Na continuação do nosso desafio, meditando no livro do profeta Isaías encontramos diversas profecias e promessas de Deus para o seu povo. O contexto aborda a situação do povo de Israel durante o exílio na Babilônia e a esperança de libertação e restauração que Deus traz. O Senhor promete trazer de volta o povo exilado, restaurar Jerusalém e trazer a salvação. Ele também denuncia a idolatria e a falta de confiança no verdadeiro Deus. Ao longo dos capítulos, vemos a promessa de um rei justo e príncipes equitativos, a restauração da terra, a queda dos ídolos e a promessa de salvação e glória para o povo. O Senhor mostra seu amor e cuidado pelo seu povo, prometendo estar com eles e cumprir todas as suas promessas. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 59, 60, 61 e 62 do livro de Isaías (Is).
Isaías
Os pecados dos povos fazem obstáculo à sua felicidade
59. 1.Não, não é a mão do Senhor que é incapaz de salvar, nem seu ouvido demasiado surdo para ouvir,* 2.são vossos pecados que colocaram uma barreira entre vós e vosso Deus. vossas faltas são o motivo pelo qual a face se oculta para não vos ouvir,* 3.porque vossas mãos estão manchadas de sangue e vossos dedos de crimes; vossos lábios proferem mentira, vossa língua entretém pérfidas conversas. 4.Pessoa alguma cita em justiça com razão, ninguém pleiteia de boa-fé: apoiam-se sobre falsos argumentos, pretende-se aquilo que não é. Concebeu-se a intriga e gera-se o crime. 5.Chocam ovos de áspide, e tecem teias de aranha. Se se comem seus ovos, morre-se, se se quebra um, sai dele uma víbora; 6.suas teias não poderiam servir para roupa, não nos podemos cobrir com o que tecem. Fazem obras infamantes, entregam-se a atos de violência. 7.Seus pés correm para o mal: têm pressa de derramar o sangue inocente. Meditam projetos malignos, só se encontram sobre sua passagem estrago e ruínas; 8.o caminho da paz lhes é desconhecido, seguem atalhos tortuosos, onde aqueles que passam ignoram a felicidade.* 9.Eis por que o direito permanece afastado de nós, e a justiça não vem a nós. Esperamos a luz, e eis as trevas; aguardamos o dia, e andamos na escuridão.* 10.Vamos como cegos apalpando o muro, caminhamos às apalpadelas como aqueles que perderam a vista. Em pleno dia, tropeçamos como ao crepúsculo, mergulhamos nas trevas como os mortos. 11.Rugimos todos como ursos, e gememos como pombas. Esperamos o direito, mas em vão, a salvação, mas ela permanece longe de nós, 12.porque nossas faltas são inúmeras perante vós, e nossos pecados dão testemunho contra nós; temos consciência de nossos crimes, e conhecemos nossas iniquidades: 13.nós nos temos revoltado contra o Senhor e o temos renegado, nós nos afastamos de nosso Deus; só temos falado de opressão e de revolta, exalamos de nosso coração palavras mentirosas. 14.O direito é posto de lado, a justiça se mantém afastada, a boa-fé tropeça na praça pública e não pode ali entrar a retidão. 15.Desaparecida a boa-fé, fica despojado aquele que se abstém do mal. O Senhor viu com indignação que não havia mais justiça. 16.Viu que aí não existia pessoa alguma, e admirou-se de que ninguém interviesse. Então, foi seu próprio braço que lhe veio em auxílio, e sua justiça que lhe serviu de apoio. 17.Vestiu a justiça como uma couraça, pôs sobre a cabeça o capacete da salvação, revestiu-se da vingança como de uma cota de armas, e envolveu-se de zelo como de um manto. 18.Pagará a cada um segundo suas obras: cólera contra seus adversários, represália contra seus inimigos. (Usará de represálias contra as ilhas.)* 19.Desde o poente será visto o nome do Senhor, e desde o levante sua majestade, pois ele virá como uma torrente impetuosa precipitada pelo sopro do Senhor. 20.Mas virá como redentor a Sião, e aos filhos arrependidos de Jacó – Oráculo do Senhor.*
