DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Centésimo nonagésimo nono dia: Bela como a lua, brilhante como o sol

Na continuação da nossa meditação do Cântico dos Cânticos, um poema bíblico que retrata o amor apaixonado da alma pela divindade. No capítulo 5, a amada descreve o amado como único e especial, e ela anseia por sua presença. Ela relata que, mesmo durante o sono, seu coração está alerta para a voz do amado. Ela se levanta para abrir a porta, mas ele já se foi. Isso simboliza a busca da alma pelo divino, que muitas vezes parece estar distante. A alma busca pelo amado pela cidade, mas ele desapareceu. Um dos poemas faz referências a Nossa Senhora, e  São Luiz de Montfort destaca a importância desses versículos relacionados à figura de Maria. A amada é comparada a uma pomba perfeita e é elogiada pelas donzelas. A linguagem utilizada no poema retrata a dor da alma apaixonada pelo divino, semelhante à dor das almas no purgatório que aguardam a purificação para estarem em comunhão com o amado. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 5, 6, 7 e 8 do livro do Cântico dos Cânticos (Ct).

Cântico dos Cânticos

 5.   1.– Entro no meu jardim, minha irmã, minha noiva, colho a minha mirra e o meu bálsamo, como o meu favo com meu mel, bebo o meu vinho com o meu leite. Amigos, comei e bebei; inebriai-vos, ó caríssimos.*

O sonho da esposa

2.Eu dormia, mas meu coração velava. Eis a voz do meu amado. Ele bate. Abre-me, minha irmã, minha amada, minha pomba, minha perfeita; minha cabeça está coberta de orvalho, e os cachos de meus cabelos cheios das gotas da noite. 3.Tirei minha túnica; como irei revesti-la? Lavei os meus pés; por que sujá-los de novo? 4.Meu bem-amado passou a mão pela abertura (da porta) e o meu coração estremeceu. 5.Levantei-me para abrir ao meu amado; a mirra escorria de minhas mãos, de meus dedos a mirra líquida sobre os trincos do ferrolho. 6.Abri ao meu bem-amado, mas ele já se tinha ido, já tinha desaparecido; ouvindo-o falar, eu ficava fora de mim. Procurei-o e não o encontrei; chamei-o, mas ele não respondeu.* 7.Os guardas encontraram-me, quando faziam sua ronda na cidade. Bateram-me, feriram-me, arrancaram-me o manto os guardas das muralhas.* 8.Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, se encontrardes o meu amado, que lhe haveis de dizer? Dizei-lhe que estou enferma de amor.

Assim é meu amado

9.– Que tem o teu bem-amado a mais que os outros, ó tu, a mais bela das mulheres? Que tem o teu bem-amado a mais que os outros, para que assim nos conjures?* 10.– Meu amado é forte e corado, distingue-se entre dez mil. 11.Sua cabeça é de ouro puro, seus cachos flexíveis são negros como o corvo.* 12.Seus olhos são como pombas à beira dos regatos, banhando-se em leite, pousadas nas praias. 13.Suas faces são um jardim perfumado onde crescem plantas perfumadas. Seus lábios são lírios que destilam mirra líquida. 14.Suas mãos são argolas de ouro incrustadas de pedrarias. Seu corpo é um bloco de marfim recoberto de safiras. 15.Suas pernas são colunas de alabastro erguidas sobre pedestais de ouro puro. Seu aspecto é como o do Líbano, imponente como os cedros. 16.Sua boca é cheia de doçura, tudo nele é encanto. Assim é o meu amigo, tal é o meu amado, ó filhas de Jerusalém!

Elogio da esposa

6.   1.– Para onde foi o teu amado, ó tu, a mais bela das mulheres? Para onde se retirou o teu amado? Nós o buscaremos contigo.* 2.– O meu bem-amado desceu ao seu jardim, aos canteiros perfumados; para apascentar em meu jardim, e colher lírios. 3.Eu sou do meu amado e meu amado é meu. Ele apascenta entre os lírios. 4.– És formosa, amada minha, como Tirsa, graciosa como Jerusalém, temível como um exército em ordem de batalha.* 5.Desvia de mim os teus olhos, porque eles me fascinam. Teus cabelos são como um rebanho de cabras descendo impetuosamente pelas encostas de Galaad.* 6.Teus dentes são como um rebanho de ovelhas que sobem do banho; cada uma leva dois (cordeirinhos) gêmeos, e nenhuma delas é estéril. 7.Tua face é como um pedaço de romã debaixo do teu véu.

