castigo dos infiéis e triunfo de Israel

15.Pois o Senhor virá no meio do fogo, com seus carros semelhantes ao furacão, para satisfazer sua cólera num braseiro, e cumprir suas ameaças em chamas ardentes; 16.porque o Senhor fará a justiça de toda a terra pelo fogo e de todo o ser vivente pela espada, e muitos cairão sob os golpes do Senhor.* 17.Aqueles que se santificam e se purificam para ir aos jardins, conduzidos por alguém que se encontra no meio deles, aqueles que comem carne de porco, de animais rasteiros e ratos, verão cessar ao mesmo tempo suas maneiras de agir e de pensar, declara o Senhor.*

Todos os povos reunidos

18.E virei para reunir os homens de todas as nações e de todas as línguas; todos virão e verão minha glória. 19.Executarei no meio deles um prodígio e enviarei às nações aqueles dentre eles que tiverem escapado (a Társis, Put e Lud, Mosoc e Ros, Tubal e Javã), às ilhas longínquas que nunca ouviram falar de mim e não viram minha glória; eles farão conhecer às nações a minha glória.* 20.De cada uma das nações trarão todos os vossos irmãos como oferenda ao Senhor, a cavalo, em carros, em liteiras, em lombo de mulas e de dromedários, ao meu monte santo, a Jerusalém, diz o Senhor, tal como os filhos de Israel trazem sua oferenda em vasos purificados à casa do Senhor. 21.Escolherei mesmo entre eles sacerdotes e levitas, diz o Senhor.* 22.Pois, assim como os novos céus e a nova terra que vou criar devem subsistir diante de mim, declara o Senhor, assim devem subsistir vossa raça e vosso nome. 23.E assim, cada mês, à lua nova, e cada semana, aos sábados, todos virão prostrar-se diante de mim, diz o Senhor. 24.E quando se virarem, poderão ver os cadáveres daqueles que se revoltaram contra mim, porque o verme deles não morrerá e seu fogo não se extinguirá, e para todos serão um espetáculo horripilante”.*

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