Aliança do Senhor
21.Eis minha aliança com eles, diz o Senhor: “Meu espírito que sobre ti repousa, e minhas palavras que coloquei em tua boca não deixarão teus lábios nem os de teus filhos, nem os de seus descendentes, diz o Senhor, desde agora e para sempre.”*
A glória da nova Jerusalém
60. 1.Levanta-te, sê radiosa, eis a tua luz! A glória do Senhor se levanta sobre ti.* 2.Vê, a noite cobre a terra e a escuridão, os povos, mas sobre ti levanta-se o Senhor, e sua glória te ilumina. 3.As nações se encaminharão à tua luz, e os reis, ao brilho de tua aurora.* 4.Levanta os olhos e olha à tua volta: todos se reúnem para vir a ti; teus filhos chegam de longe, e tuas filhas são transportadas à garupa. 5.Essa visão te tornará radiante; teu coração palpitará e se dilatará, porque para ti afluirão as riquezas do mar, e a ti virão os tesouros das nações.* 6.Serás invadida por uma multidão de camelos, pelos dromedários de Madiã e de Efá; virão todos de Sabá, trazendo ouro e incenso, e publicando os louvores do Senhor. 7.Todo o gado menor de Cedar se reunirá junto a ti, os carneiros de Nabaiot ficarão à tua disposição; eles os farão subir sobre meu altar para minha satisfação, e para a honra de meu templo glorioso. 8.Quem é que voa assim como as nuvens, ou como as pombas volvendo ao pombal? 9.Sim, as frotas convergem para mim, e os navios de Társis abrem a marcha, para trazer de longe teus filhos, bem como sua prata e seu ouro, para honrar o nome do Senhor, teu Deus, o Santo de Israel, que te cobriu de glória.* 10.Estrangeiros reerguerão tuas muralhas, e seus reis te servirão, pois, se te castiguei na minha cólera, na minha bondade tenho piedade de ti. 11.Tuas portas ficarão abertas permanentemente, nem de dia nem de noite serão fechadas, a fim de deixar afluir as riquezas das nações sob a custódia de seus reis.* 12.Porque a nação ou o reino que recusar servir-te perecerá, e sua terra será devastada.* 13.A glória do Líbano virá a ti, e todos juntos, o cipreste, a faia e o buxo, para ornamentar meu lugar santo e honrar o lugar onde pousam meus pés.* 14.Os próprios filhos de teus opressores a ti virão humilhados; a teus pés se prostrarão todos aqueles que te desprezavam; eles te chamarão a cidade do Senhor, a Sião do Santo de Israel. 15.De abandonada e amaldiçoada, sem ninguém para te socorrer, farei de ti um objeto de admiração para sempre, um motivo de alegria para as gerações futuras.* 16.Sugarás o leite das nações, e mamarás ao peito dos reis: saberás que eu, o Senhor, sou teu salvador, que teu redentor é o Poderoso de Jacó. 17.Em vez de bronze, farei vir ouro; em lugar de ferro, farei vir prata; em vez de madeira, bronze; em vez de pedras, ferro, farei reinar sobre ti a paz, e governar a justiça. 18.Não se ouvirá mais falar de violência em tua terra, nem de devastações e de ruínas em teu território. Chamarás tuas muralhas “Salvação”, tuas portas, “Glória”.
O Senhor, luz do povo
19.Não terás mais necessidade de sol para te alumiar, nem de lua para te iluminar: permanentemente terás por luz o Senhor, e teu Deus por resplendor. 20.Teu sol não mais se deitará, e tua lua não terá mais declínio, porque terás constantemente o Senhor por luz, e teus dias de luto estarão acabados. 21.Teu povo será um povo de justos que possuirá a terra para sempre; será uma planta cultivada pelo Senhor, obra de suas mãos destinada à sua glória.* 22.Do menor nascerá toda uma tribo, e do mínimo, uma nação poderosa, sou eu, o Senhor, que em tempo oportuno realizarei essas coisas.