A amada como única 

8.Há sessenta rainhas, oitenta concubinas, e inumeráveis jovens mulheres;* 9.uma, porém, é a minha pomba, uma só a minha perfeita; ela é a única de sua mãe, a predileta daquela que a deu à luz. Ao vê-la, as donzelas proclamam-na bem-aventurada, rainhas e concubinas a louvam. 10.Quem é esta que surge como a aurora, bela como a lua, brilhante como o sol, temível como um exército em ordem de batalha? 11.Eu desci ao jardim das nogueiras para ver a nova vegetação dos vales, e para ver se a vinha crescia e se as romãzeiras estavam em flor. 12.Eu não o sabia; minha alma colocou-me nos carros de Aminadab.*

Elogios recíprocos 

7.   1.– Volta, volta, ó Sulamita; volta, volta, para que nós te vejamos. – Por que olhais a Sulamita, quando ela entra na dança de Maanaim?* 2.– Como são graciosos os teus pés nas tuas sandálias, filha de príncipe! A curva de teus quadris assemelha-se a um colar, obra de mãos de artista;* 3.teu umbigo é uma taça redonda, cheia de vinho perfumado; teu corpo é um monte de trigo cercado de lírios; 4.teus dois seios são como dois filhotes gêmeos de uma gazela; 5.teu pescoço é uma torre de marfim; teus olhos são as fontes de Hesebon junto à porta de Bat-Rabim. Teu nariz é como a torre do Líbano, que olha para os lados de Damasco; 6.tua cabeça ergue-se sobre ti como o Carmelo; tua cabeleira é como a púrpura, e um rei se acha preso aos seus cachos. 7.– Como és bela e graciosa, ó meu amor, ó minhas delícias!* 8.Teu porte assemelha-se ao da palmeira, de que teus dois seios são os cachos. 9.“Vou subir à palmeira – disse eu comigo mesmo – e colherei os seus frutos.” Sejam-me os teus seios como cachos da vinha. 10.E o perfume de tua boca como o odor das maçãs; teus beijos são como um vinho delicioso que corre para o bem-amado, umedecendo-lhe os lábios na hora do sono. 11.– Eu sou para o meu amado o objeto de seus desejos.

Passeio no campo

12.Vem, meu bem-amado, saiamos ao campo, passemos a noite nos pomares; 13.pela manhã iremos às vinhas, para ver se a vinha lançou rebentos, se as suas flores se abrem, se as romãzeiras estão em flor. Ali te darei as minhas carícias. 14.As mandrágoras exalam o seu perfume; temos à nossa porta frutos excelentes, novos e velhos que guardei para ti, meu bem-amado.

Suspiros

8.   1.Ah, se fosses meu irmão, amamentado ao seio de minha mãe! Então, encontrando-te fora, poderia beijar-te sem que ninguém me censurasse.* 2.Eu te levaria, te faria entrar na casa de minha mãe; te daria a beber vinho perfumado, licor de minhas romãs. 3.Sua mão esquerda está sob a minha cabeça, e sua direita abraça-me. 4.– Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, não desperteis nem perturbeis o amor, antes que ele o queira.*

Manifestação do amor

5.– Quem é esta que sobe do deserto apoiada em seu bem-amado? – Sob a macieira eu te despertei, onde em dores te deu à luz tua mãe, onde em dores te pôs no mundo tua mãe.* 6.– Põe-me como um selo sobre o teu coração, como um selo sobre os teus braços; porque o amor é forte como a morte, a paixão é violenta como o Sheol.* Suas centelhas são centelhas de fogo, uma chama divina. 7.As torrentes não poderiam extinguir o amor, nem os rios o poderiam submergir. Se alguém desse toda a riqueza de sua casa em troca do amor, só obteria desprezo.* 8.Temos uma irmã pequenina que não tem ainda os seus seios formados. Que faremos nós de nossa irmã no dia em que for pedida em casamento?* 9.Se ela é um muro, construiremos sobre ela ameias de prata. Se é uma porta, a fecharemos com batentes de cedro.* 10.– Ora, eu sou um muro, e meus seios são como torres; por isso, sou aos seus olhos uma fonte de alegria. 11.Salomão tinha uma videira em Baal-Hamon. Confiou-a aos guardas: cada um dos quais devia dar mil siclos de prata pelos frutos colhidos. 12.Eu disponho de minha videira: mil siclos para ti, Salomão! Duzentos para aqueles que velam pela colheita.* 13.– Os amigos estão atentos. Ó tu, que habitas nos jardins, faze-me ouvir a tua voz.* 14.– Foge, meu bem-amado, como a gazela, ou como o cervozinho sobre os montes perfumados!

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