A boa-nova
61. 1.O Espírito do Senhor repousa sobre mim, porque o Senhor consagrou-me pela unção; enviou-me a levar a boa-nova aos humildes, a curar os corações doloridos, a anunciar aos cativos a redenção, e aos prisioneiros a liberdade;* 2.a proclamar um ano de graças da parte do Senhor, e um dia de vingança de nosso Deus; a consolar todos os aflitos, 3.a dar-lhes um diadema em vez de cinzas, o óleo da alegria em vez de vestidos de luto, cânticos de glória em lugar de desespero. Então, os chamarão as azinheiras da justiça, plantadas pelo Senhor para sua glória.
Restauração
4.Reconstruirão as ruínas antigas, reerguerão as relíquias do passado, restaurarão as cidades destruídas, repararão as devastações seculares; 5.virão estrangeiros apascentar vosso gado miúdo, gente de fora vos servirá de lavradores e vinhateiros; 6.a vós vos chamarão sacerdotes do Senhor, de ministros de nosso Deus sereis qualificados. Vós vos alimentareis com as riquezas das nações, e brilhareis com sua opulência. 7.Já que tiveram parte dupla de vergonha e tiveram como quinhão opróbrios e escarros, receberão em sua terra parte dupla de herança, e a alegria deles será eterna.* 8.Porque eu, o Senhor, amo a equidade, e detesto o fruto da rapina; por isso, vou dar-lhes fielmente sua recompensa, e concluir com eles uma aliança eterna. 9.Sua raça se tornará célebre entre as nações, e sua descendência entre os povos: todos, vendo-os, reconhecerão que são a abençoada raça do Senhor.
Glória de Jerusalém
10.“Com grande alegria eu me rejubilarei no Senhor e meu coração exultará de alegria em meu Deus, porque me fez revestir as vestimentas da salvação. Envolveu-me com o manto de justiça, como um neo-esposo cinge o turbante, como uma jovem esposa se enfeita com suas joias.* 11.Porque, quão certo o sol faz germinar seus grãos e um jardim faz brotar suas sementes, o Senhor Deus fará germinar a justiça e a glória diante de todas as nações.”
62. 1.Por amor a Sião, eu não me calarei, por amor de Jerusalém, não terei sossego, até que sua justiça brilhe como a aurora, e sua salvação como uma flama. 2.As nações verão então tua vitória, e todos os reis teu triunfo. Receberás então um novo nome, determinado pela boca do Senhor.* 3.E tu serás uma esplêndida coroa na mão do Senhor, um diadema real entre as mãos do teu Deus; 4.não mais serás chamada a desamparada, nem tua terra, a abandonada; serás chamada: minha preferida, e tua terra: a desposada, porque o Senhor se comprazerá em ti e tua terra terá um esposo; 5.assim como um jovem desposa uma jovem, aquele que te tiver construído te desposará; e como a recém-casada faz a alegria de seu marido, tu farás a alegria de teu Deus. 6.Sobre tuas muralhas, Jerusalém, coloquei vigias; nem de dia nem de noite devem calar-se. Vós, que deveis manter desperta a memória do Senhor, não vos concedais descanso algum* 7.e não o deixeis em paz, até que tenha restabelecido Jerusalém para dela fazer a glória da terra. 8.O Senhor o jurou por sua destra e por seu braço poderoso: “Não deixarei mais teus inimigos alimentarem-se de teu trigo, nem os estrangeiros beberem o vinho, produto de teu trabalho. 9.Aqueles que colherem o trigo o comerão louvando o Senhor; aqueles que vindimarem beberão o vinho no átrio de meu santuário”.*
Salvador poderoso
10.Passai, passai pelas portas, preparai o caminho ao povo! Abri, abri a estrada, retirai dela as pedras! Alçai o estandarte para convocar os povos. 11.Eis o que o Senhor proclama até os confins da terra: “Dizei a Sião: eis, aí vem teu salvador; eis com ele o preço de sua vitória, ele faz-se preceder dos frutos de sua conquista; 12.os resgatados do Senhor serão chamados ‘Povo Santo’, e tu, cidade não mais desamparada, serás chamada a ‘desejada’.”*